Eu pensava que a felicidade fosse uma bola de futsal;
A estrela luminosa que só a noite lhe espante,
Harmonia dum canto real do anjo celestial;
E a justiça perfeita vindo do omnipotente.
A realidade das coisas envenenou esse meu pensamento;
Ofuscou a minha mente paralisando todo o meu conhecimento,
O que vejo é mais grave do que um simples descontentamento;
É viver como humano mais sem sentir o teu próprio esqueleto,
Tudo que ontem aprendi e vi, hoje vejo segmentados,
Como as violências e as guerras que deixam os estados em delírios;
Políticos escuros embebedados sem os conhecimentos dos sábios,
Toleram a injustiça, a ganância, a inveja como versos meditados.
Vejo os poderosos a pensarem que já são o poder;
E os pobres a pensarem que nasceram apenas para lhes servir,
Tudo é uma metáfora, dizem eles é jogo de saber agir,
Onde o negro humilha o seu próprio reflexo, deixando se compadecer.
Sonhar com o humanismo e fraternidade é despertar o pesadelo;
Usar a corrupção e vestir se de astúcia é pregar o prego sem o martelo.
Uns os pães e as políticas lhes salvaguardam…
Beijam a terra com a mentira do seu veneno,
E fornecem os seus desprezos com orgulho na inocência dum menino.
Uns usam políticas para salvaguardar o pão…
São intelectuais de papéis e cérebros que se perdem debaixo dos lençóis.
Se queres falar da verdade, só verdade, espera uma nova reencarnação,
Porque vivemos apenas num lodo da frustração.
Temos comido o sal das mentiras em cada jantar,
E temos festejado as dores dos outros.
Tornamos em defumados… cabeça fora do pescoço.
E coração sem sentimento de amar…
As vezes somos fraude abraçando o interesse…
Por tudo ou por nada temos um preço…
Valorizamos tudo menos a dignidade! Com um simples arremesso,
Somos alegria para outros animais, mais para Deus estamos a perder o lance…
Feito em: 1/5/2011