Entendimento

Prezada solidão... De todo custo, relutante comunica-lhe esta, com muito pesar. Julgo não mais carecer a sua companhia. Contudo, outrora convenhamos muitas e pomposas vezes deixei-me levar o sentimento por seu lúgubre encanto. No entanto, sinto-me a fibrilar de emoção por outro sentimento. Ora, tal abstinência a seus efeitos geram em meu ser tortuosa comoção, uma terrível perda sem precedentes, embora certamente a título influente de uma epifania fulgurante e tenaz. O devaneio inspirador e iluminante tomou-me o raciocínio. De maquinação ardilosa e metafórica veio-me uma saudosa recordação da madrugada cadente e da aurora ascendente. Logo cedo, no limiar do pôr-do-sol, ainda em tom matiz, sentia-me vivo e feliz, pulsando inebriado sobre tua influência. A inspiradora manifestação da vida revelara-me poeticamente.
Porém, lamento dizer que em súbito fora assaltado por outro sentimento, talvez conhecido teu, embora me caiba com decência, a cerca de questionamento admitir que por ele tenhas alguma afinidade. Descrevo a doce transição com palavras suntuosas a eufóricas, oriundas do meu mais profundo íntimo. Todavia, me oponho a postergar tal decisão, essa postura semovente segregou nossa harmonia, roubando-nos a ávida união.
Adorada solidão... Agora vivemos mundos divergentes, distantes quanto à eternidade. Ironicamente seu atroz por natureza é um sentimento inerente, persuasivo, tende coagir meu entendimento com sucintos pulsos enigmáticos de felicidade. Em deleite, recobro o passado feérico que mantivemos. Um tom apólogo guiava solenemente nossas madrugadas, uma relação que subjetivamente encanta toda a criatura sucumbida a seu íntimo. Em prelúdio, anuncio nossa terrível e inevitável separação, decisão sumariamente aspirada por um incontestável sentimento. Não obstante, devo-lhe a cortesia do encanto que como cônjuge mantivesse por todos esses anos.
...Com amor, Coração!

Relacionar-se bem, amar incondicionalmente, tudo isso contribui para
O crescimento do amor entre duas pessoas que,
Sem dúvida alguma, fará com que esse
Amor vá se consolidando. Entretanto,

Há quem coloque tudo a perder
Em virtude de querer (por achar que “ama
Loucamente” seu companheiro) impor-lhe sua personalidade
E seu próprio sentimento e, persistindo
Nesse tipo de comportamento imaturo, acaba “afogando”
A personalidade do outro. Determinada escritora, que se intitula

Como “Cassinha”, diz-nos que “qualquer que seja
O relacionamento amoroso, este
Só poderá progredir se for baseado
Totalmente no entendimento mútuo e no respeito.
Amar e ser amado envolve sempre o dever e

A responsabilidade de nos fazermos amáveis. Não devemos, JAMAIS,
Tentar moldar a outra pessoa com quem decidimos conviver
Segundo à imagem que temos em mente
O que, com certeza, criará uma série de problemas que
Contribuirão para desestruturar esse relacionamento, mas

Aceitá-la como ela realmente é,
Nunca deixando de procurar ajudá-la a alcançar sua personalidade melhor e mais
Elevada”. Porque muitos não têm muita consistência no relacionamento que
Levam? Ora, porque não levam em consideração
Esses pequenos detalhes, às vezes “diminuindo” o outro e, ao agirem assim,
Haverão de amargar uma solidão que poderia muito bem ser evitada.

A escritora, dando continuidade, complementa: “nos relacionamentos onde
São constantes os ‘velhos e costumeiros atritos’, quando há
O amor verdadeiro, que supera tudo, a reconciliação é sempre mais
Rápida, mesmo que não se tenha a certeza quanto à resposta’.

COMO ESTÁ SENDO O SEU RELACIONAMENTO?

Elixis - 18/12/09