Encontro

Foto de Graciele Gessner

Entre Eles Existe... (2) (Graciele_Gessner)



... Continuação do conto ENTRE ELES EXISTE... (1)



Existe toda a química para dar certo! No eventual encontro aconteceu o primeiro beijo e em seguida vieram muitos outros. Sobreviver a tantos beijos é querer pedir água. Sem contar na maestria de ambos, parece que nasceram para o romance. O beijo parece até que estão se engalfinhando tamanha a paixão.

Ela é do tipo que prefere um beijo comportado ao público, mas ele, meu Deus! Ele é a tentação em pessoa, parece que está com os holofotes em sua direção, um beijo cinematográfico. Difícil resistir a um beijo assim... Quem conseguiria?

Retribuindo o beijo, ela consegue num pequeno detalhe, dar a entender que quer algo a mais. Um beijo recheado de carícias, um beijo demorado, sem pressa. No beijo, ela consegue mostrar o seu lado romântico de ser. Porém, o beijo dele, é aquele espetáculo a parte, mas é um beijo molhado, que fica evidente o seu desejo, a sua sedução.

No ato de seduzir, ele consegue ser um perfeito mestre. Ele é conquistador, encantador, dominador. Existe algo de se invejar, a atração fatal. Ele cria a situação, ela harmoniza o ambiente com a sua beleza. Neste encontro acontece aquilo que já deduzíamos, o momento de maior intimidade deles.

De alguém que ela nunca tinha visto antes, uma amizade que nasceu casualmente, o primeiro cumprimento dele na rua... Para depois, resultar numa noite de amor. As iniciativas partiram dele. (Os homens são bons nisso!). Ela em muitos momentos interrompia os beijos, pois necessitava tomar ar.

Então, ele conduziu a sua deusa, levou-a ao local mais apropriado para terem muitas horas de puro prazer. Sentiram-se no paraíso. Ela era delicada, linda, perfeita! Sua sensualidade nua aflorava a cada minuto... Aquele ato de amor gerou uma cumplicidade entre eles, algo que só o tempo dirá. E o futuro é uma incógnita, pois ninguém sabe o que pode vir depois.


17.02.2010

Escrito por Graciele Gessner.


*Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!

Foto de Fernanda Queiroz

Pedaços de infância

Lembranças que trás ainda mais recordação, deixando um soluço em nossos corações.

Lembranças de minhas chupetas, eram tantas, todas coloridas.
Não me bastava uma para sugar, sempre carregava mais duas, três, nas mãos, talvez para que elas não sentissem saudades de mim, ou eu em minha infinita insegurança já persistia que era chegado o momento delas partirem.

Meu pai me aconselhou a planta-las junto aos pés de rosas no jardim, por onde nasceriam lindos pés de chupetas coloridas, que seria sempre ornamentação.
Mas, nem mesmo a visão de um lindo e colorido pé de chupetas, venceram a imposição de vê-las soterradas, coibidas da liberdade.

Pensei no lago, poderiam ser mais que ornamento, poderia servir aos peixinhos, nas cores em profusão, mesmo sem ser alimentação, primaria pela diversão.
Já com cinco anos, em um domingo depois da missa, com a coração tão apertadas quanto, estava todas elas embrulhadas no meu pequenino lenço que revestia meus cabelos do sol forte do verão, sentamos no barco, papai e eu e fomos até o centro do lago, onde deveria se concentrar a maior parte da família aquática, que muitas vezes em tuas brincadeiras familiar, ultrapassavam a margem, como se este fosse exatamente o palco da festa.

Ainda posso sentir minhas mãos tateando a matéria plástica, companheira e amiga de todos os dias, que para provar que existia, deixaram minha fileira de "dentinhos, arrebitadinhos".

Razão óbvia pela qual gominhas coloridas enfeitaram minha adolescência de uma forma muito diferente, onde fios de metal era a mordaça que impunha restrição e decorava o riso, como uma cerca eletrificada, sem a placa “Perigo”.

O sol forte impôs urgência, e por mais que eu pensasse que elas ficariam bem, não conseguia imaginar como eu ficaria sem elas.

A voz terna e suave de papai, que sempre me inspirava confiança e bondade, como um afago nas mãos, preencheu minha mente, onde a coragem habitou e minhas mãos pequeninas, tremulas, deixaram que elas escorregassem, a caminho de teu novo lar.

Eram tantas... de todas as cores, eu gostava de segura-las as mãos alem de poder sentir teu paladar, era como se sempre poderia ter mais e mais ás mãos, sem medos ou receios de um dia não encontra-las.

Papai quieto assistia meu marasmo em deposita-las na água de cor amarelada pelas chuvas do verão.

Despejadas na saia rodada de meu vestido, elas pareciam quietas demais, como se estivessem imaginando qual seria a próxima e a próxima e a próxima, e eu indecisa tentava ser justa, depositando primeiro as mais gasta, que já havia passado mais tempo comigo, mesmo que isto não me trouxesse conforto algum, eram as minhas chupetas, minhas fiéis escudeiras dos tantos momentos que partilhamos, das tantas noites de tempestade, onde o vento açoitava fortes as árvores, os trovões ecoavam ensurdecedores, quando a casa toda dormia, e eu as tinha como companhia.

Pude sentir papai colocar teu grande chapéu de couro sobre minha cabeça para me protegendo sol forte, ficava olhando o remo, como se cada detalhe fosse de suprema importância, mas nós dois sabíamos que ele esperava pacientemente que se cumprisse à decisão gigante, que tua Pekena, (como ele me chamava carinhosamente) e grande garota.

Mesmo que fosse difícil e demorado, ele sabia que eu cumpriria com minha palavra, em deixar definitivamente as chupetas que me acompanharam por cinco felizes anos.
Por onde eu as deixava elas continuavam flutuantes, na sequência da trajetória leve do barco, se distanciavam um pouco, mas não o suficiente para eu perdê-las de vista.
Só me restava entre os dedinhos suados, a amarelinha de florzinha lilás, não era a mais recente, mas sem duvida alguma minha preferida, aquela que eu sempre achava primeiro quando todas outras pareciam estar brincando de pique - esconde.

Deixei que minha mão a acompanhasse, senti a água fresca e turva que em contraste ao sol forte parecia um bálsamo em repouso, senti que ela se desprendia de meus dedos e como as outras, ganhava dimensão no espaço que nos separava.
O remo acentuava a uniformes e fortes gestos de encontro às águas, e como pontinhos coloridos elas foram se perdendo na visão, sem que eu pudesse ter certeza que ela faria do fundo do lago, junto a milhões de peixinhos coloridos tua nova residência.

Sabia que papai me observava atentamente, casa gesto, cada movimento, eu não iria chorar, eu sempre queria ser forte como o papai, como aqueles braços que agora me levantava e depositava em teu colo, trazendo minhas mãozinhas para se juntar ás tuas em volta do remo, onde teu rosto bem barbeado e bonito acariciava meus cabelos que impregnados de gotículas de suor grudava na face, debaixo daquele chapéu enorme.

Foi assim que chegamos na trilha que nos daria acesso mais fácil para retornar para casa, sem ter que percorrer mais meio milha até o embarcadouro da fazenda.
Muito tempo se passou, eu voltei muitas e muitas vezes pela beira do rio, ou simplesmente me assustava e voltava completamente ao deparar com algo colorido boiando nas águas daquela nascente tão amada, por onde passei minha infância.

Nunca chorei, foi um momento de uma difícil decisão, e por mais que eu tentasse mudar, era o único caminho a seguir, aprendi isto com meu pai, metas identificadas, metas tomadas, mesmo que pudesse doer, sempre seria melhor ser coerente e persistente, adiar só nos levaria a prolongar decisões que poderia com o passar do tempo, nos machucar ainda mais.

Também nunca tocamos no assunto, daquela manhã de sol forte, onde a amizade e coragem prevaleceram, nasceu uma frase... uma frase que me acompanhou por toda minha adolescência, que era uma forma delicada de papai perguntar se eu estava triste, uma frase que mais forte que os trovões em noites de tempestade, desliza suava pelos meus ouvidos em um som forte de uma voz que carinhosamente dava conotação a uma indagação... sempre que eu chegava de cabeça baixa, sandálias pelas mãos e calça arregaçada á altura do joelho... Procurando pelas chupetas, Pekena?

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Resernados

Foto de Fernanda Queiroz

Sonhos em sonhos

Estou de volta...
ao meu reino encantado,
na relva molhada,
da chuva fina,
que trás na umidade do dia,
rotina, dor e tristeza.
Vem de encontro a minha solidão,
contraste profundo,
coração moribundo,
destino traçado,
de vidas que se cruzaram
na alma,
na mente,
sem ser presente.
Vivi no passado,
um mundo acordado,
que embalado no sono,
foi só abandono.
Meus olhos se perdem,
na imensidão do verde,
que como moldura,
reproduz tua face,
traduz teu riso,
tua forma quase mágica,
de existir.
Não é sombra opaca,
nem é vulto do destino,
é teu corpo traçado,
o peito tatuado,
que habita o sonho meu,
que é muito mais forte...
que eu.

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Foto de Leo Orlandi

Vagando na Ilusão

Vagando na ilusão e esperança do encontro do amor eterno em vida,
me sobra a dúvida da medida do tempo na realização do desejo;
Será que andam juntos ou o tempo do real se torna mais demorado,
aumentando a angústia de ter, sentir e retribui o amor verdadeiro que tanto se quer,
tempo que não se define entre realizar ou não o desejo, brincando na variação da velocidade e ao mesmo tempo trazendo angústia e esperança.
Mas a calma e a certeza andam juntas com a esperança e depois de tanto esperar, chega a hora de agradecer ao tempo pela sabedoria; a calma pelo alento; a certeza pela determinação e a esperança, que reuniu todos e me trouxe você.

Foto de Carmen Lúcia

Amor sem fim...

Não creio que tenha tido fim...
Tua presença está eternizada na saudade que ficou.
Sinto-te em cada canto de mim,
a luz de teu sorriso ilumina meu amanhecer...

És o olhar da noite escura , intérprete do luar,
o vento fala tua voz e teu hálito vem me soprar...
És a brisa que me beija, canção a me embalar,
vejo-te Deus em minhas preces a me escutar,
a desvendar caminhos
sendo ponte para eu passar.

És as cores a bailar nos horizontes,
o matiz de onde surgem os amores...
encontro-te nas águas dos mares,
no ápice das montanhas,
sobre os santificados altares,
no frêmito de minhas entranhas...

Sei que me esperas...
Mesmo em outra esfera, nova era.
Amor assim é infinito,
lavra a alma... inferno e paraíso,
misto de divino e profano,
certeza a superar enganos...
Sentimento que vai se aprofundando
e pelo universo se perpetuando...

Amor assim
é princípio e meio...Sem fim.

Carmen Lúcia

Foto de Ivanifs

Poema feito a dois

Belo Alvorecer

Estou aqui no silêncio da noite
e já pensando no alvorecer
Ouvindo os carros passando
fico logo me perguntando
Onde está você?

Me deito em devaneios
Te vejo vindo ao meu encontro
Tua beleza é tão exata
Que me fez acordar desse sonho

Ivani e Laryssa

Foto de Graciele Gessner

Abordando-a. (Graciele_Gessner)



Categoria: conto


Ele chegou de mansinho de quem não queria nada e se ajeitou da melhor forma para conquistar a sua amada. Mas...

Até que um dia, o destino ajudou numa aproximação, e o encontro foi inevitável. Ela caminhava tranquilamente pelo calçadão e ele abordou-a, parando com o seu automóvel. Ele pediu que entrasse para conversar. Ela entrou um tanto apreensiva.

Ele andou um quarteirão à frente e parou. A conversa aconteceu dentro do carro, ele tentou uma aproximação mais fatal, ela não permitiu. Disse até que ele precisava de um par de algemas em suas mãos. Ele replicou: “deixo colocar algemas no meu coração, menos em minhas mãos”. A declaração foi feita, ele expôs seus sentimentos que estava sentindo. Ela não correspondeu suas perspectivas e saiu, deixando ele sozinho.



13.02.2010

Escrito por Graciele Gessner.



*Se copiar, favor mencionar a autoria. Obrigada!

Foto de Ivanifs

Um dia...

Distante terra de ninguém
è onde me encontro agora

Nada mais me atinge
Meu corpo é inerte, frio, vazio

Nesta procura por nada, nem por ninguém
nesta tarde ensolarada , onde pela cortina vejo a sombra da saudade

Uma saudade de nada, saudade daquilo que nunca vi
nem toquei, nem senti

O universo está presente em mim
E eu nele

Eu venci, por existir
Por ser alguém, que tem olhos pra ver

Que tem pernas para caminhar
e braços para abraçar

Coração para amar, boca para falar
Falar de poesia, falar de amor
Falar de sentimento

Embora esse momento
Seja de coisa alguma
Seja um simples lamento
Do nada que perdi

Mas estou viva aqui
E vivendo vou aprendendo
Que o amor depende do dia
da hora, do ano, da vida...

Que muitas vezes poupa nossos sonhos
nosso sorriso

Por isso me escondo entre poemas
E neles acabo me achando
E achando que desta forma
Eles me encontrarão um dia

E quando esse dia chegar , estarei aqui
a escrever diferente
Ou nunca mais escreverei nada...

Ivani

Foto de Carmen Lúcia

Suave Canção

Seguiremos a doce melodia...
Partirei de um ponto qualquer
e irei lhe encontrar onde você estiver...

E então, pressentindo meus passos
virá ao meu encalço em plena sintonia
com meu coração, com a suave canção...

Seguindo os acordes da sinfonia
que se tornam mais fortes
à medida que de mim se aproxima...

E a cada passo que damos
gravada deixamos, a chama do amor...
no chão que pisamos,
ar que respiramos,
perfume da flor...

Nos dias que antecedem
o nosso encontro, em qualquer ponto,
marcado pelo destino que aponta o caminho
para nos encontrar...

Seguiremos a suave canção
entoada ao vento,
regida pelos astros...

Serão muitos sóis e luas
que rastrearão nossos rastros...
a testemunhar nossos passos
nesse afã de chegar...

Mas toda estrada se encurta
se partimos em busca
do incólume desejo de amar.

Carmen Lúcia

Foto de Ivanifs

Agora

O sol surgiu de manhã
Entrou pela janela da sala
Iluminando esta manhã dolorida

Agora tento arrumar a casa
Tento arrumar meus sonhos
Consertar meus planos
Esquecer os enganos

Meus olhos procuram respostas
Para tantas perguntas

A vida está presa aqui
Nesta sala, neste canto

Onde me encontro, inerte
Sem forças pra pensar
Cansada de lutar
Por algo que nem sei sequer existe

Eu idealizei tudo
Sempre do mesmo jeito
Mas a vida não é assim

Como dentro de nossas cabeças

A vida é o aqui e o agora

Agora eu me vou
Depois eu volto...
Pra escrever mais um pouco

Dos sonhos,
dos meus suaves sonhos

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