QUEM ME DIZ AMOTE JUNTINHO
PARA TRANSMITIR MAIOR CARINHO,
DAR FORÇA AO QUE SENTE,
NÃO QUERER ENTRE NÓS NADA
NEM NINGUÉM.
COMO?
SE ESTOU SÓ ENTRE QUATRO PAREDES,
QUE NÃO VÊM NEM ESCUTAM UMA LÁGRIMA
DE SAUDADE.
PORQUE VIVO UMA ILUSÃO,
AUMENTADA POR QUEM SE DIZ MEU
E QUE ME ENTREGA A SUA VIDA
QUE SÓ OIÇO A VOZ.
O CORPO, O AMOR QUE DIZ
SÓ MO DÁ QUANDO PODE.
A DISTÂNCIA É DESCULPA.
O AMOR PROIBIDO.
E EMBORA SINTA QUE
LHE SOU MUITO,
ALGO PERMANECE
VAZIO EM MIM.
FAZ-SE O AMOR.
SINCERO PARECE.
TUDO PARECE SABER
E SENTIR DE MIM.
DÁ-SE EM CADA
GESTO.
ENTREGA-SE NO CORPO
E NA ALMA.
MAS, DEUS,
PERDOA-ME,
PORQUE
NÃO CONSIGO
SENTI-LO MEU
COMO O SOL
SENTE A PRIMAVERA?
TALVEZ PORQUE
ELE SÓ VENHA
QUANDO O RIO GELA.
É UM RITUAL
ESTRANHO PARA
QUEM DIZ QUE AMA,
E NÃO SE ENTREGA
POR INTEIRO,
VIVE DUAS VIDAS,
COMO SE ISSO
FOSSE PERFEITO.
E, DE FACTO, É UM SONHO
FEITO REALIDADE,
TER UMA VIDA SAUDÁVEL
E UM AMOR INTEIRO
QUE NÃO EXIGE
E SE DÁ SEM
QUERER OLHAR
O QUE É VERDADEIRO.
DÁ VONTADE DE FUGIR.
DÁ VONTADE DE FICAR.
NUNCA MAIS PARTIR.
PORQUE ME PARECE
(TALVEZ ME ENGANEM)
QUE É AMOR DE VERDADE.
MAS ESSE EGOÍSMO
DE QUERER TER-ME
E A TUDO O RESTO,
FAZ-ME SENTIR
UM RESTO, UM PEDAÇO DE NADA,
QUE É USADO
EM DETERMINADOS DIAS
DO CALENDÁRIO,
QUANDO ESTÁ MENOS FRIO
OU MENOS CALOR.
QUANDO APETECE MAIS O SEXO
OU A FALTA DE AMOR
DEIXA O SEU AMARGOR.
SERÁ QUE SABEREI O QUE ESTOU A DIZER?
SI, PORQUE O SINTO.
JÁ PAREI DE ME REBELAR.
PORQUE PRECISO DE AMAR
E SER AMADA,
NEM QUE SEJA
À SEMANADA.
É QUANDO LHE CALHA.
E EU QUE SOU TÃO EXIGENTE,
TÃO REBELDE,
JÁ NÃO DIGO NADA.
ELE LEVA-ME NOS BRAÇOS,
AMA-ME LOUCAMENTE,
TODOS OS DIAS ME
FAZ VERSOS.
TODOS OS DIAS
JURA QUE ME AMA
E QUE A VIDA DELE
ESTÁ NAS MINHAS MÃOS.
E LÁ VOU AMANDO,
MAIS E MAIS.
SEI PORÉM
QUE NÃO SOU FELIZ.
SE SOU DELE
E LHE CORRO NAS VEIAS
PORQUE NÃO
PARTILHAR AS NOSSAS VIDAS
TODOS OS DIAS?!
SEI MAS FECHO OS OLHOS.
DISTANCIO-ME MAS NÃO ESQUEÇO.
SERÁ ISTO AMOR?
SEM QUE POR MAIS FORTE
QUE O SINTA,
A RESPOSTA É SÓ UMA.
NEM ME ATREVO A ESCREVÊ-LA
DE TANTO SABÊ-LA.