Dúvida

Foto de CarmenCecilia

AUTO DESCOBERTA VIDEO POEMA DE CARMEN LÚCIA

POEMA : CARMEN LUCIA

EDIÇÃO: CARMEN CECILIA

MÚSICA: NOBODY SUPPOSED TO BE HERE ( DEBORA COX )

Auto-descoberta

De repente, estremeço.
Um arrepio me rouba os sentidos.
Tira-me o chão, em transe permaneço.
Reflexos tomam conta de meus movimentos.
De meus atrevimentos...
O êxtase amplia tais momentos.

Um toque, um forte arrepio... Enlevo total!
Um vôo descomunal...
No ar, gemidos ofegantes, delirantes,
Encontro do sublime com o insano,
Choque do sagrado com o profano,
O arrojo e a fraqueza.
A entrega e a sutileza.
A dúvida e a certeza.
A força do desejo e a submissão.
A confirmação!

A paixão a rondar pelos cantos...
Doidivanas, semeando enganos...
Mentiras sutis, sentimentos vis,
Disfarce imprescindível à nossa carne,
Imbuído, incrustado, penetrado...
Uma fraqueza.Sim! A mais austera!
Uma mentira.Talvez!A mais sincera!
A alma dilacera, o corpo engabela.
E lá fora, em confronto com a paixão,
O amor correndo livre, sem direção.

(Carmen Lúcia)

Foto de Teresa Cordioli

DUVIDA...

*
DUVIDA...

*

Quero ter-te para mim eternamente.
Teu corpo me aquece e me coloca em chamas.
Abraço-te perguntando se me amas...
- Qual é o amor que afinal por mim sentes?

Por que em mim existe esta dúvida,
Se já lhe fiz essa pergunta anteriormente?
E a sua resposta me foi direta e límpida...
- Eu te amo! E amarei para sempre!

Quem já sofreu por amor entende:
Que a dúvida é um sentimento latente,
Por mais que seu amor esteja presente...

Quero ter-te para mim eternamente,
Confessando teu amor persistente,
Sem qualquer duvida. Naturalmente...

Foto de Carmen Lúcia

Auto-descoberta

De repente, estremeço.
Um arrepio me rouba os sentidos.
Tira-me o chão, em transe permaneço.
Reflexos tomam conta de meus movimentos.
De meus atrevimentos...
O êxtase amplia tais momentos.

Um toque, um forte arrepio... Enlevo total!
Um vôo descomunal...
No ar, gemidos ofegantes, delirantes,
Encontro do sublime com o insano,
Choque do sagrado com o profano,
O arrojo e a fraqueza.
A entrega e a sutileza.
A dúvida e a certeza.
A força do desejo e a submissão.
A confirmação!

A paixão a rondar pelos cantos...
Doidivanas, semeando enganos...
Mentiras sutis, sentimentos vis,
Disfarce imprescindível à nossa carne,
Imbuído, incrustado, penetrado...
Uma fraqueza.Sim! A mais austera!
Uma mentira.Talvez!A mais sincera!
A alma dilacera, o corpo engabela.
E lá fora, em confronto com a paixão,
O amor correndo livre, sem direção.

(Carmen Lúcia)

Foto de Graciele Gessner

Não Julgue, Para Não Ser Julgado. (Graciele_Gessner)

Julgamos muitas vezes sem ao menos conhecer, evitamos, nos omitimos. Sabemos julgar, mas fazer uma reflexão sobre o que tudo nos rodeia fica difícil. Fazemos a nossa auto-análise sem conhecer os fatos, nos manifestamos e até nos mostramos preconceituosos (...).
Aprender a arte de pensar e ouvir. Como dizia o Augusto Jorge Cury, “ouvir aberta e despreconceituosamente o outro e não ouvir apenas o que se quer ouvir. Expandir o mundo das ideias (pensar) através do uso da inteligência (a arte da pergunta, dúvida, crítica, observação...)”.

Amar quem merece esse singelo sentimento; viver cada milésimo de segundo como fosse último; reavaliar os seus objetivos de vida constantemente; sair/passear mesmo que esteja só; por isso tudo, observe o que tem ao seu redor, avalie, pense, veja e ame se possível. Diga não aos julgamentos preconceituosos.

05.02.2007

Escrito por Graciele gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de ana beatriz formignani

Amor e Loucura

Amor e Loucura

"Contam que uma vez se reuniram todos os sentimentos e qualidades
dos homens em um lugar da terra. Quando o ABORRECIMENTO havia reclamado pela terceira vez, a LOUCURA, como sempre muito louca, propôs:
- Vamos brincar de esconde-esconde?
A INTRIGA levantou a sobrancelha intrigada e a CURIOSIDADE
sem poder conter-se perguntou:
- Esconde-esconde? Como é isso?
- É um jogo, explicou a LOUCURA, em que eu fecho os olhos
e começo a contar de um a um milhão enquanto vocês se escondem, e quando eu tiver terminado de contar, o primeiro de vocês que eu encontrar ocupará o meu lugar para continuar o jogo.
O ENTUSIASMO dançou seguido pela EUFORIA. A ALEGRIA deu tantos
saltos que acabou por convencer a DÚVIDA e até mesmo a APATIA,
que nunca se interessava por nada.
Mas nem todos quiseram participar: a VERDADE preferiu não esconder-se.
"Para que se no final todos me encontram?"- pensou. A SOBERBA opinou que
era um jogo muito tonto (no fundo o que a incomodava era que a idéia não
tivesse sido dela ) e a COVARDIA preferiu não se arriscar.
- Um, dois, três, quatro, ... - Começou a contar a LOUCURA.
A primeira a esconder-se foi a PRESSA que caiu atrás da primeira
pedra no caminho. A FÉ subiu ao céu e a INVEJA se escondeu atrás da
sombra do TRIUNFO que, com seu próprio esforço, tinha conseguido subir
na copa da árvore mais alta. A GENEROSIDADE quase não conseguiu
esconder-se, pois cada local que encontrava parecia perfeito para algum
de seus amigos: se era um lago cristalino, ideal para a BELEZA; se era a
copa de uma árvore, perfeito para a TIMIDEZ; se era o vôo de uma borboleta,
o melhor para VOLÚPIA; se era uma rajada de vento, magnífico para a LIBERDADE.
E assim acabou escondendo-se num raio de sol. O EGOÍSMO, ao contrário,
encontrou um local muito bom desde o início. Ventilado, cômodo, mas apenas
para ele. A MENTIRA escondeu-se no fundo do oceano ( mentira! ela se
escondeu mesmo foi atrás do arco-íris ) e a PAIXÃO e o DESEJO,
no centro dos vulcões. O ESQUECIMENTO... não me recordo onde
se escondeu mas isso não é o mais importante...
Quando a LOUCURA já estava lá pelos 999.999 , o AMOR ainda não
havia encontrado um local para esconder-se pois todos já
estavam ocupados, até que encontrou uma rosa e, carinhosamente,
decidiu esconder-se entre suas pétalas.
- Um milhão! - terminou de contar a LOUCURA e começou a busca.
A primeira a aparecer foi a PRESSA, apenas a três passos da pedra.
Depois, escutou-se a FÉ discutindo zoologia com DEUS no céu.
Sentiu-se vibrar a PAIXÃO e o DESEJO nos vulcões. Em um descuido,
encontrou a INVEJA e claro, pode-se deduzir onde estava o TRIUNFO.
O EGOÍSMO, não teve nem que procurá-lo. Ele sozinho saiu de
seu esconderijo, que na verdade era um ninho de vespas.
De tanto caminhar, a LOUCURA sentiu sede e ao se aproximar de um lago,
descobriu a BELEZA. A DÚVIDA foi mais fácil ainda, pois estava
sentada em uma cerca sem saber de que lado esconder-se...
E assim foi encontrando todos: o TALENTO entre as ervas frescas,
a ANGÚSTIA numa cova escura, a MENTIRA atrás do arco-íris
( mentira! na verdade estava no fundo do oceano) e até o ESQUECIMENTO,
a quem já havia esquecido que estava brincando de esconde-esconde.
Apenas o AMOR não aparecia em nenhum local...
A LOUCURA procurou em baixo de cada rocha do planeta,
atrás de cada árvore, em cima de cada montanha...
Quando estava a ponto de dar-se por vencida, encontrou um roseiral.
Pegou uma forquilha e começou a remover os ramos, quando,
no mesmo instante, escutou um grito de DOR. Os espinhos
haviam ferido o AMOR nos olhos. A LOUCURA não sabia o
que fazer para desculpar-se. Chorou, rezou, implorou,
pediu desculpas e perdão e prometeu ser seu guia eternamente...
Desde então, desde que pela primeira vez se brincou de
esconde-esconde na Terra:
O AMOR é cego e a LOUCURA sempre o acompanha."

Foto de ishi

Entre no meu coração

Quando minha alegria afeta-la
e o meu sorriso a contagiar,
avise-me
pois será uma ótima hora para tê-la.

Quando minha tristeza voce notar
e a minha falta voce sentir,
avise-me
pois para os seus braços eu irei.

Quando com voce meu sentimento eu dividir
e o meu coração para voce eu abrir,
não fique na dúvida
Entre !
se sinta avontade
pois aqui eu desejo tê-la por muito tempo.

Foto de Graciele Gessner

Te Amo! (Graciele_Gessner)

Você chega de mansinho,
Abraça-me e me beija como nunca.
Olha-me e fala: Quero-te amar!
Declara que o seu amor está pulsando fora do seu controle.

Fazemos amor como nunca fizemos antes,
Recuperamos todo o tempo perdido.
Descobre que o meu coração esconde o nosso amor.
Viajando em meu corpo com toda a liberdade,
Você percorre sem medo de ser feliz.

Nem mais uma dúvida,
Me sinto amada e retribuo com amor, com carinho, com beijos.
Descobri que a minha outra metade é você,
Que a minha felicidade é estar ao seu lado.
Te Amo!

19.12.2006

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

Dança do Tango . Poema e Poesia

****
***
**
*

Dançar um tango é espetacular,
Não da vontade, parar,
O corpo se põe a mexer,
Da vontade ,estremecer,
Só dançando pra crer!!!!
Um bom parceiro tem que ter!!!

Dançar o tango é como a poesia,
Faz-se da dança a fantasia.
Imagina-se em êxtase ao bailar
No ritmo clássico do tango.
Viro a cabeça dos marmanjos.

Dançar o tango ,é feito poema
São vários os temas, vários
Toques, vários sentidos.
O tango e assim como a poesia
É um sentimento que baila em nossa
Imaginação, assim como em vários salões.

Dançar o tango,e feito a imaginação do poeta
Vai ganhando forma jeito, fica sensual, sexy
Nada vulgar como é bom bailar..fazer o publico
Espectador se encantar, com o balanço e sensualidade.
E gestos que mechem com o corpo assim como a mente.
Se tiveres dúvida tente.

Dançar o tango é mexer com a mente poética.
Sabemos que é uma dança, que há muito tempo.
Vem se paquerando pelo mundo.
Quem conhece a dança ,sabe como nos encanta.

O tango é muito poético, e muito romântico.
O tango é uma dança Argentina. Além de mexer
Com minha inspiração,meche com minha emoção.
Dança Argentina meche com minha retina para
Ver o belo.....
Meche com meu corpo e com minha adrenalina.
Meche com o balançar do meu corpo e alma.
O tango me acalma,e me atiça,e poeticamente inspira

Anna *-* Flor-de-Lis

Manter a autoria do poema.

Foto de Wilson Madrid

O SÁBIO DESCAMISADO

*
* CRÔNICA
*
*

19:00' de um dia do mes de maio de 2003.

Tróleibus - linha 4113 - Praça da República – Gentil de Moura, São Paulo.
No interior do tróleibus lotado, os passageiros que estão espremidos e em pé enfrentam dificuldades para andar em direção às portas de saída ou para ajeitarem-se no corredor do veículo para dar passagem aos demais.
Faz calor e as pessoas suam. Algumas que estão sentadas cochilam, cansadas por mais um dia de trabalho. Algumas poucas conversam; a maioria segue calada, cada uma refletindo sobre os seus próprios problemas, sonhos ou ilusões.
O trânsito fica congestionado e o tróleibus fica alguns minutos parado, sem poder continuar sua viagem; sem movimento e sem a ventilação natural das janelas, o calor e o desconforto aumentam.
De repente, na calçada, surge um homem maltrapilho, sem camisa e com barba mal cuidada; aproxima-se da lateral do tróleibus, olha para os passageiros, sorri um sorriso meio desdentado e irônico e começa a cantar, com uma melodia original, toda própria dele: “Ê vida de gado... povo marcado... povo feliz....”.
Como o tróleibus demora a partir, ele repete várias vêzes os mesmos sorriso e refrão: “Ê vida de gado... povo marcado... povo feliz...”.
Os passageiros começam a se entreolhar. A maioria continua séria. Duas moças ao meu lado não resistem e dão risada e eu, também não resistindo, comento contente: "é Zé Ramalho... ele conhece..."; elas não comentam nada, continuam felizes e continuam a sorrir. O tróleibus parte, o mendigo desaparece das nossas vistas e todos voltam para os seus pensamentos, alguns, talvez, refletindo sobre significado do ocorrido.
Eu, de minha parte, fiquei curioso em saber o que passou pelas cabeças daquelas pessoas, principalmente daquelas que riram... Será que elas riram do mendigo? Será que elas riram da situação? Ou será que riram para disfarçar a vergonha? Afinal de contas aquela linha serve apenas bairros de classe média e muitos passageiros trajavam terno e gravada e muitas passageiras também estavam elegantemente vestidas. Será que, apesar de muito conhecida na época em que foi tema da “novela das oito”, conheciam a canção “Admirável gado novo” do genial Zé Ramalho, poeta, profeta e cantador da Paraíba? E mesmo que tenham acompanhado a novela e conheçam a canção, será que elas já tem consciência de "que fazem parte dessa massa, que passa nos projetos do futuro"; e de que "é duro tanto ter que caminhar, e dar muito mais do que receber"?
Tive que me conformar em ficar sem respostas quanto à essas dúvidas, porém, apesar de saber que infelizmente eu provalvelmente nunca mais voltaria a vê-lo, fiquei com a certeza de que, ao contrário do que alguns cidadãos de terno e gravata e algumas cidadãs elegantes que viajavam naquele tróleibus, o homem maltrapilho, sem camisa e com barba mal cuidada, dormiria tranquilo e despreocupado, naquela noite fria que se anunciava, num canto qualquer de alguma praça de São Paulo, tendo por travesseiro a sua consciência e por cobertor a sua sabedoria...
O tróleibus continuou sua viagem e uma última dúvida me surgiu: será que, além de considerá-lo louco e engraçado, algum dos passageiros percebeu, na figura daquele homem, crucificado pela nossa injustiça social, uma das faces pelas quais Jesus Cristo se faz presente atualmente no meio de nós?
Chego ao meu destino, desço do tróleibus, caminho pela avenida Nazaré e sinto, finalmente, uma suave e refrescante brisa, que me faz usufruir de uma pequena amostra do maravilhoso efeito do desfraldar da bandeira branca da paz...

Foto de Wilson Madrid

O AMOR É AZUL

*
*
*
*
Não é a ira que ao amor convém...
É a ternura constante que lhe faz bem...
É do pensamento, da ação e da palavra que é dita...
A lei da flecha bendita ou maldita que vai e vem...

Verdade, bondade, carinho, centeio...
O amor permanece mesmo quando cai...
Humilde, escuta, pondera, perdoa...
É luz cintilante, brilha, renasce e vai...

Não é a dúvida que ao amor convém...
É a confiança constante que lhe faz bem...
Não é da ira que o amor vem...
É pela ternura constante... que o amor é zen...

Girassóis, flamboyants, doçuras da maçã...
A musa azul tão amada e até adorada...
Nas 57 sementes da deliciosa romã...
O nome do anjo do poeta amado...

Na caravela armada ou na nau naufragada...
Está o segredo que o inverso nos trás...
Se é forte ou se é fraca, é nau, tanto faz...
O amor não cansa de azular a lembrança...

O amor que é vital...
Que é luz e é paz...
É lindo e é tudo...
É azul e é zen...

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