Um dia de sol, uma alma, um coracao em pedacos.
Deitada na cama, penso em ti, no que vivemos, sera que voltaras?
Momentos de solidao, vastas lembrancas de mim, e de nos...
Promessas feitas, nao cumpridas, uma dor incompreendida, eterna e capaz.
O que fui, nao serei mais meu querido, nao creio no amor jamais, creio que venhas pra me salvar.
Um ano, tantos dias, `es como uma doenca cronica sem cura mas com tratamento...
Como um livro em tempos lido, relembrado, esquecido na estante com todos os outros.
A vida passa por mim, e eu nao vivo, sobrevivo apenas porque assim tem que ser.
Quero voltar, voltar pra aquela casa, sem porta de saida, com janelas fechadas, um corredor que me leva ate ti e deixar me ficar por la, envelhecer a teu lado, olhar as rugas na tua cara, os tracos da idade, passar o resto de uma vida so contigo.
Costumava ter tantos planos e sonhos pra nos, pra uma vida em comum, lado a lado, sempre.
Agora sou so eu, se ainda existe um eu.Vivi mas nao vivo mais.
Sei ate como sobreviver sem ti mas nao quero.
No lugar do meu coracao, deixaste uma cicatriz e essa `e a marca de uma vida vivida.
Nao tenho mais sentimentos, nao me importa o que dizem os outros, importo me contigo, com aquilo que pensas e dizes, sem nunca me teres dito realmente nada.Faltaram palavras entre nos, faltou amor, e agora faltas tu.
O que quer que tenha acontecido, eu nao lembro mais.
Danilo meu querido, se me ouves, se les este texto, me responda, me escreva se nao for capaz de falar, so nao me deixe na incognita.
Nao precisa dizer que me amou, que me ama, ou que me quer, so precisa de dizer porque me levaste a vida!
Fatima Cristina