Caminhos

Foto de @nd@rilho

Aconchego do ninho

Nas revoadas da vida
É maravilhoso sentir,
O vento da liberdade,
Acariciando nossa face,

O mundo ao nossos pés,
Os obstáculos no chão,
A certeza da conquista,
A leveza dos sentimentos,

Voamos alto e livre vamos,
Trilhando novos caminhos,
Fitando um novo horizonte,
Em seu majestoso esplendor,

E no fim dessa odisséia,
Trago no peito a sólida certeza,
De um regresso seguro,
Ao aconchego do ninho.

Foto de sergio luiz

É TÃO TRISTE

Ter que dizer adeus a quem a gente ama,aquém a gente adora....ama e adora.
Mas os muitos dissabores e desilusões acabou fazendo que o amor que existia em nos adormecesse dentro de mim.
Hoje na solidão do meu quarto me pego pensando em você,no que um dia eu fui pra você, e no quanto era lindo este amor que eu juguei ser eterno.
Mas a vida me pregou uma peça ,pois no passar dos anos eu não soube ver que aos poucos eu te perdia.
Hoje amargurado eu tenho seguido o meu caminho,mas estou em uma encruzilhada sem saber para onde vou,e todos caminhos que tento seguir todos me levam a você,sim você que um dia foi a luz da minha vida,e hoje se tornou os motivos da minhas amarguras e tristezas.
Quem sabe um dia no futuro nos dois podemos nos assentar juntos e sem magoas e rancor e olhar firme nos olhos um do outro e ver que ainda nos queremos bem, e de mãos dadas sair por ai a passear sem pensar no amanhã.

Foto de Sonia Delsin

AINDA QUE O CÉU DESABASSE

AINDA QUE O CÉU DESABASSE

Ainda que o céu desabasse.
Que tudo desmoronasse
Ainda assim eu sonharia com teus beijos.
Porque não entendo a vida sem eles.
Não entendo a vida sem teus abraços.
Ainda que o céu desabasse e pedra sobre pedra não sobrasse...
Ainda assim eu ergueria um castelo de poesia.
Ainda assim eu cantaria.
Ainda assim...
Porque eu nunca vou desistir do meu sonho.
Levo ele comigo pra campa.
Levo pro além.
Sei que lá vou continuar a te chamar também.
Digo que tanto mal me fizeste e bem.
Antes de te encontrar eu vivia no vácuo.
Depois do encontro vivo num abismo.
Colossal.
Sinto no peito dor sem igual.
Mas sinto junto à dor a força do amor...
Então não desisto.
Persisto.
Por caminhos íngremes eu te busco.
Sei que para alcançar os píncaros tenho muito a caminhar.
Mas que importa isso?
Nunca fui de desanimar.
Vou continuar...

Foto de Nennika

O meu pai

O meu pai...
Rabiscando alguns versos
Lembrei que ele não iria ler
Ai questionei, existem tantos mistérios!
Num lugar especial ele deve estar.
De onde com certeza o computador não pode acessar...
Obvio...!

Sua história já foi escrita...
E quando por aqui esteve
Rascunhando para mim caminhos...
Remarcando limites a serem respeitados
Assim como escolhe o melhor para si
Não se importando com espinhos
O melhor também quis me proporcionar

Fortalecendo-me para seguir em frente
Embora soubesse que sem ele seria mais difícil...
Revoluções não são fáceis...
Nem sempre conseguimos superar...
A maioria das vezes nos vemos obrigados
Necessitados a continuar...
Doe... Doe muito a saudade...
E esse silêncio que você deixou...
Só rompido por essa vaga desconfiança
De que em algum lugar você pode me ouvir...
Pai... Eu amo você!

Foto de Sonia Delsin

“ANHABAC”

“ANHABAC”

O amor é algo assim misterioso.
Traz consigo uma magia.
Uma intensidade.
Vem perfurando tudo.
Até a eternidade.
O amor é puro mistério e encanto.
Um dia um homem viu um rosto sorridente.
Uma fotografia.
E esta fotografia o encantou.
Aquele sorriso de algo lá atrás do seu viver ele recordou.
Da juventude. De tudo que nela vivenciou.
O encontro com este sorriso ele buscou.
Mas os caminhos...
Os caminhos para se chegar a ele seriam árduos.
Era uma trilha quase impossível de caminhar.
Tudo os distanciava.
Tudo.
Mas o sorriso o chamava e ele precisava seguir em frente.
A vida tem horas que parece um conto de fada.
E os dois conseguiram se encontrar.
Não pessoalmente.
Um encontro diferente.
Encontro de energias.
Foram dias e dias e dias...
Um dia ele falou à sua amada.
Estou lhe enviando o seu nome em árabe.
É Anhabac.
Nunca que esta poetisa se esquecerá... Anhabac.

Foto de Menina do Rio

Doce delírio


Vem
Vamos fazer deste quarto o nosso ninho
Tendo a lua iluminando nossos corpos
E sobre os alvos lençóis de nossa cama
Cavalgar no compasso da paixão
Vem
Toca-me com tuas mãos sedentas
Afaga-me os cabelos em desalinho
E num longo e doce beijo
Desnuda-me corpo e alma
E me deixa nua à luz da lua
Desce tuas mãos devagarinho
Acaricia-me a pele ardente
Me afaga os seios...
Sem receios sem pudor
Devora-me a boca
Faz-me louca, insana nesta hora
Não há nada lá fora, só nós dois
E, num doce delírio faz-me tua
Pulsa em mim o teu desejo
Ardente, quente...
A tua chama
Me ama
Desliza tuas mãos em minhas curvas
Descobres caminhos
Minhas sendas, minha seiva
Desfrutas
Como se fosse um mel

Depois
Deixa-me cair exausta em nosso leito
Afagar-te a pele e, em teu peito
Adormecer ...
(menina do rio)

Foto de Cecília Santos

DIZER QUE TE AMO

DIZER QUE TE AMO
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Era quase noite, quando você foi embora.
O negrume da noite, ocultou-me o pranto.
Nessa noite, perdi a razão, perdi meu coração.
O som da noite invadiu-me a alma.
Ouvi melodia ao longe... mas era a canção do fim.
Peregrinei pelas ruas, procurando você.
Procurando respostas, querendo entender...
Me prendi na imensa muralha da dor e da angustia.
Mãos de aço, me sufocavam.
Perdi a noção do tempo, perdi meu chão, perdi você...
Caminhos das almas, que mistérios escondes,
além da sua curva?
Retire seu níveo véu, revela-te pra mim!
Mostra-me por onde, andas quem eu amo,
e que acabou de partir!
Decifra-me esse mistério, preciso entender...
Era quase manhã, quando por fim te encontrei.
Mas foi estranho...
Abracei seu corpo, estava gelado,
mas não era de frio...
Beijei seu rosto, chamei seu nome, mas você
não me ouviu...
Infelizmente não cheguei a tempo pra,
dizer que te amo...
Pois você, já havia partido...

Direitos reservados*
Cecília-SP/06/2007*

Foto de Lou Poulit

A ARTE É UM CAMINHO

A arte é um caminho. Para muitos, pode ser um caminho apenas de prazer, um entretenimento. E de fato é muito prazeiroso fazer arte, mas esse caráter estará sempre na razão direta da pretensão e do grau de envolvimento, e portanto, do caráter do artista. A partir do momento em que ele estabelecer objetivos específicos para si e para a sua arte, havendo um envolvimento consistente, tais objetivos poderão se tornar uma prioridade cada vez maior. Até mesmo chegar a um estágio no qual o prazer, associado a um resultado ainda não atingido, seja uma simples expectativa, porém capaz de esvaziar o prazer comezinho de fazer arte.

Colocada dessa forma, a idéia pode parecer antipática para muitas pessoas. Porém é necessário levar em conta um aspecto irrecusável: Na arte, como em outros campos da vida, pode ser muito importante o mérito da autoria. Ou seja, pode ser imprescindível que nos sintamos no pleno direito de considerar determinado resultado como nosso, fruto do nosso esforço e discernimento, do nosso talento pessoal, produto autêntico da nossa alma, principal referência de auto-identificação.

Outros fatores sempre concorrem para que um resultado se concretize, mas não se completariam sem as escolhas, ainda que intuitivas, feitas pelo autor no decorrer do processo. Para um autor lúcido do que faz, que se empenhe em dominar uma técnica, por que motivo estabeleceria um objetivo a ser determinado à sua revelia? Se alguém assume um objetivo para si, qualquer que seja o seu grau de envolvimento ele fará parte de um grupo majoritário de pessoas, não sofrerá sérios enfrentamentos, e não se importará muito com prazeres secundários (nem com o julgamento que façam a respeito disso). Então lhe será natural a associação da satisfação ao atingimento do seu objetivo, o esmero nos meios que utiliza e, afinal, a auto-exigência do mérito da autoria. Embora, para um autêntico artista, de corpo e alma, não seja tão simples assim.

O que um caminho tem de mais importante, seria a conquista final? Ou o somatório das muitas pequenas conquistas secundárias? A resposta mais evidente (ambas as coisas) é a mais difícil de ser realizada. Entretanto, em se tratando de arte, de certa forma é quase sempre o que acaba acontecendo. Explicando, em arte, os grandes objetivos importam em longos percursos da alma do artista, o rumo se desloca várias vezes durante o trajeto e perde-se o sentido de atingir exatamente o ponto almejado no início, já que surgem outros, alternativos e igualmente sedutores, no imenso horizonte das concepções. Quanto às conquistas secundárias, são na verdade o dia-a-dia do artista, seu verdadeiro prazer. É como disse uma vez Pablo Picasso: “O artista não pode esgotar completamente sua pintura. No dia em que isso acontecer, morrerão o artista e a sua arte”.

Vendo-se assim, o artista mais se assemelha a um livre peregrino, de túnica, sandálias, bastão e alforge, do que a um cruzado conquistador, que precisa suportar o peso enorme das suas armas, prisioneiro da própria armadura e das riquezas que seu ego exigiu para si. Enquanto o cruzado produz destruição e pilhagem pelo caminho, o artista cria, recria e se doa. E isso ocorre pela sedução do espírito da arte, que languidamente se oferece como miragem de rumos novos, para que possa exercer seu papel no mundo. A arte é um caminho diferente de outros tantos caminhos. Porque não existe um lugar em que deva chegar, a não ser o indevassável âmago dos seus admiradores. E ainda que aí venha a chegar, decerto não se conformará em ser essência, concentrada e contida, em um diminuto vidrinho arrolhado.

Sou apenas um obscuro ser vivente, condicionado às vicissitudes e limitações humanas, mas tenho uma suspeita quase palpável: minha alma de artista assegura, com um sorriso seguro e atemporal, mais que angélico e menos que demoníaco, que a arte nunca se conformou em ser expressa e arrolhada em uma medida de capital.

Foto de Carmen Lúcia

Caminhos da Vida

Percorri caminhos sem fim,
Arranquei espinhos de mim,
Chutei pedras de ruas esburacadas,
Encostei portas escancaradas,
Emergi de areias movediças,
Segui o destino selado, submissa,
Fiz da dor,escudo salvador,
Sufoquei mágoas...doídas, salgadas,
Estanquei o sangue vertido em lágrimas...
Amei,me entreguei de qualquer jeito
E colhi canteiros de amores imperfeitos...
Busquei nua o poema, no fim da rua...
Sofri, cresci,aprendi,não desisti...
A vida é luta renhida...
E me pergunto, enfim...
O que mais ela quer de mim?

Foto de Adriano Saraiva

VICIADO EM VOCÊ, dueto com Veridiana

VICIADO EM VOCÊ

Pela clarabóia de vidro,
Vejo o céu em chamas.
Horas mofadas se arrastam,
Na espera para te encontrar,
Cintilante sorriso de menina,
Primorosa voz de mulher,
Você é meu vício contumaz.

Não se aprece, poeta...
Tudo vem com o tempo:
As horas que parecem pedras,
O céu que estava em chamas
Não passam de pesadelos
Dos oníricos alucinantes.
- Aqui estou, meu querido.

Finalmente eu e você:
Percorrerei teus segredos,
Seguirei teus caminhos,
Te amarei como nunca ninguém te amou.
Em sentimentos arrebatadores,
Faremos da sinfonia do amor
A trilha sonora do universo.

Em um misto de ritmo e som,
Eu e você nos embriagamos,
Na busca da consonância do amor.
Amada, me sinto a cada segundo,
Em seus braços, você é meu porto,
Minha segurança, meu amor.
Ao seu lado, você é minha imagem.

Um reflexo mágico,
Tormenta de emoções,
Não existem mais o eu e o você,
A individualidade desmorona
E cede lugar ao nós,
Duas almas que se fundem,
Na concretização da mais avassaladora paixão.

E digo mais, muito mais, do amor também.
A paixão, apenas, é o Eros que é efêmero.
Somos dois em um, em qualquer contexto,
Então, posso finalizar esse texto,
Contando um segredo aos quatro cantos:
- Esse amor, que em nós habita,
Faz, do seu coração, a minha moradia.

Veridiana Rocha e Adriano Saraiva

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