Estradas

Foto de clara poemas

sentimentos de inverno

A chuva bate na janela
Do quarto escuro
Como uma melodia do amor
Que teima em entrar
Em nossos corações
Agora ainda tão solitários

Quero ver os teus
Sentir-me segura
Sentir-me tua
Te dar meu calor
Como sol que nasce
Em todas manhas de verão

Gostaria de em teus braços estar
E nos teus olhos repousar
Te dar todo meu amor
E acalentar todo teu calor

Quero te encher de paixão
Em meus braços te acabar
Envolverte-me em meu sorriso
E no meu amor te ajudar

Caminhamos por estradas diferentes
Mas temos o mesmo Sol como guia
Precisamos do calor
Do abraço
Do beijo
O sorriso do amor

Não diz pra mim que não existe
Aquele sentimento guardado
Esperando pela tua Lua
Iluminar teu Sol
Então me deixa entrar
E em teus passos guiar

Espero não ter que olhar pra trás
E dizer Adeus
Quero viver o hoje
E não pensar no amanha
Agora em teus lábios que deleitar
Pra meu sentimento aumentar
Regado dia a dia como uma flor
Que faz crescer o amor

Foto de Larissa Cardoso

Eu & Você...~♥~

Na minha lembrança ,
Meu amor feito desejo,
Que teu beijo molhado,
Que teu corpo apaixonado,
Passando entre as minhas coxas,
Rolando como rochas,
Num abismo de prazer,
Pra você gemer,
Em todos meus ouvidos,
E ficar sem sentidos,
Viajando sem parar,
Pelas estradas da minha cama,
Parando no meu corpo que se derrama,
De tanto te amar...

Foto de Rodrigo obelar

"MÁQUINAS"

Entre clarões e trovões,
Planto sementes, raízes de fé
Que não brotam, apenas
Precisam laçar a existência,
Sem perder a passagem do mundo.

Veículos dominam
Linhas, estradas, trilhos,
Atropelam a esperança,
Desintegra a aliança,
Freiam, o indomado destino,
sem rédeas controla
O giro dos planetas,
O pântano da multidão,
Nos braços da civilização.

Maquinas demitem
O criador.
O mundo vira num segundo,
Recicla o jornal mal lido,
Desamassam bolos de
Ferro que abre caminho,
Quebrando casas,
Com um espaço vácuo
De inteligência.

dragões de ferro,
dinossauros de alumínio,
devoram, destroem
a atmosfera do homem,
caindo num buraco,
cavado por mãos humanas,
em que a criatura destroem o
futuro do criador, em que a
sombra rouba a alma do mestre.

Foto de Carmen Lúcia

Recomeçar...

Preciso voltar ao passado,
retornar ao tempo em que me deixei ficar...
recomeçar do tempo onde pulei etapas,
sem avaliar o preço que iria pagar...

Voltar para mim mesma...
Redescobrir estradas por onde passar.
Não temer os sismos, alcançar o cimo
construindo pontes pra suavizar...

Resgatar os sonhos que desperdicei,
apagar a vida que em vão, levei...
Deixar de ser a vítima, mudar de condição;
da fragilidade à superação...

Nem tudo está perdido...
Achar-me é um recomeço;
reconstruir os sonhos,
buscar realização...
olhar-me com apreço,
ao novo arremesso.

_Carmen Lúcia_

Foto de pctrindade

TEMPOS

Houve um tempo de ruas escuras, caminhos desertos, estradas
vazias.
Houve um tempo de céu sem estrelas, de pálido sol, de lua
encoberta.
Houve um tempo de risos fingidos, falsos abraços, palavras
vãs.
Vivi esse tempo e não tenho saudades.
Atravessei esse tempo e dele só trago marcas em meu corpo e
mesmo sem viver...sobrevivi.
Tudo tem um fim...renasci.
Renasci quando o sopro da tua força se fez presente.
Renasci quando de repente tua ausência ainda que passageira, revelava a importância da tua presença.
Renasci de teu sorriso, teu abraço...teu beijo.
Vivo um novo tempo.
Vivo o tempo da tua alegria, do perfume das tuas mãos, do
cheiro doce do teu corpo.
Senhora de minha força...Senhora de mim...Senhora do tempo...
Vivo o tempo do teu tempo.
Vivo o tempo do teu amor.

Foto de ROSA GUERRERA

ANDO DEVAGAR

Sou grande admiradora do Almir Satter, mas não posso negar que me atinge profundamente a música:”TOCANDO EM FRENTE” . A impressão que tenho quando a escuto é que ela retrata alguma coisa muito minha. “ANDO DEVAGAR PORQUE JÁ TIVE PRESSA ... LEVO ESSE SORRISO PORQUE JÁ CHOREI DEMAIS "...... E como já corri nessa vida ! Catava minutos e segundos no tempo para sempre encontrar mais horas para correr, para amar , para brincar, para trabalhar,para dirigir em alta velocidade, como se tudo ficasse resumido a emoção de vertiginosas carreiras pelas estradas e atalhos do destino .Mas quando a gente atinge meio século de vida , e começa a dobrar o cabo da boa esperança ( como se diz na gíria nordestina ), e que sentimos a descida nos degraus da escada da vida, é que a gente reflete que o tempo está mais curto e a pressa já não precisa existir nesse novo caminho. Aí olhamos o relógio ou o calendário com aquela vontade danada que o dia possua 30 horas , os meses 50 dias , e que tudo passe bem devagar , para melhor vivermos, para melhor amarmos , e para espalharmos mais sorrisos sem aquela pressa que tínhamos de até chorarmos desnecessariamente. E vamos assim roendo uma rapadura tranquilamente debaixo de uma mangueira, nadando calma num lago azul,vivendo até com mais poesia os orgasmos que o amor nos oferece. E entendemos que hoje o importante é mesmo caminhar devagar , e esquecer totalmente que um dia tivemos talvez pressa demais para subirmos uma montanha , quando a planície do agora nos oferece todo tempo que ainda nos resta , para admirarmos e curtirmos melhor a paisagem que se estende ao nosso redor .

Foto de Carmen Lúcia

Na contramão do tempo...

Ando sempre apressada
sem ver o que me cerca,
engolindo as etapas,
acelerando os dias...
Vou sufocando os sonhos,
os quero em abandono
pra que nenhum retorno
me incite a sonhar...

E atropelando fases
das estações da vida
mantenho-as esquecidas,
me privo de chorar...
Na ânsia exacerbada
que gera essa fobia,
na marcha exasperada
de só querer chegar...

Evito as paradas
só pra não me perder
ficando nos caminhos
não mais querendo ir...
Me cego às alvoradas
e ao brilho das manhãs,
vou sempre em disparada
não vejo o sol nascer...

Na contramão do tempo
me esquivo dos momentos
em que a felicidade está,
pra me fazer voltar...
Confronto-me com o vento,
ensurdece-me seu lamento
pra me ludibriar...
e me sensibilizar...
que para indignado
no afã de me deter
e passo-lhe à frente
ansiosa por vencer.

E a pressa me consome
não me deixando ver
que em cada parada
há novo amanhecer...
Que as curvas do caminho
são pausas do destino
que alimentam a alma
pra não retroceder...

Que as flores das estradas
compõem poesias
e estrelas que hoje brilham
já não estarão mais lá...
Que toda a trajetória
se feita aos atropelos
não grava a história
de quem passa por passar...

Carmen Lúcia

Foto de Alvaro Sertano

Alvaro Sertano\"Baby"!

BABY!

Sem mais nada
pelas estradas,
onde tudo é nada
e nada é de ninguém;

Travor de saudade
como dói,
essa verdade;
Assim tão só,
lembranças tão belas
no alvor de aquarelas;

Cavalgar companheiro
em galope desvairado,
amazona, rima livre
tempestade já passou;

De bonanza
são teus dias,
de ternura e alegria,
separados , vidas novas
de prazer e nostalgia.

Alvaro Sertano.

Foto de LuizFalcao

"A VIDA"

De: Luiz Antônio de Lemos Falcão - 20/06/1998

Dormi um sono como poucos não durmo.
Adormeci de uma realidade cansada, exausta e sonhei.
Seria mesmo um sonho?...
Na verdade não sei!...
Se dormindo ou acordado não importa, apenas sei que não estava em mim.
Por onde estive, sei, não era aqui.
Um lugar de pradarias!
Ao longe uma floresta.
Andei por estradas de barro e achei um lago.
Tudo era bonito, lindo mesmo!...
Eu vi um menino brincando.
Eu vi o verde.
O verde corria por baixo dos pés do menino!...
Ouvi o vento.
E uma brisa brincava com os cabelos daquela criança.
Ela sorria!
As faces, rosadas.
A alegria era sua hospede, ou quem sabe? Senhoria!...
Eu vi a vida!...
A vida corria livre nas pradarias.
Eu vi o lago, e vi suas águas abraçarem a vida.
A vida que havia naquela criança, naquele menino de tanta alegria.
E olhei, e procurei.
E a vida? ...E a vida?... E a vida?...
A vida que havia, não era mais!...
A vida que foi, se foi em paz!..
E o lago?...
O lago!..
Ele sorria!...Sorria!...E sorria!...
E olhei, e vi no fundo do lago a vida brincando.
Ela se movia entre as pedras, entre as algas.
Nas mais variadas formas, era a vida, que um dia criança, não era mais.
Havia crescido, se espalhara na superfície do lago!
Sobre a terra firme!
No vôo das aves!
Numa revoada de andorinhas!
No amor entre os casais!
No choro das crianças!
Na serena paz!

Foto de Montanha

Viagem desejada...

.
.
.
.
- Meu tempo é pouco quando te vejo,
meus segredos são sonhos e desejos,
minha vida é doce vinda de teus beijos,
meu amor por ti engrandece e padece,
todos os dias que teu sol me aparece,
minha alma aquece, meu medo arrefece…
- Amor, não sei quem és e onde estás agora,
procuro-te tentando vislumbrar teu trilho,
dia e noite olho o céu e não sinto teu brilho,
envia-me uma estrela e dá-me um sinal,
permite-me que te ame, isenta-me do mal,
sonho por ti, ser sentido como príncipe real,
quero fazer feliz nesta vida sem igual…
- Canta-me de manhã quando te abraço no mar,
quero ser um marinheiro nas tuas ondas queridas,
vagueio sem rumo, sem vela e sem saber pescar,
vem ser minha princesa, das minhas ilhas perdidas,
toda a faina te oferecerei, sendo ela o meu mundo,
meu amor e a minha alma, o meu tesouro profundo…
- As teclas do meu piano, choram sons de espera,
com o meu copo na mão, vejo-te lá fora a toda a hora,
a magia dos anos não me desespera, ela é sincera,
aguarda-me uma esperança…se recusa de ir embora,
sei que vou-te encontrar, nas estradas de sul a norte,
és o meu centro, estou dentro da resistência e do suporte…
- Palavras não te sei dizer nem escrever, só te quero ter,
fala-me do teu sonho, desenha-me a tua luz no ar e no vento,
saberei o que aguento, e por ti, tudo farei, prometo que tento,
são cores que não encontro, os meus pensamentos agora,
diz-me somente, porque está ausente o meu caminho por ora,
pinto na areia a tua imagem que me vagueia como sereia,
traz-me felicidade, nesta minha idade com amor ou amizade…
- Estou só nesta mesa, sem pão, sem ti, sem sobremesa,
acompanha-me tristemente um cão vadio e um gato siamês,
o primeiro me ensina, o que faz todos os dias do mês,
caminhando sempre, procurando e desejando manter-se vivo,
o segundo reflecte-me a maciez do outro lado da vida,
que perdida pode ser vivida pela sorte aqui ou em Goa,
vem minha vindima da terra boa, sê meu vinho e minha broa,
abraça-me neste navegar…bebamos um porto sentados na proa…

Montanha
04-07-2009

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