Caminhos

Foto de Raiblue

Um bonde chamado desejo...

Na trilha do tempo
Caminho por atalhos que invento
Não entendo a lógica cartesiana
Prefiro aproveitar o momento

Sou multidão e solidão
Meu deserto é cheio de mistério
Império dos sentidos , desejo latente
Que me cega e me prende...

Não há nada além da vontade
Que molha, queima e arde...
Madrugadas cheias de intenções
Luas enchendo as marés da carne...

Sempre viajo nesse bonde
Onde o desejo me consome
Cenário de caminhos perfeitos
O precipício e o pulo
Meu leito...

Em seus vagões me deleito
Sem pressa de chegar
Não há margens
Não há muros
Apenas sussurros
E o cheiro de amor no ar...

Sem destino, sigo
Desvendando os segredos
Do viajar...

(Raiblue)

Foto de Carmen Lúcia

"Flamboyant"

Simplesmente ele veio,
Instalou-se em meu ser,
invadiu, tomou posse,
se tornou hospedeiro,
de meu corpo inteiro...

O horizonte se abriu,
libertando as cores,
explodindo os temores,
eclodindo os ardores,
implodindo os valores.

Nem dei conta do tempo,
fui deixando passar,
Qual seria a estação?
Me perdi nos caminhos,
Me encontrei na paixão!

Num cenário irreal,
O mesmo Flamboyant,
Mudou várias roupagens...
Se floriu sorrateiro,
Se tingiu de vermelho,
De laranja altaneiro,
Parecia sorrir....

Escancarei a vida,
Abri todas janelas,
Soprei minhas feridas,
Me despi dos pudores,
Quis viver...Fui feliz!!!

De repente...Que frio!
Sensação de vazio...
Percebi que era inverno...
Em qual parte do mundo?
Talvez dentro de mim...

Vi a porta entreaberta,
as pegadas de alerta,
e lá fora, caídas,
desabadas, sem vida,
as folhas do Flamboyant...
Que sombrio, vergado,
Solitário, solidário,
Lamentava a partida,
o prenúncio do fim...

Foto de Barzissima

Historia de Amor e Saudades - 5

Oi. Você deve estar estranhando, porque hoje não é seu aniversário, eu sei disso, o seu aniversário foi em junho, eu sempre lembro... Hoje é o MEU aniversário, de 25 anos, e eu resolvi me dar de presente esta oportunidade, de falar algumas coisas pra você.
Quero confirmar aquilo que talvez você já saiba, mas que agora vai ter certeza. Pra dizer isso, vou usar a música do César Menoti e Fabiano...que pode dizer tudo o que quero que você saiba...

“ Ah como quero te encontrar novamente,
Estou sozinho procurando você...
Ah como quero te abraçar loucamente
Olhar dentro dos teus olhos e dizer...
Não vivo sem você!”

“ O tempo passa, cai a noite, o dia vem,
Tento fingir mas não dá pra esconder
Ah eu sonhei nas noites vagas com teu amor
Provei seu beijo, magoei minha dor...”

“Tentei te esquecer, não deu
pensei que fosse mais forte que esse amor
Oh minha paixão, sou teu!
Por mais que eu queira disfarçar como estou
O meu coração se nega a aceitar
Passa o tempo e não te esqueço de te amar!!!”

A vida nos colocou em caminhos separados, mas quero que saiba que não deixei nunca de pensar em você, e que você estará para sempre comigo, no meu jardim secreto... como meu único e verdadeiro amor!!!!

Um beijo querido

Com amor...

Foto de Paulo Gondim

A figura - (Cordel)

A FIGURA - Cordel
Paulo Gondim
02/04/2007

Tomei um sopapo no meio do peito
Senti o efeito daquela pancada
Caí meio tonto, naquela calçada
Que fica na rua, do lado direito
Tentei levantar, mas não teve jeito
O mundo rodou e fiquei mesmo lá
A dor que senti nem dar pra contar
Deitado fiquei à beira da praça
O povo da rua achava era graça
Da pobre figura que fui me tornar

Um "filho de Deus" esboçou piedade
Me deu um remédio, pra dor na cachola
Passou um sujeito e me deu uma esmola
Pensando que ia fazer caridade
Porém sem saber qual era a verdade
Mas logo saiu e eu fiquei lá
Perdido, esquecido, naquele lugar
Um outro passou e de mim fez piada
Os outros, ali, só deram risada
Da pobre figura que fui me tornar

O tempo correu, a tarde chegou
E quase ninguém olhava pra mim
Ninguém perguntava de onde é que vim
E pouco importava pra onde é que eu vou
O que ocorrera e como é que estou
Então acordei e me pus a pensar
Como foi que cheguei naquele lugar
Se nem eu sabia o que me ocorreu
Se nem o sopapo eu sei quem me deu
Só sei da figura que fui me tornar

Mas essa figura tão rude e tão feia
Ergueu a cabeça, se pôs a olhar
O povo passando pra lá e pra cá
Calado, sisudo, com cara de "meia"
Se ali tinha vida ou se a vida era alheia
Pensei cá comigo: vou me levantar
Vai ser “uma briga”, mas eu vou tentar
Um pé para frente, um outro pra cima
Bati na parede e no poste da esquina
Mas essa figura de pé vai ficar

A tarde findou e a noite se fez
E eu já de pé, para rua andei
No meio da praça, num banco sentei
Mais uma esmola me deram outra vez
Eu não entendi, porém fui cortês
E o povo passava pra lá e pra cá
Algumas pessoas ficavam a me olhar
Eu desconfiado, sem saber por que
Ai percebi e fui também ver
A pobre figura que fui me tornar

Da praça, eu sai com a minha tristeza
Andei pelas ruas, no meu desalinho
Vereda ou picada pra mim foi caminho
Na minha viagem de pura incerteza
A noite avançada me trouxe fraqueza
Porém, mesmo assim, não parei de andar
Sem destino certo e aonde chegar
Levando comigo as dores do mundo
Tão fraco, tão feio, igual moribundo
Essa pobre figura que fui me tornar

Eu dormi um sono, num canto qualquer
E só acordei com o clarão do dia
Rezei um “Pai nosso”, uma “Ave Maria”
Acendi logo um fogo e fiz um café
O sol clareou e eu já de pé
Saí apressado, me pus a andar
Com a leve certeza de que vou chegar
Num porto seguro, tão certo pra mim
Que me dê guarida e que possa enfim
Sair da figura que fui me tornar

E por todos caminhos, por onde passei
Tristezas vivi, não vi alegria
Vi pouca coragem, mas vi covardia
Amor, compaixão eu não encontrei
Porém, mesmo assim, aqui eu cheguei
De volta pra terra, que é meu lugar
Daqui eu não saio, aqui vou ficar
Mostrar para o mundo o fim da amargura
O renascimento dessa criatura
E a NOVA FIGURA que vai se tornar!

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Publicado no Recanto das Letras em 05/04/2007
Código do texto: T438374

Foto de Sonia Delsin

MINHA PELE DE SEDA

MINHA PELE DE SEDA

Ela o enfeitiçava.
Você dizia...
que sem ela
morria.
Minha pele de seda
nas madrugadas
era toda sua alegria.
Sua mão
corria.
Que viveríamos eternamente juntos
parecia.
Mas quem diria que um dia tudo
morreria?
Tantas vezes minhas mãos percorrem os caminhos
da saudade.
Minha pele de seda está ainda mais
sedosa...
Mais gostosa.
E suas mãos tão distantes...
Tão distante o nosso tempo.
E minha pele vive a me contar
que outro alguém vai chegar e vai me amar.
Porque esta pele gosta que alguém a possa acariciar...

Foto de Carmen Lúcia

Visconde de Mauá

Um recanto de encantos,
De magia, misticismo,
Desenhado nas entranhas
Da Serra da Mantiqueira,
Pelo Artesão da Vida;
Eis, Visconde de Mauá...
Quem não crer, vá até lá!

Cachoeira Véu da Noiva,
Festival dos festivais!
A grinalda pura e branca
Se desliza pela serra,
Espumando sobre a terra
De Visconde de Mauá...
Quem não viu, vá até lá!

No morro Pedra Selada,
Lugar de mata fechada,
Onde as trilhas são mistérios,
Os caminhos têm fascínios,
De duendes e regatos,
De cipós, jacus, macacos.

Rio Preto corre manso,
Contribui com o descanso,
Mas, se cheio, as corredeiras
Dão vazão para a coragem,
Estimulam à canoagem.

Um rincão onde o poeta
Busca sua inspiração...
E foi lá, se não me engano,
Com lirismo e eficácia,
Que da alma de Caetano
Nasceu "...Choque entre o azul
e o cacho de acácias..."

Nas flores, em exuberância,
Há um toque de arrogância,
Exalando pelos ares
Suas essências e fragrâncias...
Como ornatos, pelos matos,
Brincam as cores das begônias,
Revelando esconderijos,
As marias-sem- vergonha.

Quando o sol pinta cedinho,
Degelando a geada,
Passarada deixa o ninho,
Principia um escarcéu...
Maritaca, gralha-azul,
Fazem baile lá no céu.

Chega a noite, branca e nua
Vem a lua se mostrando
E na fusão dos pisca-piscas
De estrelas e pirilampos,
Só se vê pra todo canto
Mil pontinhos cintilando.

Num lugar onde a beleza
Vai de encontro à natureza,
Tecnologia se esconde,
O progresso...nem de longe!
Só ar puro em demasia,
Tanta diversidade em harmonia
Onde mora a poesia,
Eis, Visconde de Mauá,
Quem não foi...vá até lá!

Foto de Sentimento sublime

Amantes Eternos.....Osvania Souza

Amantes Eternos!

Você sabe que é para você.
O que eu aqui irei declarar.
Que nossas almas vieram unidas.
Para neste planeta habitar.
Nasceríamos um para o outro.
Mas apressada eu teria que ser.
Colocando nosso amor a perder.
Distanciando-me de você.
Nós seríamos tão felizes.
Mas esse amor não poderia.
Aqui na terra acontecer.
De tão puro, suave e sublime.
Que somente no infinito.
Um do outro poderemos ser.
Seguimos outros caminhos.
Bem longe do que deveria ser.
Construiu você tua vida.
Minha vida eu tive que fazer.
Separados um do outro.
Nós tivemos que seguir.
Poderíamos ter sido felizes.
Esse amor criaria raízes.
Sem deixar sequer cicatriz.
Porém meu amor!
Para minha alegria maior.
È saber que o infinito existe.
Nosso amor ainda assim insiste.
Na eternidade sobreviver
E como anjos no céu,
E na mais pura magia.
Amantes eternos sermos.
Não choremos meu amor.
Porque será no infinito
O nosso eterno ninho de amor.

Osvania

Foto de Raiblue

Doce delito...

Sua boca me atrai
Contrai todos os meus músculos
Me distrai entre jogos e sussurros
Sua língua me excita
Incita meu corpo, me lubrifica

Dona do meu prazer
Dita as regras
Dilata os caminhos
Delata meu cio
Na pupila dilatada
Perigosa estrada

Basta um verso
E eu me arremesso
No meio do seu delírio
Meu gozo e meu martírio

Tento escapar da ilusão criada
Fugir dessa estrada movediça
Mas sua língua me enfeitiça
Lambe e dissolve os medos
Me faz cúmplice dos seus segredos
Veneno delicioso, fatal
Não há antídoto
Que me salve desse vício

Jogos proibidos
Viciados no amor
Mais pervertido
Tudo é instinto...libido...
Doce delito....

(Raiblue)

Foto de Paulo Gondim

Caiu a máscara

CAIU A MÁSCARA
Paulo Gondim
16/02/2007

Caiu a máscara
O sol se abriu
A note se foi
O dia surgiu
E tudo voltou
A vida seguiu
O tempo cobrou
Tudo que não fiz
Tudo que passou
Quebrou-se o encanto
No meu desencanto
Nada mais sobrou

E aí, acordei
De meu sono leve
De meu descansar
De todos conflitos
De gritos aflitos
Que pude escutar
Na minha rotina
No meu caminhar
Se foi a esperança
Por mera vingança
Fiquei a vagar
Por mundos estranhos
Caminhos confusos
Por simples impulsos
Vou eu a andar

E me vem a certeza
Que não vou chegar
Me falta clareza
No meu caminhar
Mesmo assim eu vou
Pra qualquer lugar
Um passo para frente
Uns três pra voltar
Andando dou voltas
Até me cansar
Perdi minhas forças
Me volto tristonho
Ao mesmo lugar

Foto de Carmen Vervloet

AMOR ANDARILHO

Amor Andarilho

Sou perfume... Sou flor...
Sou poesia... Sou cor...
Poetizo... Dou alento...
Valorizo o riso...
Eternizo sentimentos...
A alegria, concretizo...
Nos descaminhos da vida
Transformo em sorriso a dor...

Sou o desabrochar delicado
De rosa branca... Anacarado...
Sou a paz que alivia...
Sou luz e sou magia...
Sou gerador de emoção...
Na nascente do coração...
E me esparramo pela terra...
Subo ladeiras e serras...
E entre sulcos escorro...
Deixando a minha trilha...
Que como o sol... Brilha...
E ilumina outros caminhos...
Entre afagos e carinhos...

Mas sou o rochedo...
Sólido... Resistente...
Não tremo por medo...
E me faço presente...
E recebo o vendaval... Paciente...
E do alto do meu cume...
Junto ao meu perfume...
Lanço um olhar...
Que segura o que vai desabar...
E lanço no mar
A minha jangada
E vou machucando
O silêncio da madrugada
Conjugando bem alto
O verbo amar...
Contra as ondas a remar...

E assim vou vagueando
Pelas curvas do tempo
Deixando meu sentimento
Nas ruas... Nas esquinas...
Longe e perto...
Em terra fértil... No deserto...
Sou o amor andarilho
E com meu brilho
Teço pétalas de felicidade...
Vislumbres da eternidade!...

Carmen Vervloet

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