Cara

Foto de ivete azambuja

CARA DE CORO

”Homens razoáveis
Adaptam-se ao mundo.
Homens não razoáveis adaptam o mundo a eles.
Por isso é que todo progresso
Depende de homens não razoáveis”

O trecho, acima, é perfeito para te dizer tudo que, abaixo, preciso te dizer (mas não é de minha autoria, amor...);
Assim, vou ter que cometer um delito, um plágio!
Portanto, quero desde já, pedir desculpas ao autor ;
Tudo em nome do amor;
Espero ser perdoada, pois direi este lindo verso, em introdução aos meus, aos seus ouvidos, às vezes moucos...

Que eu gosto tanto de você...

Dizer que eu te gosto tanto,
Que te gosto tanto...
E que você é a pessoa
Menos razoável que eu conheço. Sabe por quê?

Você entra na floresta
Como quem entra na casa que habita a muitas décadas...

Da mesma maneira,
Sai da floresta e entra em casa
Como se ela, a casa, fosse a floresta,
Com todo o seu encanto... todo o seu mistério....

Gosto de você porque volta pra casa
Empoeirado, exausto, esfomeado...
Mas feliz...
Porque a floresta te faz feliz...
E quando está em casa,
Ela também te faz feliz
Ao te dar aconchego;
Ao te trazer pra mim,
Menino travesso;
Às vezes, com cara de choro,
Outras com cara de coro;
Mas tentando ser feliz...

Ivy Portugal

Foto de Osmar Fernandes

Reencontro - Depois de dois anos de separação

- Maria,
Perder você pra morte
seria aceitável.
Perder você por incompatibilidade de gênios
seria tolerável.
Perdê-la para outro
seria decepcionante.
Perder você por falta de amor
seria frustrante.
Mas, perder você para uma casa noturna,
é humilhante.
- José,
Não seria aceitável
se eu morresse antes.
Seria intolerável
Se não tivéssemos nos separados.
Pouco seria,
se eu tivesse tido um amante.
Por isso, fui buscar nos braços da noite,
o brilho da vida que você me tirou.
- Maria,
Não diga tanta besteira.
Quando eu te conheci
nosso amor tinha mel.
Nossa vida tinha céu.
Nossa corpo tinha fogo.
Nosso sexo era louco.
- José,
é tarde para voltar atrás.
Nosso romance acabou.
Não sou mais aquela dona-de-casa.
Minha vida é essa...
- Maria,
Não vim aqui para te pedir perdão.
Nem derramar minhas lágrimas em teu corpo.
Por acaso te encontrei nessa devassidão.
Viva o seu mundo torto.
Esqueça-me!
Basta nosso passado responder por nós dois.
Agora, quero ser seu cliente.
- José,
Nem que você fosse o único homem
do mundo, iria te querer.
Nem que fosse o mais belo e o mais rico.
Transo com qualquer um, menos você.
Virei meretriz, mas, ainda tenho orgulho.
Por favor, vá embora e não volte mais aqui.
- Maria,
Também não te quero mais.
Sou um homem de vergolha na cara.
Meu amor por você foi verdadeiro,
mas, foi incompleto... e teve este triste fim.
Adeus!
- José,
Adeus!!

(E, assim, José e Maria, depois de anos de amor vividos... se encontraram após dois anos de separação.)

Foto de Darsham

O Amor...Incómodos à parte

Tenho um problema com o amor, um grave problema! Ouço dizer por aí, pelas bocas do mundo, pelas letras soltas que vejo e revejo em papéis perdidos em cada canto de vida que o amor é a coisa mais bela que existe…
Chega a cansar os meus ouvidos de tanto ouvir a palavra AMOR!!!
Enaltece-se de uma forma sublime…em filmes…em palavras…em livros…em poesia…na música…Vê-se e ouve-se amor em todo lado (para os ouvidos e corações atentos, claro está) que chego a sentir-me profundamente enjoada.
Não, ao contrário do que possam pensar, eu não sou uma pessoa insensível, pragmática, vazia, distraída…Eu escrevo poesia, sou a voz do amor para quem não pode ouvir… Eu ouço Beethoven, Chopin, fado…choro ao ver uma peça de ópera, comovo-me com filmes românticos, voo para longe enquanto leio cada linha que Nicholas Sparks escreve…e tenho em mim todos os sonhos do mundo…
O que me incomoda não é a existência do amor, ou até é, não sei…é tudo muito dúbio…
Incomoda-me a banalização, o dizer por dizer, o falar por falar…e o coração? Será que ainda alguém sabe o que é amor? Amor sem razão, daquele que nos atraca o coração e nos despe a alma? Daquele que nos sacode os bolsos da sensatez…daquele que nos amarra sem cordas, nos cala a voz…daquele que nos tira a respiração e nos faz acreditar que vamos morrer por não termos espaço em nós para estacionar este avião que invadiu o nosso coração…
Será que entre a pausa para o café, e os pagamentos do mês ainda se tem tempo para reflectir sobre o amor? Será que todas as bocas que expressam a palavra amo-te atribuem o verdadeiro valor a este sentimento tão sublime e majestoso?
Incomoda-me, claro que me incomoda ver almas vazias e desprovidas de sensibilidade, que faria revirar na sepultura grandes poetas que a historia não esquece, verbalizar, assim, como se fosse uma pancadinha nas costas a palavras amo-te…amar não é só falar, é praticar, é encher-se de vida e gritar ao mundo que no peito nada cabe mais…
Incomoda-me também que não existam teses sobre o amor, em que expliquem tudo o que há a ser explicado sobre ele, para que o possamos conhecer e reconhecer, para que saibamos quando encontramos o nosso amor, o verdadeiro, a outra metade de nós, que nos completa…podemos viver toda uma vida com a pessoa errada, sem sabermos onde está a certa, ou sabermos, mas nada podermos fazer, porque o tempo já é outro e construíram-se outras histórias, das quais não fizemos parte, por termos construídos outras, paralelamente…
O amor rege a nossa existência; determina quem somos; representa-se nas nossas convicções, princípios, crenças e atitudes e descreve a sua rota nas linhas do nosso rosto, no brilho do nosso olhar, abrigando-se no nosso sorriso…à espera da noite…ou do dia…
A dualidade do amor… isto também me incomoda, de verdade, esta sombra dúbia que me chicoteia por dentro, que me finta o discernimento e me espanca a razão…tanto nos pode elevar às estrelas, como nos faz cair e bater em cheio com a cara no chão…sussurra ou grita-nos, queima-nos ou gela-nos, dá-nos o sorriso ou a lágrima, protege-nos ou abandona-nos…e aquilo que é contrário do bom, não é bom e dói…
Quando temos amor por alguém a vida fica tão mais fácil, não temos medo de nada, somos capazes de atravessar o mundo se for preciso e sorrimos muito, muito mais …se o amor parte, uma parte de nós também vai com ele e tentamos dia após dia, encontrar razões que nos façam sorrir, procurando formas de conviver com a solidão, para que não doa tanto…o coração fica apertado e lentamente vamos encontrando o nosso caminho, descobrindo novos horizontes, navegando para outras margens…renascemos numa nova vida e colocamos mais uma pedra no castelo da nossa identidade e unicidade. Encontraremos outro amor, que nos devolverá o sorriso, de uma forma espontânea e tudo faremos para que os erros que sejam cometidos nesta nova história (sim, porque os erros fazem parte de nós) tentem ser compreendidos e ultrapassados, tentando edificar estruturas sólidas em termos relacionais…
Porventura, voltará a suceder-se o mesmo e o ciclo recomeça, ou poderá realmente dar certo naquela vez, mas por mais voltas que a vida dê, por mais labirintos que percorramos, haverá sempre uma porta aberta para o amor.
O amor transporta-nos em viagens alucinantes por caminhos desconhecidos no nosso interior…já procurei mil e uma maneiras de descrever este sentimento tão…tão…indecifrável e transparente ao mesmo tempo e nunca consegui passar para as letras a magnitude, a cor, o som, a temperatura, a textura, o odor, a mistura, a mescla de coisas unas e simples que nos invadem a alma e nos descabelam a lucidez que se apossa de nós quando experimentamos o amor…
Porém, encontrei uma “definição” que até hoje me pareceu a mais perfeita e a mais simples. É uma pequena parte de uma passagem da Bíblia, que integra «1Cor.13», e é assim:
“…O amor é paciente, o amor é prestável, Não é invejoso, não é arrogante, nem orgulhoso, nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita nem guarda ressentimento. Não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade.
Tudo desculpa, tudo crê. Tudo espera, tudo suporta…”

Digo que para mim esta é a definição mais perfeita do amor que já li, pela sua simplicidade e no entanto faz-me questionar e pensar tantas coisas…ou o amor entrou em vias de extinção, e as únicas espécies sobreviventes que o encarnam vivem no outro lado do globo, ou então esta pequena passagem sobre o amor, que tanto gosto, não passa de uma utopia, um discurso naif…publicidade enganosa?
O certo é que, aparte as utopias, a publicidade enganosa e os incómodos de que me queixo, o amor é o pão-nosso de cada dia, é o nosso alento, a nossa motivação, muitas vezes o perdão…sem ele, o amor, a vida é a preto e branco, o mar é só uma enorme porção de água, os dias não têm propósito, a música é só mais um barulho que chega aos nossos ouvidos, somos gelo…somos parasitas...
Incomodam-me muitas coisas no amor, mas o que me incomoda de verdade, é não amar, muito mais do que não ser amada…ao não amarmos não reconhecemos nem valorizamos o sentimento do outro, não sentimos, não somos, não se é! Porque o amor é o milagre, é o sentido, é a matéria de que somos feitos, é como que um culto a seguir…
Porque o amor é querer ser muito mais do que ter! É a harmonia entre histórias, atitudes, pessoas, credos, cores, partidos, clubes…a vassoura da diferença e indiferença, é a medida certa…qb (quanto baste) …
Prefiro amar, e só amar, ainda que nunca amada, pois de contrário não serei abençoada…
Beberei eternamente pelo cálice do amor, mesmo que sede não tenha e darei a beber de quem da secura padeça…

Depois de dar nós ao cérebro para tentar tirar o itálico do resto do texto, acabei por desistir, antes que o computador ficasse com ferimentos graves (risos). Se alguém me puder ajudar agradeço!

Beijinho
Darsham

Foto de Osmar Fernandes

Promessa é dívida (Sexta-feira treze no cemitério...)

Promessa é dívida
(Sexta-feira treze no cemitério...)

Era meia-noite, sexta-feira treze. A noite estava escura e sem estrelas. O portão do cemitério estava lacrado. E Wilson e Eliezer, com as velas nas mãos, pensavam que pecados haviam cometido para estarem ali, naquele lugar.
Medroso, desconfiado e já arrependido, Eliezer, gaguejando, disse ao amigo:
— Sinto-me pesando uma tonelada e meia. Esse negócio de pagar promessa é bobagem. Já passamos de ano mesmo! Vamos embora, cara?!
— Não! Nós fizemos uma promessa e vamos pagá-la, custe o custar! Prometemos acender três velas no cruzeiro da igrejinha do cemitério e vamos cumprir o nosso juramento à Nossa Senhora. Lembre-se de que estávamos praticamente reprovados.
— Ah, mano, pelo amor de Deus! Vamos para casa! Estou com muito medo de entrar lá dentro. Alguma coisa me diz que isso não vai dar certo. Nossa Senhora vai entender, afinal como vamos entrar se o portão está lacrado com cadeado?
— Vamos pular o muro!!
— Pular o muro?! Você endoideceu, está maluco!
— Maluco! Maluco eu vou ficar se você começar a me irritar com esse papo. Pegue aquele pau ali e coloque-o, em pé, encostado no muro.
Ao encostar o toco junto ao muro do cemitério, as luzes todas se apagaram. Eliezer deu um grito... e pulou, abraçando o amigo:
— Não falei? Não falei? Vamos sumir daqui!
Wilson, corajoso, do signo de Leão, teimoso feito uma mula, respondeu-lhe:
— Se você repetir essa conversa mais uma vez vou amarrá-lo aqui neste portão e vou deixá-lo aí sozinho a noite inteira.
— Se você fizer isso comigo pode encomendar meu caixão, porque só de pensar nisso já começo a morrer agora.
Depois de tanta lengalenga saltaram o muro... Do local onde estavam até o cruzeiro tinha mais ou menos trezentos metros.
Eliezer quis segurar na mão do amigo, mas Wilson não o deixou. Começaram então a andar a passos lentos. Os dois, uniformizados, vestidos de camisa branca e calça azul, pareciam fantasmas... A cada tumba que passavam, Eliezer tremia e enrijecia todo o corpo, batia o queixo, dando a impressão de estar com a febre malária.
Dentro da igrejinha do cemitério um velhinho cochilava tranqüilamente. Jamais concordara com os filhos em morar num asilo. Por esse motivo, e sem ter onde morar, abrigava-se ali.
De repente, Eliezer tropeçou num túmulo e gritou:
— Valha-me Deus!!!
Wilson, imediatamente, tapou-lhe a boca e disse:
— Cala-te, infeliz, aqui é um lugar sagrado!
— Então não me solta, não me solta! Deixa eu segurar na sua mão?
E continuaram em busca do lugar sacrossanto.
O velhinho, seu Mané, como era conhecido, levou um susto com o grito. Nunca ouvira nada igual antes. Ficou agonizado e começou a tremer de medo e a pensar: “Meu Deus, o que foi isso?!”. Levantou-se do chão, olhou pela fresta da janela, e viu um vulto vindo em sua direção.
Eliezer teve uma idéia fascinante e falou baixinho no ouvido do amigo:
— Mano, nós somos dois idiotas, mesmo!
— Por quê?
— Vamos acender as velas, rapaz!
Alegre com a idéia, pegou o fósforo... Mas Wilson, mesmo tenso, lembrou-se de que a promessa era acender as velas no cruzeiro, não no trajeto do cemitério, e retrucou:
— Não faça isso! Se acendê-las agora quebrará a promessa. Não acenda as velas de jeito nenhum. Se fizer isso vou amarrá-lo aqui neste túmulo.
Seu Mané pegou seu rosário e começou a rezar... Apavorado, pegou um lençol branco e se enrolou, tentando se proteger. Mas, de olho arregalado pela fresta, imaginou:
“Meu Deus! Hoje é sexta-feira treze. Dia das bruxas! Dia de fazer despacho, macumba... Estão vindo me pegar”.
Os dois amigos estavam a dez metros da igrejinha. Seu Mané, vendo a aproximação fantasmagórica em sua direção, sentiu o seu coração disparar e soltou um Pum... O desgraçado soltou barro por todo lado, tinha mesmo defecado; mas o medo do fantasma foi tão grande que nem sentiu o mau cheiro, nem se deu conta de sua obra-prima. Não pensou duas vezes, abriu a porta da capelinha e saiu em disparada...
Os dois amigos, vendo esse fantasma desabar na frente deles, gritaram:
— Meu Deus!!!
Eliezer desmaiou ali mesmo. Wilson se escondeu próximo a uma tumba. Seu Mané, coitado, caiu desfalecido sobre uma sepultura. Wilson começou a rezar:
— Minha Nossa Senhora, tende piedade de mim e do meu amigo. A senhora sabe o que viemos fazer aqui. Imploro-lhe, por todos os santos que não deixe meu maninho morrer, é muito medroso.
E em seguida começou a rezar o terço...
Nossa Senhora, ouvindo suas preces, fê-lo dormir.
No dia seguinte, o sol já acordado... Como de costume, o coveiro veio zelar o cemitério. Ao se deparar com um corpo estendido ao chão, levou um susto: “O que é isto, meu Deus?! Mesmo acostumado a lidar com defuntos, suas pernas tremeram, mas, como era corajoso, tocou no corpo, que se mexeu e resmungou estranhamente... O coveiro exclamou:
— Credo em Cruz, minha Nossa Senhora!
O corpo perguntou-lhe:
— Aqui é o céu? O senhor é São Pedro?
— Que São Pedro! O senhor está doido? Quem diabos é você, afinal?
— Virgem Maria! Acho que vim para o inferno. E o senhor, então, só pode ser o Capeta, o Cão!
— Não! Aqui não é o inferno, nem sou o Diabo! Aqui é o cemitério da cidade, você não está vendo, seu idiota?
Somente aí se deu conta de que estava realmente na terra e insistiu:
— Então, quem é o senhor?
— Sou o coveiro.
— Então eu morri mesmo! E o senhor vai me sepultar. Valha-me meu Padim Ciço!
— Não, seu imbecil! Você não está morto! Morto não fala, não respira. Quem é você, rapaz? Como é seu nome?
Eliezer respirou fundo, já se acalmando, respondeu:
— Eu sou Eliezer! Sou estudante! O senhor viu meu amigo?
— Que amigo?
— O senhor não conhece o Wilson, o fotógrafo?
— Todo mundo o conhece, e eu também.
— Então! Ele veio comigo. E quero saber dele!
Eliezer, já de pé, viu um corpo estendido mais adiante e, de supetão, gritou:
— Olha, olha lá, seu coveiro! Eu não lhe falei que ele veio comigo?
Correram até o corpo e, ao chegarem bem próximos, Eliezer, assustado e confuso, não entendeu nada e falou para o coveiro:
— Esta coisa gorda e “cagada” não é o Wilson.
O coveiro ficou de cabelos em pé. Desenrolou o lençol e viu que era um senhor idoso. Acordou-o e indagou:
— O que o senhor está fazendo aqui, todo podre desse jeito?
Ainda meio perturbado, este lhe respondeu:
— Sei lá, moço! Eu estava aqui, dormindo no meu cantinho, quando vi uma assombração querendo me pegar. Saí correndo e caí.. É tudo que me lembro.
O velhinho tomou banho numa torneira ao lado da capelinha... O coveiro, ainda nervoso, continuou interrogando-o:
— Em que cantinho você estava dormindo?
— Na capelinha.
— Ah! Então você é o fantasma do cemitério? Seu safado! Seu velho caduco!!!
— Não, senhor! Pode parar com isso! Respeite-me. Apenas não tenho para onde ir. Ninguém me aceita, nem mesmo meus filhos, que trabalhei tanto para criá-los. Agora não venha o senhor me dizer essas asneiras, não! Nunca assustei ninguém, nem tive essa intenção.
Eliezer procurava o seu amigo, e de repente gritou:
— Seu coveiro! Hei! Hei! Aqui está o Wilson, o meu amigo. Eu não lhe disse que ele tinha vindo comigo?! Venha ver, corre! Corre!
E de fato lá estava ele, ainda dormindo, estendido ao chão. Os dois chegaram bem próximos dele e o seu Mané gritou:
— Sangue de Cristo tem poder!!!
Wilson acordou agoniado e, assustado, falou:
— Eliezer, cadê as velas?
— Estão aqui.
— Vamos pagar logo nossa promessa!
Seu Mané e o coveiro fizeram as pazes e seguiram com os dois amigos até o cruzeiro. Acenderam as velas e fizeram orações agradecendo à Nossa Senhora por terem passado de ano. Depois, foram até a casa do coveiro, tomaram o café da manhã e contaram-lhe toda a história...
Seu Mané prometeu para o coveiro que iria procurar o asilo dos velhos naquele dia mesmo.
O coveiro conta esta história para todo mundo até hoje.
Os dois amigos ficaram felizes, e nunca mais brincaram com o estudo. Passaram a ser os alunos mais estudiosos do colégio. E para todo mundo Wilson alertava:
— Promessa é coisa séria. Só prometa uma que possa cumprir, por que promessa é dívida.

(Respeite o direito autoral...)

Foto de Sonia Delsin

Ainda é tempo

Ainda é tempo

Tire esta máscara da cara.
Tire.
Tire esta máscara que me fere.
Este ar de escárnio.
Este esbravejar.
Tu brigas com algo que o tempo quis enterrar.
Ensaie um sorriso.
É preciso.
Antes que chegue o nunca mais.
Antes que o último navio ancore no teu cais.

Foto de Rosinéri

APOSTE NISSO

Todos sempre estão falando de mim
Todos estão tentando entrar em minha mente
Eu quero ouvir meu próprio coração falar
Eu preciso contar comigo mesmo
Você já
Se perdeu pra conseguir o que queria?
Pegou uma carona e quis sair?
Afastou quem deveria ter mantido próximo?
Você já deixou acontecer? Você já deixou de saber?
Eu não vou parar, essa é quem sou.
Eu vou dar tudo o que tenho, este é meu plano.
Eu encontraria tudo que perdi, você sabe que pode.
Aposte nisso, Aposte em mim
Eu quero fazer isso certo, este é o caminho.
Dar a volta por cima, hoje é o dia.
Eu sou o tipo de cara que disse que seria?
Como vou saber se há um caminho certo pra seguir?
Eu deveria questionar todos os movimentos que faço?
Com tudo que perdi, meu coração está se partindo
Eu não quero cometer o mesmo erro.
Você já
Duvidou que seus sonhos se tornariam realidade?
Culpou o mundo, mas nunca se culpou?
Vou tentar viver uma mentira novamente
Eu não quero ganhar esse jogo se não puder jogar da minha maneira.
Espera
Me dê um tempo pra pensar
Traga isto agora
Vou trabalhar, vou fazer minha própria coisa
Não é muito bom
Se ver e não reconhecer seu rosto
Fora de mim
É um lugar tão assustador
As respostas estão todas dentro de mim
Tudo que tenho que fazer é acreditar
Eu não vou parar
Não vou parar até receber minha recompensa
Este é meu plano
Vou terminar no topo

Foto de Swiftwind

Recomeçar o dia

Se este é um mundo de mortais e cambalhotas,
onde as vidas ja andam tao tontas e enjoadas,
tambem ha sorte quando chocas
com alguem para para perguntar respostas
e jogar cartadas...

Tudo o que vejo de ti
é uma cara linda que nao sei...
um afecto de juízo apenas, que em si
so me diz o que perdi
de quando, nem pensei...

e hoje... so me entrego a mim!
que o que hoje ja ganhei
ja me pos assim.
Alegre e feliz por o que encontrei
que nem por isso eu rezei
por inicio ou por fim...

Portanto meu querido amigo
pouco tempo dediquei
a escrever tanto que nao digo
tudo mesmo o que queira dizer...

ja estou farto da rima
tenho que me deitar
que amanha é trabalhar...
Mas era só para lembrar
que acabaste de encontar
um amigo e se demorar
a despertar
o interesse para recomeçar
a conversa..

*Deixa me Respirar*

è só se levantar,
tomar o equilibrio
e gritar por mim..
Espera um pouco
que ei de chegar :)

Um Grande Abraço para começar
e uma Bela noite para tudo Aca..
Recomeçar.

Foto de Ninah

A doença do coração

Certo dia o coração ficou doente e resolveu ir ao médico.
Na consulta, o médico perguntou:
- O que o senho estar sentindo?
O coração respondeu:
- Eu não sei direito, estou me sentindo meio sufocado, as vezes meio acelerado. Aí depois me sinto bem, porém logo após me sinto meio confuso. Aííí doutor não aguento mais.
O médico, então, disconfiou que o coração havia pego um vírus que não tem cura.
Mais resolveu fazer alguns exames para comprovar.
O coração fez os exames e voltou ao médico para saber o que estava acontecendo.
O médico olhou para o coração, com uma cara de pena e disse:
- Coração não tenho boas noticias, sinto lhe dizer mais voce contraiu a doença do AMOR.
No começo eu até disconfiei que fosse paixão, mais os exames são bem claros.
O médico receitou uns comprimidos de carinho, atenção e felicidade..

Hoje apesar de tudo o coração esta saudavel, feliz e tem uma vida bem agradavel...

Foto de Ninah

A doença do coração

Certo dia o coração ficou doente e resolveu ir ao médico.
Na consulta, o médico perguntou:
- O que o senho estar sentindo?
O coração respondeu:
- Eu não sei direito, estou me sentindo meio sufocado, as vezes meio acelerado. Aí depois me sinto bem, porém logo após me sinto meio confuso. Aííí doutor não aguento mais.
O médico, então, disconfiou que o coração havia pego um vírus que não tem cura.
Mais resolveu fazer alguns exames para comprovar.
O coração fez os exames e voltou ao médico para saber o que estava acontecendo.
O médico olhou para o coração, com uma cara de pena e disse:
- Coração não tenho boas noticias, sinto lhe dizer mais voce contraiu a doença do AMOR.
No começo eu até disconfiei que fosse paixão, mais os exames são bem claros.
O médico receitou uns comprimidos de carinho, atenção e felicidade..

Hoje apesar de tudo o coração esta saudavel, feliz e tem uma vida bem agradavel...

Foto de Leonilson Veras

Soneto

Amo-te, como os peixes são pr'as águas
amor, paixão... são peixes em fartura
mas que será de amar a esta altura?
são peixes a nadar por rios de mágoas

Amor, és verdade ou mentira árdua?
Uma hora mente, outra hora jura...
embora escreva, logo após rasura
canal de mágoas e tortura fátua

Ó cara, minha amada doce e pura
morrendo estou por sujo e vil motivo,
pendente estou de contigente sorte.

Cavai-me logo a mim a sepultura!
pois saiba meu amor sem ti não vivo
se for pra ser sem ti prefiro a morte!

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