Chuva

Foto de Boemio

Chove lá fora

Chove calmamente,
Tristemente,
Friamente,
Lá fora, pela janela embaçada
Balsamo e tristeza,
Dor e fraqueza,
Miséria e realeza,
Vejo então a lua tentar
Sobreviver e lutar,
Sinto as estrelas
Tentar erguerem suas cinzas
Do fundo do mar,
Todos se escondem
Das águas que vem de Deus,
Os mortos se ergueram pra puxar meus pés
É justo me pergunto?
Eu te amo linda estrela...

Hoje sinto sua falta
Pra aquecer meu coração gelado
Com seu puro amor,
A tempestade aumenta lá fora,
Cai da escada varias vezes
Quando corri desesperado
Clamei seu nome e sua ajuda
Você docemente
Sorriu-me com uma simplicidade e pureza
E com um bocejo desconcertado e risonho
Disse pra mim:
“Foi só um sonho ruim
Venha dormir
Não tem nenhuma cova
Preparada pra ti
Só há chuva lá fora...”
Eu te amo linda estrela

Foto de cathy correia

Solidão II

Choram lá fora
As nuvens
Numa contradança com o vento.
E é alegria
Pois cada gota traz semente de vida
E é esperança e amor...
Estou em casa
À espera do telefone.
À espera de uma voz
que diga que vale a pena
E que como a chuva
Tenho um propósito,
Uma missão a cumprir.
Tenho pena de andar por atalhos,
De não agir logo,
E de ter de contornar dificuldades...
... Como quem tenta apanhar urtigas,
Sem se picar.
E fico aqui...
Embora lá fora
A chuva já tenha parado.

Foto de Mariii

Desejos

Desejo a você
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua Cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não Ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu.

Foto de Ednaschneider

Fenômenos Da Natureza

Chuva fria...!
Não me tragas solidão
Não deixe minha vida vazia
Apenas refresque meu coração!

Vento forte!
Não me tragas ansiedades
Não me deixes à beira da morte
O que quero é felicidade!

Sol escaldante!
Venha apenas me aquecer
Não queime minha vida de amante
Que a sua luz possa apenas me proteger.

Por favor, me ajudem fenômenos naturais;
Tragam-me equilíbrio de alma
Não me deixem amar menos ou mais
Quero ser feliz e viver com calma.

Tudo que faço no momento
É com muita intensidade.
Tenho tantos sentimentos
Que já chamaram de insanidade.

Amar demais não é loucura
Loucura é viver sem amar
Viver uma vida de amargura
E o tempo todo a se lamentar.

Por isso peço ajuda aos recursos da natureza
Que me dêem forças para ser equilibrada
Não quero viver na tristeza...
Quero amar e ser e ser amada.

04/05/07-Joana Darc

(Este poema é registrado.Copyright: Todos os direitos reservados à autora dos mesmos,não devendo ser reproduzido total ou parcialmente sem a prévia permissão da respectiva autora, estando protegido pela lei, ao abrigo do Código dos Direitos Autorais)

Foto de Cecília Santos

Poema p/o concurso literário 2007-Tema:MÃE

Sinto muito a sua falta.
Ainda te vejo...!cabelos ao vento,
vestido florido,e branco avental.
Trazendo no rosto,seu belo sorriso,
resplandecente de amor.
Quantas vezes mãe,me refugiei no seus braços,
dissipei todos meus medos,e angústias.
Lembro-me,dos seus belos olhos verdes,e quantas vezes,
imaginei,como seria o mar olhando seus olhos.
Como eu queria mãe,que minhas preces de criança,
tivessem sido ouvidas.
Quantas vezes,ajoelhada ao lado da cama,olhos fechados,
pedia à Deus,pra nunca tira-la de mim.
Eu achava que mãe era eterna...!
Mas um dia,sem aviso,sem hora marcada,
sem beijo de adeus,você foi embora.
Sinto falta do seu carinho,do seu amor,do seu calor,
do abraço apertado,do se beijo estalado.
Hoje mãe,eu olho o mar,e vejo seus olhos verdes,
refletindo amor.
Agora eu sei,mãe que nada é eterno,
a não ser nosso espírito.
Sei que morreremos e renasceremos quantas vezes,
for necessário,até atingirmos a plenitude da perfeição.
Mas pra mim ,você renasce todos os dias mãe.
No sol que me dá bom dia...
No vento que me acarícia...
Na chuva que molha meu rosto...
E quando a noite chega mãe,você se transforma em manto,
e me aconchega em seus braços.
Seus olhos não são mais verdes,
são duas estrelas cadentes,a iluminar minha vida.

*este poema é em memória à minha mãe que eu amo tanto!

Foto de Ednaschneider

Tristeza

A chuva fina cai lentamente
Como as lágrimas da minha dor.
O meu amor está nos braços da concorrente
Provavelmente depois de uma noite de amor.

Acordei na madrugada com muitas saudades
Pensei na pessoa que amo e tive um triste sentimento,
Pois os lábios que tanto tenho necessidade
Está em outros lábios neste momento.

As árvores lá fora sentem a minha tristeza
Elas não estão verdes e não mostram vivacidade
Não querem mostrar a real beleza
Compartilham comigo a tristeza, têm solidariedade.

Os pássaros ainda estão calados
Pensam que ainda estou dormindo
Eles não querem me acordar
Também sentem o meu coração apertado
Mas a insônia que tive para eles não vou falar.

Ficarei com minhas tristezas; calada.
De que adianta falar?
Não posso fazer nada
O jeito é esperar.

Esperar que o tempo tenha uma solução
Esperança será minha maior virtude
Esperando do meu amor uma decisão
Ou do meu coração uma atitude.

Ou serei a pessoa mais feliz
Ao lado de quem amo loucamente.
Ou meu coração terá que ser um aprendiz
E esquecer esse amor eternamente.

29/04/07 Joana Darc

(Este poema é registrado.Copyright: Todos os direitos reservados à autora dos mesmos,não devendo ser reproduzido total ou parcialmente sem a prévia permissão da respectiva autora, estando protegido pela lei, ao abrigo do Código dos Direitos Autorais)

Foto de Gaivota

* POEMA AOS AMANTES *

*
*
POEMA AOS AMANTES 1

Esperam amantes?
Que a chuva
embrulhe
escorrendo
palavras expelidas,
vozes não especificadas,
rostos não percebidos..

Sussurros amantes...

Tensos
por não serem ditos.

Respiração ofegante,
idealizado instante,
onde mora o sopro não dito...

Fala, meu olhar que respira!

Eu eterno amante,
toco com a ponta da língua,
pensamentos..
Desejos de tua mente...

Eu eterno amante,
toco palavras,
explico o não dito,
estreito na mente demente...

Sou amante.

Basta que sintas
o perfume da pétala que sonhou..
beijando agonia
na hora que expirou,
macia
mente,
carnal
mente.

RJ- 05/09/2006
** Gaivota **

O poema aconteceu à partir da tela de Magritte..." Os amantes"

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Foto de Neryde

Sempre olhos!Azuis,verdes,castanhos...

Olhos azuis,
Como um profundo mar azul.
Num dia azul,azul...

Olhos verdes,
Como quando a manhã chega,
Mostrando a beleza da Natureza...

Olhos castanhos,
Como donos da noite seguindo,
São lobos famintos...

Olhos,olhos,olhos...

Sempre olhos!
Sorrindo ao sol,
Sorrindo na chuva,
Segurando as lágrimas,
Segurando a dor!

Sempre olhos!
Irradiando alegria,
Felizes eles brilham,
Seduzem com magia,
Quando encontram o amor!

Foto de Lou Poulit

Poulit em Versos II

No cancioneiro brasileiro, até pouco tempo atrás eram muito raras as compositoras. Poucas, como Chiquinha Gonzaga por exemplo, tiveram personalidade para romper a bolha machista e fazer sucesso fora dela. Mas há uma outra característica no contexto musical do nosso país: Muito poucos compositores dispuseram-se a entrar na bolha! E construir letras onde o “eu” era feminino. De cabeça, qualquer um poderia se lembrar de Chico Buarque e Caetano Veloso. Mas existem outros menos famosos. “A Fruta e o Pássaro” é meu melhor resultado:

“Se me guardo navego
Se me entrego não volto
Porque quero me solto
Porque temo me prendo.

Me fendo como a fruta
Que um pássaro perscruta
E me agarro ao meu talo
E me calo
E me odeio e me odeio e me odeio.

Eu receio o seu espaço
Despencar da canção
Ficar só, de cansaço
Ser comida no chão.

Me fendo com a fruta
Que um pássaro desfruta
Mas te sonho e te tramo
E te amo e te amo e te amo”.

Seguindo uma linha poética na qual se solidariza contra o condicionamento e as injustiças da cultura machista, o poeta se arrisca a ser atropelado. Vejam, a maior parte dos conceitos hoje vigentes têm origem no ideário judeu do tempo de Jesus, ou dele derivaram. Ironicamente, não obstante o anti-semitismo fazer parte das idéias de povos e governos, historicamente, ao longo de milênios, com a expansão do cristianismo esses conceitos vieram no seu bojo e se espalharam pelo mundo cristão.

As instituições cristãs, obras do homem com necessidades próprias, e à revelia da mensagem do seu “protegido”, ambicionaram o poder e alavancaram a absorção desses conceitos durante a idade média principalmente. Passaram de perseguidas a perseguidoras, abençoaram as fogueiras e criaram um documento oficial, no qual os depois chamados judeus-novos (designação preconceituosa) declaravam e assinavam serem cristãos, para continuarem vivos. Assim apareceram sobrenomes de árvores frutíferas como Pereira, Limeira e, no meu caso, Oliveira, uma clara alusão à figueira amaldiçoada por Jesus. Dentre tantos conceitos, quero destacar aqui o moralismo egoísta e segregacionista. A falsa idéia de que há um certo e todos os discordantes errados. Uns são ditos filhos de Deus, mas não se diz de quem são filhos os demais.

Pode parecer que eu esteja exacerbando, que não é tão importante. Vou dar um exemplo para provar que não: nunca houve e provavelmente jamais haja um sucesso literário comparável ao da Bíblia! Nem em volume de vendas, nem no poder de convicção do seu conteúdo e nem no poder político das instituições que lhe deram endosso. Sua multiplicação editorial coincidiu com a massificação da alfabetização. E no bojo de qualquer uma delas, está a maior parte do ideário judeu, pois que Jesus era judeu e os principais apóstolos também. Nada pode ser comparado a isso.

Então recebemos por herança um falso direito de fazer julgamentos, como teimam belicosamente em fazê-los até hoje judeus e árabes. Mais que isso, de exilar os “adversários” das nossas convicções em nome de uma identidade divina que nos autoriza. Em um certo ponto da nossa história, com o fim da segunda guerra mundial e toda a explosão tecnológica que se seguiu, nosso ideário saiu dos guetos europeus para recriar antros ideológicos em todo mundo. Suscitaram-se todas as revoltas. Vieram os hyppies, a dita reforma, depois a contra-reforma... Mas a essência de tudo tem sido sempre a mesma: a segregação.

Bem, na poesia, como nas artes em geral, não cabe essa natureza dominadora e egoísta. Na imensa maioria das vezes o poeta se coloca do lado mais frágil. Ele não submete, mas aceita submeter-se para se impregnar das dores, amores e demais humanidades que constituem sua matéria prima. O poeta é um habitué dos antros. A começar pelo seu próprio. E faz dessa “condenação” um caminho escuro, para a luz do seu amor penitente, prostituto, voluntarioso. Encontrei em meus antigos alfarrábios uma letra de música que define muito bem as minhas convicções a esse respeito. Chama-se exatamente “Antro” e foi construída num período da vida em que me senti condenado por todos, exilado em meu pequeno ateliê, de onde tentava tirar minha sobrevivência física.

“No antro em que sou ninguém
Alguém que me faz feliz
Me faz ser a conquista
O herói mais vigarista
Um corpo no chão
Vazado de luz.

No antro em que volto sempre
No ventre em que asilo o ser
Dos lanhos da minha viagem
A chuva molha a tatuagem
No chão da alma
Vazado se luz.

Seria meu santuário
Não fosse o amor um cigano
Seria meu cadafalso
Vagasse profano e descalço.

Um amor que não se detém
Me fez refém, com salvo-conduto
Mas eu luto contra aparências
Eu vivo das nossas essências
É um antro bom... dentro de mim”.

Foto de Enise

O amor...

.

Tantos já sentiram
tantos cantaram em versos
tantos já ficaram submersos
em algum poema de amor...

Ah, o amor...

Aquela essência do algo imaterial,
abstrato, fugaz, estonteante
Aquela demência adoçante do poeta
que soluça, inspira, estala, grita e cala...

O amor...

Essa coesão de emoções
Que distribui em seus compassos
Uma música sutil, macia e única.
Que tem o perfume necessário
Da delicadeza que embriaga
O sabor da chuva que deságua
Antes do escurecer...

O mesmo que põe o sorriso nos olhos
uma esperança guardada na alma
enxuga os prantos
ou lagrimas são semeadas como chagas...

Como que num vôo rasante
busca sua vaga no limite do céu
faz no peito um escarcéu desumano
que perdura ou dá saudade...

Mas é ele, o amor
A força motriz
Que vive e revive soberano
Pela teimosia do coração humano
Que insiste em ser feliz
Para sempre...para sempre...para sempre...

.
enise

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