Deserto

Para o meu amor (Nuno Campos)

Enviado por nuno_campos em Ter, 04/02/2003 - 17:42

Sei porque sou....

Sou a brisa que bate na tua cara num dia de verão,

sou o sol que te ilumina o alpendre sobre uma manhã de inverno,

Sou o vento que te traz as ondas do mar,

Sou o correio que te traz boas noticias,

Sou a silhueta de alguém por quem sempre esperaste,

Sou o quarto aberto por onde quiseste entrar,

Sou o abrigo que te protege da chuva perigosa deste mundo,

Sou o branco quando só viveres num mundo preto,

Sou a cor quando só viveres num mundo a cinzento,

Sou o teu oásis num deserto de gente,

Sou a saudade marcada num suspiro,

Sou o que esperas de mim,

nada mais...

Sou enfim apenas um homem...
um ser que te ama,

sempre amou, sempre te amará,

sempre estará ao teu lado,

Sou o teu forte nas alturas difíceis,

Sou a simplicidade num mundo de problemas,

Sou EU, porque és TU,

porque sempre foste Tu, porque serás sempre TU,

porque este mundo de paixão resume-se a TI....

AMO-TE, sempre o soube, sempre o saberás.....

Nuno Campos

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Amor...(Vânia Nunes)

Enviado por vania em Dom, 05/01/2003 - 05:23

Não sei de onde surgiste e voaste

Lá de longe ou daqui perto invadindo

Fazendo duas almas que encontraste

Novas alegrias e sentimentos descobrindo

Antes não era o Sol tão luminoso

Nem tão rosada a Primavera

Agora, contigo, surgiu o fogo mais gostoso

E as tristezas pertencem a outra Era...

Tu a nada obedeces, nem a razão em ti manda,

Neste mundo por ti lindo e novo

Onde o teu espírito reina e canta

Só tu escravizas, dois a dois, todo o teu povo!

E eu peço-te, Bem-amado,

Permanece neste casal tão honrado

Não fujas nem para longe nem para perto

Não transformes suas vidas num deserto!!!

Vânia Nunes

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Volta...(Vânia Nunes)

Enviado por vania em Dom, 05/01/2003 - 05:15

Ó, vida minha, ternura pura,

Porque me deixaste nesta hora escura?

Como pudeste partir com tanta calma,

Deixando este corpo sem sua alma?

Estou cega e só, com o passo incerto,

Ando perdida, sem guia, neste deserto...

Com o espírito triste, o juízo escuro,

Em toda a parte te vejo e te figuro!

Como pude eu deixar partir-te,

Estando minha alma tão insegura?

Triste de mim por não poder seguir-te!

Volta, musical tesouro, vem-te a mim...

Alivia esta alma de tanto aperto,

Impõe a estes negros fumos, maus ventos, o fim!!!

Vânia Nunes

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Amor... (Vania)

Enviado por vania em Dom, 08/12/2002 - 00:42

Não sei de onde surgiste e voaste...
Lá de longe ou daqui perto invadindo
Fazendo duas almas que encontraste
Novas alegrias e sentimentos descobrindo!

Antes não era o sol tão luminoso,
Nem tão rosada a Primavera...
Agora, contigo, surgiu o fogo mais gostoso
E as tristezas pertencem a outra Era...!

Tu a nada obedeces, nem a razão em ti manda...
Neste mundo, por ti, lindo e novo
Onde o teu espírito reina e canta,
Só tu escravizas dois a dois todo o teu povo!

E eu peço-te, Bem- Amado:
Permanece neste casal tão honrado,
Não fujas nem para longe, nem para perto,
Não transformes nossas vidas num deserto!!!

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HEBRÉIA (António Castro Alves)

Enviado por Carlos em Seg, 11/11/2002 - 03:22

Flos campi et lilium convallium.

Cant. dos Canticos

Pomba d'esp'rança sobre um mar d'escolhos!

Lírio do vale oriental, brilhante!

Estrela vésper do pastor errante!

Ramo de murta a rescender cheirosa! ...

Tu és, ó filha de Israel formosa...

Tu és, ó linda, sedutora Hebréia...

Pálida rosa da infeliz Judéia

Sem ter o orvalho, que do céu deriva!

Por que descoras, quando a tarde esquiva

Mira-se triste sobre o azul das vagas?

Serão saudades das infindas plagas,

Onde a oliveira no Jordão se inclina?

Sonhas acaso, quando o sol declina,

A terra santa do Oriente imenso?

E as caravanas no deserto extenso?

E os pegureiros da palmeira

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Partida (Leonardo Andrade)

Enviado por LEOANDRADE em Seg, 28/10/2002 - 02:04

Você se foi com a noite

e o novo dia não trouxe luz

Você levou minha alma,

deixou um corpo vazio ...

vagando entre rostos inexpressivos,

lugares sombrios,

palavras sem emoção,

vidas sem razão.

O jardim não tem mais flores,

as paisagens perderam suas cores.

Não há mais risos, só dores ...

Aqui, em mim, sobreviverá um terreno estéril, semi-morto.

Enterrada bem no fundo uma única semente,

tênue esperança de renascimento.

Só pode florescer sendo regada pela saliva dos seus beijos

ou pelas lágrimas de felicidade da sua volta...

Volte .. antes que o deserto queime a esperança e a semente seque.

Enterrando um amor que morreu por amar demais

Leonardo Andrade

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