Compaixão

Foto de Isabeluxis

Amo-te ou Não?

Gostava de descrever o que é o amor
Pois este é confuso e confundido
Outros sentimentos fluem em nós
Definição de um amor escondido

O que é amar alguém , e deixar amar?
Não é de certo o mesmo sentimento
Que é amar um familiar ou um animal
è complicado sua descrição, seu fundamento
Diverge de mulher para homem, sem mal

Paixão, prazer, desejo, sedução
De inicio se teve estas sensações
Quanto mais tempo durou, se deu à criação
Faz parte do amor , mas tornaram-se recordações

Gostar com o coração , amar de verdade
Tem de haver compreensão e muita amizade
Confiança e lealdade, por nossa vida em outras mãos
Se sentir bem ao seu lado, e no seu olhar se ver
O que se está sentindo, tem-se que o conheçer
é ouvir seus problemas e ajudar
é sentir alegria e alegria dar
é compaixão e saudade
é continuar com sensualidade
é um processo sempre em construção
é amar, não por amar é dar o coração
é não ser individualista, partilhar sem pensar
é apoiar quando se necessita, e sua retribuição
é sentir-se em paz e descontração

Não é ódio, nem ciúmes ou sofrimento
É um grande e forte sentimento
Por isso não façam confusão
Quando a paixão passa, o que fica então?
Dizer que te amo sem contradições
Forte é a palavra e saber amar é qualidade
Não deixem de recordar, que o amor é viver
E que pode ser uma cura ou doença`
Fica sempre gravado, é como uma crença

Foto de Peter

O céu na terra

O céu na terra

Isto poderia ser o paraíso
Se cada um desse um sorriso
Isto poderia ser melhor
Se cada um olha-se em seu redor

Um nascer do sol esplenderoso
Apreciar esse astro poderoso
Ver a beleza de uma flor
Admirando todo o esplendor
Mergulhar no mar
E esquecer a dor

Reaprender a amar
Esquecer o ódio e o rancor
Saber perdoar
E a amizade valorizar

Porqué olhar o outro com desdém?
Se afinal o nosso e o melhor que se têm
Ver para além da tristeza
Esquecendo-a como fraqueza
Encarar a dadiva da alegria
Aproveitando-a com toda a sabedoria

Buscar a nossa essência
A unica razão para a nossa existência
Olhar a vida como uma oportunidade
E não como uma fatalidade

Este mundo poderia ser o céu
Se todos tirar-mos o véu
E mostrar-mos a nossa beleza
Fazendo dela a nossa fortaleza

Unir-mos as mãos para tocar-mos no coração
Amor, paz e compaixão
Terão que ser os mais importantes valores
E só a eles dar-mos louvores

Porque o material?
Se o organico é essencial?
Porque a maldade?
Se o bem é a nossa identidade?

Pedro Gomes

Foto de raziasantos

Anjos caídos.

Oh! Que amarga tristeza!
No olhar ansioso e aflito.
Dos que caminha na noite escura.

Perambulam sem destino em busca da própria destruição.
Sem âncoras nem refugio nem um lugar para chamar de lar.
Como almas penada trêmulos caminham sem direção.
São os filhos das drogas, que os consome sem compaixão.
É uma desumana desventura.

Elas não têm preconceito, ou descriminação.
Adotam crianças, adolescentes, jovens, sem distinção.
Corroem a mente mata a alma, destrói e leva maldição.

Quando cansa de suas vitimas entregam aos frios véus da sepultura
Ou da prisão.
E dos olhos do que assistem surgi lagrimas de compaixão.
Fecham os olhos serenos morrem em silencio na solidão.

Os que penetram nesta noite escura deixam rastro de lagrimas.
Corações despedaçados, mais família que levam flores no dia de finado.
Mães que se agacha humilhadas e revistadas no dia de visita nas penitenciárias.
Aos ecos dos soluços, esperam a vitoria,
No fundo as gargalhadas do diabo como vendaval inimigo fatal!
Como anjos caídos vagam na intensa escuridão.

Foto de Diario de uma bruxa

Sozinha

Provei o descontrole
A luxúria a ilusão
Não quis saber de conselhos
De ajuda de compaixão

Maltratei, zombei
Ri do seu coração

Depois adormeci
E quando acordei
Vi que havia perdido minha razão

Virei escrava da bebida
De todos os erros da vida
E mutilei meu coração

Agora não sei como retornar
Como controlar novamente
Minha vida
Fui atrás da minha antiga sina
Mas ele me esnoba
Não quer mais meu coração

Estou sozinha
Nesta minha vida bandida
Desiludida sem dignidade

Perdi amigos e família
Estou sem vida
No fundo do poço
Fui me encontrar

Poema as Bruxas "Pb"

Foto de Anderson Maciel

UM ANJO DE LUZ

deparando-me com toda a surpresa
surto de mais pura compaixão
dar a vida num nascimento vivo
sentimento puro de mais avareza

entendo que sinto aqui
vendo esta luz gloriosa
entre segundos nasce o amor
singileza com sabor de mel

o amor vai nascendo
vai provando que a fé existe
mostrando nos corações
que a esperança não morreu
pois o menino Jesus nasceu
para nos dar o dom da vida. Anderson Poeta

Foto de Joaninhavoa

Desilusão

*
Desilusão
*

«... desilusão! Desilusão
chora por mim compaixão
Dessa dura realidade
em meu pobre coração
E eu queria mostrar ao mundo
o quanto você é importante
ao me pagar pela mão
me levando numa só direcção
desilusão! Desilusão
chora por mim compaixão»

Joaninhavoa
(helenafarias)
01/12/2010

Foto de Gabrielaa

O amor escandalizado.

Amor,palavra simples,mas com significado esplêndido.
Sem saber se lá de dentro do fundo mesmo da alma explode um sentimento meio que evasivo,cheio de ternuras e expressões.
Sentimento que inspira até os últimos momentos,nos faz escravos.
Palavra coerente em nosso cotidiano,mas que as vezes é afastada dentro de uma guerra,dentro de um conflito,dentro de um ato imoral,dentro de um delito.
E eu me pergunto onde está o amor desses povos?
Onde está a solidariedade que nós dizemos ter pelo outro?
Onde está a confiança entre um homem e uma mulher,entre mãe e filho,entre avô e neta,entre tio e sobrinha?
Onde está o amor,se a cada dia ao abrirmos o jornal na página principal está escandalizado que pai engravida filha,que filho mata a mãe?
O amor,a solidariedade,a confiança,a alegria cada vez mais são extintos dentro do coração e não nos persegue mais como um cão de guardas.
Traficantes matam e em nossa frente a realidade nos bate à porta.
Cada esquina que pisamos é um político corrupto,é uma trouxinha de maconha,é um filho viciado,a cada esquina é uma realidade vivida pela sociedade e quando nos deparamos com o surreal,acreditamos que poderemos fazer da nossa vida contos de fada e iniciativas privadas.
Estamos nos fazendo escravos da solidão,do medo,da dor e da angústia.
A cada dia menos amor demonstramos ter pela nossa vida e menos ainda temos compaixão pela nossa Pátria mãe gentil,ao cantarmos no hino dizendo que ela será sempre a “nossa pátria amada idolatrada,salve,salve”.

Foto de Ana Rita Viegas

Passado

Num passado
Pouco ou nada distante
Tive dias em que eram
cinzentos
em que nada era compartilhado
não havia compaixão
muito menos amor.
Tinha dias
em que o chão fugia
por debaixo dos meus pés.
Tive dias em que o meu ar
simplesmente não existia
em que sufocava.
Mas contigo
tudo ganhou forma
fizeste meus dias ganhar
o sentido que nunca teve.
Contigo tudo tem cor
tudo tem graça
tudo tem amor.

http://drafts-of-my-life.blogspot.com

Foto de Oliveira Santos

Auto Análise

Por quê sempre olho no espelho e vejo um homem de joelhos?
Por quê corro para janela para pular através dela?
Por quê essa dor me corrói a ponto de me deixar assim?
Por quê sinto a dor dos outros como se estivesse em mim?

Ando nas ruas cabisbaixo com medo de olhar para frente
Não quero olhar para ninguém, tenho fobia de gente
Eu corro louco entre as pessoas com medo de olhar para trás
Embora os gritos me atraiam, mas vi desgraça demais

O estampido anuncia que a mais um faltou a sorte
Assalto ou queima de arquivo, qualquer trilha leva à morte
Correndo bocas, becos, bares indivíduos se viciam
E batendo de porta em porta outros coitados se humilham

A fome assola os miseráveis torcendo seus intestinos
Sobrevivendo a todo custo por fibra ou por desatino
O jornal mostra em cores vivas seus sorrisos amarelos
Só assim é possível perceber quão grande é esse flagelo

Seres humanos se maltratam regredindo aos seus primórdios
Se chocando constantemente em relações de amor e ódio
E sempre esquecem seu discurso demagogo e sem moral
Que prega a compaixão eterna além do vivo e do imortal

27/08/97

Foto de Melquizedeque

A deusa onírica

Seus olhos cortantes e sedutores transpassam as cadeias dos mais íntimos desejos de um reles amante em suas loucuras de adolescência. Seus cabelos pretos, curtos e lisos, manifestam em si o reflexo de um espelho que foi pintado por um artista em pleno estado de euforia. Parecem ser lambidos pelo orvalho da noite de um gélido coração parisiense

O seu sorriso se alastra como um rio em busca do mar. Sereno, mas ao mesmo tempo tempestuoso. Hipnotizador desde sua nascente, proveniente das fontes celestes do encanto. A maravilha de vê-la sorrindo é mais compensadora que ver o vôo dos pardais. Uma cena que é vista em câmera lenta, que se arrasta pela retina e se aloja na memória.

É admirável olhá-la ao entardecer, sentir sua fragrância ao passar ao lado. Como é doce e sensível seu cheiro, uma mistura de sorrisos e nostalgia. Ao seguir seu rumo, esse aroma é admirado e reverenciado pelo vento do outono.

Percebo sua presença e nada mais me importa... Esse momento se torna minha arte. Eu a admiro em um silêncio ensurdecedor, imóvel quase sem vida. Mas dentro de mim escuto uma multidão de aplausos, semelhante ao som da chuva que cai em uma longa e rara chuvosa noite de verão.

Não! Não irei embora, até que ela tenha partido. Mas não se vá agora, não antes de olhar nos meus olhos por pelo ao menos três segundos. Deixe-me sonhar nesse infinito instante! Não fuja do meu alvo, sem que as minhas palavras lhe encontrem. Mas essas súplicas ninguém consegue ouvir. Falo, mas parece não haver voz que dê carona aos meus pensamentos.

Ouço o som de seu caminhar que se vai passo a passo, destrinchando minhas dúvidas, como faz o filósofo quando sonha e acorda na sala de estar de um trauma infantil. Ela prossegue e some na luz das pérolas que encontramos no fundo dos olhos daqueles que a rodeiam. Onde estão meus pensamentos, se não nessa idéia fixa que me consome até a alma? Pensamentos que são engolidos pelo monstro do medo. Nunca a alcançarei! Parece que jamais entrarei nos seus oceânicos olhos. Esse guardião me amedronta de dia e de noite e sem piedade nem compaixão crescer com o correr do ponteiro do relógio.

Meu coração é espremido, e se despedaça no caminho da ilusão. Guardada está aquela que me fez sentir o que é amar, que entrou em meus sonhos e ali habitou sem se preocupar, sem admirar aquilo que lhe dei. Ela é a rainha que veio de longe e dominou meu império. Roubou meus desejos e agora a busco em uma caçada infindável.

Sentir o voar das borboletas dentro de si nos faz sorrir com a dor, mergulhar nas ondas do ódio e flutuar no lago da paciência. Tornam-se loucos aqueles que se deliciam experimentando esse saboroso delírio. Mas diga-me como não desejar essa sobremesa?Impossível fugir sem se machucar, sem ferir o sagrado e explorar o profano.

Espero sua próxima visita. E já estou sentado em um banco chamado desespero, lugar de angústia e solidão. Aguardo olhando para o relógio, porque sei que na vigésima quinta hora você retornará. Fecho os olhos, sabendo que seu retorno ao meu mundo onírico não tardará. Já estou quase acordando, e um sorriso escuto de longe. Ela ri e a luz do dia entra no meu quarto sem pedir licença. Percebo que novamente voltei ao mundo onde os sonhos são loucuras vestidas com o terno da desesperança. Mas sei que meus olhos novamente se fecharão, e isso me faz seguir pensando no seu mágico caminhar.

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