Esperança

Foto de Isabeluxis

Espero

Acabou,mais não tenho para dar
Dei-te minha alma
Entreguei-te meu corpo
Fui à ruína por ti
Pois quis te dar o que não tinha
Possuis-te me como ninguém
E agora,que podes tu fazer?
Sinto-me impotente, triste
Vejo que o que tinhas eram palavras
Palavras que enganam
Palavras não retribuem
Só palavras, quero actos
Dei-te meu tesouro
Que vale mais que ouro
Agora tu que me podes dar
Perdida ficarei, sem esperança
Não consigo recuperar
Ingénua me tornei
Que final eu terei?

Foto de Hirlana

Quando...

O abraço entrelaçar no laço a segurança
O beijo estalar nos ouvidos o 'eu te amo'
O aperto de mãos mostrar seguramente o respeito
A palavra pronunciar sons de paz na alma
O olhar brilhar a esperança de um futuro
A saudade vir acompanhada da lembrança dos sorrisos compartilhados
As lágrimas rolarem no rosto que reflete no espelho a paixão
Quando eu me dei conta que você era meu mundo,
Quando eu quis de volta o laço do teu abraço, o beijo estalado, as mãos carinhosas, as palavras carregadas de doçura, a troca de olhares... só me restou a saudade que alimento com as lembranças dos momentos e, estas lágrimas que molham e esfregam no meu rosto que eu te perti.
Quando o tempo passar, mais e além do que já passou, levará cravado em cada dia minha oração suplicando o teu retorno.
Quando enfim, eu tiver a grande e talvez única oportunidade de estar ao teu lado a sós só mais uma vez, nada direi desse meu penar e em silêncio farei uma oração contemplando e agradecendo a Deus o brilho do teu olhar que a cada dia é meu sonho de luz do Sol ao acordar!

Foto de Carmen Lúcia

Ainda te espero, amor...

Ainda te espero, amor...
Assim como as manhãs esperam pelo sol
que pincela de alegria o arrebol
e de esperança a circundar recomeços...

Ainda te espero, amor...
Assim como o belo, seu expectador,
a olhar extasiado o que sua alma encantou
e como relicário, dentro de si guardou.

Ainda te espero, amor...
Assim como o estio, pela chuva que virá
calando a cigarra que a seca vem agourar
quando o cheiro de terra molhada inundar...

Ainda te espero, amor...
Ainda que em outra vida...
Nosso amor sempre será assim,
sem planos ou trajetórias traçadas,
sem fronteiras demarcadas,
sem previsão de fim.

Carmen Lúcia

Foto de jessebarbosadeoliveira27

SÍLABAS DE ESCOMBROS

Miséria ano após ano anulando-nos:
Ria, mira;
Séria, mera;
P-MISERANDOS!

Indústria que se enriquece ao sol dos filhos da magna carência:
Dura, instrua;
Esquecer, doer, durma;
Lufada de ar frio que a estrela ígnea não esquenta nunca.
Fugaz oceano de alegria e rio eterno de tristeza que nos cala:
Radiosa face, fome, falta;
Esmola-Escola-Anuência-Máquina;
Sem-Terra, Sem-Teto, Sem-Aurora, Sem-Nada;
MAR-DE-GENTE-TRISTONHA-NO-JARDIM-E-EM-CASA!

Carcomida casta que lavra a seara de Garanhuns:
Carmo, caco, cava, cova;
Manada que acorda com os galos ao nascer d’aurora.
Comida comendo nenhuma coisa que se valha:
Que come mesmo é nada!

Glebas, Sáfaras, Estilhaços, Estrados, Pratos, Agros, Labuta;
Grilhões, Gritos, Cactos, estertores, ultrajes, loucura;
Grilhões, Luares, Sonhos, Fé, Romeiros, Procura;
Grilhões, Sertões, Profusa água esconsa, Miraculosa chuva;
Grilhões, Sorrisos rurais, Sofreres faciais, Perpétua luta!
Sim, é a Seca que molda, marca, mata, enxovalha, flagela, Inunda...
Sim, é a Seca que se faz a edaz comensal, a insaciável vampira,
A carnívora planta...
Sim, é a Seca, é aquela com a qual se lucra a cúpula dos Sanguessugas...
Sim, é a Seca quem fala, quem manda e desmanda...
Sim, é a Seca que se quer:
Quer que se traduza. Traduza-a em disformes caminhos e Estradas. Traduza-a em disformes frases, orações e
Sintaxes. Traduza-a em plenos coloquialismos, línguas
Semi-padrões, a forma culta!
Finalmente, traduza-a na intradução da tenacidade
Destas pessoas que, ao lançar seus olhos ao céu,
Sempre vêem um arco-íris dar-lhes em retribuição
Uma gargalhada de esperança que semeie aquele
Antigo provérbio no ressequido chão e
Diga a estes que dias melhores certamente virão.

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"TRISTES PASSOS"

"TRISTES PASSOS"

Mais um verão...
Olho para o horizonte e ele parece estar mais perto...
Cerro os labios e ouço a batida forte do meu coração...
Ja não sei para onde andar ao certo!!!

Muitas coisas se passarão desde o ultimo verão...
Embora ainda sinta falta estou vivendo...
Não sei como dominar minha fragil emoção...
Mas aos poucos estou melhorando!!!

Mais um verão...
E continuo a caminhar...
Outros e outros virão...
Mas não mas me verão chorar!!!

Voce é apenas uma lembrança...
Cada dia menor...
Hoje sinto falta de ter esperança...
Mesmo assim estou bem melhor!!!

Mais um verão...
E sua imagem sumiu no horizonte...
Me deparei com esta realidade de pura resignação...
Me achei melhor que antes!!!

Meus passos antes tristes e pesados...
Agora fluem melhor ao andar...
Não tenho mais aquele andar cansado...
Acho que no proximo verão posso arriscar de novo amar!!!

Foto de maria rodrigues

E assim vai correndo a vida

É verdade, assim vai correndo a vida.
Ontem, um dia atribulado, vivendo de velhas mas boas recordações, numa tentativa de dar uma luz nova a um coração que vive em plena escuridão.
Recordar momentos felizes, vividos com intensidade, com amor, com muita partilha.
Mas a vida é assim, prega-nos partidas e o que neste momento é a maior felicidade, no momento seguinte pode tornar-se na maior das desilusões.
No entanto, e porque é preciso lutar, é preciso acreditar, vão-se buscar ao baú das recordações que ficou guardado, bem lá no fundo do coração, as recordações vividas e que fizeram sentido na altura devida.
Hoje, voltei a rebuscar essas recordações, mas sem conseguir encontrar o que procuro.
Há sempre a esperança de que elas nos ajudem a encontrar um novo rumo para continuar a nossa caminhada pela vida. Só que nem sempre resulta! Por vezes o efeito é contrário.
É nessa luta que tenho vivido estes últimos dias, tentando em vão encontrar o equilíbrio perdido, tentando encontrar a luz que se apagou.....
Está a ser dificil.
E assim vai correndo a vida....

Foto de JORMAR

Nuvens

Se um dia haviam motivos para andar com a cabeça nas nuvens, era pensando em você
Hoje quem está nas nuvens é o coração que se sente feliz ao seu lado que bate descompassado
Pelos momentos de amor, felicidade e lugares tao lindos que ambos temos passado
Como ao teu lado as coisas se tornam tao significativas, tao emocionantes e profundas
Me fazem percerber a importância do compartilhar, o prazer de tocar e a intensidade de amar
Que seu dia seja cheio de esperança e confiança no futuro, pois se o destino nos fez conhecer, não há de ser para sofrer.
(Marisa Cruz)

Foto de Carmen Lúcia

Retrato da Vida

Num canto da sala balançava a cadeira. Por cima dos óculos ela só observava. Não dava palpites.
A rotina diária...Muita algazarra, correria. Todos apressados, em tropeços, passavam por ela.
Nem sequer percebiam que ela percebia. Olhava a todos e a tudo.Sem que ninguém a visse.
Os dedos já cansados esboçavam um bordado. Pareciam mecanizados, de tão acostumados a esses traçados. Chegavam à perfeição.
Seu rosto, sem expressão, semblante enrugado, eram marcas que o tempo lhe deixara.
Um tempo ausente que corria lá fora. Agora mais veloz, levando embora a vida que ela via caminhar, além da janela, afastando-se cada vez mais.
Vieram-lhe as lembranças. Ricas lembranças.Criança correndo pelo campo, sem tempo, sem marcas, só esperança. Só risos. Sonhos. Fantasias.
Então cerra os olhos.Começa a imaginar.Ouve uma música suave. Esboça um doce sorriso e se pega a rodar, a girar, por entre flores, pés descalços na grama úmida com o vento acariciando seu rostinho de criança feliz. De repente a criança põe-se a correr...para um lugar belíssimo, indescritível, inimaginável...
A cadeira já não balança. Permanece imóvel no canto da sala.
Caído ao chão, um bordado perfeito e já terminado.
Repousa de lado aquele rosto sem expressão, marcado agora pela morte.
A lida prossegue lá fora. E lá dentro, a rotina de sempre. É a vida!
Ninguém percebe a partida.

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Lúcia

7º Concurso Literário "Louca Mente"

(As faces do Amor)

Loucamente... tentei livrar-me dessa triste sina,
Me equilibrei num fio da esperança incerta,
Com a mente insana, fruto da vida profana,
Que a pressão do mundo oprime e a sociedade aperta.

Loucamente...tentei juntar palavras desconexas,
Dar um sentido a elas e ser compreendida,
Mas o que sai de mim a todos vexa
Fazendo-me voltar ao ponto de partida.

Loucamente...a mente louca que me foi legada
Traçou o meu perfil, mostrou a minha alma,
Gritou aos quatro cantos "Quero ser amada"
E um silêncio mudo calou a tresloucada.

Loucamente...transpus as raias da loucura,
Busquei desesperadamente a minha cura
E entre um delírio e outro, próprios de um ser louco,
Eu transcendi à dor, transgredi as regras e me enlouqueci de amor!

_Carmen Lúcia _

Foto de Maria Goreti

TRÊS IRMÃS

.

(Reflexão de fim de ano)

Minha inspiração tirou férias! Que alívio!

Pensar que eu me sentia na obrigação de escrever todos os dias, qualquer coisa, para que meus leitores não ficassem à deriva. Absurdo!

Natal, passou em brancas nuvens. Ano Novo também.

A poesia não se fez presente no papel, mas na minha vida Estrelas de Belém se fizeram soberanas no renascimento de três irmãs: a Fé, a Esperança e a Caridade. Também não tive ceia farta, mas, o que me foi permitido ter, fartou-me e aos meus. Não armei árvore de Natal, porém um humilde presépio, num móvel, no canto da sala de jantar. A casa estava cheia, não de gente, de memórias dos encontros de outros natais e saudades de pessoas queridas que jamais voltarão, a não ser nas lembranças vivas em nossos corações.

Vi renascer a Fé na vida, ao sentir a capacidade de amar incondicionalmente, ao me ver forçada a abandonar o vício de comprar presentes e fazer o Natal comercial. Presenteei sorrisos, sentindo o sabor das lágrimas contidas. Vi renascer a Esperança, ao ver minha mãe recuperar-se de uma pneumonia e suas possíveis consequências, graças ao amor e dedicação que pude lhe dispensar, doando-lhe todo o tempo e paciência disponíveis e indisponíveis. Diante de trabalho intenso, de noites não dormidas, vi renascer a Caridade. Aprendi, com tudo isto, que Fé não é postar as mãos e colocar os joelhos no chão, dizendo em alto e bom tom “Senhor, Senhor!”, que Esperança é muito mais que desejar “Boas Festas de Natal de Ano Bom” e que Caridade não é abrir a “burra” e espalhar dinheiro aos quatro cantos, porque, se assim fosse, eu jamais poderia me colocar no patamar das pessoas caridosas.

Aprendi também que o Natal é todos os dias, cada hora, minuto e fração de segundo de nossas vidas. Que o Ano Novo, nada mais é que um dia após o outro. Que o sonho, a ilusão de que dias melhores virão, é que nos mantém vivos, apesar das dores e dissabores. Então, eu agradeço aos Céus as fichas que caíram sobre minha cabeça nestes dias de festas!

Que este seja um ano de Fé, Esperança e Caridade – em amplo sentido – nas vidas de todos nós!

Feliz 2011!

© Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES – 01/01/2011

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