Discussão

Foto de Vadevino

TURRÃO

Não dá o braço a torcer,
Tem mil por cento de razão.
O seu maior prazer
É ser o rei da discussão.
Ainda está pra nascer
Quem lhe mude a opinião.
Permitir-se convencer
É coisa fora de questão.

Por causa do seu conceito
De dizer sempre o “amém”,
De poucos têm o respeito,
Amigos, quase não têm.
É nascido desse jeito.
O modelo ele mantém.
Acredita que é perfeito
E que o resto é “ninguém”.

Não ouve nem aos pais,
Aqueles que lhe deram vida!
Tudo ele sabe mais,
Sempre em maior medida.
Essas são as credenciais
Da mente desmilingüida.
Pra onde é que tu vais
Ó alma doente e perdida?!

Foto de Graciele Gessner

Fases da "Gestação" Prematura. (Graciele_Gessner)

Um mês: Período de descoberta.
Momento de admiração, de encantamento.
Surgimento de um beijo cheio de desejos.

Dois meses: Período de desenvolvimento dos sentimentos.
Momento de fazer e deixar acontecer.
Espontaneidade e franqueza.

Três meses: Período de confusão, de desentendimento.
Momentos de discussão e decisões rápidas.
Fim e procura... Retorno.

Quatro meses: Período de transformação profissional.
Momento de mudar o futuro da vida.
Oportunidade e possível crescimento.

Cinco meses: Período de constante modificação.
Momento de incerteza, um possível afastamento.
Incentivo e perda do meu benquerer.

Seis meses: Período angustiante, conflitante.
Momento de infidelidade, de separação.
Uma pausa da improbabilidade de tudo.

Sete meses: Período de revelação, de manifestação.
Momento de declaração, afirmação do amor.
Choro, tristeza, saudade estiveram presentes.

Oito meses: Período de enfrentar a realidade.
Momento decisivo, ocasião determinante.
Sem mentiras, sem omissão de fatos.

Com oito meses, veio você da “gestação” prematura.
Finalmente nasceu um sentimento nunca antes revelado.
Sentimento escondido no seu infinito coração,
Depois de enfrentar e ultrapassar tantos obstáculos.

14.03.2007

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de Paulo Zamora

Como “as vezes” somos

Infelizmente existem pessoas que não notam o quanto são amadas e queridas, nas escolhas não param pra pensar, assim como muitas vezes não param pra pensar nas palavras ditas e como andam suas atitudes referente a outros. Querem ser entendidas a qualquer custo. Querem sempre o máximo somente para sí mesmas. Nas intrigas, nos momentos mais confusos não se lembram que o melhor é não levar tudo em conta, não ignorar coisas mesquinhas e sem razões. O mundo acaba por muito pouco para pessoas que pensam somente nelas mesmas.
São amadas.
São entendidas e compreendidas.
Não percebem.
Não querem perceber.
Dizem-se maduras mas não sabem perdoar. Dizem entender de muitas coisas na vida, mas não escolhem palavras ou gestos para magoar alguém. A culpa sempre é dos outros, elas pensam sempre assim.
Quem somos nós para mudarmos a quem amamos e queremos bem? Quem somos nós para fazerem entender que conselhos não são crítica e nem intromissões? Quem somos nós para mostrarmos o quanto é bom amar e termos pessoas que nos amam ao nosso lado?
Os que discutem por qualquer motivo estão certos?
Será que a melhor maneira de se resolver as questões são com gritos e desavenças? Que tal começarmos a perceber as limitações?
Muitas vezes os que pensam saber tudo sabem pouco. Note por um momento várias pessoas e procure perceber em cada uma delas como resolvem as situações do dia a dia, qual delas resolve certo?
Ofender as pessoas não é o caminho.
Ser egoísta não é vencer e alcançar todos os objetivos, isso não ajuda, cria uma venda nos olhos e esquecem de ver como é bom a união, como é bom conversar, como é bom colocar os assuntos a prato limpo de formas humanas e sensatas, compreendendo erros, conceitos e aceitando uma maneira bonita de mudar, de fazer ser diferente. Todos nós erramos, somos falhos, humanos, não são somente os outros que sentem dores, tristeza, preocupações, são pessoas como nós...
O espaço se conquista. A privacidade se completa de bons comportamentos. Como são os pensamentos e comportamentos de pessoas maduras? Tente responder.
O sucesso é pra todos os que lutam. O amor é para todos que sabem amar. Deus é para todos os que o buscam com sabedoria.
Ninguém quer perder em discussão, ninguém quer pedir perdão as vezes; mas se todos pensarem assim, como será o mundo de amanhã? Faça a sua parte, independente de quem vai ou não entender, será modelo para outros, principalmente aqueles que param pra ver você revidar algo, como faz, como fala, como encontra a saída para determinadas circunstancias. O tempo mostrará para cada um como teria sido melhor se tivesse tido mais compreensão com a vida e com os seres que os rodeiam. O perdão não é apenas um palavra, é uma atitude provida do coração, quando buscamos em nosso sentido, talvez no mais profundo, que o perdão abre tantas portas, que aperto de mão, ou uma lágrima solucionadora, pode levar a uma conquista imensa na vida, principalmente quando temos alguém que nos ama, um amigo, um parente, alguém...
Não jogue fora as preciosidades que aprendeu, principalmente a educação, o respeito, a decisão certa no momento certo. Tudo será diferente apartir do momento em que você fizer acontecer diferente.
Você é uma pessoa importante, interessante, assim como os outros. Se alguém foi capaz de escrever ou ler esse conteúdo pra você, pense, será que esse ser humano não está demonstrando amor por você?
Será que essas palavras foram para desapontar você? Será que não tem amor aqui por você? Tire tempo para refletir. Talvez você precise de um tempo somente para você, pra pensar em tudo, fazer escolhas... acreditar no amor que existe por você. De quem te ama!
(Escrito por Paulo Zamora em 15 de maio de 2008)

Sabia que a distância pode ser ajuda para enxergar os valores que possui? Nos telefonemas averiguar quanto conteúdo tem aquela pessoa. Nas cartas ver como é fácil se expressar. Nos e-mails ver em slides lições de vida e como algumas mensagens enviadas são lindas e sensatas. A distância pode ser de ajuda para mudanças. A distância não é boa na verdade, mas é somente com ela que muitos irão aprender lições.

www.pensamentodeamor.zip.net

Foto de Carmen Lúcia

Eu te amo... Será?

Eu te amo! Três palavras...
Que ao mesmo tempo
Falam tudo e não dizem nada!
Quem as ouve, julga-se amado.
Amar é muito mais que palavras
Que no ar se perdem por faltar intensidade...
Amar é bem mais do que afagos,
Beijos, sexo, carinhos desenfreados...
Sentir-se amado vai além do “Eu te amo”,
É se sentir ancorado ao faltar o chão,
É haver cumplicidade, harmonia e comunhão,
É se ater na unicidade a investir no cotidiano,
É viver um dia-a-dia diverso de qualquer plano,
Situar a felicidade em sincronia de quem ama,
É fazer feliz sem causa ou ganho,
É saber ouvir dúvidas e certezas...
Entristecer-se com suas tristezas
E mesmo nas tempestades
Sorrir-lhe com delicadeza.
Sentem-se amados aqueles que se perdoam,
Que não guardam mágoas, nem munição,
Pra se mutilarem em meio à provável discussão...
Sente-se amado se lhe respeitam a solidão,
Quando estar a sós é momento de precisão...
Se é aceito exatamente como é...
Sem recorrer à falsidade, perder a autenticidade,
Mudar sua identidade pra salvar a relação...
Sente-se amado aquele que é escutado,
Que tudo que foi dito, é compreendido,
Que não cala sua voz, mas sussurra ao seu ouvido,
“Me ame quando eu menos merecer,
pois é quando mais preciso.”

Carmen Lúcia

(releitura do texto de Arnaldo Jabor:”Eu te amo não diz tudo.”)

Foto de Fazendo Arte

"Fazendo Vídeos em Poemas de Amor”

Oi Amigos poetas, professores colaboradores e alunos.

Aqui será nossa sala de aula, onde desenvolveremos o tema inaugural,
Sem presunção alguma, venho tentar passar para vocês um pouco do que aprendi na arte de montar figuras, imagens letras e sons.

Existe infinidade de programas, os quais poderão recorrer na criação de vídeos, mas oMovie Maker”, foi citado como, mais leve e conhecido pelos poetas, portanto este será o programa estudado, o que em momento algum, nos impedirá de estar buscando respostas para quaisquer perguntas que se fizerem necessária, sobre outros programas no decorrer do curso.

Para que haja centralidade e coerência segmentada dos assuntos decorridos, estes obrigatoriamente obedecerão às seguintes normas.
O Blog Fazendo Arte desenvolverá vários tópicos, como por exemplo, introdução, buscando imagem, buscando som, etc, que serão criados por mim.

Todos poderão participar, diretoria, orientação e alunos, estes deverão postar em “ Adicionar novo comentário”, perguntas ou respostas devidamente relacionadas á cada tópico.
O assunto será o tema em discussão, ou seja , todos deverão escrever exatamente assim em assunto.

A categoria, será sempre Artigo

Escrever as perguntas ou resposta no corpo da página, exatamente como se faz para postar normalmente, o que é importante é que sigam religiosamente o assunto, como descrito acima, para que perguntas não se percam e que todas venham a ser postadas dentro do Blog.

Haverá também aulas On Line.

Contamos com a preciosa ajuda da Diretora Joaninha, que estará organizando turmas em horários programados, respeitando os compromissos e o fuso horário dos países participantes.
Para isto, faz-se necessário que todos adicionem o MSN de contato, aqui deixo o meu-:

tutoradearte@hotmail.com

Bem amigos, espero que a sala fique apinhada de poetas, e que esta integração neste espaço, seja mais um passo ao crescimento de todos nós.

Grande abraço á todos
Fernanda Queiroz

Foto de Edson Cumbane

Revelação

Um vento sul se esbarou com um vento norte,
ventos alísios discutiram com o norte,sem sorte,
não houve desfecho na discusão, veio o mar que furioso,
interviu na discusão com a ajuda do deserto
dizendo: o que vois fazeis é incerto,
afinal o que tanto discuteis?
Os ventos responderam: Acusam-nos das mudanças climáticas!
O mar e deserto disseram não meus amigos!
É o Homem o culpado disso!
Com as emissões dos combustíveis fóssies, eles pertubam o ambiente,
destroem a camada do ozono, aumentam a emissão do dióxido
de carbono, como consequência, aumenta a temperatura terrestre,
isso causa degelação no polo norte e destroe a sua fauna, há seca e inundaçãoes em várias regiões do globo, por causa, da dita revolução tecnológica pelos humanos, eles os humanos prezam mais a fantasia da beleza trazida pela tecnologia em detrimento da destruição da mãe natureza, por isso meus amigos a discussão acabou, já sabeis quem são os culpados das mudanças climáticas, tsunamis, tempestades, catástrofes, É O HOMEM!...

Foto de elcio josé de moraes

PERDOA-ME AMOR

Não! não vá embora por favor.
Acredite! eu nunca quiz o seu mal.
Eu te imploro! fique comigo amor,
Pois sem voce nada vai ser igual.

Voce sabe, foi apenas uma discussão.
E eu falei coisas sem saber, sem pensar.
Juro! não queria magoar seu coração.
E nem quero de voce me separar.

Me perdoe e esqueça tudo o que passou.
Não importa qual de nós foi quem errou,
O que importa é que eu te amo demasiadamente.

E que este amor em mim jamais terminou.
E sei também que voce sempre me amou.
E nada, meu bem, poderá separar a gente.

Escrito por elciomoraes

Foto de Fernanda Queiroz

Conteúdos gerados por usuários

Conteúdos gerados por usuários
Ao postar comentários ou conteúdos, o participante está aceitando as seguintes condições:

1. Reconhece que não há presunção de anonimato e que o conteúdo postado é de sua inteira responsabilidade, não podendo o ser implicado em qualquer fato decorrente da postagem.

2. Reconhece que os comentários devem obedecer aos propósitos dos textos editados e manterem-se dentro do assunto da discussão em que estão inseridos e de maneira alguma induzir outros usuários a atitudes legal ou moralmente inadequadas

3. A opção de postar comentários, se aplica única e exclusivamente a uma integração e debate sobre aos tópicos postados, podendo ser uma critica literária, um cumprimento ao poema, não outorgando aos participantes o direito de publicar “Me disse, me disse”.

4. Reconhece que a permanência de comentários no site deve ser encarada como um privilégio, e que em conseqüência disso o Site de Poemas de Amor tomará providências necessárias para garantir as condições supracitadas, sempre que solicitado por alguma parte ofendida e que possa ser verificada a ocorrência de violação.

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6. O participante deverá concordar que O Site Poemas de Amor, poderá optar pela exclusão de qualquer postagem ou comentário, que venha infundadamente denegrir a imagem do mesmo.

7. Caso algum participante, se sentir prejudicado, descriminado, ou ofendido por outro qualquer participante, deverá entrar em contato com a Administração de Poemas de Amor, munidos de fatos comprovados, como e-mails, detalhando teus respectivos endereços e conteúdos. Caso sejam suspeitos infundados os participantes terá teu utilizador cancelado e impedido de se reinscrever no site pelo cadastro de teu IP.

Qualquer reclamação, ou citação sobre este regulamento entrar em contato com:
Contatar Editado na 1ª Página á direita ao Web Master Miguel Duarte.
Administração de poemas de amor – fernandaqueiroz23@gmail.com
Atenciosamente.
Fernanda Queiroz

Foto de neiaxitah

Crónica do mar...

Com uma vida superior, ao superior que a capacidade humana acarreta, sei hoje o que significa o menos e o mais infinito. Menos infinito é o lugar de onde sou originário, suor ou lágrima de uma existência metafísica que, também, causa desvios na crença da humanidade. E o mais infinito é a sina da minha existência com a qual terei eternamente de viver. Sou quem nasceu para jamais morrer, no fundo sou quem sofre, sou quem vê, sou quem chora, sou quem vive. Sou o melhor indicador da idade humana. Vejo nascer no nevoeiro e no orvalho da manhã, na chuva miudinha da tarde, ou entre uma chuva incansável da noite, aquele que tal como eu é ser, aquela criança que irei acompanhar durante todo o trajecto da sua curta existência. E assim sendo, prezo todos os da sua espécie e protejo os que em mim buscam protecção. E acreditem, ou não, são muitos, apesar de grande parte nunca me ter visto, sonha comigo e, nesses sonhos, eu espalho a espuma, a lágrima do meu corpo e ouço também atentamente os seus júbilos e pesares.
Inicio todos os dias, senão a todas as horas, jornadas diferentes com o ser humano.

Não há ser mais robusto e complicado, mais sábio e ignorante, mas divertido e envolvente. O ser humano enquanto ser pequeno, bebé ou criança, vê a minha angústia, consegue perceber se estou triste ou feliz e, por isso consegue distinguir uma lágrima num oceano inteiro, o que m deixa deveras surpreso e inibido. Inacreditavelmente, num acto de facto humano de ser ingénuo e puro, a criança brinca comigo, recupera o meu sorriso; faz o seu splash-splash, que me faz cócegas; corre para mim espalhando o seu sorriso estridente entre gritos apaixonantes de alma intocável; tudo isso, nas praias que me dão abrigo e, por tal vejo-me na obrigação de lhe beijar os pés. Perante tal tolice minha, a criança grita mais, ri e corre numa alegria imensa enchendo-me o coração que é de sangue azul, mas não aristocrata, que imaginando um mundo sem crianças entristece; e chora lágrimas tal salgadas que até me sinto agoniado com o péssimo sabor da inexistência dos pequenos. São eles que me fazem viver, nunca duvidei de tal. Mas o tempo passa, e o que ontem foi criança morena a quem eu beijei o corpo, hoje é miúdo, pré-adolescente, com manias de rebeldia e actos encantadores revolucionários. Desse pobre, eu tenho pena, nada mais que isso. É alguém que sem saber a pequenez dos seus actos tenta acordar os mais crescidos.
Em má fase se encontra, revolta-se pela incompreensão das novas obrigações que até então não existiam e da incompreensão dos pais. Mas a idade passa e dizem os humanos mais velhos que aquilo também há-de passar; no entanto eu digo que não passa, mas adormece, e com o passar dos anos vai morrendo no coração, ou acorda pelas razões erradas, todos sabemos. Eu também me revolto, mas as minhas revoluções já vão fazendo alguns estragos, quando me vejo com os nervos a flor da pele devido às guerras desumanas, às discussões sem fundamento, ao ferimento que me causa quem me esquece e me tenta destruir, quando me cortam a respiração, são gotas de agua a mais e revolto-me. Vou continente adentro, desbasto, grito, discuto, magoou. Vejo o mal que fiz, mas não e por isso que não o volto a fazer; no entanto, no momento, assombrado pela minha pertinácia, recolho as tropas e volto com as tropas para o vasto território que me foi consagrado. Passo dias ou anos, em sossego e quieto entre lágrimas e arrependimentos, porém, se me voltam a ferir o orgulho, reviro o coração de criança mimada, choro e faço quem me magoa chorar comigo. Não. Não me orgulho de ser assim, mas é feitio, e apesar de tudo, baseio-me naquela máxima de que feitio não é defeito. Às vezes paro, penso e questiono-me que idade teria na idade humana? Nunca cheguei a uma conclusão valida. Mas mesmo assim vou procurando no seu crescimento semelhanças com a minha pessoa.
Tal como a criança é feliz, o pré-adolescente revoltado, o adolescente ou jovem é inseguro ou em contrapartida, seguro demais; assim como eu. Há dias em que acordo com devaneios de conquistar mundos e fundos, de espalhar os meus feitos numa Europa senhora ou num África criança; porem toda a minha segurança se vai dissipando com o tempo, e perco as minhas oportunidades por medo de falhar desperdiçando se calhar boas oportunidades. Sou um jovem velho, tenho sonhos largos e medos amplos, pobre de mim e pobres dos adolescentes. Não há um jovem que me tenha passado nas mãos equilibrado; aliás o equilíbrio é uma utopia. Dá-me um prazer infinito escutar o drama duvidoso de um garoto ou a glória daquele que me vem falar das suas façanhas. Jamais o considero presunçoso. Gosto da capacidade, vontade, nem sei bem definir o que o ser humano possui no seu código genético que nem cientistas reparam que os ligam a mim. O ser humano tende sempre em vir falar comigo, no fundo sabe que mais ninguém lhes irá escutar as glórias, duvidas, medos com tanta atenção e tanta capacidade em ouvir como eu, no fim,
gosto de dar o meu palpitezinho, a minha opinião de mar sábio e sabido. Gosto, também, de ver nascer o amor juvenil que passa por mim e a quem eu pisco o olho e dito um murmuro de boa sorte que só os corações sentem, levando os apaixonados a visitarem-me e a contarem-me os desacatos e boas bonanças. Por vezes aparecem-me descontrolados e desejam mais que outra coisa nas suas curtas vidas, virem viver mais perto do meu coração do que do coração já aglutinado ao seu, do que do coração que amam por uma mera discussão por vezes insignificante ou mesmo porque o amor se esgotou ou acabou. Claro é que dou os meus concelhos mais uma vez, e humilde à parte, por vezes vejo nascer uma esperança de quem me apareceu em retalhos; contudo, é evidente, que me sinto muito mais feliz com os que vêm celebrar o seu amor para a minha beira. Aqueles que unem laços de amor eterno, ou se não for eterno que dure muito tempo, vestidos de branco, de chinelo na areia num dia em que eu mesmo mexo os cordelinhos e como prenda de padrinho que sou, apresento um dia celestial. Céu azul límpido, sol amarelo brilhante e tudo o que os meus afilhados desejarem e merecerem. Em prol daquela união sagrada, pelo menos para mim, recebo de ondas abertas os recém casados. E feliz me sinto ao ver o jovem passar a adulto, porque é nas grandes e verdadeiras decisões que se vê esta transição melhor que nunca. O ser adulto é uma fase bastante intensa, de renovação, cíclica. Existem cinco tipos de adultos na minha eterna vida. O adulto solteiro que vem correr para a praia de manhã, e na sua corrida continua denoto um vazio, ouço a musica tristonha a entrar-lhe pelo ouvido e a penetrar-lhe o coração. O ser humano tem atitudes estranhas, porque quando está triste ouve músicas tristes, quando se sente sozinho procura a solidão. De facto, este adulto solteiro apela-me ao sentimento, e não sei que posso fazer eu por eles se eu mesmo sinto uma semelhança entre a minha vida e a vida deles, pois também eu corro nas praias, com músicas tristes como som de fundo. Com vista a debater este negro pensamento descrevo outro tipo de adulto. O adulto que vem passear a namorada ou namorado acompanhado pelo cão. É aquele que namora anos e anos e mais uns anos com a mesma pessoa, sendo, ou não fiel e acolhedor a esta, mas que em contra partilha repudia casamentos e só permite a entrada do cão na sua vida pessoal. Uma escolha que, por vezes, lhe compromete a vida toda. Se é ou não feliz, nem eu sei, parece ser, mas será totalmente feliz, mesmo que não se sinta bem com as escolhas que faz?
O terceiro tipo de ser adulto é o adulto casado com vida de solteiro que não quer ter filhos nem animais. É aquele que não sabe viver a dois, é alguém que precisa do seu espaço sem perceber que quanto mais espaço tem mais precisa, afastando aqueles, que no fundo, quer por perto, arriscando-se por vezes a perde-los e deixando sempre um vazio na sua vida. Ao menos o outro tem o cão como companhia.
O quarto é o divorciado, adulto que todas as semanas vêm para a minha beira contar que já não sabe o que há-de fazer da vida. Coitado! O personagem bem vai tentando arranjar companhia, mas as que arranja duram pouco e ele percorre a sua vida com o filho do primeiro casamento, o cão de segundo, e assim vida fora.
Por fim, e aquele que prolonga os bons momentos da minha existência é o adulto pai. Aquele que me traz as crianças iniciando um novo ciclo e ocupando os meus dias. Aquele que vem jantar, fazer piqueniques e mais um enorme leque de coisas para perto do Mar, ou seja, de mim. Sinceramente os dias, as gerações vão passando e quanto mais vivo, mais vontade sinto em viver. A eternidade não é boa, nunca o foi nem há-de ser, pois ela é maçadora, sem sabor; no entanto encontrei neste mundo que tanto crítico, que tanto me fere, o que sempre procurei, a vida. Dá-me uma alegria tremenda e uma vontade de viver suprema ver nascer as crianças, vê-las crescer e revoltar perante a insensatez do mundo que um dia se ergueu, tenho um gosto fantástico em vê-los crescer, embora em entristeça ver que eles perdem muitas vezes o desejo de luta por um mundo melhor e até ajudem as más pessoas, que existem em toda a parte, a tentar arruinar, e quem sabe um dia a conseguir, a minha eterna existência; contudo alegra-me as suas aventuras, as suas histórias, as suas esperanças. É admirável ver o evoluir de uma raça. A juventude é a fase mais curta e mais complexa, e é entre todas as fases a que mais gosto, pois também é a que mais companhia me faz e alegrias, e até tristezas me dá; em suma é aquela que me dá o complemento essencial de uma vida. Os adultos também me fazem uma mediana companhia; porém só me aparecem com as crianças ou então para chorar as mágoas, muitas vezes completamente embriagados, raro é aquele que aparece no estado dito normal apenas para dar um simples passeio a olhar para mim. Gosto que olhem para mim confesso, disso não me envergonho, um pouco de vaidade nunca fez mal a ninguém. Mas agora sim chegou a altura de falar a idade que mais admiro. Pura admiração nutro pela velhice.
São os mais velhos, os idosos, que se levantam de manhã e vêem tomar os seus banhos de ouro, que vêem molhar os pulsos e tornozelos no meu corpo ensopado ou apenas o passeio matinal perto de mim. Gosto de os ver a jogar a canastra, tardes ao sol, brindando saúdes. Admiro os que confessam as diletantes vidas e se arrependem e tentam remediar qualquer coisinha no final de vida e admiro principalmente o amor daqueles que passeiam com o companheiro de uma vida inteira de braço dado. É uma sensação estrondosa que graças a Deus, ou graças a alguém que me pôs no mundo, eu possuo e apesar de saber que o que a eternidade não é boa, é bom saber que há seres não perenes que me fazem sentir uma perpétua felicidade com as suas vidinhas simples, complexas, felizes, infelizes, desgraças ou quase perfeitas, e é por tudo isso que eu, todas as manhãs me levanto com o amigo Sol, com a amiga Chuva, ou com o amigo Nevoeiro e abraço este ingrato e saboroso mundo, levantando os braços para ver os surfistas se erguerem no esplendor. Beijo a acolhedora areia agradecendo diariamente o abrigo que esta me dá em cada praia que abraço e dou palmadinhas nas Rochas com um desejo de bom dia. Prolongo a minha tarde viajando pelos cantos do mundo, ouvindo as deslumbrantes e apaixonantes vidas, e à noitinha o sol despede-se sempre de mim, mesmo que nem sempre o veja a despedir-se, e sinto o manto de estrelas abraçarem-me enquanto cobre todo o céu, e penso que só me posso sentir bem com os amigos eternos que tenho.
A querida Lua vem sempre toda espevitada com a sua tão terna voz dizer: “Tio Mar conta, conta o que aprendeste de nojo hoje, o que ouviste.” E sento-me eu a contar as histórias do meu dia à Luazinha, e ela fica bela, encantada, e eu desejo ter mais para lhe contar. Desejo um novo dia, enquanto ela deseja uma nova noite e uma nova noite… desejo uma evolução nesta humanidade, desejo ver as pessoas repletas de felicidade. E o novo dia nasce, e eu observo atentamente cada pessoa que me aparece, ouço as histórias com os ouvidos bem abertos, primeiro porque quero aconselhar de forma correcta as almas que me aparecem e segundo, porque a Lua nunca me perdoaria uma noite sem história. E por mim vão passando vidas simples, complexas, felizes, infelizes, desgraçadas, perfeitas, ou pelo menos quase perfeitas que cobrem os pedaços de terra, que alguém habitou para preencher os dias.
Esta é a minha vida, eterna vida, e assim é e assim será a eternidade, preenchida de defeitos, e com poucas qualidades, mas cada qualidade sobrepõe-se a muitos defeitos, fazendo com que esses sejam quase nulos.
A.C.

Foto de Fernanda Queiroz

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Fernanda Queiroz

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