Cachos

Foto de Sonia Delsin

TRÊS COQUEIROS

TRÊS COQUEIROS

Tão enfileirados.
Na saudade uns olhos guardados.
Meu olhar nos coqueiros.
O vento nas folhas.
Os cachos dependurados.
Tantos sonhos sonhados.
Tantos sonhos não realizados.
Tantos choros derrubados.
Coqueiros...
A história é longa.
E a vida é tão breve.
Passa tão de leve...
Pai, saudade.
Do teu colo uma enorme vontade.

Foto de Maiakovsky

Corpo de Nuvens

Em meu leito minha querida:
teu corpo de nuvens,
tua inavasão torrencial.
Em monumentos de luz:
teu cobertor de verão,
teus céus de primavera,
as aves de tua pele.

Vez por outra, me deparo,
visto-me de teu beijo,
tua chuva, teu canto de silêncio.
Em minha pátria minha querida:
calotas onde moram vértices,
rosa-dos-ventos de teu corpo.

Minhas pernas em tuas pernas:
confusão das línguas de Babel,
ruidosas flautas, colunas romanas.
Cachos áureos de teu rosto,
toda perspectiva incontrolável,
toda folia de teus abraços.

Em minha noite querida minha:
tua aurora possante,
teus polos, teus magnetos,
o chão estrelado de teu colo.

Foto de Maiakovsky

Corpo de nuvens

Em meu leito minha querida:
teu corpo de nuvens,
tua inavasão torrencial.
Em monumentos de luz:
teu cobertor de verão,
teus céus de primavera,
as aves de tua pele.

Vez por outra, me deparo,
visto-me de teu beijo,
tua chuva, teu canto de silêncio.
Em minha pátria minha querida:
calotas onde moram vértices,
rosa-dos-ventos de teu corpo.

Minhas pernas em tuas pernas:
confusão das línguas de Babel,
ruidosas flautas, colunas romanas.
Cachos áureos de teu rosto,
toda perspectiva incontrolável,
toda folia de teus abraços.

Em minha noite querida minha:
tua aurora possante,
teus polos, teus magnetos,
o chão estrelado de teu colo.

Foto de paulobocaslobito

O teu amor sempre presente...

A vida é de si tão própria
E tão oca
Tão nua
Despida
E fria
Tão sem ramos
Sem rotas
Sem rumos
A vida é desconfiada
Uma calema
Vendaval de calma e guerra
A imensidão
Nesse momento vasto
Sem perigos
Perigosamente isolada
Perigosamente só
A vida é o sentido
Dos sentidos
Tão a vida
Tão vasta
A vida é tão irreal.

A vida é a nudez
Desfolhada
Desplumada
A roupa alinhada no cesto
O corpo nu
Da alma descoberta
Onde os teus olhos me tocam frios
E as minha lagrimas soltam-se num precepicio
Sou tremulo do momento
Que a vergonha se me deixa aos trambolhões
Penso matar-me só de me assim veres
Que na realidade sou Uma alma penada
Na amargura tão má
Da alma presa e amrgurada
Cachos de parras sobre as minhas faldas
Para me cobrir na verguensa
Que de tanto te amar me sinto perdido
Ao abandono e desesperado.

Inalo os pulmões o ar fresco
Da manhã quente
Alagando o corpo com sangue novo
Capto todo o Oxigénio que me proponho
E quero rebentar de tanto prazer!

Os sentimentos são escassos
Quiçá esparssos e vadios
Pois falta-me o ar no amor
E se falta ar no amor
A gente morre
E se morre
A vida é isso...
Respirar para amar...

A vida é o que sinto
Onde no nada sou mais feliz
Ter-te ou não
Basta que te sinta
Basta que no flash da mente
Me deixes ver o teu sorriso
Mesmo que seja uma coisa do passado
É bom lembrar velhos amores
É bom lembrar o amor
...Viver é amar...
Quem ama vive
Quem vive respira...
A vida é tão só
Mais um pouco de amor
Outro pouco de amor...
Sempre presente o teu amor...

Paulo Martins

Foto de Fernando Poeta

Sereia

O navio naufragou,
Fui lançado na imensidão azul do mar.
Não havia salvação, percebi o inexorabilidade da morte,
Nos poucos segundos que achava que ainda restavam.

Poupei meu fôlego,
Para conseguir, ante o fim iminente,
Guardar em minha mente,
A última impressão deste mundo.

A beleza descortinava-se à minha frente,
Com muita clareza conseguia ver,
O fim chegando,
Adornado pela beleza do oceano...

Não havia mais o medo,
Nem o desespero,
Apenas o extasiante estupor,
Ante o que contemplava.

Com o corpo dormente, a alma liberta,
A vegetação marinha a minha volta,
Cardumes coloridos de peixes, passando ao largo,
Observavam minha queda.

Ao fundo cheguei,
E aguardei o fim,
Então tão próximo dele,
Achei estar em um sonho, e percebi que delirava...

A minha frente rapidamente,
Algo se aproximava,
Com movimentos ondulantes e rápidos,
Conseguia perceber apenas a forma, e então meus sentidos foram embora...

O tempo, não sei dizer,
Vivo! Eu estava vivo,
Como isso aconteceu?
Qual a explicação para minha salvação?

Em meio a meus devaneios,
Ouvi um canto, belo, suave e atraente,
Atraiu meu olhar,
Para arrecifes formados ao longo da praia.

Avistei então uma lenda,
Avistei o que só poderia ser,
O que os antigos denominavam,
Sereia...

Cachos de cabelo negros como ébano,
Corpo sinuoso até o quadril,
E longa cauda escamada, verde como as águas claras,
Terminando em enorme nadadeira...

Olhava em minha direção,
Continuando seu canto,
Acariciando seus cabelos,
Mantendo nos lábios um sorriso cintilante...

Cantava minha salvação...

Encontra-me no seio de sua morada,
Chegou a mim,
Percebeu que morria,
Colou seus lábios as meus.

Arrastou-me assim,
através das águas frias,
Até deixar-me na praia,
Até deixar-me salvo.

Aguardara-me ver acordar,
Para dar-me adeus,
E então ao seu lar,
Poder retornar...

Lançou-se às águas,
Levando consigo,
O que então deixara,
Meu coração partido...

Foto de Emerson Mattos

Aquela Janela

Autor: Emerson
Data: 05/04/06

Estou na calçada, parado
Olhando aquela janela
Aquela aquarela
Parece uma tela
Uma arte bela

Aquela morena
Com olhos castanhos
E cabelos negros
Mexendo nos cachos
Reforçando os laços

Penteia os cabelos
Olhando distante
Não vê um instante
O apaixonado
Que está logo em baixo
Olhando pra ela

Passo todo dia
E olho a janela
Espero a alegria
Da atenção dela

Eu durmo acordado
Sonhando com ela
Eu quero a bela
Daquela janela

Não sou um fantasma
Não sou invisível
Sou um apaixonado
Presente na dela

Um olhar dela
Mesmo de relance
É o que espera
Esse tolo amante

Foto de Mitchell Pinheiro

Um cara comum

Sempre sorridente e brincalhão
Sempre sincero e precatado
Um cara comum
Que gosta de atenção
Que é meio prostrado
Que adora futebol
E conversar sobre meninas
Um cara comum
Que em um dia de sol
Aumentara sua adrenalina
O surtir de uma imagem apetecível
Que lhe furtara o olhar
Um sentimento indizível
A se perpetuar
Uma carnalidade voluptuosa
Com cachos que desfilavam em seu rosto
De pele macia e vistosa
Que entortava o pescoço
De um cara comum
Que com um motivo comum
Uniu dois seres comuns
E tiveram uma felicidade incomum.

Foto de Fatima Cristina

So Deus sabe se Voltaras! ( estou de volta ) Conto Real

Olho seu rosto, belo, perfeito, a sua inocencia, seu riso ate quando eu choro, esta presente, seu abraco, sua forca e coragem que se torna minha... Um anjo de tres ano e meio, que `e a minha razao de viver, meu dia, e meu sol...Fruto da ilusao de um amor que a gerou, nasceu e cresce hoje como uma flor sem ser regada, vivendo apenas de esperanca...Seu nome, Akissana! Meu nome, pra aqueles que nao sabem ainda a minha historia, Cristina.

-Mamae, aonde esta meu papai? ( Akissana )
Me ajoelho a sua altura, penteio seus cabelos pretos como cachos de uva, seus olhos castanhos cor de mel, sua pele morena...
-Filha, mamae nao sabe onde esta seu papai.Vamo indo, temo que ir no mercado, e depois vamos visitar seus tios.
Saimos a rua, o calor quase que sufoca, seu vestidinho rosa leve, seu cabelo espera voar com a brisa, sua sandalia branca, protejendo seu pe tao pequeno.
Agora no mercado Akissana olha bem atenta pra todo o lado, esperta e rindo pra todo o mundo, as pessoas param, olham e falam "que menina linda", Akissana responde: "Obrigado senhora".

- Mamae aquele senhor ali nao `e meu papai???
Eu olho, meu coracao desespera, vejo Danilo com sua outra filha de mao dada e sua mulher do outro lado, em frente ao banco dos docinhos.
Olho Akissana, e digo " Filha temos que ir embora, seus tios tao esperando por nos pra almocar"
- Mamae por favor, deixa eu falar com meu papai so cinco minutinho?!
- Akissana agora nao da filha, mais tarde.

Alguem grita meu nome, do outro lado da estrada. Maria (mulher de Danilo) chama por mim " Vem aqui Cris!"
Akissana me pucha " Vamo la Mamae"

- Oi cris, como vc ta ? opa sua menina ta tao grande e linda. Oi minha querida Akissana como vc ta indo ?
- Tou indo muito bem Maria, obrigado.
- Eu tou bem senhora. (Akissana)
Ana Paula ( filha de Danilo e Maria ) se joga em meus bracos, me da um beijo e diz "Cris voce ta linda!"
- Quer um doce Akissana? (Maria )
- Obrigado senhora mas mamae ja comeu um comigo, muito doce faz mal pro meu dente!
Danilo olha atento, meu coracao quer sair do meu peito...
- Ai vc tem visto o pai da menina? (Maria)
- Nao Maria, nao tenho visto nao!
- Akissana vc gostaria de conhecer seu papai? (Maria)
- Eu sei quem `e meu papai, ele pode nao gostar de mim, nem da mamae mas eu nao importo porque agente gosta muito dele.( Akissana)
- Que menina inteligente! (Maria)

Akissana se afasta um pouco com Ana Paula e vao brincar juntas, Danilo olha a feira e as mulheres que vao passando!

- Cris como pode esse homem, nao querer saber de vc e nem de sua filha??!!
Vc tem que fazer ele pagar a pensao alimenticia, pelo menos.Que cafagesti, vc nao tem ligado nem pra ele? Quer dizer que quando ele soube que vc tava gravida, pediu pra vc fazer aborto e acabou te deixando sozinha com uma filha pra criar?!! Como vc ta aguentando? (Maria)
- Eu tenho meu negocio, minha banca e minha loja, eu tou bem, serio.
- Aparece la em casa pra almocar um dia destes, com Akissana, ai as meninas podem brincar.Eu fiz um chinelo lindo pra Akissana. Danilo aponta ai no celular o nr da Cris.Aponta o nosso tambem. Vc mudou de casa ne ? Mas ainda mora aqui em goiania ?( Maria)
- Sim Maria ainda moro aqui, e eu passo la um dia sim, so nao sei quando, porque tenho muito que faca, mas obrigado.
Akissana chaga rindo e brincando, me despeco de Maria.
Danilo pega em Akissana e da um abraco...
Akissana fala no ouvido dele em tom baixinho " Eu sei que voce `e meu papai, eu nao importo se vc n gosta de mim, nem da mamae, porque agente te ama muito, nao esquece de nos papai"
Danilo me da um beijo na face, por pouco meu desejo foi que aquele momento nao passasse e o tempo parasse ali.
Olho Maria e sinto pena, por ela nunca ter percebido o que o Danilo fez com ela, da minha boca ela nunca sabera de nada, jamais seria capaz de terminar com o casamento deles, doi saber que foi o Danilo que pediu pra eu o deixar, ainda choro, ainda doi muito, demais.E eu sou tao mulher dele como Maria! E minha filha `e tambem sua filha!
- Fique com Deus Akissana ( Maria )
- Minha mamae `e meu Deus senhora. Obrigado.
Akissana me da a mao e diz " mamae ta na hora da agente ir embora"
Seguindo as duas, eu olho pra tras, vejo Danilo sorrindo e brincando com Ana Paula, beijando a mulher, ele me olha e baixa o olhar.
As lagrimas me caem pela face...
- Mamae nao chore nao, papai um dia vai voltar pra nos e ai vamo ser todos felizes.
Akissana me limpa as lagrimas com suas maos pequenas, me abraca forte, me beija e diz " mamae eu te amo muito".
Eu sou forte porque minha filha me ensina como lutar, todo o dia `e um melhor dia quando ela ri, quando ela me abraca, diz que me ama...`E pra ela que eu dou todo o amor que eu tenho pelo papai dela, e ela me da o amor mais puro e lindo que pode existir, que `e o amor de uma crianca, e minha filha estara sempre comigo, do meu lado, e eu estarei tambem sempre com ela, todos os dias de nossa vida, com ou sem o Danilo.
E so Deus sabera se o papai de Akissana voltara ou nao!Ninguem mais!
A nossa porta estara aberta, mas o meu coracao pra ele ja se fechou, so quero que Danilo ofereca o mesmo amor que ele oferece pra Ana Paula pra Akissana tambem, porque ela merece, e minha filha nao tem culpa da besteira que eu fiz na vida por amor!

Obrigado!
Espero que gostem.

Cristina e Akissana Costa

Fiquem com Deus!

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