Dizer

Foto de Sirlei Passolongo

Somos Todos Premiados e Vencedores

Quero parabenizar a todos as pessoas que têm o dom da escrita,
Essa magia de levar luz por meio das palavras, essa luz dada a poucos entre os seres humanos.
Pessoas que são vencedoras por expressarem sentimentos em forma de versos, de contos, de música, de vídeos, em forma de amor...
Somos todos premiados por ter a oportunidade de dividir nossas letras, de aprender, de ensinar, e principalmente, emocionarmos uns aos outros.
Quem ganha de verdade, quem é a grande vencedora num evento desse porte, é a cultura, aqui lindamente representada pela poesia.
A Grande Dama Poesia sempre tão abandonada por nossos governantes, sempre tão negada a maioria da população... A Poesia, tida como arte menor por muitos críticos literários, a poesia que não encontra mercado editorial, pois a emoção não gera lucros, e lucros é que tanto interessa a nossa sociedade.
Eu gostaria de citar aqui todos os membros desse site, todas as pessoas que fazem com que ele seja como é, um sucesso... Infelizmente, isso não será possível. Mas reafirmo... Quem ganhou nesse concurso, como em qualquer outro, é a Poesia. Portanto, é preciso que nos demos as mãos para fortalecer a POESIA, e a levarmos até nossas casas, nosso trabalho, nossos amigos e dizer a todos que poesia não é coisa de gente “ maluca” como os poetas... poesia é vida e é de vida que esse mundo está precisando.

PARABÉNS PRA NÓS!

Foto de Civana

All About Lovin' You...

Hoje meu filho instalando um jogo no PC, conversava com um amigo e olhavam uns clips que ele havia baixado, até que o amigo perguntou se ele gostava do Bon Jovi, pois estava vendo na pasta. Nesse momento entrei no quarto e ouvi meu filho responder:
"_Não, isso é coisa da minha mãe, ela é doida por esse cara, tem todos os cds, vídeos, sabe tudo da vida dele, pergunta pra ela qualquer coisa", e riram...rs.

E ainda completou, "esse cara é velho", o que eu respondi prontamente: "Ele é perfeito, isso sim! Quem dera todos chegassem aos 45 anos como ele, olhos, dentes, corpo, tudo lindo"! Aí ele completou, "mas é porque tem dinheiro", e eu respondi, "nada disso, muitos têm dinheiro e estão uns bagaços na idade dele". "Desiste, ela adora ele"...completou meu filho, rs.
Depois coloquei mais uma vez o clip de "All About Lovin' You" (traduzindo: "Só tenho amado você", ou algo parecido). Realmente, "Eu I Love You Demais Jon Bon Jovi"!!! rs

Lembrei que acompanho tudo dele desde 1984, desde o início, quando quase não dava pra enxergar seu rosto, com tanto cabelo que ele tinha...rsss. Era moda nos anos 80, aqueles cabelos imensos, cheios, todo desarrumado, roupas coloridas, calças justas...ai, as calças justas, que problema Sr John Francis Bongiovi Jr, rs. Como é bom lembrar desse tempo! Quantas esperanças, sonhos, coração batendo forte no peito, e agora...vazio. É bom olhar pra trás e ver quantas coisas boas que vivi, quanto amei, sorri e sonhei. Não é fácil não ver muita coisa à frente, depois de tudo isso. Agora sou mulher, mãe e divorciada, coisas difíceis de conciliar. Só quem passa por isso sabe do que falo, a mãe esmaga a mulher, tem que sobressair, emergir forte, com garras imensas para defender sua cria e esquece, apaga a menina que um dia sorriu, chorou, sonhou com a voz maravilhosa de Jon Bon Jovi ao ouvido.

Outro dia escutei na TV uma escritora, que infelizmente esqueci o nome, dizer mais ou menos o seguinte: "Não perdi minha juventude, conquistei minha maturidade!". Achei interessante ela dizer que as pessoas insistem em só olhar para o passado e contabilizar as perdas, mas acredito que isso aconteça porque muitos não têm orgulho de ter conquistado a maturidade. Não pelo fato de envelhecer fisicamente, isso é natural, todos passarão por isso. Mas por ter as mãos vazias, aquela sensação de que faltam muitas coisas, de não ter feito o que deveria, de não ter um bom emprego, ou sequer um emprego, de não ter um companheiro, de não ser amado, de não ter um amor. Nem todos têm a chance de poder somar os ganhos na maturidade, então, só lhes resta contabilizar as perdas do passado...

(Civana)

Foto de Noslen

Ce

Quem és tu?
Senhora dos meus pensamentos.
Dona dos meus sonhos, musa da minha inspiração.
Responsável pelo meu sofrimento, principal culpada da minha alegria.
Obrigado por seres quem és, com todos os teus defeitos, com todas as tuas virtudes …
És a razão porque escrevo todas estas linhas e por todas as que escrevi ao longo dos anos.
Na nossa breve passagem pela vida temos uma e só uma oportunidade de amar verdadeiramente, muitos passam o tempo á procura desse amor sem nunca o encontrarem, outros por vezes tem-no á sua frente e não o reconhecem, há ainda aqueles que sabem que o encontraram mas não são correspondidos.
No fim de tudo quando chegar a minha hora quero olhar para traz e dizer a mim mesmo: tudo fiz para encontrar e agarrar o meu verdadeiro amor, vou errar como todos erramos, vou arrepender-me de muitas coisas como todos fazemos, mas…
Quero ter a certeza de uma coisa.
Se a minha vida acabasse hoje podia com certeza dizer:
Amei-te incondicionalmente, entreguei-me de corpo e alma e fui sincero quer para o bom quer para o mau.
Seja qual for o desfecho que temos reservado quero poder dizer que fiz tudo o que estava ao meu alcance…

Do fundo do meu ser ,
AMO-TE…

Foto de carlosmustang

CARLOS/ SOBRE PREMIAÇÃO

Nós ficamos um pouco magoados algumas vezes, porque todos queremos ser bom em algumas coisas! Mas temos que aceitar as regras! Fiquei chateado (confesso)de não ver alguns poetas, congrátulados(inclusive eu,rsrs)como a GRACIELE. a CARMEM CECILIA, o poeta DIRCEU, a RAIBLUE, e até a FERNANDA, que quando está inspirada, escreve verdadeiras obras! Mas também tenho que me curvar aos talêntos dos vencedores! Muitos aqui são verdadeiros poetas! Alguns são criticos, outros apreciadores, outros metidos a besta como eu! Mas quero dizer que nossos sonhos ninguém tira, nunca vi aqui um poema. sequer, que não valesse atenção, análise, uma apreciação! Todos aqui são especiais, dignos de publicação!
Quero então dizer: Queridos amigos, sejam artistas, sejam lidos admirados! E pra vocês que ganharam, sempre pé no chão(nenhum critico gosta do imortal PAULO COELHO, um dos maiores escritores do mundo)e é bom ver um filhote da arte de PABLO NERUDA, aqui, humildemente!
abraços a todos vocês....................

Foto de Sirlei Passolongo

Agradecimento! FELIZ ANO NOVO!

Como é maravilhoso poder agradecer o ano que passou...
Se não foi como desejávamos... Mas, foi o que tivemos
E chegamos inteiros ao final dele é motivo para agradecer e muito
... Se caímos no percurso, também nos levantamos
Se choramos, também sorrimos...
Se perdermos, muito mais ganhamos,
pois, ganhamos a oportunidade abençoada de recomeçar...
Ah! quantas pessoas desejaram recomeçar e não
conseguiram... Partiram.
E como é maravilhoso ter a graça de recomeçar,
Ter a oportunidade de buscar nossos sonhos outra vez
Poder abraçar nossos amigos novamente.
Olhar nos olhos dos nossos filhos,
Dos nossos pais, do amor da nossa vida.
e dizer que o amamos... Mais uma vez e mais uma, e mais uma...
Como é maravilhoso poder olhar os ponteiros do relógio
e fazer a contagem regressiva com o coração acelerado,
sonhos mil na cabeça, com fé, muita fé que irão se realizar...
E essa fé que nos permiti caminhar...e acordar, acordar todos os dias...
Novos dias... Luzzzzzzzz do sol, novas noites.......lindas luaaaaas
E é a esperança que nos leva à diante... nos leva a lutar...
sorrir...chorar..gritar... a esperança e a fé no novo ano
que vai começar.

FELIZ 2008
A TODOS OS POETAS E AMIGOS
DE POEMAS DE AMOR.

ABRAÇOS!!!!
(Sirlei L. Passolongo)

Foto de Jhessyca Lima

Decisão

Aproxima-se a hora da decisão
de dizer-te em fim, adeus
ou ficar para sempre nos braços teus...
Eu me vejo sem ter outra opção:
tenho que deixar de vez teu coração...
Eu sei, não vale mais à pena
dedicar tanto amor a uma alma pequena, insensível, de teimosia invencível...
Sinto...
Meu coração cansou...
E você, será o réu e o executor,
carrasco dos sentimentos meus...
deixe-me, amor, partir
ou me prenda de vez nos braços teus...

Foto de Deoleones

Recordar

O meu pensamento vagueia…
Lembras quando víamos as gaivotas,
O mar, o Sol...
E me dizias:
Olha é lindo!!!
Belém!...
A torre,
o rio
e...
Nós.
beijos
palavras
vida.
O tempo passa!
Dia após dia,
hora após hora,
noite após noite.
Entre risos, lágrimas
Alegrias e dor.
Muito fica por dizer...
O sabor do beijo,
o cheiro da pele …
meu pensamento!
A torre, o rio e as gaivotas,
sim esses estão
continuam lá!
A vida também
essa,
continua sim.
E...
acompanha o meu
pensamento...

Foto de elcio josé de moraes

QUIETUDE

Às vezes pouco falo.
Mas o que dizer, se eu te amo tanto?
E as vezes no silêncio, eu te vejo em pranto,
E ainda nessas horas eu me fecho e me calo.

Quando sozinho vou pensando,
Em lhe dizer mil coisas e até lhe dizer de mim,
Mas quando eu vou chegando,
Me esvazia a mente, e quando em tua frente, já chegou ao fim.

Mas eu te adoro muito!
Em todos os momentos,
São teus os meus sentimentos.

E é teu o meu amor,
E nem poderia ser diferente,
Pois só com você eu vivo contente...

Escrito por elciomoraes

Foto de Camilinha PoP

A Amizade para mim

A Amizade, não é somente você olhar para o seu amigo todos os dias de manhã e dizer um: Olá ou: Tchau. A Amizade não é isso, ela vai muito mais além de um "Oi" e de um "Tchau". A Amizade é você se preocupar com a pessoa, é você aceitar a pessoa do jeito que ela é, seja rico ou pobre, negro ou branco, Deus nos fez com algumas diferenças de cor e de classes sociais, mas isso vai mudar alguma coisa, pouca mais vai, mas isso não deixa que nós sejamos diferentes por dentro. Amizade, é você ter confiança nele, ter respeito, carinho, fidelidade e principalmente: o Amor. Isso é uma veradadeira amizade pra mim.

Foto de Maria Goreti

A HISTÓRIA DE ANA E JOAQUIM – UM CONTO DE NATAL.

Chamavam-no “Lobo Mau”. Era sisudo, magro, alto, olhos negros e grandes, nariz adunco, cabelos e barba desgrenhados, unhas grandes e sujas. Gostava da solidão e tinha como único companheiro um cão imundo a quem chamavam “o Pulguento”. Ninguém sabia, ao certo, onde morava. Sabia-se apenas que ele gostava de andar à noitinha, sob o clarão da lua.

Ana, uma pobre viúva, e sua filha Maria não o conheciam, mas tinham muito medo das estórias que contavam a respeito daquele homem.

Num belo dia de sol, estava Ana a lavar roupas à beira do riacho. Maria brincava com sua boneca. Eis que, de repente, ouviu-se um estrondo. O céu encobriu-se de nuvens escuras. O dia, antes claro, tornou-se negro como a noite. Raios cortavam o céu. Ana tomou Maria pela mão e correu em direção à sua casa. Maria, no entanto, fazia força para o lado oposto. Queria resgatar a boneca que ficara no chão. Tanto forçou que se soltou da mão de Ana e foi arrastada pela enxurrada para dentro do riacho. Desesperada, Ana lança-se nas águas na vã esperança de salvar a filha. Seu vestido ficara preso a um galho de árvore e ela escapara, milagrosamente, da fúria das águas. Desolada, decidiu voltar para casa, mas antes parou na igreja. Ajoelhou-se e implorou a Deus que lhe tirasse a vida, já que não teria coragem de fazê-lo, por si. Vencida pelo cansaço adormeceu e só acordou ao amanhecer. Ana olhou em derredor e viu a imagem do Cristo pregado na cruz. Logo abaixo, ao pé do altar, estava montado um presépio. Observou a representação da Sagrada Família: Maria, José e o Menino Jesus. Pensou na família que um dia tivera e que não mais existia. Olhou para o Menino no presépio e depois tornou a olhar para o Cristo crucificado. Pensou no sofrimento de Maria, Mãe de Jesus, ao ver seu filho na cruz. Ana pediu perdão a Deus e prometeu não mais chorar. Ela não estava triste, sentia-se morta. Sim, morta em vida.

Voltou à beira do riacho. Não encontrou a filha, mas a boneca estava lá, coberta de lama. Ana desenterrou-a, tomou-a em suas mãos e ali mesmo, no riacho, lavou-a. Depois seguiu para casa com a boneca na mão. Haveria de guardá-la para sempre como lembrança de sua pequena Maria.

Ao chegar em casa Ana encontrou a porta entreaberta. Na sala, deitado sobre o tapete, havia um cão. Sentado no sofá um homem magro, alto, olhos negros e grandes, nariz adunco, cabelos e barba longos e lisos, unhas grandes. Ana assustou-se, afinal, quem era aquele homem sentado no sofá de sua sala? Como ele conseguira entrar ali?

Era um homem sério, porém simpático e falante. Foi logo se apresentando.

- Bom dia, dona Ana! Chamo-me Joaquim, mas as pessoas chamam-me “Lobo Mau”. Mas não tema. Sou apenas um homem solitário. Sou viúvo. Minha mulher, com quem tive dois filhos, Clara e Francisco, morreu há dez anos e os meninos... Seus olhos encheram-se de lágrimas. Este cão é o meu único amigo.

Ana, muito abatida, limitou-se a ouvir o que aquele homem dizia. Ele prosseguiu:

- Há muito tempo venho observando a senhora e o zelo com que cuida de sua menina.

Ao ouvir falar na filha, os olhos de Ana encheram-se de lágrimas. Lembrou-se da promessa que fizera antes de sair da igreja e não chorou; apenas abraçou a boneca com força. Joaquim continuou seu discurso:

- Ontem eu estava escondido observando-as perto do riacho, quando começou o temporal. Presenciei o ocorrido. Vi quando a senhora atirou-se na água, mas eu estava do outro lado, distante demais para detê-la. Também não sei se conseguiria. Pude sentir a presença divina naquele galho de árvore na beira do riacho. Quis segui-la, mas seria mais um a nadar contra a correnteza. Assim que cessou a tempestade vim para cá, porém não a encontrei. Queria lhe dizer o quanto estou orgulhoso da senhora e trazer-lhe o meu presente de Natal!

Ana ergueu os olhos e comentou:

- Prometi ao Senhor, meu Deus, não mais chorar. Mas o Natal... Não sei... Não gosto do Natal. Por duas vezes passei pela mesma situação. Por duas vezes perdi pessoas amadas, nesta mesma data.

Joaquim retrucou:

- Senhora, a menina está viva! Ela está lá dentro, no quarto. Estava muito assustada. Só há pouco consegui fazê-la dormir. Ela é o presente que lhe trago no dia de hoje.

Ana correu para o quarto, ajoelhou-se aos pés da cama de Maria, pôs-se em oração. Agradeceu a Deus aquele milagre de Natal. Colocou a boneca ao lado de sua filhinha e voltou para a sala. O homem não estava mais lá.

Um carro parou na porta da casa de Ana. Marta, sua irmã, chegou acompanhada de um jovem casal – Clara e Francisco, de quinze e treze anos, respectivamente. Alheios ao acontecido na véspera, traziam presentes e alguns pratos prontos para a ceia.

Ana saiu para recebê-los e viu o homem se afastando. Chamou-o pelo nome.

- Joaquim, espera. Venha cear conosco esta noite. Dá-nos mais esta alegria.

Joaquim não respondeu e se foi.

Quando veio a noite o céu estava estrelado, a lua brilhava como nunca!
Ana, Marta, Clara e Francisco foram à igreja. Ao retornarem a porta estava entreaberta. No sofá da sala um homem alto, magro, olhos negros e grandes, nariz adunco, sorridente, cabelos curtos e barba bem feita, unhas aparadas e limpas. Não gostava da solidão e trazia consigo um companheiro - um cão branquinho, limpo, chamado Noel.
Antes que Ana pudesse dizer alguma coisa ele disse:

- Aceitei o convite e vim participar da ceia e comemorar o Natal em família. Há muitos anos não sei o que é ter família.

Com os olhos marejados, Joaquim começou a contar a sua história.

- Eram 23 de dezembro. Minha mulher e eu saímos para comprar brinquedos para colocarmos aos pés da árvore de Natal. As crianças ficaram em casa. Ao voltarmos não as encontramos. Buscamos por todos os lugares. Passados dois dias meu cachorro encontrou suas roupinhas à beira do riacho. Minha mulher ficou doente. Morreu de paixão. A partir do acontecido, volto ao riacho diariamente para rezar por minhas crianças. Ontem, mais um 23 de dezembro, vi sua menina cair no riacho e, logo depois, a senhora. Fiquei desesperado. Mais uma vez meu “Pulguento” estava lá. E foi com sua ajuda que consegui tirar sua filhinha da água e trazê-la para cá.

Clara e Francisco se olharam, olharam para Marta e para Ana. Deram-se as mãos enquanto observavam o desconhecido.

- Joaquim, ouça, disse-lhe Ana. Há dez anos, meu marido e eu estávamos sentados à beira do riacho. Eu estava grávida de Maria. Eu estava com os pés dentro d’água e ele estava deitado com a cabeça em meu colo. De repente ouvimos um barulho, seguido de outro. Meu marido levantou-se e viu duas crianças sendo levadas pela correnteza. Ele conseguiu salvá-las, mas não conseguiu salvar a si. Entrei em estado de choque. Fiquei sabendo, mais tarde, do que havia acontecido por intermédio de minha irmã, que mora na cidade. Foi ela quem cuidou das crianças. Não sabíamos quem eram, nem quem eram os seus pais.

Aproximando-se, apresentou Marta e os dois jovens a Joaquim.

- Joaquim! Esta é Marta, minha irmã. Estes, Clara e Francisco.

Ana e Joaquim olharam-se profundamente. Não havia mais nada a ser dito. Seus olhos brilhavam de surpresa e contentamento.

Maria brincava com sua boneca e com seu novo amiguinho Noel. E todos cantaram a canção “Noite Feliz”, tendo como orquestra o som do riacho e o canto dos grilos e sapos.

Joaquim, Ana e Maria formaram uma nova família. Clara e Francisco voltaram com Marta para cidade por causa dos estudos, mas sempre que podiam vinham visitar o pai.
Joaquim reconquistara sua fama de homem de bem.

O povo da região nunca mais ouviu falar do “Lobo Mau” e do seu cachorro “Pulguento”.

Autor: Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES – 23/12/07

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