Começo

Foto de Anderson Maciel

SOZINHO

Dentre o frio do meu quarto
começo a pensar em você
sozinho e tristonho
lembro de tudo que vivemos

Juntos construimos um sonho
que virou uma justa realidade
hoje estou sozinho
e ainda pensando em você
volta pro meu ninho

minha vida não é a mesma
sem você tudo é tão triste
eu sinto vontade de você
minha vida é você

prazeres eu até ja vivi
mas nenhum como o seu gosto
sua boca expressa aquilo que quero ouvir
menina minha eu te amo, eu te Venero
és rainha no meu reino dos sentimentos
vivo neste quarto vazio e frio
pensando nos nossos bons momentos
de amor que eu os tive com você. Anderson Poeta

Foto de airamasor

Um Novo Horizonte

Em um jardim sem flores
dançava uma linda borboleta
muito pequena...
Tão triste e sozinha
e suas lágrimas regavam o solo
sobrevoava e procurava
mas sabia que ali não era seu lugar
sonhos e pensamentos
ela imaginava um novo céu
onde o sol acordava sorrindo
e as flores dançavam
conforme o vento soprava
onde pássaros cantavam livres
Um dia acordou
e encontrou outra borboleta
que pensava como ela
e ambas voaram em direção ao sonho
no começo assustadas com o desafio
mas um pouco mais tranqüilas
pois ambas haviam descoberto
outra borboleta que pensava como ela
Chorou tantas vezes
choro de encantamento
e da solidão que havia tomado conta
que havia contaminado seu coração
Mas sua amiga borboleta
um pouco maior
cativou sua alma...fez a ver um mundo novo
e ouviu bem do fundo do coração
uma doce voz lhe dizia
Agora você pode voar...pode acompanhar...
viver novamente ao lado de alguém especial
que coloquei para voar contigo bem alto
e conhecer novos jardins
descobrindo outros aromas e cores
ao lado de outra borboleta
Sentindo paz e graça
E o sol aquecendo o coração dos dois
Ambas conseguiram libertar-se dos medos
das feridas deixadas pelo passado
Conseguiram encontrar a felicidade e a liberdade
ambas encontraram uma na outra o amor que faltava
a companhia certa e caminhar...voar lado a lado...
sem medo de mais nada!
(Fouquet, 16 de novembro de 2010)

Foto de Lu Lena

A ISCA...

*
* A ISCA...
*

Pela estrada da vida vou andando
em cada rio que avisto no horizonte
eu sento na beira dele e começo a pescar...
O pensamento dispersa e fica longe...
E pergunto sempre aos peixinhos:
- Por acaso viram o meu amor
emergindo no fundo do mar?
eles voltam para a água desanimados
aglomerando uma tempestade de
momentos adormecidos e enraizados...
e o céu começa logo a anuviar...
mais uma vez, os peixinhos deslizam
sem resposta na palma da minha mão...
levanto, dou um suspiro fundo...
Não sei se estou no meu presente, passado
ou futuro...
estremeço ao vento a isca do meu coração
E sigo novamente sem rumo e sem direção...

Lu Lena

Foto de Carmen Vervloet

RITMO DA VIDA

Na cidade cinza, um pálido corpo desfolha
No mistério, da morte, que se aproxima lento
A lágrima orvalhada o rosto molha
A tristeza se arrasta pelo frio calçamento...

Ao longe no horizonte o sol se recolhe
Para recompor a energia derramada no dia.
O vento gelado debruça-se sobre a prole
Que cerra com sete chaves a alegria...

Nas ruas as luzes se acendem normalmente
Logo que as primeiras sombras se estendem
Os pirilampos tímidos cintilam no escuro
Sobre eras que tingem de verde os muros

Os céus parecem telhados iluminados
Inspirando, ardentes, os namorados
Envolvidos no manto doce do começo
Nas veredas que desconhecem o endereço

Os sonhos caminham por jardins orvalhados
Os pássaros fazem ninhos no beiral do telhado
O vento frio move as folhas em seu bailado
Enquanto os botões se abrem sossegados...

O poeta colhe na natureza a poesia
Pincela versos tingidos em estesia
Nos céus de luas prateadas
Que caem como raios nas calçadas.

Da janela ouve-se o gemido de um realejo
Tangem, na capelinha distante, os sinos
Enquanto a alegria dá um bocejo
A vida, isenta, entoa com ritmo seu hino.

Carmen Vervloet

Foto de P.H.Rodrigues

Sol poente

Do começo ao fim eu sempre quis você
Mais eu nunca tive coragem de te dizer
Não sabia o que falar
Eu só sabia te desejar

Tudo que eu fazia era pra chamar sua atenção
Mais meu esforço foi em vão ...

Me diz o que eu tenho que fazer
Pra poder ter você
Andar de mãos dadas por ai
Sair sem um rumo sem saber pra onde ir
Apenas procurando um novo motivo.... pra sorrir

Agora vendo o sol se por
Olho para o lado e te chamo de meu amor
As coisas podem mudar
Seja elas o que for

Basta acreditar
Que seus sonhos podem se realizar

Foto de Ayslan

Quero te escrever

Quero te escrever...
Não sei como começo só sei que quero te escrever...
Juntar todos esse versos não criados te dizer, declarar no silencio da leitura visual desta folha interminavel esse meu amor tentar terminar e no final avaliar tal conto amassar fazendo uma bolinha e tentar acertar o cesto... Não sei ainda o que, mais sei que quero te escrever. Talvez o que ainda não escrevi mais há sempre o que se dizer mais alguém já disse da forma perfeita antes, já deixou escritas minhas palavras em outro conto já não as quero mais.
Quero te escrever não sei se só quero te dizer eu te amo ou se quero repetir frente e verso varias vezes que te amo que você faz soprar uma brisa e me faz inspirar sorrir ao pensar neste instante que sobre te fico a sonhar é de alegria que começo a cantar e de inveja faço os pássaros parar o silencio agora soa profundo e é essa a hora que abro os olhos estabilizo a respiração levanto da cama de frente a seu retrato pregado no espelho eu digo
- Eu te amo Priscila.

Para: Priscila

Foto de solangemota

Amores Inversos

Se por um instante sequer
Pudesse te esquecer
Meu rosto de mulher
Não mostraria tanto padecer

De mim vive tão distante
Escrevo um verso de solidão
Por um amor tão inconstante
Lágrimas seriam em vão

Mas minha dor aqueço
Com tantas recordações
Não lembro bem o começo
São tamanhas revelações

Risos e sonhos dispersos
Cheios de esperanças
Saudades, amores inversos
Por tantas andanças

Foto de miranda alessandra

Minha Poesia,simples,apenas minha!

despedida
aos poucos começo a perceber
estamos mudando
a distancia nos mudou?
ou o amor acabou

temo que eu ja não saiba ao certo
o porque a felicidade que eu tinha em te ouvir
se tornou apenas uma tristeza momentânea

não quero te ver
desejo não te encontrar
pois eu não sei se poderei mas conter as lágrimas
que o meu olhar tanto guarda

não quero mas te ouvir
não quero mas lhe pedir conselhos
não quero mas sua amizade
ela esta definhando diante de nos

e melhor eu me afastar
a lembrança deixara tudo belo
eu preciso me conformar e te deixar
deixar tudo como estar e lembrar do que ja foi bom

quando o amor estava presente
agora eu não o sinto mas entre a gente
bons dias se passaram e agora so nos resta
a lembrança.

Foto de Dirceu Marcelino

SONHOS DE MENINO II - RETORNO DA LOCOMOTIVA Nº 58 DE PORTO FELIZ PARA SOROCABA

POESIA
MARIA DO CARMO

Eu me lembro bem de você assim!
Pelos trilhos da Estação Sorocabana
Rodavas em movimentos sem fim

Vinhas da oficina sempre assim...
Toda engraxada e ilustrada...
E apitava sempre assim...

Eras como uma jovem fogosa
Entravas como estivesse num salão
Dançavas de forma estrepitosa

Com o jovem em idade nupcial
Rodavas em movimentos sem fim
Como dançasses na estação principal...

Tiravas os vagões
Como se fosse para dançar
De grandes composições

Levava-os até a oficina
E depois os repunha no mesmo lugar...
Essa era a tua sina.

Lembro-me que te chamavam “manobreira”...
Posteriormente, conheci outras que faziam assim
Em vários ramais das ferrovias brasileiras.

Agora ao te ver nessa estação secundária
Eu te pergunto:
O que fazes aí toda sedentária?

Ah! Eu entendo e respondo por ti.
Tu me vias com olhar de menino
Com o coração cheio de amor...

E na realidade as coisas não são bem assim...
_Rodei muito! Não era dança o que vias
Era trabalho árduo e sem fim...

Trabalhei nos trilhos de Ipanema
Puxando lâminas de ferro
Até o tronco principal...

Viajei por outras paragens
Até o rio Tietê em Porto Feliz
Transportei cana de suas margens

Levei para o engenho central
E prá levar a sacaria fiz muitas viagens
Até o tronco principal...
Até o tronco principal...
Até o tronco principal...

Também transportei muita gente
Em inúmeras viagens
E por isso sou feliz

Sempre rodei pelo tronco principal
Mas estive estacionada
No parque do “Quinzinho”

Lá comecei a me deteriorar...
Embora fosse só um tempinho
Mas encontrei gente prá me olhar...

Então me levaram para Anhumas
E por nobres homens operários
Minhas peças uma a uma

Pela ABPF foram restauradas
E foi lá que tu me viste.

Sei que tens saudade!
Agora estou de volta,
Prá esta bela cidade.

Cheia de fôlego e pronta pra rodar...

Mas não sei por que fico estacionada
É só me darem água e lenha,
Botarem fogo na fornalha

Que eu começo a rodar assim...assim...sssim...sss
Como antes por este ramal...
Já andei por aqui sim...sim......

Muito antes de nasceres
E irei até o fim...assim...assim...
Se de mim tu cuidares...

Rodarei assim, assim...assssim...
Neste ramal de Votorantim

Sorocaba, 16de outubro de 2010-10-16
Dirceu Marcelino

Foto de Eveline Andrade

Imaginando-te

Hoje a saudade esta absurda, no fundo do meu âmago sinto um vazio enorme. A falta que você me faz , me deixa sem ar, sem chão, sem noção e frágil. E começo a sonhar, começo a tentar te desenhar na minha mente e durante o processo de criação me pego a deliciar-me com cada detalhe teu, teus olhos pequeninos, tuas mãos sempre tão ágeis a me acariciar, tua boca quente e tão saborosa que não me canso de beijar.
Onde está você meu amor?
Pule pra fora da minha imaginação, saia daí, materialize-se na minha frente e traga contigo o cheiro que tanto desejo e o gosto perfeito desse amor que massacra meu peito. Vem, vem pra mim... Que eu te quero agora, que saudade de você!

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