Chão

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"ACERTO"

ACERTO

E lá ia eu caminhando com passos decididos
Em cima da passarela larga da ignorância
Andava convicto amparado por uma constante certeza
Baseada na mais pura prepotência.

O tombo não demoraria a chegar
O chão não acariciaria minha pretensa superioridade
O desespero não iria acalmar
Aquele que viveu só de frivolidades.

Mas o reconhecimento sempre vem há seu tempo
O despertar abre novas portas
Perdão e desculpas, não são argumentos.
Começar de novo é o que mais me importa.

Acertar, este é o caminho.
Viver bem, esta é a meta.
Corresponder na integra ao meu destino
E ser positivo é o que me interessa.

Foto de Cecília Santos

FOLHAS CAÍDAS

FOLHAS CAÍDAS
#
#
#
Esquecer... como se isso
fosse possível!
Um grande amor,
não se esquece.
Se guarda dentro
do coração.
No meu pensamento
estás sempre presente.
Não importa onde
eu me encontro.
Tua lembrança chega
de mansinho.
Vejo teu sorriso.
Te vejo em todas as esquinas.
Nas ruas despidas de vida.
Vejo-te onde meus olhos alcançam.
O tempo é uma sombra
que passa ligeiro.
Onde escondo minhas
saudades, como se fossem
folhas caídas no chão.
Nos meus sonhos
te acalento!
Paro! Penso! Revivo !
Minha alma descobre.
Que a esperança
não morre nunca!
Que além dos sonhos dispersos.
Ainda existem motivos
Pra sorrir e ser feliz!

Direitos reservados*
Cecília-SP/01/2008*

Foto de carlosmustang

CARLOS/ SOBRE PREMIAÇÃO

Nós ficamos um pouco magoados algumas vezes, porque todos queremos ser bom em algumas coisas! Mas temos que aceitar as regras! Fiquei chateado (confesso)de não ver alguns poetas, congrátulados(inclusive eu,rsrs)como a GRACIELE. a CARMEM CECILIA, o poeta DIRCEU, a RAIBLUE, e até a FERNANDA, que quando está inspirada, escreve verdadeiras obras! Mas também tenho que me curvar aos talêntos dos vencedores! Muitos aqui são verdadeiros poetas! Alguns são criticos, outros apreciadores, outros metidos a besta como eu! Mas quero dizer que nossos sonhos ninguém tira, nunca vi aqui um poema. sequer, que não valesse atenção, análise, uma apreciação! Todos aqui são especiais, dignos de publicação!
Quero então dizer: Queridos amigos, sejam artistas, sejam lidos admirados! E pra vocês que ganharam, sempre pé no chão(nenhum critico gosta do imortal PAULO COELHO, um dos maiores escritores do mundo)e é bom ver um filhote da arte de PABLO NERUDA, aqui, humildemente!
abraços a todos vocês....................

Foto de Sirlei Passolongo

Vêm Pra Mim...

Vem pra mim
Me dá o teu cheiro
Me faz um chamego
Me beije a boca
Me chame de meu bem
Vem...
Rasgue minha roupa

Vem pra mim
Me fale bobagens
Me cante uma música
Me faça massagens
Me faça mil juras
Vem...
E me leve à loucura

Vem...
Me invente um poema
Me deite no chão
Me dê as estrelas
Depois, vêm...
Me dê o teu coração
Vêm... Seja meu
e de mais ninguém.

(Sirlei L. Passolongo)

Foto de Maria Goreti

A HISTÓRIA DE ANA E JOAQUIM – UM CONTO DE NATAL.

Chamavam-no “Lobo Mau”. Era sisudo, magro, alto, olhos negros e grandes, nariz adunco, cabelos e barba desgrenhados, unhas grandes e sujas. Gostava da solidão e tinha como único companheiro um cão imundo a quem chamavam “o Pulguento”. Ninguém sabia, ao certo, onde morava. Sabia-se apenas que ele gostava de andar à noitinha, sob o clarão da lua.

Ana, uma pobre viúva, e sua filha Maria não o conheciam, mas tinham muito medo das estórias que contavam a respeito daquele homem.

Num belo dia de sol, estava Ana a lavar roupas à beira do riacho. Maria brincava com sua boneca. Eis que, de repente, ouviu-se um estrondo. O céu encobriu-se de nuvens escuras. O dia, antes claro, tornou-se negro como a noite. Raios cortavam o céu. Ana tomou Maria pela mão e correu em direção à sua casa. Maria, no entanto, fazia força para o lado oposto. Queria resgatar a boneca que ficara no chão. Tanto forçou que se soltou da mão de Ana e foi arrastada pela enxurrada para dentro do riacho. Desesperada, Ana lança-se nas águas na vã esperança de salvar a filha. Seu vestido ficara preso a um galho de árvore e ela escapara, milagrosamente, da fúria das águas. Desolada, decidiu voltar para casa, mas antes parou na igreja. Ajoelhou-se e implorou a Deus que lhe tirasse a vida, já que não teria coragem de fazê-lo, por si. Vencida pelo cansaço adormeceu e só acordou ao amanhecer. Ana olhou em derredor e viu a imagem do Cristo pregado na cruz. Logo abaixo, ao pé do altar, estava montado um presépio. Observou a representação da Sagrada Família: Maria, José e o Menino Jesus. Pensou na família que um dia tivera e que não mais existia. Olhou para o Menino no presépio e depois tornou a olhar para o Cristo crucificado. Pensou no sofrimento de Maria, Mãe de Jesus, ao ver seu filho na cruz. Ana pediu perdão a Deus e prometeu não mais chorar. Ela não estava triste, sentia-se morta. Sim, morta em vida.

Voltou à beira do riacho. Não encontrou a filha, mas a boneca estava lá, coberta de lama. Ana desenterrou-a, tomou-a em suas mãos e ali mesmo, no riacho, lavou-a. Depois seguiu para casa com a boneca na mão. Haveria de guardá-la para sempre como lembrança de sua pequena Maria.

Ao chegar em casa Ana encontrou a porta entreaberta. Na sala, deitado sobre o tapete, havia um cão. Sentado no sofá um homem magro, alto, olhos negros e grandes, nariz adunco, cabelos e barba longos e lisos, unhas grandes. Ana assustou-se, afinal, quem era aquele homem sentado no sofá de sua sala? Como ele conseguira entrar ali?

Era um homem sério, porém simpático e falante. Foi logo se apresentando.

- Bom dia, dona Ana! Chamo-me Joaquim, mas as pessoas chamam-me “Lobo Mau”. Mas não tema. Sou apenas um homem solitário. Sou viúvo. Minha mulher, com quem tive dois filhos, Clara e Francisco, morreu há dez anos e os meninos... Seus olhos encheram-se de lágrimas. Este cão é o meu único amigo.

Ana, muito abatida, limitou-se a ouvir o que aquele homem dizia. Ele prosseguiu:

- Há muito tempo venho observando a senhora e o zelo com que cuida de sua menina.

Ao ouvir falar na filha, os olhos de Ana encheram-se de lágrimas. Lembrou-se da promessa que fizera antes de sair da igreja e não chorou; apenas abraçou a boneca com força. Joaquim continuou seu discurso:

- Ontem eu estava escondido observando-as perto do riacho, quando começou o temporal. Presenciei o ocorrido. Vi quando a senhora atirou-se na água, mas eu estava do outro lado, distante demais para detê-la. Também não sei se conseguiria. Pude sentir a presença divina naquele galho de árvore na beira do riacho. Quis segui-la, mas seria mais um a nadar contra a correnteza. Assim que cessou a tempestade vim para cá, porém não a encontrei. Queria lhe dizer o quanto estou orgulhoso da senhora e trazer-lhe o meu presente de Natal!

Ana ergueu os olhos e comentou:

- Prometi ao Senhor, meu Deus, não mais chorar. Mas o Natal... Não sei... Não gosto do Natal. Por duas vezes passei pela mesma situação. Por duas vezes perdi pessoas amadas, nesta mesma data.

Joaquim retrucou:

- Senhora, a menina está viva! Ela está lá dentro, no quarto. Estava muito assustada. Só há pouco consegui fazê-la dormir. Ela é o presente que lhe trago no dia de hoje.

Ana correu para o quarto, ajoelhou-se aos pés da cama de Maria, pôs-se em oração. Agradeceu a Deus aquele milagre de Natal. Colocou a boneca ao lado de sua filhinha e voltou para a sala. O homem não estava mais lá.

Um carro parou na porta da casa de Ana. Marta, sua irmã, chegou acompanhada de um jovem casal – Clara e Francisco, de quinze e treze anos, respectivamente. Alheios ao acontecido na véspera, traziam presentes e alguns pratos prontos para a ceia.

Ana saiu para recebê-los e viu o homem se afastando. Chamou-o pelo nome.

- Joaquim, espera. Venha cear conosco esta noite. Dá-nos mais esta alegria.

Joaquim não respondeu e se foi.

Quando veio a noite o céu estava estrelado, a lua brilhava como nunca!
Ana, Marta, Clara e Francisco foram à igreja. Ao retornarem a porta estava entreaberta. No sofá da sala um homem alto, magro, olhos negros e grandes, nariz adunco, sorridente, cabelos curtos e barba bem feita, unhas aparadas e limpas. Não gostava da solidão e trazia consigo um companheiro - um cão branquinho, limpo, chamado Noel.
Antes que Ana pudesse dizer alguma coisa ele disse:

- Aceitei o convite e vim participar da ceia e comemorar o Natal em família. Há muitos anos não sei o que é ter família.

Com os olhos marejados, Joaquim começou a contar a sua história.

- Eram 23 de dezembro. Minha mulher e eu saímos para comprar brinquedos para colocarmos aos pés da árvore de Natal. As crianças ficaram em casa. Ao voltarmos não as encontramos. Buscamos por todos os lugares. Passados dois dias meu cachorro encontrou suas roupinhas à beira do riacho. Minha mulher ficou doente. Morreu de paixão. A partir do acontecido, volto ao riacho diariamente para rezar por minhas crianças. Ontem, mais um 23 de dezembro, vi sua menina cair no riacho e, logo depois, a senhora. Fiquei desesperado. Mais uma vez meu “Pulguento” estava lá. E foi com sua ajuda que consegui tirar sua filhinha da água e trazê-la para cá.

Clara e Francisco se olharam, olharam para Marta e para Ana. Deram-se as mãos enquanto observavam o desconhecido.

- Joaquim, ouça, disse-lhe Ana. Há dez anos, meu marido e eu estávamos sentados à beira do riacho. Eu estava grávida de Maria. Eu estava com os pés dentro d’água e ele estava deitado com a cabeça em meu colo. De repente ouvimos um barulho, seguido de outro. Meu marido levantou-se e viu duas crianças sendo levadas pela correnteza. Ele conseguiu salvá-las, mas não conseguiu salvar a si. Entrei em estado de choque. Fiquei sabendo, mais tarde, do que havia acontecido por intermédio de minha irmã, que mora na cidade. Foi ela quem cuidou das crianças. Não sabíamos quem eram, nem quem eram os seus pais.

Aproximando-se, apresentou Marta e os dois jovens a Joaquim.

- Joaquim! Esta é Marta, minha irmã. Estes, Clara e Francisco.

Ana e Joaquim olharam-se profundamente. Não havia mais nada a ser dito. Seus olhos brilhavam de surpresa e contentamento.

Maria brincava com sua boneca e com seu novo amiguinho Noel. E todos cantaram a canção “Noite Feliz”, tendo como orquestra o som do riacho e o canto dos grilos e sapos.

Joaquim, Ana e Maria formaram uma nova família. Clara e Francisco voltaram com Marta para cidade por causa dos estudos, mas sempre que podiam vinham visitar o pai.
Joaquim reconquistara sua fama de homem de bem.

O povo da região nunca mais ouviu falar do “Lobo Mau” e do seu cachorro “Pulguento”.

Autor: Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES – 23/12/07

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"MENTE ABERTA"

MENTE ABERTA

Houve um dia que acordei achando tudo muito novo
E isso muito me agradou,
A casa, as ruas, as pessoas se tornaram mais bonitas.
E isso também me agradou.

Quando a noite chegou percebi que havia algo de novo
E isso aguçou minha curiosidade
Parei, e escutei o som do silencio.
E ele me trouxe uma novidade.

Olhando para o infinito, senti que saia do chão.
O céu vinha a meu encontro
Milhões de imagens, e num imenso clarão.
Vi-me nascer de novo.

Turbilhões de sensações
Arrepios de alegria
Lagrimas de emoções
Reencontro com a família.

Foi ai que descobri o meu ponto de origem
Fiquei feliz com a descoberta
Visitei cada lugar nesta viajem
E regressei com a mente muito mais aberta.

Foto de ek

tempo

a vida passa rapido de mais.
tanto livro q ainda não li,
tanta musga q naum ouvi,
tanta vida q naum vivi.
naum se pode perder tempo,
tem q deixar acontecer,
tem q empurrar com a barriga
e se esquecer.
naum se pode pensar de mais,
naum é tempo pra se grilar,
naum ha tempo para ter medo,
naum ha o tempo.
é tempo de apenas viver, viver
da melhor maneira,
tempo para se pular do penhasco mais alto
ver o chão se aproximar e abrir as asas.
é tempo para se comprometer por completo,
com ou sem luvas,
é tempo de deixar sujar,
correr o risco,
se arriscar.
ainda naum é tempo para ser imprudente,
é tempo sim, de correr o risco,
mas naum se matar.
este é o tempo que tens para provar o q és,
naum pro mundo, pra ngm
provar pra si mesmo do q é possivel.
se superar a cada momento,
ser melhor em cada ato,
chamar para si a responsa,
é tempo de fazer o seu tempo.
é o tempo q tens pra marcar o tempo.

Foto de Sirlei Passolongo

Por saber que você existe

Por saber que você existe.

Todas as manhãs,
Tenho um motivo para abrir os olhos
e enfrentar mais um dia...
Saber que você existe me faz existir
Saber que você caminha
sobre o mesmo chão que eu,
me faz desejar continuar.
A esperança de ter você
é a razão que encontro para sorrir
mas também para chorar.
Te sinto tão perto...
Por onde quer que eu vá,
no ar que me rodeia...
Fico feliz por saber
que o sol que aquece minha pele
tem a mesma chama dos raios
que aquecem a tua ...
A chuva que molha meus cabelos,
molha os teus...
O vento que toca meus cabelos
traz o perfume dos teus cabelos.
E agonizante...
Vivo a esperar por você...
Ironicamente,
meu peito grita em silêncio
repleto da sua presença...
E tudo me leva a você.
Me perco sem chão
quando vez por outra me vêm a razão.
E não há como descrever
essas sensações que me tomam...
Não há poesia
que possa definir essa vontade de você,
Não há canção
que posso narrar esse querer,
Não há nada que possa explicar
a força desse amor não correspondido,
a dor que rasga o peito... A loucura de sorrir
por saber que você existe,
e de chorar por não te encontrar.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados Autora

Foto de CarmenCecilia

SENTIMENTOS

SENTIMENTOS

Sentimentos que afloram...
Misturam
Curam
Que rivalizam. Dualizam!

Um diz vem pra mim
O outro que não
Um só chão... Razão
O outro só emoção

Um leva-me pra direita
O outro pra esquerda
Um que me estreita. Espreita!
O outro me inquieta!

Desarticulam... Simulam...
Que tudo aturam...
Fruta madura...
Que avizinham e afastam...

Sentimentos de alegrias...
De água nos olhos
Que fantasiam nos meus...
Os teus olhos...

Sentimentos momentâneos. Instantâneos!
Ingênuos e às vezes estranhos...
Miscelâneas sensações
Invasões da alma. Ilusões!

Que unem corações...
E margeiam nossa calma
Que inflamam...
E a toda hora nos clamam

Sentimentos que nos movem...
Locomovem... Loucos movem...
Toda sorte de sentimentos!

Foto de brynne

:)

Se a vida fosse um sonho Meu desejo seria jamais acordar Fazer das dores Pequenos detalhes; Detalhes que não destroem
Sei que é difícil dizer: Pare de chorar... Sorria! As lágrimas nascem dos olhos... São lágrimas incontroláveis Lágrimas de angústia
Amanhã será um novo dia, Novamente o sol vai nascer Vai se pôr E a noite vai surgir...
Menina inocente Que corre em busca de sonhos, Atravessa oceanos Em busca de um único ideal: ser feliz! Oceano perigoso ...

Apaixone-se pela manhã, que em todos os dias te levanta com os pés firmes no chão. Apaixone-se
O homem é um ser que se amargura. Causam-lhe decepções e desilusões,
Ser forte é amar alguém em silêncio Ser forte é deixar-amar por alguém que não se ama....

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