Decisões

Foto de neiaxitah

Crónica do mar...

Com uma vida superior, ao superior que a capacidade humana acarreta, sei hoje o que significa o menos e o mais infinito. Menos infinito é o lugar de onde sou originário, suor ou lágrima de uma existência metafísica que, também, causa desvios na crença da humanidade. E o mais infinito é a sina da minha existência com a qual terei eternamente de viver. Sou quem nasceu para jamais morrer, no fundo sou quem sofre, sou quem vê, sou quem chora, sou quem vive. Sou o melhor indicador da idade humana. Vejo nascer no nevoeiro e no orvalho da manhã, na chuva miudinha da tarde, ou entre uma chuva incansável da noite, aquele que tal como eu é ser, aquela criança que irei acompanhar durante todo o trajecto da sua curta existência. E assim sendo, prezo todos os da sua espécie e protejo os que em mim buscam protecção. E acreditem, ou não, são muitos, apesar de grande parte nunca me ter visto, sonha comigo e, nesses sonhos, eu espalho a espuma, a lágrima do meu corpo e ouço também atentamente os seus júbilos e pesares.
Inicio todos os dias, senão a todas as horas, jornadas diferentes com o ser humano.

Não há ser mais robusto e complicado, mais sábio e ignorante, mas divertido e envolvente. O ser humano enquanto ser pequeno, bebé ou criança, vê a minha angústia, consegue perceber se estou triste ou feliz e, por isso consegue distinguir uma lágrima num oceano inteiro, o que m deixa deveras surpreso e inibido. Inacreditavelmente, num acto de facto humano de ser ingénuo e puro, a criança brinca comigo, recupera o meu sorriso; faz o seu splash-splash, que me faz cócegas; corre para mim espalhando o seu sorriso estridente entre gritos apaixonantes de alma intocável; tudo isso, nas praias que me dão abrigo e, por tal vejo-me na obrigação de lhe beijar os pés. Perante tal tolice minha, a criança grita mais, ri e corre numa alegria imensa enchendo-me o coração que é de sangue azul, mas não aristocrata, que imaginando um mundo sem crianças entristece; e chora lágrimas tal salgadas que até me sinto agoniado com o péssimo sabor da inexistência dos pequenos. São eles que me fazem viver, nunca duvidei de tal. Mas o tempo passa, e o que ontem foi criança morena a quem eu beijei o corpo, hoje é miúdo, pré-adolescente, com manias de rebeldia e actos encantadores revolucionários. Desse pobre, eu tenho pena, nada mais que isso. É alguém que sem saber a pequenez dos seus actos tenta acordar os mais crescidos.
Em má fase se encontra, revolta-se pela incompreensão das novas obrigações que até então não existiam e da incompreensão dos pais. Mas a idade passa e dizem os humanos mais velhos que aquilo também há-de passar; no entanto eu digo que não passa, mas adormece, e com o passar dos anos vai morrendo no coração, ou acorda pelas razões erradas, todos sabemos. Eu também me revolto, mas as minhas revoluções já vão fazendo alguns estragos, quando me vejo com os nervos a flor da pele devido às guerras desumanas, às discussões sem fundamento, ao ferimento que me causa quem me esquece e me tenta destruir, quando me cortam a respiração, são gotas de agua a mais e revolto-me. Vou continente adentro, desbasto, grito, discuto, magoou. Vejo o mal que fiz, mas não e por isso que não o volto a fazer; no entanto, no momento, assombrado pela minha pertinácia, recolho as tropas e volto com as tropas para o vasto território que me foi consagrado. Passo dias ou anos, em sossego e quieto entre lágrimas e arrependimentos, porém, se me voltam a ferir o orgulho, reviro o coração de criança mimada, choro e faço quem me magoa chorar comigo. Não. Não me orgulho de ser assim, mas é feitio, e apesar de tudo, baseio-me naquela máxima de que feitio não é defeito. Às vezes paro, penso e questiono-me que idade teria na idade humana? Nunca cheguei a uma conclusão valida. Mas mesmo assim vou procurando no seu crescimento semelhanças com a minha pessoa.
Tal como a criança é feliz, o pré-adolescente revoltado, o adolescente ou jovem é inseguro ou em contrapartida, seguro demais; assim como eu. Há dias em que acordo com devaneios de conquistar mundos e fundos, de espalhar os meus feitos numa Europa senhora ou num África criança; porem toda a minha segurança se vai dissipando com o tempo, e perco as minhas oportunidades por medo de falhar desperdiçando se calhar boas oportunidades. Sou um jovem velho, tenho sonhos largos e medos amplos, pobre de mim e pobres dos adolescentes. Não há um jovem que me tenha passado nas mãos equilibrado; aliás o equilíbrio é uma utopia. Dá-me um prazer infinito escutar o drama duvidoso de um garoto ou a glória daquele que me vem falar das suas façanhas. Jamais o considero presunçoso. Gosto da capacidade, vontade, nem sei bem definir o que o ser humano possui no seu código genético que nem cientistas reparam que os ligam a mim. O ser humano tende sempre em vir falar comigo, no fundo sabe que mais ninguém lhes irá escutar as glórias, duvidas, medos com tanta atenção e tanta capacidade em ouvir como eu, no fim,
gosto de dar o meu palpitezinho, a minha opinião de mar sábio e sabido. Gosto, também, de ver nascer o amor juvenil que passa por mim e a quem eu pisco o olho e dito um murmuro de boa sorte que só os corações sentem, levando os apaixonados a visitarem-me e a contarem-me os desacatos e boas bonanças. Por vezes aparecem-me descontrolados e desejam mais que outra coisa nas suas curtas vidas, virem viver mais perto do meu coração do que do coração já aglutinado ao seu, do que do coração que amam por uma mera discussão por vezes insignificante ou mesmo porque o amor se esgotou ou acabou. Claro é que dou os meus concelhos mais uma vez, e humilde à parte, por vezes vejo nascer uma esperança de quem me apareceu em retalhos; contudo, é evidente, que me sinto muito mais feliz com os que vêm celebrar o seu amor para a minha beira. Aqueles que unem laços de amor eterno, ou se não for eterno que dure muito tempo, vestidos de branco, de chinelo na areia num dia em que eu mesmo mexo os cordelinhos e como prenda de padrinho que sou, apresento um dia celestial. Céu azul límpido, sol amarelo brilhante e tudo o que os meus afilhados desejarem e merecerem. Em prol daquela união sagrada, pelo menos para mim, recebo de ondas abertas os recém casados. E feliz me sinto ao ver o jovem passar a adulto, porque é nas grandes e verdadeiras decisões que se vê esta transição melhor que nunca. O ser adulto é uma fase bastante intensa, de renovação, cíclica. Existem cinco tipos de adultos na minha eterna vida. O adulto solteiro que vem correr para a praia de manhã, e na sua corrida continua denoto um vazio, ouço a musica tristonha a entrar-lhe pelo ouvido e a penetrar-lhe o coração. O ser humano tem atitudes estranhas, porque quando está triste ouve músicas tristes, quando se sente sozinho procura a solidão. De facto, este adulto solteiro apela-me ao sentimento, e não sei que posso fazer eu por eles se eu mesmo sinto uma semelhança entre a minha vida e a vida deles, pois também eu corro nas praias, com músicas tristes como som de fundo. Com vista a debater este negro pensamento descrevo outro tipo de adulto. O adulto que vem passear a namorada ou namorado acompanhado pelo cão. É aquele que namora anos e anos e mais uns anos com a mesma pessoa, sendo, ou não fiel e acolhedor a esta, mas que em contra partilha repudia casamentos e só permite a entrada do cão na sua vida pessoal. Uma escolha que, por vezes, lhe compromete a vida toda. Se é ou não feliz, nem eu sei, parece ser, mas será totalmente feliz, mesmo que não se sinta bem com as escolhas que faz?
O terceiro tipo de ser adulto é o adulto casado com vida de solteiro que não quer ter filhos nem animais. É aquele que não sabe viver a dois, é alguém que precisa do seu espaço sem perceber que quanto mais espaço tem mais precisa, afastando aqueles, que no fundo, quer por perto, arriscando-se por vezes a perde-los e deixando sempre um vazio na sua vida. Ao menos o outro tem o cão como companhia.
O quarto é o divorciado, adulto que todas as semanas vêm para a minha beira contar que já não sabe o que há-de fazer da vida. Coitado! O personagem bem vai tentando arranjar companhia, mas as que arranja duram pouco e ele percorre a sua vida com o filho do primeiro casamento, o cão de segundo, e assim vida fora.
Por fim, e aquele que prolonga os bons momentos da minha existência é o adulto pai. Aquele que me traz as crianças iniciando um novo ciclo e ocupando os meus dias. Aquele que vem jantar, fazer piqueniques e mais um enorme leque de coisas para perto do Mar, ou seja, de mim. Sinceramente os dias, as gerações vão passando e quanto mais vivo, mais vontade sinto em viver. A eternidade não é boa, nunca o foi nem há-de ser, pois ela é maçadora, sem sabor; no entanto encontrei neste mundo que tanto crítico, que tanto me fere, o que sempre procurei, a vida. Dá-me uma alegria tremenda e uma vontade de viver suprema ver nascer as crianças, vê-las crescer e revoltar perante a insensatez do mundo que um dia se ergueu, tenho um gosto fantástico em vê-los crescer, embora em entristeça ver que eles perdem muitas vezes o desejo de luta por um mundo melhor e até ajudem as más pessoas, que existem em toda a parte, a tentar arruinar, e quem sabe um dia a conseguir, a minha eterna existência; contudo alegra-me as suas aventuras, as suas histórias, as suas esperanças. É admirável ver o evoluir de uma raça. A juventude é a fase mais curta e mais complexa, e é entre todas as fases a que mais gosto, pois também é a que mais companhia me faz e alegrias, e até tristezas me dá; em suma é aquela que me dá o complemento essencial de uma vida. Os adultos também me fazem uma mediana companhia; porém só me aparecem com as crianças ou então para chorar as mágoas, muitas vezes completamente embriagados, raro é aquele que aparece no estado dito normal apenas para dar um simples passeio a olhar para mim. Gosto que olhem para mim confesso, disso não me envergonho, um pouco de vaidade nunca fez mal a ninguém. Mas agora sim chegou a altura de falar a idade que mais admiro. Pura admiração nutro pela velhice.
São os mais velhos, os idosos, que se levantam de manhã e vêem tomar os seus banhos de ouro, que vêem molhar os pulsos e tornozelos no meu corpo ensopado ou apenas o passeio matinal perto de mim. Gosto de os ver a jogar a canastra, tardes ao sol, brindando saúdes. Admiro os que confessam as diletantes vidas e se arrependem e tentam remediar qualquer coisinha no final de vida e admiro principalmente o amor daqueles que passeiam com o companheiro de uma vida inteira de braço dado. É uma sensação estrondosa que graças a Deus, ou graças a alguém que me pôs no mundo, eu possuo e apesar de saber que o que a eternidade não é boa, é bom saber que há seres não perenes que me fazem sentir uma perpétua felicidade com as suas vidinhas simples, complexas, felizes, infelizes, desgraças ou quase perfeitas, e é por tudo isso que eu, todas as manhãs me levanto com o amigo Sol, com a amiga Chuva, ou com o amigo Nevoeiro e abraço este ingrato e saboroso mundo, levantando os braços para ver os surfistas se erguerem no esplendor. Beijo a acolhedora areia agradecendo diariamente o abrigo que esta me dá em cada praia que abraço e dou palmadinhas nas Rochas com um desejo de bom dia. Prolongo a minha tarde viajando pelos cantos do mundo, ouvindo as deslumbrantes e apaixonantes vidas, e à noitinha o sol despede-se sempre de mim, mesmo que nem sempre o veja a despedir-se, e sinto o manto de estrelas abraçarem-me enquanto cobre todo o céu, e penso que só me posso sentir bem com os amigos eternos que tenho.
A querida Lua vem sempre toda espevitada com a sua tão terna voz dizer: “Tio Mar conta, conta o que aprendeste de nojo hoje, o que ouviste.” E sento-me eu a contar as histórias do meu dia à Luazinha, e ela fica bela, encantada, e eu desejo ter mais para lhe contar. Desejo um novo dia, enquanto ela deseja uma nova noite e uma nova noite… desejo uma evolução nesta humanidade, desejo ver as pessoas repletas de felicidade. E o novo dia nasce, e eu observo atentamente cada pessoa que me aparece, ouço as histórias com os ouvidos bem abertos, primeiro porque quero aconselhar de forma correcta as almas que me aparecem e segundo, porque a Lua nunca me perdoaria uma noite sem história. E por mim vão passando vidas simples, complexas, felizes, infelizes, desgraçadas, perfeitas, ou pelo menos quase perfeitas que cobrem os pedaços de terra, que alguém habitou para preencher os dias.
Esta é a minha vida, eterna vida, e assim é e assim será a eternidade, preenchida de defeitos, e com poucas qualidades, mas cada qualidade sobrepõe-se a muitos defeitos, fazendo com que esses sejam quase nulos.
A.C.

Foto de JOSÉ SEABRA

"AMAR & SOFRER "

" AMAR E SOFRER
É ESSE O MEU DESTINO
É O CAMINHO QUE TENHO ...
QUE PERCORRER , ATÉ TI ;
E TUDO ISTO PORQUE ...
TU DIZES NÃO ME AMAR ,
SERÁ A PURA VERDADE ?
OU APENAS UMA DESCULPA ?
SERÁ QUE NÃO TENS ...
A CORAGEM PARA ASSUMIR ...
O QUE SENTES ? OU SERÁ ENTÃO ...
PORQUE HÁ PESSOAS ,
QUE SE METEM NA TUA VIDA,
E TUDO FAZEM ... PARA CONTROLAR ...
OS TEUS ACTOS ... E SENTIMENTOS
- PENSA UM POUCO . NO QUE EU SOFRO ;
E QUE UM DIA TU TAMBEM ...
PODERÁS VIR A SOFRER ;
SEJA POR MIM , OU SEJA ...
POR UMA OUTRA PESSOA .
POR ISSO TE DIGO , ASSUME ,
O CONTROL DA TUA VIDA ...
DA TUA INDEPENDÊNCIA ;
E NÃO DEIXES , QUE TE DIGAM ,
O QUE HÁDES OU NÃO FAZER ;
POIS TU JÁ ÉS , DE MAIOR IDADE ,
E POR TAL JÁ ÉS , SENHORA DE TI ...
E DOS TEUS ACTOS E DECISÕES ,
SEJAM ELES QUAL FÔR .
- MEU GRANDE AMOR ... DIGO-TE ISTO ,
PORQUE ALEM DE TE AMAR , COMO AMO ...
SOU TAMBEM , MUITO TEU AMIGO ,
( ALIÁS SEREI POR MINHA PARTE ...
SEMPRE , TEU AMIGO ATÉ MORRER )
E TUDO FAREI PARA CONQUISTAR ,
O TEU BELO CORAÇÃO ,
- PORQUE ALEM DE SER COMO SOU
TAMBEM SOU UM SER HUMANO ...
E POR TAL TAMBEM TENHO DIREITO ,
A AMAR E SER FELIZ :
AINDA QUE PARA ISSO ,
EU TENHA QUE LUTAR ...
"" AMAR & SOFRER ""

[ JOSÉ C. M. M. SEABRA ]
[ CUSTÓIAS ]
[ 00 / 04 / 27 ]

Foto de Tarcisus

A MULHER

O que dizer de um ser feito para nos completar?
Da inocência a veemência de um sentimento,
Um simples toque sincero pode mover montanhas de sonhos
E a felicidade bate na porta do coração, pedindo tão pouco.

As duvidas afogam as decisões;
O pensamento voa em busca da verdade,
das respostas que só o tempo pode mostrar,
Da verdade que pode levar a essência da realização.

E tudo que se busca é sinceridade,
E muito que se busca é fidelidade,
E mais do que se busca é cumplicidade.

O fogo do propósito arde dentro de mim,
A chama da verdade santifica meu coração
para te fazer feliz, Mulher.

Foto de Paulo Zamora

Caminhando dentro de mim

Sorri olhando para mim pelo lado de dentro. As imagens do passado vão ganhando o espaço... os anos passaram, pessoas passaram, lugares se modificaram... tudo é uma saudade gigantesca. O meu amor estava na sala lendo um livro e quando me viu entrar sorrindo veio e me deu beijos. As flores que você plantou, aquelas que regava em todas as manhãs... elas continuam em meu coração.
Estou me banhando de lembranças, os momentos mais importantes, os mais tristes... todos inesquecíveis. Uma vida trás melancólicas melodias tocando no íntimo. Daqui para o eterno pode parecer muito tempo, é porque meu imperfeito coração tem um perfeito sentimento, incomum travando batalhas entre eu e o passado, então me esqueço que virá o futuro... meu outro mundo!
Chorei olhando para mim pelo lado de fora, estou sozinho... só na imensidão de uma saudade, alguém refletindo o mundo se enganando com as decisões...
Dos meus olhos através de uma janela, as folhas sempre caem... o vento as leva para outros lugares, para longe de mim... distante como eu de mim mesmo, sem que eu pudesse apalpar o que me é visível como pensamentos... como minhas viagens no tempo.
Talvez você chore por mim, o “talvez” é tão incerto que tenho a certeza de que esse fim é eterno...
(Escrito por Paulo Zamora em 12 de julho de 2007)

Acesse: www.pensamentodeamor.zip.net
Comunidade no Orkut: Um poeta de Três Lagoas MS (Faça parte)
e-mail: paulozamoracontato@bol.com.br

Foto de Ed Sonhador

Sonhei que a deixava...

Sonhei que a deixava...

Deixava você louca de saudades, quando partia.
Deixava você sufocada de sonhos, quando a beijava com fervor.
Deixava perturbada com as minhas roupas sujas jogadas ao chão, só para poder chamar sua atenção.

A deixava feliz com minhas piadas.
Deixava triste com meus erros, pois nem tudo na vida e perfeito.
Deixava envergonhada com minhas de clareações de amor
Deixava embaraçada com meu jeito de ser, não somos iguais!

A deixava impaciente, com meu suspenso em lhe dar um presente.
Deixava sua ansiedade aflorar com minhas longas viagens.
Deixava incapacitada com meus tempos perdidos.
Deixava com raiva da minha falta de atenção quanto às datas comemorativas

A deixava com um vazio no peito quando um beijo meu faltava ao seu rosto.
Deixava tímida em dizer a todos seus amigos e familiares o quanto eu te amo.
Deixava confiante e forte, quanto acreditava e apoiava suas decisões.
Deixava você pensando que não te amava mais, mas era justo esse momento que eu mais te amava.

A deixava com ciúmes, ao olhar para outra mulher só para ver o quanto sentia em perder-me.
Deixava frustrada, com meus momentos de silencio.
Deixava angustiada, em demorar a dizer EU TE AMO.
Deixa assustada, com meus atos de loucura em mostrar a minha felicidade de viver ao seu lado.

A Deixava mulher quando nos amava

Agora vou deixar de falar e fazer você pensar e refletir por dizer o quanto eu amo fazer parte de você.

Foto de LordRocha®

Filha...

Estrutura singela;
Delicada, pura, fina;
Como a seda é tua pele;
Olhos de um anjo;
Nariz de boneca;
Lábios de sereia;
Face de uma deusa Grega.

Personalidade única;
Marcada por atitudes;
Decisões individuais;
Pro ativas e independentes;
Opiniões formadas;
E defendidas com a;
Certeza da razão.

Ora, meiga e delicada;
Ora, enérgica e impetuosa;
Ora, carinhosa e dócil;
Ora, imperativa;
Menina, moça, mulher;
Ainda que uma criança;
Tem atitudes acima da média.

Assim é você;
Meu amor;
Minha vida;
Minha existência;
Assim é você;
Minha menina;
Minha “FILHA”.

Foto de Zedio Alvarez

Revolta de uma Poesia

Teu poema transmitiu muita revolta,
Através de toda tua essência infinita,
O qual fez do teu coração aberto,
Vulnerável para contrair uma ferida.

As decisões foram contra a tua alma.
Mas não se desespere indo até o abismo...
Por que lá não encontrarás a tua calma,
A mente aproveitará teu inconformismo

Então procure teu anjo da guarda,
Ele te encaminhará ao teu destino.
Reabastecerá teu tanque do amor,
Com o combustível da tua própria dor.

Supere os obstáculos do dia a dia,
Não deixando o malogro se aproximar
Renovando o espírito de tua poesia
Evocando uma nova vida para amar

Foto de Paulo Zamora

Como folha

Eu sou como uma folha que voa com o vento...
Estou passando por lugares que eu não gostaria de passar, mas o vento me leva por onde ele acha que é melhor. Os dias melhores virão quando eu for levado para outros lugares e acontecerem coisas boas na minha vida, a dificuldade vai passar; o tempo vai passar; as chuvas não mais me molharão como hoje, como agora.
Para onde vai esse vento? Não sei; só sei que estou indo, porque não tenho forças suficientes para me segurar em algo e não deixar o vento me levar.
Depois será diferente, em outro lugar onde não mais me atingirá a tempestade, onde não mais terei a solidão do meu lado, porque ela sente eterna em mim, e nunca será assim.
Eu preciso de vontade própria, de ser dono das minhas decisões; eu preciso ser eu mesmo...
O vento tem que me levar para os sonhos, com sua força quebrar as barreiras e me fazer pousar feito pluma.
Eu sou como uma folha que voa com o vento...
(Escrito por Paulo Zamora em 28 de dezembro de 2006)

Foto de Zedio Alvarez

Xadrez é vocação...

Quando jogo uma partida de xadrez,
Transporto a minha vida para o tabuleiro,
Procuro tomar decisões a cada momento,
E que o meu erro seja sempre o derradeiro.

Mesmo que esteja errado
E o destino me leve ao Xeque Mate,
A minha vida dará oportunidade,
De redimir dos meus pecados.

O tabuleiro tem caminhos e variantes
Onde a cada partida ganho mais vida.
Mesmo com ela em xeque!
É só mais uma partida...

Nas situações momentâneas do jogo,
Temos que escolher um caminho a seguir,
Provocando a quebra de paradigmas,
Que na minha própria vida vou conseguir

Foto de Nennika

Qual será o preço ?

Venho guardando em segredo.
Com medo de dizer a mim mesma.
Palavras que possam eternizar em nós sentimentos.
Vivemos presos a regras de uma realidade cruel.
Numa sociedade que cobra comportamentos.
Impondo conceitos e leis...
Somos livres...
Quando pagamos o preço.
O que nem sempre é possível.
Assim vamos adiando decisões...
Guardando segredos... Reprimindo desejos...
Evitando cobranças...
Esperando sempre, que o destino,
Com suas artimanhas...
Faça com que o inevitável aconteça.
Ai já não existirá segredos,
sentimentos ficam estampados na cara,
nos lábios que se abrem num sorriso...
Nas palavras... Que se tornam menos agressivas,
e assim me deixar sem motivos pra negar.
Sem razões pra disfarçar...
O quanto eu amo você!

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