Chuva

Foto de PoderRosa

Esta Sou Eu

Esta sou eu

Eu sou aquela que fica feliz quando a chuva cai, quando o sol sai, quando as flores se abrem, quando o vento balança as folhas das árvores.

Eu sou aquela que fica feliz ao ver o vôo dos pássaros. ao ver o rio que corre, levando a paz do silêncio das suas água.

Sou aquela que fica feliz ao ver as cores das borboletas que trazem a alegria ao jardim secreto do meu coração.

Sou aquela que ainda sonha com seus beijos mesmo sem nunca ter tocado em seus lábios.

Eu sou aquela que sente tua presença através do teu cheiro, sem nunca ter te abraçado.

Eu sou aquela que permanece em silêncio só pra sentir a vibração da tua voz, mesmo sem nunca a ter escutado.

Eu sou aquela que sofre com sua ausência...

Sou aquela que sabe que você está perto, mesmo à kilômetros de distância.

Eu sou aquela que não se importa com sua beleza física ou se você tem bens materiais.

Eu sou aquela cuja alegria se estampa no rosto ao ser iluminado por teu sorriso porque vejo teu semblante com os olhos do meu coração.

Sou aquela que confia e tem fé que algum dia, irei sentir a paz da tua presença, o acalanto da tua voz e a sua doce vibração de amor...

Esta sou eu...

Foto de Daemon Moanir

És o meu Mundo

És o meu Mundo.
Algures lá no cima
Está o meu amor por ti
Tal como as gotas de chuva
Que beijam teus lábios,
Assim eu gostava de o fazer,
Docemente.
Penso para mim mesmo
O que gostaria de ter.
Quem dera ter-te.
Quem dera ter um lugar no teu
Precioso coração.

Eu sei como me sinto quando estou perto de ti,
Sei o que isto é.
Sei que é demasiado forte para esconder.
Sei que é demasiado grande para deixar de o sentir.

Os meus sonhos tornaram-se o vento que acaricia teus cabelos
E não deixam de passar, vão deixando-se ficar,
Para nunca mais voltar.

Foto de Daemon Moanir

Bom

Bons são os dias que passam intensamente
Fazendo-me de novo estar vivo e contente.
Tão boa é a chuva, tão bom é este vento,
Que fica para sempre gravado na alma do tempo.

Bons são os silêncios, que indicam a vinda da noite,
E das cores dos odores nocturnos.
Apresse-se a vinda da água
E daquele cheiro a terra molhada.

Bom és tu, bom é o branco
Com que tudo irradia a mais pequena luz.
Bons são os teus abraços, daqueles que aquecem
Até os ossos de tanto aconchego e prazer.

Não, tu não és apenas bom!
És mais, mais que o sol até.
Muito mais loucura e paixão,
Mais ternura e calor,
Mais carinho e amor.

Foto de Cecília Santos

SÓ UM RECOMEÇO

SÓ UM RECOMEÇO
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Há sempre uma lágrima em meu olhar.
Por mais que eu queira não dá pra disfarçar,
Ela me trai, não se retrai, e cai.
Escorrendo pelo meu rosto,
morrendo em minha boca.
Que se transforma em espelho d’agua
refletindo a minha dor.
Fiz da minha vida um longo caminho sem marcas,
pra não saber voltar.
Fiz de mim mesma um sonho a realizar.
Busquei nas nuvens, as gotas de chuva.
Nas minhas veias o sangue quente a jorrar.
Nos rios as curvas, e cascatas,
que por fim se abriu no mar.
Há sempre uma lágrima em meu olhar.
Silenciosa , e insistente.
Que me lembra que o amor trás a felicidade.
Que trás um tempo de risos e de lágrimas.
Que trás verdades sem palavras, mentiras em gritos.
Que torna a vida, simples, serena, às vezes
difícil de ser suportada.
Que intimamente me mostra as curvas do meu vôo.
Livre por entre mundos que eu mesma escolhi.
Me mostra que o fim, é só um recomeço...!

Direitos reservados*
Cecília-SP/11/007*

Foto de Carmen Lúcia

Cara e Coroa

Sou a mais viva cor do arrebol,
Também a nuvem negra que encobre o sol.
Sou um gesto nobre de carinho,
Também o frio incesto de seu ninho.
Sou a calma de um mar tranqüilo,
Também sou um furacão bravio.
Sou outono e vento que vêm desfolhar,
Também a primavera e o frescor a aflorar.
Sou a branca paz que pacifica,
Também o arsenal que mortifica.
Sou a moça pura,acervo de poesias,
Também a prostituta das noites vadias.
Sou a bênção que a alma refaz,
Também a maldição de ancestrais.
Sou a seca do sertão agreste,
Também a chuva fina que umedece.
Sou luz,sou chama,sou clarão...
Também sou trevas,sombras e escuridão.
Sou tudo isso que me mostra,
Cara e coroa...
Quem aposta?

Foto de Cecília Santos

VÍDEO POEMA (CINZAS AO VENTO)

CINZAS AO VENTO

Pedra Grande, a cidade inteira, a seus pés,
Vento cantando, e o sol intenso a brilhar.
E nesse recanto tranquilo, e mágico que a natureza criou.
Você se transformou, em milhões de pontos cintilantes.
Cada partícula de cinza, do que se transformou seu corpo,
Foi levado pelo vento, livre e solto pelo ar.
Nas asas transparentes, de um anjo lindo à voar.
E recebendo os raios do sol, ia se transformando.
Em milhares de borboletas coloridas, que voavam pelo céu.
Nesse lugar lindo e imenso, que quase se mistura ao céu.
Com certeza você, vai continuar a voar,
por entre as nuvens brancas de algodão.
Por entre as pedras esculpidas, pelo força da chuva, e do vento,
Vai cantar e dançar, com a brisa leve, e perfumada.
Fará parte do dia, da noite, do sol, e será arco-íris colorido.
Depois que a chuva cair, como uma gigante gota transparente,
Flores nascerão por entre as pedras.
E a vida vai permanecer, sobre esses rochedos.
Assim como as ervas daninhas, e as flores, você também viverá.
Pois o espírito não morre nunca, é eterno.
E no espaço, e no tempo, você se eternizou.
Reluzirá em cada raio do sol, todos os dias.
E cada estrela do céu, terá o seu brilho.
A brisa será leve, e perfumada como seu riso.
As chuvas que cairem, serão suas lágrimas,
que apagará o pó, e aliviará a alma sofrida!
Você será isso, e muito mais...!
Você será a própria existência...!

Direitos reservados*
Cecília-Poema feito p/minha filha Fernanda em 10/04/07*

Agradeço à Fernanda Queiroz, que me presentou coma a elaboração
desse vídeo poema, no qual muito me emocionou.
Beijos a você querida amiga, te amo!
Cecília

Foto de Dirceu Marcelino

MINHA FLOR - BOM DIA, nesta SEGUNDA FEIRA

Hoje o dia amanheceu nebuloso!
Saio a caminhar pela rua e avisto
Os copos de leite muito viçoso.
E ontem. Mulher, sequer tinha os visto.

Ontem, também o dia foi fabuloso
E eu não tinha porque pensar nisto.
Pensar em Deus, o Misericordioso
Como pai ou avô, nada é previsto.

Nem que um suave pingo choroso
De chuva cairia de modo imprevisto,
No papel que ora rabisco e saudoso

Nele escreveria o que ora assisto
E transformar-me-ia assim tão carinhoso
Para dizer-te: _”Sou homem, insisto”!

Foto de Maria Flor e Rabiscos

Silêncio...

Quero hoje ficar em silêncio,
embalando este sentimento
que me arranca da terra
pela raiz.
Como aquelas tempestades
que chegam violentas
e os trovões são assustadores
e os raios devastadores ..

Quero hoje ficar em silêncio,
para sentir tua presença,
que em mim se infiltra
lentamente,
quando debruçada em meu travesseiro
ouço os pingos da chuva cair no telhado

um
a
um

Quero hoje ficar em silêncio,
suavizar a ferida da minh´alma
que queima como uma fogueira
quando penso em ti.

Esperar uma palavra tua,
uma carícia, uma ternura,
uma poesia com som de madrugada,
ou mesmo teu silêncio
e mais nada!

Foto de Marta Peres

Espera

Espera

Nasci para amealhar sonhos,
Não nasci por nascer,
Não nasci em vão
E sonho e guardo na lembrança
Meus sonhos
Dentro da caixa do meu silêncio.
Nas madrugadas quando não durmo
Abro a janela, olho o céu, as estrelas
e todo o firmamento.
Chove, deixo a chuva beijar meu rosto
E o calor do pensamento intensifica,
Espero, você não vem!

Marta Peres

Foto de Paulo Gondim

Desta vez, foi a chuva. (Cordel)

DESTA VEZ, FOI A CHUVA
(Cordel)
Paulo Gondim
18/01/2002

Enfim, a chuva chegou
Muitos sonhos renovou
Fez a vida renascer
A vida quase esquecida
Dessa gente desvalida
Que nunca deixa o sertão
Mesmo sabendo da luta
Da vil e cruel labuta
Por um pedaço de pão

E o sol se esquivou
E dessa vez não queimou
O meu sofrido torrão
E água muita correu
A tudo depressa encheu
O sertão virou um mar !
Todo orgulhoso, sorriu
Assim como nunca viu
Tanta vida festejar

Mas a sorte aqui não muda
É cruel, feia e desnuda
É pura desolação
E no sertão é assim
Sem chuva, a seca ruim
Assola bichos e sonhos
Desalojando essa gente
Num castigar iminente
Em desalentos medonhos

E desta vez foi a chuva
Como a praga da saúva
Que tudo come sem dó
Tirou o sol do caminho
Acabou tudo igualzinho
Como o sol da outra vez
Levou tudo pela frente
Na estrondosa corrente
Destruindo o que se fez

Pois é assim no sertão
Tudo é sim ou tudo é não
Não há jeito nem saída
Quando o sol não lhe castiga
É a chuva por intriga
Que vem tudo devastar
Expulsa o pobre oprimido
De seu lugar tão querido
Para nunca mais voltar

E o sertanejo pergunta
Na dor que ao pranto se junta
Será que a sorte não muda?
Quando o sol lhe queima o rosto
Ou muita chuva é desgosto
Nunca sabe o que é melhor
Como já disse o Poeta
“Seca sem chuva é ruim”
“Mas seca d’água é pior”

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