Colo

Foto de Carmen Lúcia

Momento único

Um doce enlevo me conduz à recordação,
trazida pelo vago entre a tarde que morre
e a noite que se anuncia...
Pela nostalgia que se espalha no ar
e pelo espaço vazio entre os dois momentos;
final da tarde e início de noite...
Pelo surgir, de qualquer canto, da saudade
que invade e toma forma,
pra se fazer notar...

Então a vejo...
A tez clara em oposição à contraluz do lugar;
brilho ao mesmo tempo fosco e esfuziante...
Cabelos discretamente dourados,
como folhas de outono, apagadas...
Olhos que me acariciam, me adornam...
E me deito em seu colo
tentando retroceder o tempo...
Queria esse tempo agora...

Utópico pensamento que me consola.
Suas mãos macias em meu corpo
me fazem renascer...
Adormeço com o seu cântico
a me embalar ... e de novo me gerar.

Minha mãe...Eterna morada...
Acordo... enquanto o doce enlevo se desfaz;
olho para o espaço vazio
entre a tarde que se vai
e a noite que ainda vem.
É o momento de a reencontrar...

Carmen Lúcia

Foto de raqueleste

amiga...

Pessoas vai e vem em minha vida
Às vezes ate levam um pedaço meu
Às vezes trazem consigo coisas boas
Às vezes não trazem nada e leva o meu eu
Às vezes essas pessoas me enfraquecem
Às vezes elas me ensinam a levantar
Às vezes quando eu choro elas me consolam
Às vezes quando elas partem me faz chorar
Às vezes me pedem colo e eu as consolo
Às vezes elas pedem para se afastar
Às vezes brigam comigo
Ás vezes não falam nada
Às vezes me aconselham
Ás vezes ficam até bravas
Às vezes são mais que amigas
Às vezes trazem presentes
as vezes só querem receber
Às vezes me deixam no escuro
Às vezes trazem luz ao meu dias
Às vezes sentem inveja
Às vezes nem são amigas
Às vezes são mais que irmãs
Às vezes saímos juntos
Às vezes fico sozinha
Às vezes moram tão longe
Às vezes somos vizinhas
Às vezes elas vão embora
Às vezes querem ficar
Mas fazem parte de minha historia
E eu aprendi as amar
Às vezes quando estou sozinha
Eu começo a recordar
Que elas são minhas amigas
E embora longe
Comigo elas sempre vão estar...
Por isso te escolhi para ser minha amiga
Para voce fazer parte de minha vida
e para dividir comigo sua tristeza e sua alegria.
espero que com o tempo voce nao se vá.....

Foto de Carmen Vervloet

PAI

Pai

Você foi um pai sempre atento
Deu carinho, amor, seu exemplo
Não descuidou por nenhum momento
Foi refúgio, colo, ninho e templo.

Alimentou minha fome do saber
Incentivou minha esperança no futuro
Esqueceu-se do seu próprio querer
Aqueceu-me num lar feliz e seguro.

Hoje busco seu sorriso na memória
Guardo no coração nossa história
Ouço a sua voz na voz do vento.

E se a saudade deixa meu dia cinzento
Busco o azul dos seus olhos no firmamento
Que me trazem paz e acalmam o sofrimento!

Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados à autora.

Foto de Nininhaa

Sempre serei…

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- Já não existe Sol, nem Lua nem Oceano,
Nada é nosso, nem a noite, a praia ou os raios solares,
Até as estrelas mentiam no seu brilhar…
- Foi tudo dela é tudo dela,
As dunas, o teu corpo molhado, os momentos passados…
- Raiva de tudo, de ti de mim da vida,
Desisto, vou ser frígida, manipuladora e levar a vida a toa,
Amar, se entregar, é só desilusão que machuca o coração…
- Quero o meu recanto, o meu casulo seguro,
E viver num mundo de fantasia,
Onde a existência das lágrimas é pura magia…
- Quero colo, preciso de colo, mas sou só, sempre o fui e sempre serei…

Foto de Carmen Vervloet

Amigo - Homenagem aos amigos da Poemas

Amigo

Seu coração é de veludo
Amacia meu sofrimento
Diante de ti me desnudo
Mostro-lhe todo e qualquer sentimento!

Sua presença faz a vida mais bela
Amparo em qualquer situação
Abre portas e janelas
Estende sua generosa mão!

Empresta-me seu ombro
Retira-me dos escombros
Oferece-me seu colo macio

Preenche o imenso vazio
Dá-me tudo que preciso
Devolve o meu sorriso!

Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados à autora.

Foto de Rozeli Mesquita - Sensualle

Tua Luz me guia

136 - Tua luz me guia

Minha estrela guia!
Vou te buscando,
encontro-te pulsando...brilhando
Mostrando-me o caminho.
E meu olhar vai versejando
no acalento da visão misteriosa.
Tua luz tecendo bordados de amor
Luzindo saudades nas noites de tormenta
Me guia a alma!
Teu amor invade e transborda com paixão
a imensidão da tua ausência.
Teu colo imaginário me acomoda
Me perco de mim...
Me encontro em ti.
Sou vento em busca do teu rosto
Silêncio...
Desejo...
Saudades Sideral
Novo tom.
Tua luz me guiando pelo tempo
Tornou-se minha estrela. Estrela guia

Foto de NiKKo

Procuro um amor

Procuro um amor que me faça renascer;
que me aconchegue em seu colo e me de paz.
Quero que seja simples como a natureza;
suave como a água que a tudo refaz.

Quero um amor leve e solto;
com gosto de fruta colhida no tempo certo.
Quero que ele me faça ver miragens
como alguém perdido em um deserto.

Ele terá que me enfeitiçar com seus carinhos;
fazer me tremer de desejo.
Deixar-me com a pele arrepiada
desejando tudo... apenas com um beijo.

Esse amor terá que ser simples e verdadeiro
e mesmo que seja ilusório e fulgaz.
Terá que colocar luz em minha vida,
terá que arrancar me dessa dor, trazendo me paz.

Esse amor terá que trazer-me alegrias;
Fazer-me esquecer tantas dores vividas.
Por isso procuro um novo amor!
Preciso curar velhas feridas.

Foto de cafezambeze

JOÃO PIRISCA E A BONECA LOIRA (POR GRAZIELA VIEIRA)

ESTE É UM CONTO DA MINHA DILETA AMIGA GRAZIELA VIEIRA, QUE RECEBI COM PEDIDO DE DIVULGAÇÃO. NÃO CONCORRE A NADA. MAS SE QUISEREM DAR UM VOTO NELA, ELA VAI FICAR MUITO CONTENTE.

JOÃO PIRISCA E A BONECA LOIRA

Numa pequena cidade nortenha, o João Pirisca contemplava embevecido uma montra profusamente iluminada, onde estavam expostos muitos dos presentes e brinquedos alusivos à quadra festiva que por todo o Portugal se vivia. Com as mãos enfiadas nos bolsos das calças gastas e rotas, parecia alheio ao frio cortante que se fazia sentir.
Os pequenos flocos de neve, quais borboletas brancas que se amontoavam nas ruas, iam engrossando o gigantesco manto branco que tudo cobria. De vez em quando, tirava rapidamente a mão arroxeada do bolso, sacudindo alguns flocos dos cabelos negros, e com a mesma rapidez, tornava a enfiar a mão no bolso, onde tinha uma pontas de cigarros embrulhadas num pedaço de jornal velho, que tinha apanhado no chão do café da esquina.
Os seus olhitos negros e brilhantes, contemplavam uma pequena boneca de cabelos loiros, olhos azuis e um lindo vestido de princesa. Era a coisa mais linda, que os seus dez anos tinham visto.
Do outro bolso, tirou pela milésima vez as parcas moedas que o Ti‑Xico lhe ia dando, de cada vez que ele o ajudava na distribuição dos jornais. Não precisou de o contar... Demais sabia ele que, ainda faltavam 250$00, para chegar ao preço da almejada boneca: ‑ Rai‑de‑Sorte, balbuciava; quase dois meses a calcorrear as ruas da cidade a distribuir jornais nos intervalos da 'scola, ajuntar todos os tostões, e não consegui dinheiro que chegue p'ra comprar aquela maravilha. Tamén, estes gajos dos brinquedos, julgam q'um home não tem mais que fazer ao dinheiro p'ra dar 750 paus por uma boneca que nem vale 300: Rais‑os‑parta. Aproveitam esta altura p'ra incher os bolsos. 'stá decidido; não compro e pronto.
Contudo não arredava pé, como se a boneca lhe implorasse para a tirar dali, pois que a sua linhagem aristocrática, não se sentia bem, no meio de ursos, lobos e cães de peluxe, bem como comboios, tambores, pistolas e tudo o mais que enchia aquela montra, qual paraíso de sonhos infantis.
Pareceu‑lhe que a boneca estava muito triste: Ao pensar nisso, o João fazia um enorme esforço para reter duas lágrimas que teimavam em desprender‑se dos seus olhitos meigos, para dar lugar a outras.
‑ C'um raio, (disse em voz alta), os homes num choram; quero lá saber da tristeza da boneca. Num assomo de coragem, voltou costas à montra com tal rapidez, que esbarrou num senhor já de idade, que sem ele dar por isso, o observava há algum tempo, indo estatelar‑se no chão. Com a mesma rapidez, levantou‑se e desfazendo‑se em desculpas, ia sacudindo a neve que se introduzia nos buracos da camisola velha, enregelando‑lhe mais ainda o magro corpito.
‑ Olha lá ó miúdo, como te chamas?
‑ João Pirisca, senhor André, porquê?
‑ João Pirisca?... Que nome tão esquisito, mas não interessa, chega‑te aqui para debaixo do meu guarda‑chuva, senão molhas ainda mais a camisola.
‑ Não faz mal senhor André, ela já está habituada ao tempo.
‑ Diz‑me cá: o que é que fazias há tanto tempo parado em frente da montra, querias assaltá‑la?
‑ Eu? Cruzes credo senhor André, se a minha mãe soubesse que uma coisa dessas me passava pela cabeça sequer, punha‑me três dias a pão e água, embora em minha casa, pouco mais haja para comer.
‑ Então!, gostavas de ter algum daqueles brinquedos, é isso?
‑ Bem... lá isso era, mas ainda faltam 250$00 p'ra comprar.
‑ Bom, bom; estás com sorte, tenho aqui uns trocos, que devem chegar para o que queres. E deu‑lhe uma nota novinha de 500$00.
‑ 0 João arregalou muito os olhos agora brilhantes de alegria, e fazendo uma vénia de agradecimento, entrou a correr na loja dos brinquedos. Chegou junto do balcão, pôs‑se em bicos de pés para parecer mais alto, e gritou: ‑ quero aquela boneca que está na montra, e faça um bonito embrulho com um laço cor‑de‑rosa.
‑ ó rapaz!, tanto faz ser dessa cor como de outra qualquer, disse o empregado que o atendia.
‑ ómessa, diz o João indignado; um home paga, é p'ra ser bem atendido.
‑ Não querem lá ve ro fedelho, resmungava o empregado, enquanto procurava a fita da cor exigida.
0 senhor André que espiava de longe ficou bastante admirado com a escolha do João, mas não disse nada.
Depois de pagara boneca, meteu‑a debaixo da camisola de encontro ao peito, que arfava de alegria. Depois, encaminhou‑se para o café.
‑ Quero um maço de cigarros daqueles ali. No fim de ele sair, o dono do café disse entre‑dentes: ‑ Estes miúdos d'agora; no meu tempo não era assim. Este, quase não tem que vestir nem que comer, mas ao apanhar dinheiro, veio logo comprar cigarros. Um freguês replicou:
‑ Também no meu tempo, não se vendiam cigarros a crianças, e você vendeu-lhos sem querer saber de onde vinha o dinheiro.
Indiferente ao diálogo que se travava nas suas costas, o João ia a meter os cigarros no bolso, quando notou o pacote das piriscas que lá tinha posto. Hesitou um pouco, abriu o pedaço do jornal velho, e uma a uma, foi deitando as pontas no caixote do lixo. Quando se voltou, deu novamente de caras com o senhor André que lhe perguntou.
‑ Onde moras João?
‑ Eu moro perto da sua casa senhor. A minha, é uma casa muito pequenina, com duas janelas sem vidros que fica ao fundo da rua.
‑ Então é por isso que sabes o meu nome, já que somos vizinhos, vamos andando que se está a fazer noite.
‑ É verdade senhor e a minha mãe ralha‑me se não chego a horas de rezar o Terço.
Enquanto caminhavam juntos, o senhor André perguntou:
- ó João, satisfazes‑me uma curiosidade?
- Tudo o que quiser senhor.
- Porque te chamas João Pirisca?
- Ah... Isso foi alcunha que os miúdos me puseram, por causa de eu andar sempre a apanhar pontas de cigarros.
‑ A tua mãe sabe que tu fumas?
‑ Mas .... mas .... balbuciava o João corando até a raiz dos cabelos; Os cigarros são para o meu avôzinho que não pode trabalhar e vive com a gente, e como o dinheiro é pouco...
‑ Então quer dizer que a boneca!...
‑ É para a minha irmã que tem cinco anos e nunca teve nenhuma. Aqui há tempos a Ritinha, aquela menina que mora na casa grande perto da sua, que tem muitas luzes e parece um palácio com aquelas 'státuas no jardim grande q'até parece gente a sério, q'eu até tinha medo de me perder lá dentro, sabe?
‑ Mas conta lá João, o que é que se passou com a Ritinha?
‑ Ah, pois; ela andava a passear com a criada elevava uma boneca muito linda ao colo; a minha irmã, pediu‑lhe que a deixasse pegar na boneca só um bocadinho, e quando a Ritinha lha estava a passar p'ras mãos, a criada empurrou a minha irmãzinha na pressa de a afastar, como se ela tivesse peste. Eu fiquei com tanta pena dela, que jurei comprar‑lhe uma igual logo que tivesse dinheiro, nem que andasse dois anos a juntá‑lo, mas graças à sua ajuda, ainda lha dou no Natal.
‑ Mas ó João, o Natal já passou. Estamos em véspera de Ano Novo.
‑ Eu sei; mas o Natal em minha casa, festeja‑se no Ano Novo, porque dia de Natal, a minha mãe e o meu avô paterno, fartam‑se de chorar.
‑ Mas porquê?
‑ Porque foi precisamente nesse dia, há quatro anos, que o meu pai nos abandonou fugindo com outra mulher e a minha pobre mãe, farta‑se de trabalhar a dias, para que possamos ter que comer.
Despedíram‑se, pois estavam perto das respectivas moradas.
Depois de agradecer mais uma vez ao seu novo amigo, o João entrou em casa como um furacão chamando alto pela mãe, a fim de lhe contar a boa nova. Esta, levou um dedo aos lábios como que a pedir silêncio. Era a hora de rezar o Terço antes da parca refeição. Naquele humilde lar, rezava‑se agradecendo a Deus a saúde, os poucos alimentos, e rogava‑se pelos doentes e por todos os que não tinham pão nem um tecto para se abrigar., sem esquecer de pedir a paz para todo o mundo.
Parecia ao João, que as orações eram mais demoradas que o costume, tal era a pressa de contar as novidades alegres que trazia, e enquanto o avô se deleitava com um cigarro inteirinho e a irmã embalava nos seus bracitos roliços a sua primeira boneca, de pronto trocada pelo carolo de milho que fazia as mesmas vezes, ouviram‑se duas pancadas na porta. A mãe foi abrir, e dos seus olhos cansados, rolaram duas grossas e escaldantes lágrimas de alegria, ao deparar com um grande cesto cheinho de coisas boas, incluindo uma camisola novinha para o João.
Não foi preciso muito para adivinhar quem era esse estranho Pai Natal que se afastava a passos largos, esquivando‑se a agradecimentos.
A partir daí, acrescentou‑se ao número das orações em família, mais uma pelo senhor André.
GRAZIELA VIEIRA
JUNHO 1995

Foto de Carmen Vervloet

Uma Declaração de Amor

Vitória, uma declaração de amor

Vitória, cidade querida,
eu sou aquela tímida menina
que um dia te encontrou
na esquina da vida
e ficou enamorada,
presa a ti, cidade amada...
Enfeitiçada...
Para sempre simplesmente...

Apaixonei-me pelo teu sol
tão quente
que aqueceu todo meu ser
e me fez crescer
entre o amor da tua gente.

Apaixonei-me pelas tuas praias morenas,
pelo teu mar de águas serenas,
pelo teu vento nordeste
sempre a soprar
levando minha alma a navegar...

Apaixonei-me pela Praia do Canto,
meu ninho... meu encanto...
Abrigo de tantas lembranças
guardadas num coração
de criança...

Em teu colo me enamorei,
casei...
Filhos, com amor pari.
Cantei, chorei, sorri,
embalei sonhos, venci!

Vivi tantas primaveras,
lutei, amei, sofri,
criei raízes profundas...
Hoje, chegou o outono,
primavera lá trás.

Ah! Minha Vitória querida!
Eu sou aquela tímida menina
que cruzou contigo numa esquina
sombreada por acácia cor-de-rosa,
salpicada por pétalas mimosas
de um tempo que não volta mais!

Se quiser me encontrar
procure um barquinho amarelo
carregado de recordações
nas águas do seu mar!

Eu sou aquela menina tímida
de cabelo liso,
de largo sorriso,
que veio do interior...
Eu sou Carminha!

Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados à autora

Foto de Elias Akhenaton

Amor infinito...

Somos
Uma deliciosa combinação
Uma junção de corpo e alma
Um amor infinito...
Algo de místico.

Sabemos como começou
Temos certeza que não vai acabar
Queremos é nos acarinhar
E cada dia amar e amar.

Eu tenho seu colo quente
Você meu peito forte
No nosso amor não existe incerteza
Apenas um sentimento de pura beleza.

Enfim, vivemos uma união
Onde nossa felicidade é o eterno
Amor na mais recíproca troca de
Sedução e admiração.

Elias Akhenaton

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