Epifania

Foto de Paulo Master

Doce Transição, a Carta

Prezada solidão... De todo custo, relutante comunica-lhe esta, com muito pesar. Julgo não mais carecer a sua companhia. Contudo, outrora convenhamos muitas e pomposas vezes deixei-me levar o sentimento por seu lúgubre encanto. No entanto, sinto-me a fibrilar de emoção por outro sentimento. Ora, tal abstinência a seus efeitos geram em meu ser tortuosa comoção, uma terrível perda sem precedentes, embora certamente a título influente de uma epifania fulgurante e tenaz. O devaneio inspirador e iluminante tomou-me o raciocínio. De maquinação ardilosa e metafórica veio-me uma saudosa recordação da madrugada cadente e da aurora ascendente. Logo cedo, no limiar do pôr-do-sol, ainda em tom matiz, sentia-me vivo e feliz, pulsando inebriado sobre tua influência. A inspiradora manifestação da vida revelara-me poeticamente.
Porém, lamento dizer que em súbito fora assaltado por outro sentimento, talvez conhecido teu, embora me caiba com decência, a cerca de questionamento admitir que por ele tenhas alguma afinidade. Descrevo a doce transição com palavras suntuosas a eufóricas, oriundas do meu mais profundo íntimo. Todavia, me oponho a postergar tal decisão, essa postura semovente segregou nossa harmonia, roubando-nos a ávida união.
Adorada solidão... Agora vivemos mundos divergentes, distantes quanto à eternidade. Ironicamente seu atroz por natureza é um sentimento inerente, persuasivo, tende coagir meu entendimento com sucintos pulsos enigmáticos de felicidade. Em deleite, recobro o passado feérico que mantivemos. Um tom apólogo guiava solenemente nossas madrugadas, uma relação que subjetivamente encanta toda a criatura sucumbida a seu íntimo. Em prelúdio, anuncio nossa terrível e inevitável separação, decisão sumariamente aspirada por um incontestável sentimento. Não obstante, devo-lhe a cortesia do encanto que como cônjuge mantivesse por todos esses anos.
...Com amor, Coração!

Foto de DAVI CARTES ALVES

AQUELE MOLEQUE DO EDUCANDÁRIO

Calção rasgado no bumbum
estilingue no pescoço
chinelinho havaianas surrado
par de um , par de outro
apesar de um sol criminoso
uma garoa tamborila n’alma
no rostinho empoeirado
dois fios de lágrimas ressecados
já incertos , preteridos
como marca d’água
mas magoados amiúde
pelo frescor de um novo sorriso
bonezinho carcomido, descorado,
brejeiro assim descaído meio de lado
do vereador Chibolette
eis palhaço melancólico
três filhos, três votos
um deles o caçula
ainda esta no Educandário
“ acorrentado” pela assistente social tão linda, tão jovem
Ela soltava os cabelos de Nereida
Aí é que o menino ficava preso
Alcatraz de sonhos doces
bolsa nova da Puc
pernas da Beonce
que perfume naquela mão afetuosa
aquele beliscão carinhoso no rosto, tão esperado
ela enfeitiçava
all star cano alto
ela matizava de mais fulgor as estrelas

sempre das 08:00 ao meio – dia
depois ia embora
Epifania!
Educandário
de manhã as Cataratas do Iguaçu
que recebiam linda ninfa
a tarde
o Kalahari
sem os suricatos

amiúde
dois fios de lágrimas
outrora ressecados...

poesiasegirassois.blogspot.com

Foto de DAVI CARTES ALVES

AQUELE MOLEQUE DO EDUCANDÁRIO

Calção rasgado no bumbum
estilingue no pescoço
chinelinho havaianas surrado
par de um , par de outro
apesar de um sol criminoso
uma garoa tamborila n’alma
no rostinho empoeirado
dois fios de lágrimas ressecados
já incertos , preteridos
como marca d’água
mas magoados amiúde
pelo frescor de um novo sorriso
bonezinho carcomido, descorado,
brejeiro assim descaído meio de lado
do vereador Chibolette
eis palhaço melancólico
três filhos, três votos
um deles o caçula
ainda esta no Educandário
“ acorrentado” pela assistente social tão linda, tão jovem
Ela soltava os cabelos de Nereida
Aí é que o menino ficava preso
Alcatraz de sonhos doces
bolsa nova da Puc
pernas da Beonce
que perfume naquela mão afetuosa
aquele beliscão carinhoso no rosto, tão esperado
ela enfeitiçava
all star cano alto
ela matizava de mais fulgor as estrelas

sempre das 08:00 ao meio – dia
depois ia embora
Epifania!
Educandário
de manhã as Cataratas do Iguaçu
que recebiam linda ninfa
a tarde
o Kalahari
sem os suricatos

amiúde
dois fios de lágrimas
outrora ressecados...

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Foto de Sirlei Passolongo

Lenda

.

Essa canção
que ouço ao longe
quando fecho os olhos,
uma voz ecoando
no silêncio das horas...
Essa canção
que ora nina meu riso
num êxtase de saudade
e loucura, ora
voz que tonteia
minha’lma...
Epifania?
Não sei!
Talvez lenda
dum amor
que cruzou meu céu
feito uma centelha.

(Sirlei L. Passolongo)

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