Consolo

Foto de Maria Goreti

Meu Lamento

.

Minha voz soa em ecos contínuos...
A dor que inunda o meu ser é solidão.
Minh’alma ressentida busca consolo
Na melodia sussurrada, do vento
A soprar pelas frestas da porta entreaberta.
Sinto frio e o sangue a estancar em minhas veias.
Lamenta meu coração...
Meus sonhos?
Não sei onde estão.
Até estes me abandonaram...
E a vida... Esta,
Parece estar cansada de mim.
Todos parecem cansados de mim...
Até eu pareço ter-me cansado de mim.
Meu coração em descompasso
Perde-se entre o ser, o querer e o saber.
Completamente desequilibrada,
Já não sei onde estou, nem pra onde vou.
Minhas pernas não atendem aos comandos do meu cérebro
que finge não entender a minha vontade...
Quero correr, quero sair do labirinto onde me encontro,
Perdida, desolada e só,
Onde nem mesmo a morte quer a minha companhia.
Estou exausta...
Quero chorar, mas não consigo...
Secaram minhas águas...
O meu mar não mais produz lágrimas,
Meus olhos não ousam produzir mar.

©Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES – 01/10/07

Foto de Ângela Alves dos Santos

Amigo

Não me esquecerei daquela noite
A Lua nos perseguia com seu ar de minguante
Amarelada e fria, pela tristeza que nos refletia
Naquela noite palavras lançadas ao vento
Com tom melancólico e suspiros em lágrimas
Naquela noite, amigos, hoje já não sei dizer...
Lembra como éramos antes disso tudo
Ríamos da vida da melhor maneira
Crescíamos e aprendíamos a gostar um
do outro sem consentimento
Mas agora, como uma brisa mansa e leve
Que chega, com aquele friozinho e logo vai embora
Nossa Amizade se desfez, pelo menos uma boa parte dela,
deixando para trás nenhum consolo apenas descontentamento

Foto de Carmen Lúcia

Quisera

Quisera eu ter o dom
De consolar os aflitos
Prevalecendo o perdão
E calar todos os gritos...
De dor, desamor, solidão...

Quisera eu levar paz
Aos corações em conflito
Acabar com a guerra fria
Aquela que trazem consigo
Fazer da mágoa, poesia
E da poesia, canção
Cantada em comunhão de amigos.

Quisera eu ter o dom
De devolver ao ente querido
O filho que não voltou
O pai que se perdeu na partida...
À mãe sofrida, o consolo
Pra sua dor mais condoída.

Quisera eu ter o dom
De invadir o universo
Com poemas, trovas e versos
E dispersar o que é perverso
Plantar sementes de amor
E de amor fortalecer a terra.

Quisera eu ter o dom
Da palavra que enxugue o pranto,
De levar esperança ao que creu
Mas que hoje lhe sangra a ferida
E que vive como quem morreu...
Ao desprezar a própria vida.
Se não posso ressuscitar os mortos,
Talvez consiga ressuscitar os vivos!

Foto de Lorenzo Petillo

Ondas da Vida

A vida segue seu curso
Imitando as ondas vão e vem
Nesse teatro sem ensaios
Em que permanece um alguém...

Contemplando as estrelas
Com a cabeça repousada na areia
Enquanto escuta o mar
Sentindo o vento frio na face
E algumas gotas de ondas salpicarem
O corpo tão cansado de chorar

O consolo para o coração é lento
Mas sempre acaba com o sofrimento
De que o carrega sem perder a esperança
E de repente vão-se os fingimentos
Dos sorrisos que foram com o vento
E que agora só existem na lembrança

Assim é ela... Vivendo por viver
Se lembrando daquilo que tenta esquecer
Sem saber que o remédio da alma é o tempo
Assim vai ela no labirinto da vida se perdendo
Se afastando de um amor que pode aparecer
Pelo medo de acabar, novamente, sofrendo

Pare de chorar, não desista nunca de lutar
Enquanto choras outro toma a recompensa em teu lugar
E quanto mais difícil for, quanto mais dor sentir
Nunca se esqueça que é possível ser feliz.

Foto de Carmen Lúcia

Nunca é tarde

Quero consertar meus erros,
Livrar-me de culpas,
Mostrar arrependimento,
Sentimento verdadeiro,
Não apenas em palavras
Que voam ao vento,
Se perdem no tempo...
Mas através de atos
Que comprovem de fato
A transparente mudança...
Consertar o que estraguei...
O sorriso que não dei,
O carinho que neguei,
A palavra que não disse,
O silêncio que maldisse,
A esperança que não cri,
O consolo que omiti...
As lágrimas que não chorei,
A verdade que olvidei,
A alegria que contive,
A mágoa que mantive,
O perdão que não foi dado,
O beijo nunca roubado...
A primavera que não vi,
O inverno que não vivi,
Os sonhos que não sonhei,
Os passos que não andei,
O dever que não cumpri,
O amigo que não abracei,
O olhar que recusei,
O livro que não li...
Os frutos que não colhi,
A coragem que não ousei,
O amor que não partilhei,
O prazer que não senti,
A felicidade que perdi...

Ainda há tempo...
Nunca é tarde
Para o arrependimento...
Deixar falar o coração,
Voltar-se ao mundo e pedir perdão...

Vou atravessar as pontes,
Retratar o que não fiz...
Esquecer em cada canto
O bem que ainda resta em mim
Adormecido pelo desencanto...
Uma centelha de luz,
Que em meu ser ainda reluz...
Mostrar que consigo ser
Antes dos queixumes e da dor
Uma mistura bonita
De saudade, poema ...
...e amor!

Foto de Ezequiel-Mano

DINAMISMO

É agora que a saudade, aperta que eu sinto a solidão
Veja quanto perdi, em meu tempo de vivência aqui no chão
Sempre me senti tão firme, com os pés no solo
Hoje penso em minha mãe, oferecendo- me colo
Para mim era um consolo, poder abraçar alguém
Achava que tinha poderes , mas sei que só uma pessoa os tem
Nunca preocupei- me, com os problemas existentes
Nunca enxerguei, nem o que estava à minha frente
Hoje noto muito mais, o que se passa a minha volta
Vou acabar explodindo, por motivo de revolta
Sei que isto é pior, que até me atrapalha
Sempre que falo algo, a turma toda me malha
Não tenho culpa de não saber agir
Um dia irei fazer todo Mundo me ouvir
Tenho que recuperar- me e sair deste buraco
Só assim poderei mostrar o que hoje está opaco
Vou criar mais resistência, vou lutar pelo futuro
Se não der para pular, ponho abaixo este muro
Toda esta energia me fará sobreviver
Ela não se acabará, enquanto eu não vencer
Alguns terão- me como louco, outros como fanático
Alguns até acharão...que o que digo é fantástico!

Foto de Marta Peres

Me Fazes Falta

Nada é maior ante a falta que me fazes
Nem a tempestade, nem o pior dos furacões
São maiores.
Sinto uma saudade que faz doer o peito
E queria tua volta, teu carinho e aconchego.

Já nem me importa o cantar dos passarinhos
Pela manhã e nem me alegra o abrir das rosas,
Não ouço mais o cantar das águas em sua
Sinfonia magistral.

Quero que voltes,
Sinto a falta do teu calor e dos teus lábios,
Sinto a ausência de tuas mãos acariciando
Meus cabelos, minhas faces,
Esqueça o passado, volta!

Meu coração se encontra pálido pela saudade
E a angústia toma conta de mim,
Á noite choro e meu travesseiro
Já não tem mais palavras de consolo.

Nunca mais vi manhã primaveril
E nem o sol brilhar ante meus olhos
Quero que voltes, que venhas para mim
Que me devolva a vida...
Marta Peres

Foto de elcio josé de moraes

AFLIÇÃO

Voce estava tão aflita,
Tão chorosa, tão bonita,
Que cortou meu coração.

Me falou coisas já ditas,
Só palavras repetidas,
De agonia e solidão.

E eu sai sem despedida,
Sem um beijo de partida,
Sem um asceno em sua mão.

Mais um dia, um outro dia,
Sem consolo, sem alegria,
Mais um outro de ilusão!..

Escrito por ELCIO J.MORAES

Foto de nelllemos

Mata-me

MATA-ME
Mistura em mim
Teu cheiro no meu
Teu corpo nu
Consolo meu
Eu faço suar
Teu suor pro meu
Saliva que escorre
Em nossas partes sedentas
De cada um de nós
Buscando nossa língua
Onde encontrar abrigo
Buscando nossas mãos
Todas as partes pra tocar
Frenético nossos corpos
Nossa dança quer dançar
Nossa cara nos entrega
Expressões
Falas sem textos
Só os nossos gemidos
Como canção a ser ouvida
Que morram de inveja os vizinhos
Que morram de inveja
Os que não sabem amar
Mata-me de prazer
Mata-me de levar-me ao céu
Nesse cio que é teu
Mata-me múltiplas vezes
Meta em mim
Esse amor rijo
Esse músculo
Esse membro
Essas veias
Quero engolir todo esse amor
Inteiro
Intenso
Irrestrito
Mata-me do teu amor

Nell Lemos

Foto de Nana ´De Má

Um abraço gostoso.

De repente , deu vontade de um abraço...
Uma vontade de entrelaço, de proximidade ... de amizade, de amor, sei lá !

Talvez um aconchego amigo e meigo, que enfatize a vida e amenize as dores ... que fale sobre os amores, seja afetuoso e ao mesmo tempo forte ...

Deu vontade , de poder ter saudade de um abraço.
Um abraço que eternize o tempo e preencha todo o espaço.

Mas que faça lembrar do carinho, que surge devagarinho, na magia da união dos corpos, das auras, sei lá!
Lembrar do calor das mãos, acariciando as costas, a dizerem :
- Estou aqui !

Lembrar do enlaçar dos braços, envolventes e seguros, afirmando : - Estou com você !

Lembrar da transfusão de força, ou até da suavidade do momento, sei lá.

Então, pensei em como chamar esse abraço: abraço poesia, abraço força, abraço união, abraço suavidade, abraço consolo e compreensão, abraço segurança e justiça, abraço verdade, abraço cumplicidade, abraço de amor ou um abraço gostoso ?

Mas o que importa é a magia desse abraço, a fusão de energias que harmoniza, integra o todo e se traduz no cosmos, no tempo e no espaço...

Só sei que agora , deu vontade desse abraço :
Um abraço que desate os nós, transformando-os em envolventes laços ...

Que sirva de "colo", afastando toda e qualquer angústia...
Que desperte a lágrima de alegria e acalme o coração...
Um abraço que traduza a amizade, o amor e a emoção.
E para um abraço assim, só consegui pensar em você .

Nessa sua energia, nessa sua sensibilidade, nesse seu carinho, nesse seu amor, que sabe entender o porque dessa minha vontade.

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