Coração

Foto de Marcos Pinto

Não quero

Não quero ter-te por míseros minutos
Não quero beijar-te com cronometragem
Não quero que seja passageiro
Porque passageiro já sou nessa viagem
Onde o destino ainda é uma incógnita
E o meu coração segue a órbitra
Sobe a nave espacial da ilusão
E já não quero voltar, não me deixes
Lá fora é tão frio sem o teu abraço
Dita as regras, diz-me o que faço
Para poder ficar colado a ti, aqui
Onde o tempo é indeterminado
E a única luz que ilumina és tu
Quero ser a tua lua, o teu satélite
Como pode um helicóptero voar sem hélices?
Já viste alguma vez por aí?
Então, faço a mesma pergunta lógica
Quem sou eu sem ti?
Não quero ser temporário como uma borracha
Quero ser eterno como o universo
Sempre presente, sempre proximo, sempre aqui
Para sempre contigo

Foto de Marcos Pinto

Triste fim

Entrego-te de volta estas lágrimas que chorei
Leva-as contigo, mantenha-as loge de mim
Ainda penso em nós, em tudo que eu passei
Imagino-te nos meus braços, perto de mim
Negar o meu amor por ti, seria pecado
E parece que por ele eu fui condenado

Ganhaste muita coisa, e eu perdi tudo
Um namorado novo, foi tão depressa
E vi, que o teu amor não era mais forte que tudo
Ri-me de mim próprio, porque acreditei em ti
Restam-me os pedaços desse coração partido
E eu pensava que uni-los seria impossível
Inveja das pessoas que amas agora, sim, eu tenho
Raramente falas comigo, acho que para ti não existo
Ontem amigo, namorado e hoje esquecido

Foto de Marcos Pinto

Sem título (Cada um dá o seu)

Mais uma vez encontro-me perdido, nessa indecisão, nessas lembranças do que vivi contigo, e mais uma vez o meu coração teima em precisar de ti. E eu, que já tinha apagado todas as lembranças, todos os momentos, e guardado no lado mais escuro do meu coração, onde nem mesmo a minha visão enxergava. Mas, infelizmente, lembrei-me de ti, o meu coração pensou em ti, pensou naqueles momentos felizes onde ele aprendeu que tu eras tudo, onde ele conviveu contigo, onde ele aprendeu que contigo ele estava seguro, que tu eras um sonho descoberto. Mas tem coisas que ele desconhece, tem coisas de que ele não sabe… Ele não sabe que tu mudaste, ele não sabe que os teus sonhos já não são os mesmos, que o teu sorriso já não tem a mesma cor, que a tua voz já não é aquela coisa suave que ele tinha se acostumado a ouvir, mas, ele não admitiu o fato de que tu esqueceste, porque ele acha que deu-te muito, que fez o máximo para ser inesquecível… E mais uma vez, vejo a minha lista telefónica, o teu número ainda está lá, e está gravado com o mesmo nome de registo “Meu amor”, e o coração bate forte e num ritmo acelerado, e uma pergunta paira no ar “Será que ligo?”, a razão não quer fazer isso, mas o sentimento insiste, e sem forças a ligação acontece… Mas ninguém atende, chama e continua a chamar, e mais uma pergunta surge “Será que ela não quer atender-me?”, mas o coração, essa máquina que me comanda, insiste que deve ser hoje, porque ele tem perguntas a fazer-te… e mais uma vez eu ligo, e, ela atende… E ele ouve aquele voz de outro lado, aquele “Oi” sempre tão simpático, não dá pra duvidar que é ela, e tudo começa com uma conversa normal “Oi, tudo bem?”.. aquela coisa educada de sempre, e continua assim, mas no meio, ele pede que ela pare um pouco de falar, e pergunta com uma voz meiga “Será que sentes saudades minhas”.. E ela tenta desviar-se da conversa, mas ele insite “Será que sentes saudades minhas”.. E elas responde um pouco nervosa “Eu já disse que não gosto de falar sobre isso, acabou entende!”… E mais uma vez, lá vai o meu coração tentado arranjar uma razão, um porquê, uma explicação para esta dor que lhe invade, já que habituou-se a estar com alguém, cujas promessas eram imensas, que falava sempre sobre o medo de perde-lo, o medo de estar sem ele e que se alguém o roubasse ela sofreria. Mas eram apenas palavras, todo mundo diz coisas, todo mundo faz promessas, todo mundo diz que ama e diz que vai até ao fim, mas no final não é isso o que acontece. Mas nós seres humanos nos habituamos a viver longe das pessoas que amamos, estamos sempre sujeitos a andar com as pessoas erradas, a viver sonhos que não sonhamos, a experimentar coisas que nunca tivemos a minima ideia de como seriam, mas assim aprendemos que afinal, não devemos escolher quem amar, não devemos olhar para uma pessoa e dizer “Ela será o meu grande amor”, nós podemos nos surpreender com as pessoas, nós podemos amar a criatura mais feia, gostar da pessoa mais quieta, prontos, interessar-se pela pessoa mais anormal possivel, ninguém sabe comandar isso, ninguém controla os seus sentimentos a 100%. Por isso, eu não vou dizer que te esqueci, não vou lamentar pelo que ainda queria viver ao teu lado, tu seguiste o teu rumo que eu antes não apoiava e não queria aceitar, mas agora percebo que eu não mando em ti, que eu não posso controlar ninguém e nem dar opiniões sobre as decisões de cada um, ninguém pode interferir no sonho dos outros.
Tu magoaste-me, e é claro que irão magoar-me várias vezes nesse percursso, e eu também vou faze-lo com os outros, mas tu magoaste-me ainda mais, porque conseguiste destruir o amor e ao mesmo tempo a amizade que tinhamos. E agora, eu liguei para ti, não para tentar procurar respostas, e quando perguntei se tinhas saudades minhas, não questionei sobre as saudades do nosso relacionamento, mas sim, sobre as saudades do amigo que fui, da pessoa que sempre te apoiou em tudo, que sempre deu a sua ideia, a pessoa que nesse mundo só te deseja uma coisa “que sejas feliz”, comigo ou longe de mim, esses são e sempre serão os meus maiores desejos, e é claro que em tempos atrás mas não consegui, e não me arrependo por isso, porque finalmente te esqueci.

Foto de Bira Melo

METAMORFOSE

Se for para te ter sempre:
Eu passarinho em teu coração...

Se for para transformar teu repúdio em amor:
Eu acabo borbuletando...

Se for para mimar você:
Eu gateio, mesmo sem ser um felino...

Se for para te devorar:
Eu cachorreio, mesmo sem saber latir...

Se for para dar asas aos teus sonhos:
Eu águia sempre vou e vôo...

Bira Melo )

*direitos autorais reservados, in Pedaços de um CaraMelo.

Foto de Cecília Santos

TREM DA SAUDADE

TREM DA SAUDADE
.
.
.
Um trem sumiu ligeiro lá na curva.
Como ele um sonho lindo também se foi.
O vento soprando docemente.
Foi desfazendo a fumaça no ar.
Ao longe ouvia se um triste apito.
Um aís de lamento e de dor.
Ecoando por entre vales e montanhas.
Apossando se do meu coração.
O tempo passando.
Minha esperança acabando.
Meu olhar se perdendo na distância.
As lágrimas nublando os olhos meus.
Nada mas via à minha frente.
Só o vazio restando.
O trem partiu...
Com ele foi meus sonhos, minha
vida, meu amor.
Tal qual o dia que chega e vai embora.
Deixando em seu lugar a longa noite.
O trem chega, e vai embora...
Deixando-me somente a esperança.
De que um dia trará minha metade de volta.
Sonho lindo que se foi.
Deixando comigo somente um
coração amargurado.
Que ainda ferido consegue fazer versos.
Falando de amor e saudade.
Mesmo sangrando de dor.
Em tintas rubras escrevo
Palavras que jogo ao vento.
Que vão se desfazendo, como a
fumaça do trem.

Direitos reservados*
Cecília-SP/04/2008*

Foto de Rosinéri

ALGUÉM DIFERENTE

Fazia tempo que eu te procurava...
Procurei por todos os caminhos
Tanto fiz, pintei, desenhei,esculpi
Cópias de um sonho que nunca foi autentico
Já me contentava com o parecido
Quando finalmente te encontrei
Meu olhar brilhou e iluminou nosso caminho
Meu coração bateu forte
Seguiu ritmado nossos passos
Nenhuma ameaça existia
Mas nós a produzimos
As conquistas viraram rotinas
O belo passou a ser vulgar
As diferenças antes interessantes,
Foram crescendo e incomodando.
Não ti quero mais...
Vou buscar outra pessoa
Diferente,
Que eu possa amar,
E que este amor
Produza ameaças
Para que eu busque
Outra pessoa diferente

Foto de Rosinéri

DO QUE EU PRECISO

Eu preciso de
Uma suave mão para segurar a minha mão
Um braço para abraçar meu corpo
Um rosto para eu poder sonhar com ele
Uma alma terna para meu coração tristonho.
Um homem para aplacar meu desejo
Mas, dentro de mim.
Meu coração pulsa,
Treme.
No meu peito, treme meu coração tristonho.
Ou o triste fim de um sonho,
De saudades treme.
Saudades da criatura que se foi,
Fechando a porta sem dizer
“Até já amor, um beijo, volto logo”.

Foto de Rosinéri

COMPREENDA-ME

Minha cabeça arde...
Parece um vulcão pronto a estourar.
Será que agüentara tanta coisa junta?
Tantas coisas acumuladas,
Importantes, sem importância,
Lixos inúteis.
Amores esquecidos, envelhecidos,
E meu coração mudo, apreensivo, esperando sua vez.
Minha cabeça cheia,
Carrega o peso
De tudo que eu não consegui ser.
E, se é certo ou errado, não desisti de ser.
Essa cabeça oca
Vive querendo morrer,
Desistir da vida
Debaixo do peso das verdades
Inúteis,
Que não trouxe felicidade
Nem para quem as criou.

Foto de Cecília Santos

ESTRANHOS

ESTRANHOS
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#
Estranhos na cama.
Corpos já não se tocam.
O desejo findou.
Um vento forte que soprou.
A chama ardente apagou.
A máscara foi retirada.
Nada mais se oculta.
As verdades se revelam.
As dúvidas corroem a alma.
De quem foi a culpa?
Se é que existe culpado!
Pra tudo se acabar assim?
O coração sente as mudanças.
O corpo recusa os convites.
As caricias já não dão prazer.
Os braços já não se abraçam.
As bocas já não se aproximam.
Quando acaba uma paixão.
A vida à dois não tem mais sentido.
O sorriso é triste...
As lágrimas são amargas...
A vida é uma monotonia...
A alma quer a amplidão.
A cabeça quer a explicação.
Nada mais tem sentido de ser
Daquele momento em diante.
Quando acaba uma paixão!!!

Direitos reservados*
Cecília-SP/04/2008*

Foto de Lu Lena

DES - "ILUSÃO"

Mais uma vez perdida na paixão
vivendo num castelo de ilusão
mistérios dispersos no ar
busca angustiante em te encontar

Juntava conchinhas na areia
Me transformava então em sereia
E a luz do luar eu contemplava
Nosso castelo de sonhos eu formava

por encanto teu nome eu desenhava
numa melodia suave eu perguntava:
por que viver numa ilusão assim?
voce está tão distante de mim

cauda prateada eu deslizava até o mar
uma onda o meu castelo veio buscar
levando de vez meu sonho de amor
numa lágrima que revela essa dor

que nunca teve início meio e fim
eu já sabia que ía ser assim
Instante esse que tive que acordar
Meus sonhos acabavam de desmoronar

O corpo toma forma de um mero mortal
seria apenas mais um sinal?
retiro os resíduos dessa ilusão
Limpo de vez minh'alma e meu coração

respiro a vida e dou um suspiro fundo
acabara de entrar no meu mundo
Saio do mar e teu nome já está apagado
Meu castelo dessa vez foi deteriorado

Olho então para o brilho d'areia
Vejo apenas uma escama de sereia
Des "ilusão" essa que já não existe mais
sigo em frente sem olhar pra trás

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