Sou apenas o escravo de meus erros
a forçar-me o aprendizado do perder,
a fazer-me conviver com muito menos
do que esperava, posto em desterros;
de quem, ou onde, eu almejei viver.
E jamais seremos realmente plenos.
É melhor sequer pensar no que seria,
melhor esquecer e deixar a vida ir.
Entregar-se a peleja por sorte, talvez;
para então poder voar em alforria.
mesmo provisoriamente, até cair,
até chegar noutro erro, outra vez.
Trago em mim cicatrizes de correntes,
velhas feridas, de todos dos grilhões
que os erros impuseram a minha pele.
Selando a ferros os sonhos impotentes,
caídos, tomados, chamados de ilusões...
que não eram; até vir quem os cancele.
Sou apenas o escravo de meus erros,
que arrebatam as rédeas de minha mão.
Por cabresto vem e mudam os meus planos,
belos caminhos que a pulso encerro,
nas picadas que abriu rasgando o chão.
Vou assim, seguindo na soma dos anos...