Desassossego

Foto de CarmenCecilia

UM AMOR COMO O TEU... AGORA EM VÍDEO...GANHEI A EDIÇÃO DA MINHA AMIGA E AUXILIAR BETTE...MUITO OBRIGADA!!!

UM AMOR COMO O TEU
Um amor como o teu
Onde se escreveu?
No momento....
Em cada movimento...
Em que mesclamos sentimentos?
Um amor como o teu
Onde se inspirou
E onde buscou
Tanto suspiro meu...
Um amor como o teu
De tantas facetas
Que tu me mostras
E me demonstras
Um amor como o teu
Onde será que se escondeu
Esse amor que me acendeu
Arrebatou-me e ensandeceu-me
Você é meu hoje
Mas tu foges
Estou aqui a procura de ti
Até agora em letargo
Mas agora de ti não largo...
Meu abrigo
Meu amigo
Sossego e desassossego
Que me toma por inteiro...
Ah! você...
Meu gosto...meu tato
Meu cheiro...Todos os sentidos
Você meu roteiro
Quero sim...um amor como o teu!

Carmen Cecilia

Foto de CarmenCecilia

UM AMOR COMO O TEU

UM AMOR COMO O TEU

Um amor como o teu
Onde se escreveu?
No momento....
Em cada movimento...
Em que mesclamos sentimentos?

Um amor como o teu
Onde se inspirou
E onde buscou
Tanto suspiro meu...

Um amor como o teu
De tantas facetas
Que tu me mostras
E me demonstras

Um amor como o teu
Onde será que se escondeu
Esse amor que me acendeu
Arrebatou-me e ensandeceu-me

Você é meu hoje
Mas tu foges
Estou aqui a procura de ti
Até agora em letargo
Mas agora de ti não largo...

Meu abrigo
Meu amigo
Sossego e desassossego
Que me toma por inteiro...

Ah! você...
Meu gosto...meu tato
Meu cheiro...Todos os sentidos
Você meu roteiro
Quero sim...um amor como o teu!

Carmen Cecilia

Foto de Marta Peres

Angústia

Tudo já é silêncio, nada se ouve
E as horas mortas se anunciam,
Só eu ali, jogada naquela cadeira.

Nem mais o rumor da música
Se pode ouvir e minha dor
E a face disforme, são as mesmas.
Angústia, desassossego,
aflição que inquieta.

Alma ferida, coração sangrando
Meu corpo não suporta,
Tudo em volta desmoronou,
Virou pó, acabou!

Marta Peres

Foto de Julieta Ferreira

Palavras em mim

No desassossego das noites mal dormidas,
As palavras visitam-me.
Em rios de pensamento,
Transportam-me para a desmedida esfera
Que transpõe aquela que sou ou julgo ser.
Querem ser ouvidas, escutadas, sentidas,
Querem existir fora de mim.
Adio o momento do adormecer.
Imploram o meu desvelo,
Tocam-me numa brisa de desejo.
Perdida na sua teia, sigo-lhes o rasto,
Ignorante do percurso que iniciarei.
Sinto, nos ouvidos, seu bafejo.
Levam-me numa onda que me arrasta,
Para além daquilo que julgo conhecer
Num turbilhão de sentimentos sem fim.
Insistem, persistentes, inabaláveis,
E eu sem saber que rumo lhes darei.
Elas, insinuantes, em torrentes,
Jorram de uma nascente, em mim.
Contam-me histórias, falam de sonhos,
Desvendam segredos intocáveis.
Possuem minha mente num frenesim,
Numa fúria de amantes ciosos
Ao meu cansaço são indiferentes,
Quer eu lhes diga que não ou que sim.
Encontro-me nelas: renasço uma vez mais
E elas ganham vida, independente de mim!

Foto de JGMOREIRA

MORTE DA MINHA VIDA

MORTE DA MINHA VIDA

Rastro dos meus passos
que acompanha meu desassossego
larga tuas garras dos meus galhos
não mata tua fome no meu desespero

Para de revolver-me por dentro
Abandona de vez meu corpo
Esfrega teus pelos noutra carne
Esquece definitivamente meu cheiro

Morte que não mata minha vida
suor que encharca meus cabelos
Te vejo em cada dia de agonia
anseio pelo dia para meu desespero

As noites me afastam de ti
Não durmo que o sono é distância
Ao mesmo tempo espero que esqueças
de vez o caminho que te trazes a mim

Amor dos meus amores,
ódio das minhas entranhas
Toques, gostos, odores
presentes nas lembranças

Tua distância é meu sofrimento
Perto é tormento
Esquecer-te, não posso
Chaga que sangra veneno

Das carícias de um dia amado
repousam descanso e medo
Nas despedidas sem piedade
Retornos da mais pura veleidade

Láudano que vicia
Metade cura, metade doença
Que minha mão finde o que se anuncia
antes que me finde tua ausência.

Foto de CarolComPoesia

Faz versos, poeta!

Vai poeta,
mendigo das estações perfeitas
dono do inverno gelado da alma
das torrenciais tempestades da vida
sob ventos de furacões dos sonhos que escaparam
entre as tantas existências da tua poesia

Vai poeta,
atropelando os versos em desassossego
transformando horas em instantes sem nexo
para que o espírito sobrevoe a fragilidade
do que vai na tua alma inquieta

Vagueia entre as madrugadas
enche a cara e entorna todas para que a noite
te desenhe estrelas e uma lua perfeita
que habita almas pueris que sonham ainda
apesar dos ardis de toda esta vida,

Delineia teus versos obesos de tristeza
alinhava tua percepção de mundo
embora imundo e falsamente real
tudo é ilusão, pensador!

Nem o que vês, tampouco o que não supões
é real,
abraça esse mundo de ilusões!

Chora tuas dores desencantadas
imagina flores para que teus pés agüentem
e colhe versos, poeta, colhe versos
nas bocas aflitas que nada mais dizem
e nas almas cansadas que, fingindo, mentem,

Faz dos teus versos o que bem quiser,
tolo sonhador
- pobre poeta – achando que tudo caberá num poema!
Escreve e sofre e lapida a tua arte
de fazer da vida decadente e fria
uns versos imperfeitos, vomitados na tua agonia.

(Carol)

Foto de Lou Poulit

Túrgida Lua

Túrgida lua que amamenta
Meu amor de homem em seus vagares;
No epicentro de calamares,
Nas calmarias me acalenta.
Nos pântanos no quais atraco,
Pobre Baco, bêbado e fraco
Pelas paredes fundas do céu
rosna, como o mármore ao cinzel.

Túrgida lua dessedenta
Essa sede isenta de apego;
Esse cego desassossego
De me verter aos solavancos,
Pelos sulcos que ao rocio apraz.
Luares liquefeitos, francos,
sobre peitos acesos de paz,
pacificam-me os versos brancos.

Túrgida lua que assim tenta
dentre estrelas minha alforria,
arrebata-me a noite e o dia
para que esse amor jamais cesse;
e então minha alma seja a messe
fulva, espalmada à tarde morna
e, à noite, à estrela que me adorna.
Ah, túrgida lua, vem... desce.

Foto de Ricardo felipe

Muros.

Ergui nos arredores de minha vida.
Muros negros de silêncio e calma.
Calei a revolta do mundo, calei o choro da alma.
Partindo sem deixar caminho ou despedida.

E enclausurando-me em virgem mundo,
d’argamassa úmida de que o sonho é erguido.
Não me encontrará nunca, o mal de ter sofrido,
em minha cidadela triste de negrura ao fundo.

Selei a porta da crença, perdi a chave da esperança.
Meu pai é mundo amargo, minha mãe, triste lembrança.
Não sobrou-me nada, nada a que eu tenha apego.
De meu passear contente só fiz, eu, desassossego.

Mas não desejo prece, choro, benção, volta, vida.
De que me serviria esta? Para outra despedida?
Antes estar morto vivo, do que vivo perder sua vida.

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