Corpo

Foto de odias pereira

" QUANDO TE TOCO ME ARREPIO "..

Quando eu beijo a tua boca,
Recomponho as energias.
E uma vontade louca,
Invade as minhas vias.
Sinto uma tesão enlouquente,
E uma desvairada vontade.
Uma paixão loucamente,
Seguida de uma anciedade.
Quando a minha língua sente,
A umidade da tua,
O meu sangue ferve, fica quente.
Quero ter você todinha nua...
Esse teu corpo aveludado,
Lindo de cor morena.
Decorados com pelos dourados,
Como a flor de açucena.
Provoca em mim calafrios,
Me enchendo de tesão.
Quando te toco arrepio,
Faz vibrar o meu coração...

São José dos Campos SP
Autor Odias Pereira
13/07/2011

Foto de odias pereira

" COMO UMA GATA NO CIO " ...

Quando você me fita,
Com esse olhar de quero mais.
O meu coração se agita.
E se envolve em teus sinais.
Você sabe me atrair,
Me pega como um imã.
É esperta e sabe agir,
E não me larga vem pra cima.
Vem com tudo,
Vem fogosa.
E é ai que eu me iludo,
Morena meiga gostosa...
Aproveito a fartura,
Desse teu lindo corpo macio.
Que esbanja formosura,
Como uma gata no cio...
Fico louco e quero mais,
Como você quer mais tambem.
Quero atracar em teu cais,
E não dar bola pra ninguem...

São José dos Campos SP
Autor: Odias Pereira
19/07/2011

Foto de Rute Mesquita

Sou eu...

Sou eu…
uma pomba outrora livre.
Um desejo que pairava solto
Um som que bem suava no timbre
Sou eu…
um grito de revolto.
Uma fraqueza,
uma alma perdida,
um esquecimento
da mãe natureza…
Sou eu…
eu declínio espontâneo
um sofrimento
mais que momentâneo…
Sou eu…
dentro desta gaiola…
Sou eu…
numa voz melancólica
implorando
a volta do meu Romeu,
ao som de uma viola.

Vem, meu amor,
a tua presença fará desaparecer estas grades
que me envolvem e me limitam.
Esta dor,
irá afundar-se, nos seus degrades
que indigitam.
Vem, fazer de mim uma princesa,
dar-me o sol, a lua
tudo o que eu te peça
Volta, minha alma,
vem definir formas nesta escuridão,
procura nela um nu,
que a tua mão,
logo reconhecerá que é uma pele só tua.

Fico aqui,
de joelhos já sangrentos,
de corpo já cansado,
mas, ansiosa por ti,
pelos nossos momentos,
pelo teu suspirar apaixonado.

Foto de Hirlana

Só a você meu coração sabe amar

Vou adiantar as horas do meu relógio
Para esse dia logo acabar
Quero acordar e te encontrar

Ao ter ao alcance dos olhos
Meu relógio vou parar
Quero que o tempo pare
Para contigo eternamente ficar

Esperei tanto tempo
Para te ter aqui
Não vou mais deixar você ir

Para ti escrevi milhares de versos
Mas meu amor
Eu confesso
Tenho vergonha de te falar
É um sentimento tão forte
Que chega a doer no peito
Amor meu
Não tem jeito
Só a você meu coração sabe amar

Relógio ingrato que não passa
Eu quero contigo encontrar
Eu sei que não tenho palavras para falar
Mas meu olhar vai te dizer
Só a você meu coração sabe amar

Quero acordar
O cabelo vou arrumar
O corpo perfumar
E no espelho ensaiar
As palavras que certamente não saberei pronunciar
Mas, você saberá
Quando em minha mão segurar
Só a você meu coração sabe amar

Quero te ver
Eu sei
Minhas pernas irão tremer
Mas eu quero te beijar
Porque nosso beijo meu amor
Irá te provar que nesse tempo todo
Só a você meu coração sabe amar

Foto de dayseduate

Carinhos e Carícias ... Autora: Daisy Duarte

Carinhos e Carícias ... Daisy Duarte - Kim Basinger - Mickey Rourke - Ayo - Without You

Carinhos e Carícias ...

Em cada carícia, em cada olhar,
O desafio para mim é bem maior.
Cada vez mais eu te quero,
E mais e mais me sinto melhor...

Sem igual é o prazer que me dás,
Em cada beijo, em cada carinho.
Já não sei mais o que é realidade:
Se o meu ou se o teu caminho...

Teu beijo na minha boca a procurar,
Todos os desejos que em ti plangem.
Nossas bocas sugando o suave sabor
Do mel que nem as abelhas consomem...

Teus sussurros tão e sempre acariciantes,
Em meu ouvidos fazem minha pele arrepiar...
Por todo o corpo sinto tremores,
De tesão e de volúpias a desejar...

Em cada toque de tuas másculas mãos,
Um sorriso feliz tento eu esconder.
Quase em êxtase pareço anunciando,
Que o clímax vai agora acontecer...

Autora: Daisy Duarte

Foto de Elias Akhenaton

Outrora...

Outrora...
Sentia teus beijos
Envolvidos de desejos
E o calor do teu corpo
Juntinho ao meu...
Como pulsavam os corações
Em plena sedução...
Pena não ser amor,
Foi apenas paixão
Que passou!
Será?
Porque estou eu agora
A recordar?
É porque paixão
Também marca
O coração!”

-**-Elias Akhenaton-**-

Foto de Edigar Da Cruz

Seu corpo Uma Partitura

Seu corpo
Uma Partitura
Ouço um leve som suave no ar
Uma sintonia linda maliciosa mais gostosa de ouvir
Sentir o quase tocar.
Que sonata tem a esse corpo
Meus dedos nessa linda partitura entre linhas perfeitas bem escritas..
Que faz um toque de dedilhar..
Uma dose maravilhosa de, singela magia..
Faz dos sonetos de versos e poesias
Flutuarem sobre essa partitura linda
De desejo e vontade que faz encantar
Um toque um sabor uma musica.
Seu corpo uma partitura de amor

Autor:d. Cruz

Foto de Monique Souza

O Acaso de um Descaso.

Num dia corrido onde tudo deu certo por um acaso do destino, entre milhares de rostos você escolheu o meu ou será que apenas me reconheceu?!
Enfim, sinceramente não sei a razão ou o porquê tu te aproximaste de mim.
E meio sem saber de suas reais intenções, vi você se aproximar devagar.
Mal pude perceber como cheguei até você, que quando dei por conta já estava em seus braços.
Você me revelou o que queria que me queria.
Fiquei meio surpresa, pois agora já sabia que você realmente havia me escolhido. E através de carinhos e sorrisos, você me perguntava; se eu te aceitava, se eu também te queria.
Então enquanto eu esperava o momento certo para te responder seus braços me envolviam, aquecendo o meu corpo e aos poucos o meu coração, que andava meio frio.
Foi quando chegou o momento. Nossas bocas se encontraram. Não foi muito intenso nem demorou muito, mas durou o suficiente para me causar sede dos teus lábios.
Então ali estávamos dois corpos tão juntos que parecia ser somente um.
Nossas mãos quase não se separavam, meu corpo parecia ter um ima, atraído por você, é tanto que não queria me afastar de você mesmo que você me ignora-se ou me rejeitasse.

Fiquei confusa e por medo de me iludir te fiz perguntas idiotas,
Foi aí que te perdi, por apenas te querer sem me preocupar em te conquistar.
Mas eu estava tão feliz, que agir como uma adolescente imatura e nem percebi que meu coração te queria não só para aquele momento, mas para viver e construir vários outros momentos.
Eu estava tão feliz que estava cega ao ponto de não perceber que você poderia ser a pessoa que eu procurava para fazer feliz.
Pois aquela noite você estava com alguns “problemas”, mas eu só pude perceber tudo isso, depois que eu te transformei em um momento qualquer, por medo de me apaixonar
Pois aquela sede do teu beijo, você não me saciou, e essa sede insaciada se transformou em paixão.
Pois quando fecho os olhos, posso te ver. Quando alguém me abraça, sinto os seus braços. No silêncio da noite, ouço sua voz a me chamar.
E todos os dias antes de dormir eu rezo pedindo que um dia possa te ver de novo e ter a chance de fazer tudo mudar.

Foto de dayseduate

Tesão! Autora: Daisy Duarte

Tesão!

Queria que a sensação de tesão,
Somente a nós dois pertencesse.
Sei, é verdade que muitos admirarão
Que o nosso amor a tal sempre vencesse...

Essa tesão que por você sinto,
Já até a alma me toma.
Sabedor você é que eu não minto,
Ainda que estivesse mal e em coma.

O que sinto por você é paixão,
É amor, é ternura, é afeto.
Ao lhe ver é tão grande minha afeição,
Que me faz aspirar chegar ao teto...

Essa paixão, esse amor, essa ternura,
Misturam-se loucamente com uma grande tesão.
Uma tesão tão forte que me tortura,
A alma, o corpo e toda minha emoção...

Já não sei como com você falar,
Desde que essa louca tesão começou.
Só posso, mesmo, é muito lhe amar,
E beijar-lhe todo o corpo com muito ardor!

Autora: Daisy Duarte

Foto de Rute Mesquita

A Cinco Pontas Dos Pés

Sinto que carrego correntes… pesos que se arrastam no chão. Oiço um rugir perseguidor. Um perseguidor tão pontual e assíduo quanto a minha própria sombra. Ainda não sei bem o que se passa à minha volta, ainda está tudo tão turvo… e eu sinto-me carregada de culpa, de arrependimento, de tristeza, de exaustão e de ódio por sentir tudo isto…
As coisas à minha volta estão a começar a compor-se, talvez deva continuar a desabafar…
Estou cansada, de tanto cair, estou cansada de olhar em redor e nada ver… estou farta de ouvir as minhas próprias lamurias, estou farta… neste momento só me apetece ter um tempo para mim. Preciso de travar mais uma guerra dentro de mim, aquela voz destabilizante não pára de querer medir forças comigo. Não me vou deixar vencer e é por isso que preciso deste tempo para mim, para que esta voz não venha como uma onda gigante e me leve este meu castelo que com tanto carinho construi.
De repente, uma súbita mudança surgiu, deixei de ver… mas, transpareci calma… não sei porquê mas, tinha confiança no destino e por isso passei neste primeiro teste, penso.
Sinto os meus cabelos a bailar com o vento. O meu corpo elegeu-se mais ou menos um palmo da superfície e flutua… não sei ao certo se deveria ansiar ou até implorar pelo chão, só sei que não o farei pois sinto-me leve como uma pena que voa aos sopros de brisas suaves. Recorda-me aqueles sonhos em que parece que a minha cama é um teletransporte.
Não vejo… mas, mesmo que visse iria fechar os meus olhos. Começo aos poucos a perceber esta viagem.
Cheira-me a sal, oiço o mar e nem preciso na areia tocar para saber que estou algures numa praia. O som das ondas diz-me que está maré baixa pois rebentam umas atrás das outras arrastando sal e humedecendo os pigmentos de areia que alcança. É como se as ondas beijassem constantemente a areia e a puxassem cada vez mais para si.

- ‘Serão amantes?’, pergunto e ao escutar a minha voz surpreendo-me com a minha pergunta, pois nunca tinha pensado assim.

Os meus pensamentos voltaram e pesam por isso, a gravidade actua novamente e pousa-me naquela areia. Acontece num processo tão lento que sinto que comecei por tocar a areia e agora entranho-me na mesma como se neste momento fizesse parte desta.
A minha visão, continua ausente mas, vejo um clarão de tons que vai desde a gama dos amarelos até aos laranjas mais avermelhados que me faz perceber que um calor se afoga naquele mar, dando lugar a uma outra gama de cores, cores que vão desde os violetas mais azulados aos verdes mais acastanhados. Julgo que seja o pôr-do-sol e que daqui por uns minutos se dê o erguer da lua.
E mais uma vez me surpreendo com o meu raciocínio, nunca tinha visto as coisas desta maneira tão sensível. Talvez por ter tido sempre a visão da ‘realidade’ facilitada e por isso nunca tivesse dado valor, penso.
Nisto, o mar agora beija os meus pés, como se me convidasse para entrar… mas, vou aguardar sentada de joelhos encostados ao peito e com os meus braços sobre os mesmos, pois uma brisa fria em breve virá arrepiar-me.
A lua já se ergueu, as cores que ‘vejo’ mudaram como, tão bem pensei que fosse acontecer. Um arrepio percorre a minha espinha, aquele arrepio por que já esperava mas, que não deixou de distorcer o meu corpo e fazer levantar todos os meus pêlos.
Os meus cabelos, agora mais que nunca parecem sem direcção, uns atravessam-se à frente minha face.

-‘Tenho que me mover, senão irei congelar’, disse para mim. E sentei-me de uma forma mais descontraída enquanto mexia na areia.
Imaginava a minha mão como uma ampulheta que com imensos grãos na minha mão suspensa no ar, decidia faze-los juntar-se aos outros seguindo uma constante, o tempo… e foi então que outro raciocínio inesperado da minha boca se soltou:

-‘Se encher a minha mão de areia e por uma abertura constante, a deixar cair e enquanto isso for contando os segundos até sentir a minha mão sem nada consigo perceber quanto tempo tem uma mão de areia, com aquela abertura de raio fixo e àquela distância do solo’.
Assim, percebo rapidamente que o tempo varia com dois factores, com o diâmetro do buraco que deixo, por onde a areia irá soltar-se e com a altura a que tenho a minha mão do solo arenoso, percebo que se me puser de pé a areia demora mais tempo a juntar-se àquele solo arenoso do que se eu estiver sentada. Após a experiencia dou por mim boquiaberta envolvida numa brincadeira de pensares, como se unisse uns pontos aos outros e no fim os justificasse com a experiencia.

-‘Deveria perguntar-me o que se passa? De onde surgem estes raciocínios? Porquê? Se ainda agora começo a descobrir os tais pontos, se ainda terei de uni-los e acabar com a sua comprovação que provém da experiencia?’

Sinto algo musculoso e texturado agarrado ao meu pé direito. Volto a sentar-me e pego naquele músculo e começo por tentar perceber a sua forma, percorrendo as minhas mãos pelo mesmo.
- ‘É uma estrela-do-mar!’, exclamei. E dou por mim a falar com esta estrelinha pela qual baptizei de cinco pontas dos pés.
- ‘Tens tantas pontas quanto os dedos que eu tenho nos pés e nas mãos. Não preciso saber a tua cor, pois para mim já és a Cinco Pontas Dos Pés mais bela que conheci.’ Confessava-lhe.
-‘O que te trás por cá minha Estrela? Bom, não interessa se aqui estás, é porque certamente fazes parte desta minha viagem e simbolizas algo na mesma, quem sabe sejas um daqueles pontos que terei de unir.’ Contava-lhe mas, discutindo comigo mesma.
-‘Sabes querida Estrela, esta viagem começou por ser um refúgio… passou a ser uma viagem de sensações, depois uma viagem rica em sensibilidades das coisas mais simples que agora vejo que são as mais belas e agora, encontro-te a ti, uma amiga como se adivinhasses que aguardava inquieta por contar tudo isto a alguém. Espera… é isso!’

Pousei a Cinco Pontas Dos Pés naquele meu pé que um tempo atrás se havia agarrado e comecei a unir os pontos.

-‘Vim num transtorno de estado de espírito, numa revolta por nada ver a minha volta e fiquei sem visão. Recordo-me que vinha carregada e que me sentia perseguida enquanto arrastava umas correntes e tudo desapareceu, eu elegi-me cerca de um palmo do chão e senti-me livre, leve como uma pena. Lembro-me também que procurava um tempo só para mim e vim parar a uma praia deserta. Depois aqueles meus raciocínios e olhares às coisas mais simples mas, que jamais em tempo algum lhes tinha dado tal valor. Desde aquele pensamento de o mar e a areia serem amantes, o pôr-do-sol e o eleger da lua, o arrepio e à pouco sobre os grãos de areia. E por fim, apareceste tu, claro! Vieste para eu me ouvir, a mim mesma e assim unir estes pontos.'
E continuei o meu discurso:

-'E com esta viagem, aprendi uma grande lição, que ao invés de me deixar domar pelas minhas lamúrias deveria confronta-las como sendo o que não são, belas e assim elas ficarão belas, porque assim as olho e quero que sejam. Isto de uma forma inteligente.
Aprendi que a beleza no Mundo está em todo o lugar, nas mais pequenas coisas encontramos o nosso mais sensível, o nosso mais profundo sentimento e assim afirmamos a nossa humanidade.
Aprendi que um amigo nos aconselha, nos apoia mas, que sobre tudo nos ouve, como tu minha amiga, Cinco Pontas Dos Pés que pouco precisaste dizer pois fizeste com que me ouvisse a mim mesma e chegasse onde cheguei.
Aprendi (…) a minha visão voltou!’

Está tudo turvo, sinto-me a regressar ao sítio de partida… e imploro:
-‘Estrela, estrela! Não largues o meu pé! Vens comigo!’

Estou de regresso e como me sinto bem, estou radiante de felicidade e tudo o que carrego agora comigo é paixão, paixão por toda a beleza que me rodeia e admiração, por esta experiencia que jamais esquecerei. Os meus olhos brilham, como duas pérolas, o meu rosto está iluminado como se uma auréola pairasse sob a minha cabeça. Estou vestida de branco e de sapatos e só penso ‘a minha Estrela!’. Descalço-me e não a encontro, dispo a camisa, as calças e o casaco e nada, não a vejo em lado nenhum… sento-me agrupada e lágrimas escorrem pelo meu rosto e quando já quase me sentia preparada para repetir a viagem vejo algo a mexer-se no meu casaco e qual é o meu espanto quando vejo a Cinco Pontas Dos Pés?! Que encantamento!

-‘Eu sabia que eras bela, minha Estrela, bela como aquele pôr-do-sol e ainda bem que vieste comigo pois serás sempre a minha melhor amiga e serás tu quem irá manter aquela experiencia sempre viva!’

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