Chuva

Foto de Cecília Santos

FELICIDADE É...

FELICIDADE É...
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São inúmeras coisas, pequeninas coisas,
que as vezes nem percebemos.
Felicidade é receber todas as manhãs,
mais um dia pra se viver.
Abrir os olhos, respirar, olhar o sol
através da vidraça.
Dar bom dia, dirigir um olhar a alguém.
Dar um aperto de mãos, dar um
abraço apertado.
Dar um sorriso, não custa nada,
alegra quem recebe, engrandece
quem o dá.
Dizer"eu te amo"com o coração,
não só da boca pra fora.
Felicidade é a chuva que cai, germinando
as sementes, criando vidas.
É voltar pra casa, depois de um dia árduo.
Ter cama macia, lençóis perfumados
pra descansar, dormir e sonhar.
É ter "momentos alegres, pra recordar"
mesmo quando o coração, ainda chora.
Felicidade... é fazer alguém feliz.
Felicidade é saber que és feliz...

Direitos reservados*
Cecília-SP/06/2007*

Foto de ivaneti

Teu Olhar...

Teu Olhar...

Em teus olhos é que acordo os meus...
Olhos adormecidos... e tristes...
É na mágia do teu viver, que me transformo,
E em teus sonhos... te encontro...
No meu desespero busco em teus desejos,
Apenas para completar-me...

Soluçando! com tamanha dor
Vejo minhas lagrimas rolarem, sem ter você ...
Querendo apenas sentir seu corpo...
Para aquecer meu frio, nesta fria madrugada...

Meu peito chora! como a chuva que cai lá fora...
A tempestade faz parte das lembranças mortas...
Dos momentos felizes, que juntos passamos...
E hoje! hoje eu sei que nossas juras de amor...
O vento levou.

Foto de Cecília Santos

CINZAS AO VENTO( VÍDEO POEMA)

CINZAS AO VENTO

Pedra Grande, a cidade inteira, à seus pés,
Vento cantando, e o sol intenso a brilhar.
E nesse recanto tranüilo, e mágico que a natureza criou.
Você se transformou, em milhões de pontos cintilantes.
Cada partícula de cinza, do que se transformou seu corpo,
Foi levado pelo vento, livre e solto pelo ar.
Nas asas transparentes, de um anjo lindo à voar.
E recebendo os raios do sol, ia se transformando.
Em milhares de borboletas coloridas, que voavam pelo céu.
Nesse lugar lindo, e imenso, que quase se mistura ao céu.
Com certeza você, vai continuar a voar,
por entre as nuvens brancas de algodão.
Por entre as pedras esculpidas, pelo força da chuva, e do vento,
Vai cantar e dançar, com a brisa leve, e perfumada.
Fará parte do dia, da noite, do sol, e será arco-íris colorido.
Depois que a chuva cair, como uma gigante gota transparente,
Flores nascerão, por entre as pedras.
E a vida vai permanecer, sobre esses rochedos.
Assim como as ervas daninhas, e as flores, você também viverá.
Pois o espírito não morre nunca, é eterno.
E no espaço, e no tempo, você se eternizou.
Reluzirá em cada raio do sol, todos os dias.
E cada estrela do céu, terá o seu brilho.
A brisa será leve, e perfumada como seu riso.
As chuvas que caírem, serão suas lágrimas,
que apagará o pó, e aliviará a alma sofrida!
Você será isso, e muito mais...!
Você será a própria existência...!

Direitos reservados*
Cecília *Poema feito p/minha filha Fernanda em 10/04/07*

Foto de Fernanda Queiroz

Eu... Você...

Eu... Você...

Eu
Você
No sonho
Ou realidade
No abstrato
Ou no fato
No calar
No relato
No sol
Na chuva
Na brisa
No ciclone
No riso
No pranto
No doce
No amargo
Do dia
Da noite
De magia
De medo
De sonhos
De pesadelos
No grito
No silencio
Na vida
Ou na morte
No verso
Ou reverso
Por um momento
Ou pela eternidade
Eu e você.
Juntos.....

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Foto de NiKKo

Amantes eternos

Não importa o lugar, dia ou hora
dois olhares com certeza se encontrarão
E por um instante eternizado
Os espíritos se reconhecerão.

E por se reconhecerem como amores antigos
Como ébrios se entregarão a caricias guardadas
Revivendo momentos mágicos por eras escondidas.
Em uma forma única e jamais revelada.

Serão momentos infinitos
Cheios de ternura e emoção
E por estarem a tanto tempo adormecidos
Lágrimas dos olhos escorrerão.

E os corações irão se tocar
De forma única, real e verdadeira
Que como espíritos eternos e livres
Serão um só, quebrando toda e qualquer barreira.

E num redemoinho mágico e multicolorido
Os corpos envoltos num abraço carinhoso
Romperão a tristeza que hoje sentem
Sorrindo pelo universo colorido e silencioso.

E uma chuva de cometas no céu vai surgir
E se tornará visível a todo olho humano
Que com medo acompanharam todo o feito
Sem saber é se divino ou profano.

Mas nesse instante supremo e secreto
Dois amantes estão a se reencontrar
E a própria natureza se calará silenciosa
Diante de um amor que nem a morte pode calar.

Foto de Carmen Lúcia

Adeus

Se eu chorar, disfarça...
Finge que não viu...
O que é uma lágrima
Ante a chuva que desaba,
Ante a dor que não acaba...
Que devassa e alastra,
Levando os sentimentos meus,
Lavando as marcas de um amor
Que não vingou, que não calou, que não ficou...
Ah...uma lágrima!...Diante de tudo que passou!
Se eu sorrir, não creia...
É só pra disfarçar meu sofrimento,
Sorriso que esconde meu lamento,
Riso pra sufocar meu pranto
Preso na garganta, como um grito
Calado, contido, reprimido, sofrido...
Prestes a desencadear, a detonar!
Se eu pedir que fique, vai...
Pra que prolongar sua partida,
Se já matou todos os sonhos meus?
No amor também existe despedida
E o mais triste e doloroso adeus!

Foto de JGMOREIRA

A MÃO QUE ACENA

A MÃO QUE ACENA

Toma essa mão que acena adeus
que desentrava toda a tristeza do mundo.
U'a mão pálida
um olhar soturno. E toda a tristeza do mundo.

Mergulho meu dia na luz malsã do mercúrio
passando o dia todo, todos os dias
passando por mim,
pensando que passo no mundo.

Não! Não farei como os poetas abnegados
que deixaram nomes encravados em placas
largaram obras belíssimas aos olhos do mundo.
Passarei em claro, deitarei em escuro e terá sido tudo.

E será tudo passar assim pelo mundo ?
Se olho, não vejo; se vejo,não escuto.
Se amo não odeio; se quero, discuto.
Discuto comigo nas serras da minha cabeça
procurando caminho na aurora
aurorescendo que esse caminho aconteça.
Que aconteça de repente, feito nascimento
para que todos os caminhos desapareçam
só restando um caminho
e eu seja criança que se alimenta
de um caminho que a abasteça
que me faça dono do mundo,
senhor das coisas e da razão.
Criança vestida de homem
posando para retrato no jardim
enquanto espoucam as luzes dos dias na sala.
II
AH, toma essa mão que acena adeus.
Repousa todas as mãos e restará essa
que desentranha toda a tristeza do mundo.

Em casa, escutando sons familiares
louças que entretinem, água que jorra
parentes que falam...Essa é toda a vida.
Mas terá vida essa vida de família pelos ares ?
Será vida acalentar nesse quarto o sonho da vida ?
Será vida amassar mil papéis da vida ?
Escrever mil linhas e chamá-las vida ?

O que será viver se passo em branco
todos os meus dias? Não altero nada
não provoco nada, não amo nada
sinceramente. Desejo mil coisas
e passo por elas, tão perto,
que meu desejo fica contente

E ri meu desejo em minha boca
E presto atenção no gato do hotel
na senhora que lava o rosto na pia na área
na menina que grita mãe!
Nas danças de rua nas portas dos bares
Atencionado em tudo, estaciono
Paro. Mole e parvo, à beira de tudo
E não mudo nada, nada mudo
Por isso,
toma essa mão que acena adeus
Pergunta a ela
se é viver passar ao largo do mundo.

Mas pergunta ríspido e forte
que essa mão tonta
às vezes faz-se de surda
para passar sem resposta
a tantas perguntas absurdas.
III
Toma essa mão que acena adeus
Reconforta-a no desenho do teu seio
Aqueça-a com o calor do teu corpo.
Não tenha medo do homem atrás da mão !
O homem é uma coisa de pó
finíssimo, que toma a forma de jarro
onde derrama-se uma gota de poesia.
Forma-se o miraculoso barro

d'onde surge essa mão
que levanta-se do pó para tornar-se mão
para acenar adeus à própria vida
ou a vida do próprio irmão.

Quantas vezes o homem detrás da mão
bem oculto pelas falanges aneladas
esteve louco de tanto olhar
e não ver outra mão?

Eram jarros sem pingo de poesia
que marchavam lá fora
Rolavam, chocando-se com tanta força
que rompiam espalhando o pó
Pó tão espesso, tão pesado
que logo tomou a cidade
Cobriu o céu até não se ver estrela.
O pó alevantado não assentava
Tranquei-me em livros, armadilhas de amar,
em corpos frios de copos vazios
cofres antigos de segredos perdidos
Mas o pó me achou
A poeira pesou meus ombros
Eu a respirei
Quando abri a janela, não pasmei:

estava infecto, imundo, não ventilado
Aquele pó era o mundo
O mundo não cabia no vaso.

Toma, urgente, essa mão que acena
Beija-a, abraça essa mão que não repousa
que insiste acenando adeus
coberta de um pó que não se afugenta.
IV
Oiço tantos sons familiares
o relógio, a buzina, o assobio desafinado
os passos da menina, o grito do soldado
Nessa janela, abismado
confirmo com meus olhos
que minha família está pelos ares
Durmo preocupado
sonhando com o pó envenenado.
V
Vamos, toma logo essa mão
Não a deixa ao acaso
tentando erguer-se da mesa
estando o corpo anestesiado.
Não te apavores, amada, não te apavores!!
Hás de ver tantas mãos acanhadas
que hás de implorar pela minha mão que te acode
empurrando teus passos pela estrada.
Minha mão, no silencio da chuva que desaba
está fria, morta, quieta
lutando contra o vício que a descarna.
Minha mão não quer ser poeta
não quer o formol das estantes
não anseia taças
póstumas pousadas na sua palma sem semblante.
A mão quer a paz dos arvoredos
quer o canto das aves trinadoras
o vôo da rapina mais absoluta
a envergadura de asas perfeitas
Minha mão quer dormir um sono tranquilo
sabendo que a poesia pulou o muro
saiu do quintal esquisito
veio cá fora respirar ar mais puro.

Minha mão quer liberdade
quer justiça.
Uma justiça sem mãos
sem crinas
Minha mão que acena adeus
não quer abrigar sonhos em sua morada
Não quer estalar patíbulos
não escalar horas marcadas

Minha mão quer ser amada !
Quer que tu a toques com cada dedo da tua alma

Minha mão que acena adeus
acena a Deus
que do longe das estrelas
acena duas mãos perfeitas
à minha mão deformada.

Foto de Carmen Lúcia

Esse meu poema...

Esse meu poema...

Corre para os mares,sobe pelos ares,
Se transforma em nuvens,
Em gotas de chuva, só pra te banhar...

Esse meu poema...

Qual poeira cósmica pra te energizar,
Cruza o horizonte,onde o sol se esconde...
Pra te encontrar...

Esse meu poema...

Gira pelo mundo,faz em um segundo
Esse amor profundo em riso transformar...
Pra te encantar...

Esse meu poema...

Rouba do arco íris, as cores marcantes,
Bem insinuantes,festa pros amantes...
Pra te enfeitiçar...

Esse meu poema...

Anda pelas ruas, madrugada e luas
Feito serenata,
Pra te inebriar...

Esse meu poema...

Brilha com as estrelas e junto com elas,
Muda de lugar...
Pra te ver sonhar...

Esse meu poema ...

É mais do que palavras,
É essência...
Traça o meu dilema,te fazer me amar...

Esse meu poema...

Singelo,um flagelo...mas sincero,
Sai do coração...
Pra te emocionar!

Foto de NiKKo

Suas mãos, meu abrigo.

Olho a chuva que cai lá fora
Que vai lavando os meus pensamentos
Nele coloco o barco de meus sonhos
Deixo que ela leve meus tormentos.

Deixo que os pingos reflitam em meus olhos
E que as lagrimas escorram pelo meu rosto
Quero lavar na chuva a minha alma
Quero retirar de mim todo o desgosto.

Quero que a luz que sei vira após a chuva
Aqueça me o coração mansamente
Quero sentir na minha pele o calor do sol
E renascer assim bem lentamente.

Quero que a luz que brilha no firmamento
Seja refletida na luz de um certo olhar
Porque vejo em você meu anjo protetor
Que sem saber me fez te amar.

E teus olhos tristes contradizem
Com a beleza que existe em teu sorriso
Por isso não deixo-me abater pela solidão
Embora eu saiba que de você eu preciso.

Quero e preciso de você comigo
Porque contigo sei que posso me reencontrar
E seguindo rumo ao infinito, nas alturas,
Sob suas asas eu vou me refugiar.

E como uma ave que caiu de seu ninho
Em tuas mãos eu quero buscar abrigo.
Sei que ao teu lado reencontrarei a esperança
Por isso eu preciso de você comigo.

Foto de Cecília Santos

SOMBRA DE MÃE

SOMBRA DE MÃE
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Não sinta-se sozinha.
Sou como uma sombra a te seguir.
Se as lágrimas ofuscarem seus olhos,
Lhe tirando o brilho do sol.
Te impedindo de ver o caminho.
Não se assuste, estou com você.
Conserve o que há de melhor em você,
Esse coração cheio de amor.
Esse amor te guiará por onde for.
Não haverá chuva, frio ou calor,
Que te impedirá de seguir adiante.
Não sinta-se sozinha.
Estou sempre com você.
Obstáculos e barreiras surgirão,
Te ajudarei a ultrapassá-los.
Se tiver algum tropeço.
Terá minha mão pra te amparar.
Se não puder caminhar, meus braços,
Se tornarão fortes pra te carregar.
Jamais sinta-se sozinha.
Estou sempre com você.
Sombra de carinho, sombra de amor.
Sombra de mãe, à proteger um pedacinho,
Do meu próprio coração...!

Direitos reservados*
Cecília-SP/09/07*

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