Direito

Foto de Cretchu

SOBRE O AMOR LÉSBICO

Muito se tem discutido sobre o homossexualismo masculino, o que não é de se estranhar, já que nossa civilização é fundamentada no pensamento socrático-platônico e no cristianismo, que nada mais são do que a negação da mulher como deusa, já que Apolo e Jesus venceram Dionísio e Afrodite, consolidando o império masculino e patriarcal. Ocorre que, negando-se a mulher chega-se a uma situação limite, que é a baitolagem institucionalizada que vemos entre acadêmicos e sacerdotes virados, digo, voltados justamente para o pensamento greco-cristão. Em suma, é aquilo que vemos ocorrer nos cursos de filosofia e teologia que insistem em existir de forma autônoma nas instituições de ensino superior e seminários religiosos, quando poderiam muito bem se unir aos milhares de cursos no estilo jardinagem, casa e cia., corte e costura, etc., abrindo caminho àquilo que realmente interessa, ou seja, os cursos que formarão cidadãos conscientes no plano científico, social e político, a exemplo do Direito, Medicina, Sociologia, Física, Pedagogia, Administração e demais cursos úteis e necessários ao progresso humano.
Deste modo, urge citar aqui o chamado homossexualismo feminino, ou lesbianismo, que tomou este nome de sua cidadela de origem, a ilha de Lesbos na Antiga Grécia e que era respeitado na civilização grega antes dos estúpidos boiolas socráticos (futuramente batizados pelos hipócritas cristãos) assumirem o comando. Dentre as praticantes e divulgadoras desta forma legítima de amor encontramos a reitora Safo, escritora cujos escritos eram sabidos de forma decorada pelos cidadãos cultos da época dionisíaca anterior ao enfadonho Apolo. Em nenhum momento o lesbianismo da época era uma negação da relação sexual entre mulheres e homens, mas apenas a afirmação da mulher como fonte e receptáculo de prazer. Nesta situação, a mulher era vista como sacerdotisa e deusa, devendo o homem lhes prestar as devidas homenagens. Ora, quem entende o corpo da mulher senão a própria mulher? Daí a iniciação praticada na academia de Lesbos. Estes ensinamentos úteis e necessários poderiam muito bem ser passados aos homens, que agiriam de forma ativa e passiva, aprendendo como fazer a mulher chegar ao prazer. E colocando (e muito bem) este aprendizado na prática.
Infelizmente ainda impera o machismo socrático-platônico-cristão que concede gentilmente total enfoque ao mundo gay, sendo que mundo gay deve ser aqui entendido (no sentido de entender) como o universo do homossexualismo masculino, mas impede a visibilidade lésbica. Ora, como dissemos, a deusa Afrodite, adorada pelo deus Dionísio, foi substituída na época socrática pelo nauseante Apolo, que encontrou um similar no cruel Jesus do cristianismo pós-Jesus. Lembremos que Afrodite foi amante de Ares, o deus da guerra, e que suavizava os efeitos desta prática tão temida e necessária, humanizando-a com seu poder feminino. A partir da queda de Afrodite, as guerras se tornaram mais desumanas, culminando com as guerras pós-modernas que deixam de lado o combate corpo a corpo para se valerem de aparatos tecnológicos a maioria das vezes traiçoeiros. Para se evitar tudo isto, é necessário se debruçar (e muito) sobre a forma de amor que faz da mulher aquilo que ela realmente é: deusa, fonte e transmissora de prazer, a quem se devem render homenagens. E homenagens sérias, sem partir para a artificialidade do estilo viagra ou prótese peniana que parecem reações ao corpo, toque ou ruído da mulher, mas que na verdade é uma reação química ou física independente do desejo.

Foto de Manu Hawk

Devaneio

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Sonhei que poderia te alcançar,
tocar teu rosto,
enxugar tua lágrima,
ouvir tua voz,
sentir tuas mãos,
molhar tua boca,
apertar teu corpo
num abraço forte,
intenso,
demorado,
desejado...

Sonhei que poderia levitar,
desalinhar teus cabelos,
arranhar tuas costas,
roçar em tuas coxas,
beijar teu peito,
me perder em teu sorriso,
refletindo minha alma através do teu olhar!

Sonhei que poderia sonhar,
ter direito aos desejos,
realizar, amar.

Acordei...
Mais uma vez sem asas pra voar!

(por Manu Hawk - 10/09/2004)

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Respeitem os Direitos Autorais. Incentivemos a divulgação com autoria. É um direito do criador que se dedicou a compor, e um dever do leitor que apreciou a obra. [MH]
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Foto de Sandra Ferreira

Plagio, explicação, carta…

Pensei seriamente antes de escrever esta carta, vou tentar explicar tudo e se prejudicar alguém ou se estiver errada nas minhas afirmações, pedirei desculpas humildemente, o assunto que me leva a escrever esta carta é o seguinte, não tenho certeza da data porque infelizmente apaguei o email, mas creio que foi a quatro ou cinco meses atrás, que enviei um email a direcção da pagina dos poemas a informar que o escritor com o nick Jonathas Hardy estava a cometer plagio, pois tinha a letra de uma musica e assinou como se fosse dele, antes de enviar o email a direcção deixei um comentário ao Sr. Jonathas Hardy a dizer que era a letra de uma musica para colocar a autoria, vim a descobrir depois que ele apagou tudo, a letra da musica o meu comentário tudo, quando os directores me responderam ao email, eu já não tinha como o provar, peço desculpas aos directores se nessa altura fui indelicada e não vos respondi, peço desculpas mais uma vez pela minha indelicadeza, mas o que vós dizer visto ele ter apagado tudo? Infelizmente no dia trinta e um de Agosto ao ler novamente um poema dele vejo que continua a fazer o mesmo, coloca letras de musica e assina como dele, desta vez não comentei nada no poema dele para ele não apagar de novo (letra da musica) e enviei um email a direcção ao qual não me responderam, para meu espanto no dia quatro de Setembro dou com outra letra de musica a qual ele assina como dele de novo, envio o outro email a direcção da pagina dos poemas, ao qual também não obtive resposta, deixo aqui os emails enviados aos directores da pagina dos poemas, deixo também os poemas do Sr. Jonathas Hardy e as letras das musicas, aproveito para dizer que não tenho nada contra o Sr. Jonathas Hardy, simplesmente acho incorrecto o que esta a fazer, aproveito ainda para me despedir definitivamente da pagina dos poemas, por já não sentir aqui neste espaço como outrora me sentia, como a minha casa, desejo a todos felicidades e que continuem a escrever maravilhosas poesias, pois certamente não resistirei a vir aqui por momentos ler, ate sempre.

Email do dia 31 de Agosto
Sandra Ferreira enviou uma mensagem utilizando o formulário de contacto
http://www.poemas-de-amor.net/contact.

Olá, pensei muito antes de mandar este email, mas não gosto de•injustiças, aqui a um tempo atrás já vos tinha falado deste escritor e
ele apagou o poema, também de uma musica, agora esta aqui a prova de
plagio, muito obrigada, cumprimentos, Sandra Ferreira.

Passos para o amor!
Sexta, 18/07/2008 - 16:29 — Jonathas Hardy
7votar
É inacreditável como eu dizia
Que nunca me apaixonaria
Mas hoje sei que até o inferno iria
Para podermos ficarmos juntos...
Você precisa saber,
Se ainda não entendeu,
Eu quero você, só você para todo o sempre...
Porém se isso não a convencer,
Deixe-me mostrá-la agora que estou falando sério.

Um: você é como um sonho que se tornou realidade
Dois: só quero estar com você
Três: garota é evidente que você é a única pra mim
Quatro: repita os passos de 1 a 3
Cinco: e se apaixonará por mim
E se isso não acontecer
Então volte para o primeiro passo!

É tão incrível como as coisas acontecem sozinhas
Como um piscar de olhos, eu me apaixonei.
É tão estranha essa nova sensação,
É tão estranho o que você fez com o meu coração,
Bagunçou a minha mente
Deixou-me confuso,
Mudou-me simplesmente.
A inspiração voltou,
Mas você por mim ainda não se apaixonou...

Então te digo:
Não sei como,
Não sei o porquê,
Mas de uma hora pra outra,
Você passou a ser a razão do meu viver.
E agora estou te amando,
Sinto-me como uma criança,
Cuja vida a recém está começando...
Você chegou e trouxe uma vida nova
Me fez renascer,
Despertou-me do sonho,
E o tornou realidade,
E agora não sou nada sem você.
Porém se isso não a convencer,
Deixe-me mostrá-la agora que estou falando sério.

Um: você é como um sonho que se tornou realidade
Dois: só quero estar com você
Três: garota é evidente que você é a única pra mim
Quatro: repita os passos de 1 a 3
Cinco: e se apaixonará por mim
E se isso não acontecer
Então volte para o primeiro passo!

(Jonathas Hardy)

Agora por favor reparem no poema dele e na musica de
Ivete Sangalo e Brian Mcknight Back at one (tradução)

De Volta Ao Início

É inegável que devemos ficar juntos
É inacreditável como eu dizia que jamais me apaixonaria
Você precisa saber, se já não sabe como me sinto
Então deixe-me mostrá-lo agora que eu estou falando sério
Se todas as coisas, na hora certa, o tempo revelará
Sim...

(Refrão)
Um: você é como um sonho que se tornou realidade
Dois: só quero estar com você
Três: Garota, é evidente que você é a única pra mim
Quatro: repita os passos de 1 a 3
Cinco: e se apaixone por mim
Se algum dia eu achar que meu trabalho está terminado
Então voltarei para o primeiro passo

É tão incrível como as coisas acontecem sozinhas
É tudo emocionante quando você descobre do que se trata, ei
E é indesejável que nós fiquemos separados
Eu jamais teria ido muito longe
Pois você sabe que tem as chaves do meu coração

Um: você é como um sonho que se tornou realidade
Dois: só quero estar com você
Três: Garota, é evidente que você é a única pra mim
Quatro: repita os passos de 1 a 3
Cinco: e se apaixone por mim
Se algum dia eu achar que meu trabalho está terminado
Então voltarei para o primeiro passo

Diga adeus a escuridão da noite, eu vejo o sol se aproximando
Sinto-me como uma criança cuja vida está começando
Você chegou e trouxe uma vida nova
Para este meu coração solitário
Você me salvou bem na hora exata

Um: você é como um sonho que se tornou realidade
Dois: só quero estar com você
Três: Garota, é evidente que você é a única pra mim
Quatro: repita os passos de 1 a 3
Cinco: e se apaixone por mim
Se algum dia eu achar que meu trabalho está terminado
Então voltarei para o primeiro passo

Agora o outro email do dia quatro de Setembro

Sandra Ferreira enviou uma mensagem utilizando o formulário de contacto
http://www.poemas-de-amor.net/contact.

Boa tarde, dirijo me de novo a vocês, directores da pagina dos poemas,
porque não acho correcto o plagio, sendo assim passo a explicar, tem já
um tempo que vos disse que o escritor com o nick de Jonathas Hardy, estava
a praticar plagio, pois tinha a letra de uma musica e assinou como dele ,
falei vos do assunto ao qual me responderam , mas como tinha deixado um
comentário no tal dito poema o escritor apagou o, como tal não disse
mais nada , pois não tinha como o provar, agora a dias ao ler novamente um
escrito dele vi que ele continua a fazer o mesmo , vou dar lhes um
exemplo.

Music, Bet on It Na, na voz de, High School…

Aposte Nisso

Todos estão sempre falando de mim
Todos estão tentando entrar na minha cabeça
Eu quero escutar meu próprio coração
Eu necessito contar comigo ao invés

Alguma vez...
Se perdeu para conseguir o que você quer?
Alguma vez...
Entrou em uma e quis cair fora?
Alguma vez...
Afastou quem você deveria ter mantido próximo?
Alguma vez deixou acontecer?
Alguma vez deixou de saber?

Eu não vou parar, esse é quem eu sou
Vou dar tudo o que tenho, esse é meu plano
Eu vou achar o que eu perdi?
Você sabe que você pode
Aposte nisso, aposte nisso, aposte nisso, aposte nisso (aposte em mim)

Eu quero fazer isso direito, é o único jeito
Para fazer minha vida mudar, hoje é o dia
Eu sou o tipo de cara que não fala da boca pra fora?
Aposte nisso, aposte nisso, aposte nisso, aposte nisso

Como eu saberei se um caminho melhor já foi tomado?
Eu devo questionar cada movimento que faço?
Com tudo o que eu perdi meu coração está partido
Eu não quero cometer o mesmo erro

Alguma vez...
Duvidou que seu sonho se realizaria?
Alguma vez...
Culpou o mundo mas nunca culpou a si mesmo?
Eu nunca...
Tentarei viver uma mentira outra vez
Eu não quero ganhar este jogo se eu não puder jogá-lo da minha maneira

Eu não vou parar, esse é quem eu sou (Quem eu sou)
Vou dar tudo o que tenho, esse é meu plano (É o meu plano)
Eu vou achar o que eu perdi?
Você sabe que você pode (Você sabe que você pode)
Aposte nisso, aposte nisso, aposte nisso, aposte nisso (aposte em mim)

Eu quero fazer isso direito, é o único jeito
Para fazer minha vida mudar, hoje é o dia
Eu sou o tipo de cara que não fala da boca pra fora?
Aposte nisso, aposte nisso, aposte nisso, aposte nisso

Oh... Mantenha-se de pé!
Me dê tempo para pensar
Enterre essa história
Vou trabalhar no meu jogo
Vou fazer do meu jeito
Oh... Mantenha-se de pé!

Não é nada bom
Ver você mesmo e não reconhecer seu rosto
Fora de mim mesmo, é como um lugar assustador (Ohh)
As respostas estão dentro de mim
Tudo o que eu tenho que fazer é acreditar

Eu não vou parar
Não vou parar até ter minha jogada
Esse é quem eu sou
Esse é o meu plano
Eu vou acabar no topo?
Você pode, aposte nisso, aposte nisso, aposte nisso, aposte nisso
Você pode, aposte nisso, aposte nisso, aposte nisso, aposte nisso (aposte
em mim)

Eu quero fazer isso direito, é o único jeito
Para fazer minha vida mudar, hoje é o dia
Eu sou o tipo de cara que não fala da boca pra fora?
Aposte nisso, aposte nisso, aposte nisso, aposte nisso
Você pode apostar em mim.

Agora o poema dele...

Alguma Vez...
Quarta, 16/01/2008 - 15:27 — Jonathas Hardy

Se perdeu para conseguir o que você quer?
Alguma vez...
Entrou em uma e quis cair fora?
Alguma vez...
Afastou quem você deveria ter mantido próximo?
Alguma vez deixou acontecer?
Alguma vez deixou de saber?
Alguma vez...
Duvidou que seu sonho se realizaria?
Alguma vez...
Culpou o mundo, mas nunca culpou a si mesmo?
Eu nunca...
Como eu saberei se o melhor caminho já não foi tomado?
Eu devo questionar cada movimento que faço?
Com tudo o que eu perdi meu coração está partido
Eu não quero cometer o mesmo erro
Eu quero fazer isso direito, é o único jeito
Para fazer minha vida mudar, hoje é o dia
Todos estão sempre falando de mim
Todos estão tentando entrar na minha cabeça
Eu quero escutar meu próprio coração
Eu necessito contar comigo ao invés
De deixar os outros tomarem conta de mim
Preciso seguir e ser quem eu sou
Não dá mais pra fingir, que o tempo não passou
Vou ser do jeito que eu sou
Agora é só eu e meus sonhos.
Não posso dizer que nunca mais
Eu tive grandes sonhos,
Mas já deixei tantos para trás?!
Um a mais, um a menos
Não faz diferença
Porém,
Agora eu quero o que eu sonhei
Um sonho pra vida toda,
E esse não tem erro
Vou correr atrás, não vou perder as oportunidades
Dói demais olhar e ver
Que eu nunca tentei
Eu sou o tipo de cara que não fala da boca pra fora
Por isso te digo:
Te Amo!
Hoje mais do que ontem,
E amanhã mais do que nunca!

Fico assim aguardar uma atitude da vossa parte, visto a dias ter vos
enviado outra prova com outro poema dele, não querendo julgar, creio que
todos os poemas são de musicas, sem mais de momento, atentamente.
Sandra Ferreira.

Foto de Caroline Costa Alves

Sentimento secreto

Desde a primeira vez que te vi,
Senti
Meu coração bateu mais forte
Espero eu dessa vez
Eu esteja com sorte

Eu quero me aproximar
E te descobrir
Mas eu não quero que você saiba
O que eu senti

Um sentimento secreto
Um coração deserto
Levo você no pensamento
Penso em você
A qualquer momento

A ti eu quero conquistar
Mas eu não quero me enganar
Ainda não te conheço direito
E por isso meus sentimentos
Quero guardar em segredos
Pois tenho medo de te perder
Mesmo sem te ter
Estou apenas a te ver.

(Caroline C. Alves.)

Foto de Graciele Gessner

Foi Assim Que Você Saiu da Minha Vida. (Graciele_Gessner)

E foi assim,
Que a poesia brotou,
Minha inspiração se fez presente,
O sentimento se declarou.

Quantas situações...
Quantos sentir e desejar.
Amar é assim, feito aço
E sua destruição é profunda.
E aos poucos se tornou distante
Sem direito à despedida.
Saindo em silêncio da minha vida.

Foi apenas mais um,
Em que a inspiração nasceu
E o amor se desfez em minuto.
O sentimento se despedaçou,
Feito vulcão para este momento.

Linda recordação,
Simples efeito vulcão!
Sentir, lembrar, viver...
Memórias do coração.
Memórias do coração.

23.05.2008

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de Darsham

A vida do Pesadelo

De quando em vez, em momentos inesperados, carregados de significados surgem no meu pensamento pequenos pedaços da vida, vistos de diferentes vertentes e ocasiões, que me fazem pensar…
Pensar, analisar, questionar o nosso papel como seres humanos, individual e colectivamente neste mundo que nos foi dado, e que posteriormente e numa constante e frenética actividade se modifica ao nosso bel-prazer e à existência das nossas pseudo necessidades.
É-se mil pessoas numa só e ao mesmo tempo não se é ninguém.
Somos os catalisadores das nossas destruições…somos fúteis, e buscamos o prazer momentâneo sem nos preocuparmos com as futuras consequências, que se traduzem na devastação completa de tudo o que temos desde que nos entendemos por gente.
Foi-nos dada a possibilidade de podermos ter o direito de escolher, de ter sempre dois caminhos por onde seguir, sem nada ser imposto nem obrigado, mas com a consciência advertida de que existe um mau e um bom caminho, e que nos cabe a nós construir a nossa consciência, estruturando-a de acordo com a capacidade de distinguir o certo do errado. Esta capacidade traduz-se pelos valores, os nossos valores e que nos comprometemos a viver de acordo com eles, por serem comuns a todos e para que seja possível uma existência pacífica e um usufruto repartido, consciente e justo sobre tudo o que nos é dado sem ser pedido nada em troca: os nossos bens mais preciosos e que são determinantes para a continuidade da nossa existência, os nossos pontos de orientação que nos permitem perceber que a nossa liberdade acaba quando começa a do próximo.
Afirmo com toda a intensidade, que somos abençoados com pequenos privilégios que se estendem pelos nossos 5 sentidos e nos deixam extasiados…sensações únicas, momentos inigualáveis, visões que mais parecem alucinações, ilusões, sons que nos penetram a alma, deixando marcas em nós e ainda a capacidade de podermos esboçar um sorriso de felicidade quando, sem sequer precisar de olhar, sentimos que alguém querido veio até nós (eu sorrio só de pensar).
Somos seres dotados de extrema sensibilidade e inteligência e temos uma exclusividade que nos torna diferente de qualquer ser vivo que exista no mundo…podemos sentir o amor, sentimento tão sublime, que ninguém, em parte alguma o consegue descrever com precisão e exactidão. Sublinho, somos abençoados, 1, 2, 3 vezes, mil vezes por acordarmos para um novo amanhecer, em que abrimos a janela e nos deixamos lavar pela vida …
Verdade, somos acima de tudo ridículos por ter tudo e passarmos a vida acreditar e a lamuriar que nada se tem, destruindo assim, gradualmente o que na nossa cegueira de querer sempre mais, não vemos, ou vemos e ignoramos, já que é essa a nossa natureza, desvalorizar coisas importantes…
Por vezes temos rasgos de sanidade e prometemo-nos a nós próprios que vamos modificar a nossa atitude perante a vida e os outros, mas depressa nos esquecemos, e promessas são levadas pelo vento…
Vivemos numa guerra constante, connosco e com os demais, pelas mais diversas razões, de uma forma continuada e impensada, porque agimos através de ímpetos, que não procuramos controlar, de impulsos que se assemelham aos dos animais, como se todo o mundo fosse uma selva.
Construímos muros em cima de histórias, colocamos pedras sobre o ar que respiramos, valorizamos o mau em detrimento do bom, por o vivificarmos e vivenciarmos constantemente sem dar espaço para a alegria entrar…nós sufocamos a alegria e o bom senso…
Representamos na maior longa-metragem alguma vez feita, numa constante troca de papéis, e nunca acabamos por perceber qual é realmente o nosso. Em vez de nos regermos pelos nossos supostos valores, estamos mais preocupados em agradar este ou aquele, pensando o que poderemos obter dali. Vivemos na era da hipocrisia. Estamos sempre prontos a apontar o dedo, a julgar, como se nós próprios fossemos o modelo inquestionável de perfeição. Representamos o chefe sisudo, de mal com a vida, porque já não ganha tanto como ganhava com o negócio; a colaboradora, que desconhece o simples significado de sorrir, e mostra claramente que está ali a fazer um frete; o médico que nos passa a receita sem sequer olhar para nós; a senhora reformada que passa as tardes no café, falando da vida de toda a gente, criticando e apontando o dedo; a proprietária do pronto-a-vestir, que nos diz que a roupa nos assenta como uma luva, quando nos vemos ao espelho e nos assemelhamos a algo parecido com um ET; o senhor que vende peixe no mercado, e que afirma estar fresquinho, quando o peixe já está completamente vermelho de tanto gelo que levou em cima para parecer “fresquinho”; o político que faz promessas que nunca se virão a cumprir; a professora que está mais preocupada em que os alunos façam tudo certinho e em silêncio, do que propriamente em ensinar, orientar e formar futuros cidadãos; o polícia que está mais preocupado em caçar multas do que velar pela segurança da comunidade; a eterna mãe preocupada e sofredora, que vive num constante receio no que diz respeito ao caminho que os seus filhos irão seguir e que faz disso uma obsessão; o pai que sai do trabalho, cansado e que em vez de ir para casa, segue para o café, onde bebe cerveja atrás de cerveja, até que lhe vão buscar ou até ao fecho do café e que quando vai para casa culpa a mulher por todos os seus infortúnios; o (a) filho (a) certinho (a) que segue à risca tudo o que lhe é incutido no seu seio familiar e que não constitui problemas em contraste com o (a) filho(a) despreocupado(a), que quer curtir e vida, sem perder tempo com coisas que não interessam, procurando sensações cada vez mais arrebatadoras, fortes e loucas, porque é nelas que conseguem agarrar, ainda que efemeramente estados de completa euforia que acreditam conter o segredo milagroso para uma vida plena, e principalmente sem tristeza; a menina gordinha, que na escola é ignorada e gozada pelos seus colegas, em contraste com a menina popular, com quem todos querem brincar; a eterna sonhadora que acredita que a vida é um sonho construído em cima de um castelo de areia; o casal, que cheio de dívidas mal consegue dormir e discute a toda a hora questionando-se sobre como a vida de ambos teve aquele rumo…
Os ricos…os pobres… os arrogantes…os educados…os maus…os bons…os egoístas…os altruístas…os sensíveis…os insensíveis…eu…tu…os outros…nós…
Somos uma mescla de matéria mexida e remexida, produto de nós mesmos e dos nossos ardis, onde a genuinidade se extinguiu…
Vivemos assentes numa liberdade ilusória, mascarada…vivemos mais presos que um detido por homicídio. Nós construímos as nossas próprias barras de ferro, fechamo-nos dentro de algemas e jogamos a chave fora.
E a simplicidade? E a alegria de estar vivo e sorrir sem ser preciso ter um motivo? E a partilha? E a vida, só por ser vida e vivida?
Só existe esta e enquanto não tivermos a plena consciência desse facto e que também passa muito depressa vamos cavando lentamente a nossa própria sepultura e acabamos por ser autores, em parte da nossa passagem para outro mundo que não este.
Sonho e anseio por um dia em que todos nós vamos acordar e perceber que não somos personagens de um pesadelo constante e irreversível, mas sim de uma vida que teimamos transformar nesse pesadelo que já pensamos viver…
Vamos então todos juntos acordar num grito de esperança??? Um dia…um dia, quem sabe…

Foto de vera cristina

Doente de Amor

" Doente de Amor"

Adoeci quando percebi
Que não estavas mais aqui
Que tudo o que vivemos
Tinha chegado ao fim
Não consegui aceitar
O que o destino me reservou
Tentei-me matar
Mas Deus não me levou
Apenas me disse
Bem baixinho falou,
Ninguêm tem o direito de acabar
Com o que nem começou
Pode acabar o amor
Pode o destino mudar
Mas a tua vida acabará
Quando eu desejar
Eu criei o mundo
E fi-lo girar
Assim como criei a terra
Para procriar
Por isso minha filha não tentes teu destino mudar
Porque o que nele está escrito
Só eu poderei alterar
Te digo mais uma coisa
E te garanto , não te irás esquecer
A morte não é solução
Porque um grande amor até a ela consegue sobreviver
Chegada a hora
Irás reconhecer
Que tudo nesta vida
tem uma razão de ser

Poema escrito por mim Vera Cruz

Foto de Manu Hawk

Noite Quente de Verão (Conto)

"Noite Quente de Verão"

Sexta-feira, mais uma, como muitas outras! Correria, trabalho, trânsito, mas no final do dia a certeza de poder me divertir muito com os amigos. Nessa em especial, melhor ainda, pois conseguimos marcar um encontro onde todos do setor poderiam estar presentes. Colocaríamos o papo em dia, beberíamos, flertaríamos, e dançaríamos muito!!!

Cheguei atrasada, e nem pude confirmar se estava de pé o encontro. Eram poucas pessoas no setor, mas “ele” em especial, era o que mais importava, o que queria confirmar era se “ele” iria realmente. Enfim, chegamos ao fim do dia, e para minha decepção, mais uma vez, “ele” foi o primeiro a dizer que não poderia ir. E logo em seguida, quase todos disseram o mesmo. Desânimo total. Só eu e mais um amigo poderíamos ir. Nos olhamos, rimos da situação e resolvemos ir assim mesmo. Estava bem desanimada, mas logo que chegamos, meu amigo pediu duas cervejas, coisa que não devo beber de forma alguma, rs. E não paramos aí, desce mais duas. Papo vai, fofoca vem, e mais duas. Ele afasta, carinhosamente, o cabelo que caiu no meu rosto. Estava uma noite linda, e quente de verão, quente em todos os sentidos, e merecia mais duas. Brincava com minhas mãos enquanto falava. Nunca havia conversado tanto com “L”, era um cara bem divertido, inteligente, super atraente. Engraçado, não havia reparado nisso antes. Resolvemos dançar.

A partir desse momento tudo mudou, não sei se foi efeito da cerveja, da música alta, ou sei lá do que mais, mas já estava olhando-o de forma diferente. No exato momento em que fomos dançar, mudaram pra pagode, parei e disse que não sabia dançar aquilo. Não tenho nada contra, mas não era o meu forte. “L” riu e disse que não precisava saber nada, era só se soltar e dançar, ele levava. Levou bem, bem demais! Senti aquelas mãos firmes me pegarem, aquele corpo colar no meu, e me levar. Parecia que deslizava, nunca imaginei que dançaria assim, tão solta e tão junto daquele homem. Que cheiro gostoso...

Em alguns momentos sentia as pernas roçarem nas minhas, no ritmo da música, como se entrasse pelas minhas, e depois afastava, rodava e voltava colando novamente, sem vontade de desgrudar mais. Ria muito, nunca dancei tanto, até que nossos olhos se encontraram, estranho, o ritmo mudou, ficamos lentos, algo dentro de mim acelerou, nos beijamos. Um beijo louco, cheio de tesão, começando pela língua de leve na boca, a música alta, e nós ali, no meio da pista, quase que sugando um ao outro. Recomeçamos novamente, agora abraçados, levados pelo novo ritmo que se tornava cúmplice do roçar de corpos. Corpos quentes, gritando de tanto tesão, onde podíamos sentir exatamente o que cada um implorava. Paramos, os olhos diziam tudo, recuar seria impossível, não foi preciso falar mais nada, um minuto e saímos dali. “L” estava no Rio de Janeiro há algum tempo e fomos para seu apart, não acreditávamos no que estava acontecendo, mas também nem queríamos encontrar explicação, apenas seguir nossos desejos. E foi assim o resto da noite, durante a madrugada, vendo o dia amanhecer, e por todo o fim de semana, apenas atendendo aos comandos dos nossos desejos, dos nossos corpos, de uma magia que não podia ser quebrada. Mãos ardentes, roupas no chão, bocas carinhosas, línguas exploradoras, encaixe perfeito, movimentos deliciosamente alternados, doces, furiosos...deleite!

Segunda-feira, mais uma, mas essa como nenhuma outra! Correria, trabalho, trânsito, mas no final do dia a certeza de podermos ficar juntos. E foi assim por todo o mês, até "L" voltar para sua cidade. Mas voltou outras vezes, muitas e muitas vezes, e sempre acontecia igual nos encontros, mas diferente em nossas loucuras, em nossos desejos. Era estranho, poderia passar meses, e quando nos encontrávamos o tesão era o mesmo, parávamos tudo para dar vazão a nossa fúria, roçar nossas bocas e coxas, arrepiar nossas almas e preencher nossos vazios!

O “ele” do setor? Nem lembro mais, e graças à decepção, conheci alguém especial como “L”.

(por Manu Hawk - 21/05/2004)

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Foto de Manu Hawk

Perdão

Sou fraca, sou louca,
tesão a flor da pele,
carência maldita,
insana, que impele.

Sou luz, sou trevas,
sentidos explorados,
cavalgada sem trégua,
corpos esgotados.

Sou anjo, sou prostituta,
desejos incontidos,
me perco na luta
do limite permitido.

Sou mulher, sou menina,
choro descontrolada,
busco sexo, adrenalina,
mas quero ser amada!

(por Manu Hawk - 05/07/2004)

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Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

" SOMOS MULHERES "

*
*" Orgulho de ser mulher"
*
*
Somos mulheres, muito mulher!
Temos força em nossos instintos
Temos responsabilidades de
Tamanha grandeza,
Somos fruto do dom da natureza.

Somos mulheres, fortes dedicadas,
Com vontades de ser amada desejada.
Compreendida, assumidas.
Revestidas de força ocultas.

Somos mulheres, com o milagre
De carregar ao ventre vidas,
Que fazem de nós, mas gloriosa.
Temos o poder da continuação a vida.

Somos mulheres, guerreiras lutadoras sofredoras
Batalhadoras, conselheiras, somos pai e mãe.
E ainda assim arrumamos tempo para ser amante.
Amante de nosso amado, dar ele o que de nós
Tem de divino o amor feminino.

Somos mulheres, que às vezes sofremos preconceitos.
Por lutarmos pelos nossos direitos por querer o que
É nosso por direito.

Somos mulheres, forte na luta, boa conselheira.
Amável, no amor, totalmente dedicada a esse dom.
Somos cúmplices, amigas, companheiras, guardiãs.

Também temos nossos dias de tristezas,
Derramamos lágrimas, seja de tristeza ou de alegria.
Faz parte de nosso ser que nos contagia.
Mas nunca desistimos da batalha, alma que não falha.

Somos mulheres, com força na mente, na alma nas atitudes.
Somos capazes de voar para poder a plenitude alcançar.
Apesar de todos os obstáculos, que temos que passar.
Nunca perdemos nossa marca, nossa presença

Por onde passamos, sempre conquistamos um patamar.
Mesmo que seja para brigar, mas sempre de nós irão lembrar.
Porque nós mulheres nascemos para amar, para brilhar
Conquistar, e também ter a quem saiba amor nos dar.
Somos mulheres, mas temos direitos, de conquistar,
E nossos espaços nesse mundo conquistar

*-*Anna A Flor de Lis.

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