Bruxas

Foto de Diario de uma bruxa

Sonho

Sonhei que podia voar... Voava sobre as árvores, sobre os campos, sobre o mar. Sentia-me como um pássaro sem compromisso pra voltar.
Seguia um rumo incerto, seguindo apenas o instinto do ar. Voei pra muito longe, em lugares que nem se pode imaginar. Estava tão feliz, mas infelizmente tive que acordar. POEMA AS BRUXAS

Foto de Diario de uma bruxa

Perdida

Já vi muitos passar
Já senti a dor da paixão
Já pude ser dona de mim
Hoje sou apenas solidão

Sou mais que uma passarela
Onde todos passam e pisam em mim
Sou apenas um barco a vela
Remando na contra mão

Sou a dor mais intrigante
A roupa suja de um viajante
Que anda sem direção

Na rua sempre sozinha
Caída na solidão
Hoje sou uma alma sofrida
Perdida sem uma paixão

Poema as Bruxas

Foto de Diario de uma bruxa

Pessoa certa...

Eu podia ser um rio
Desaguando em seu coração
Transbordando de paixão

Podia até ser um pássaro
Para voar a sua volta
Cantarolando canções de amor

Se o rio pudesse falar
Se o pássaro soubesse amar
Eu seria o amor
Eu seria a paixão

Seria a pessoa certa
Para seu coração

Poema as Bruxas

Foto de Lou Poulit

O CRONÔMETRO

Há alguns anos, acordei na cama de não sei quem. Eu não sabia o que estava fazendo ali, mas não tinha a menor dúvida sobre o que estava fazendo até adormecer, ou talvez devesse dizer desmaiar. A verdade pode ser muito crua para pessoas que nos amem, e tenham construído uma imagem nossa bem "cozidinha".

Eu não estava seguramente na minha casa, e não havia mais ninguém naquele apartamento. Tomei um banho morno para ganhar algum tempo e por as idéias em ordem, vesti-me, e como ainda não havia chegado ninguém que eu pudesse ver, além das estatuetas de ciganos, bruxas, gnomos e mais uma multidão de sapinhos espalhados (e todos pareciam olhar pra mim!) que acabara de descobrir ali, resolvi ir-me embora. Estranho isso. Ir embora de um apartamento desconhecido, sem despedir-me de alguém, ao menos dizer obrigado...

Na saída, uma espécie diferente de saci (de uma perna e meia, e com dois gorros vermelhos) próximo à porta me estendia a mão. Mais desconfiado do que generoso, eu arrisquei deitar cinquentinha. Mas caí na asneira de olhar mais uma vez para o seu semblante. E acabei deitando cem paus. Antes de bater a porta por fora, olhei pela fresta e, tal como se o moleque fosse eu, vinguei-me: Explorador!... No elevador desconfiei, pelo perfume fortíssimo que dois travecos deixaram ao sair, mas chegando à calçada acabaram-se as dúvidas. Eu estava na avenida Princesa Isabel, a larga entrada de Copacabana (coincidência?), para meu fugaz alívio fora do túnel dito do Pasmado! "Oh, my God! Oh my God... I more don’t want to be fucked"…

À certa distância, na confluência da avenida com o calçadão da praia, uma pequena multidão olhava para um out-door que não estava ali até a última vez. Aproximando-me vi que era um cronômetro eletrônico retroativo, comemorativo dos 500 anos da descoberta do Brasil. Fora inaugurado muito recentemente, deduzi. E eu repeti para dentro, balbuciando: Oh, my God... Em poucos minutos a multidão já não era pequena, e depois de mais algum tempo já me parecia assustadora. Mas não propriamente a multidão. Aquela gente toda, incluindo-se muitos turistas (estes por motivos bem mais óbvios) masturbava-se promiscuamente, para comemorar meio milênio de exploração.

Vagamente eu me lembrava de que alguém se dispusera a fazer algo assim comigo. E o fizera com requintes. Porém a bruma etílica não me permitia lembrar desta mulher mais do que uma meia dúzia de nomes. Afinal, que diferença faria o nome? O fato a moer-me a lucidez que restara, era saber que eu explorara e fora explorado. E ali estava eu cercado de pessoas tão festivas e presumivelmente tão pouco lúcidas, tendo por referência a lucidez que me restara.

Por um quase desespero, vire-me e fui me reencontrar no balcão de um bar. Pedi um café bem preto, alienado, como se estivesse num café expresso. Antes de servirem o café, porém, surgiu, não sei de onde, um negrinho cheio de dentes, com duas pernas normais, e com um pequeno caixote sob o braço, que apontando para os meus chinelos de dedo me pediu para engraxá-los. Lógico, escusei-me polidamente. Então ele fez gestos para que eu lhe pagasse um salgado (com suco). À minha recusa ele aceitaria só o salgado. A seguir disse que aceitaria um trocado mesmo... E para o meu desespero definitivo, a uma nova recusa ele pôs a mão na cintura acintosamente, olhou dentro do bolso da minha camisa, e me pediu um cigarro...

Eu deixei o bar para trás, retomei o caminho da minha casa com quatro certezas: primeira, de que para o negrinho não importava o que me tirasse, desde que tirasse alguma coisa; segunda, de que ele achava que eu era um turista e que tinha medo dele; terceira (oh my God!), aquele cidadão brasileiro aprendera, em no máximo 10 anos, a explorar o medo de um suspeito explorador comemorando os seus 500 anos; e quarta, que me esqueci de tomar o café. Afinal, eu achei que somos poucos, porque nossa população se reproduz a esmo, mas em vez de dias a contagem regressiva devia, ao menos estimadamente, contar as pessoas que se recusam a se abster de votar. Qualquer que seja o voto em algum nome, o sistema se reproduz! Se apossará dos votos branquinhos e dirá que os negrinhos é que se reproduzem como ratos.

(Lou Poulit, 2010)

Foto de Diario de uma bruxa

ESPERANDO POR MIM

Pérolas no jardim
Sonhos de aprendiz
Rios transparentes
Conduz-me alegremente

Caminhos cheios de subidas
Com grandes descidas
Levam-me até ti

Desesperada, carente
Vagando atentamente
Pra chegar até ai

Sonhos traduzidos
Em pequenas paginas de livros
Que falam somente de ti

Finalmente cheguei
Você esta ai
Do lado do rio
Sentado sozinho
Esperando por mim.

POEMA AS BRUXAS

Foto de Diario de uma bruxa

SONHEI com um sorriso

Sonhei com o paraíso, ondas gigantes e um sorriso, sorriso carente, simples e triste.
Sonhei com flores de todos os tipos, campos repletos de cores e um sorriso, sorriso distante, sofrido e aflito.
Sonhei com a chuva densa e constante, ventos fortes e um sorriso, sorriso forçado mostrando-se forte e seguro.
Sonhei com o sol, ardente e um lindo sorriso...Sorriso choroso de um corpo vazio, cansado de estar sozinho.

POEMA AS BRUXAS

Foto de Diario de uma bruxa

DESPARTAR DA BRUXA

Desperte bruxa
Desperte de seu sono
Venha à natureza
As arvores te chamam
Elas precisam de sua força
Do seu feitiço

Desperte bruxa
Acorde e conforte
A aurora do amanhecer
Das flores com suas cores
No jardim de mais
Um novo dia

Desperte bruxa
E louve a Deusa
Que hoje sua mão
Estendi pra ti
Abençoando-lhe
Pela sua devoção

Desperte bruxa
Caminhe pelos campos
Observe a nobreza do sol
Que ilumina e aquece
Cada canto desse paraíso

Desperte bruxa
E venha a mim
Espero-te há muito tempo
E hoje estou aqui
Caminhando pelos campos
Conversando com as arvores
Que me fazem companhia
Até você chegar aqui.

Desperte bruxa
E siga a minha voz
Verás que é perfeito
O amor sincero
Que tenho por ti.

POEMA AS BRUXAS

Foto de Diario de uma bruxa

O vento

Como pode o vento
Ser tão envolvente
Nos toca como brisa
Mas também se pode
Nos tocar violento

Como pode a brisa serena
Fazer-nos tão contente
Num simples toque carente
De um puro sentimento
De dentro da gente

Como pode o furacão
Destruir tudo a sua frente
Nos deixa sem chão
Levando tudo que temos
Até mesmo uma grande paixão

POEMA AS BRUXAS

Foto de Diario de uma bruxa

Esperança

Áh sempre uma chance para aquele que procura alcança-la, não desanimar é o propósito para a conquista tão desejada e aguardada. No destino não se meche, o destino não se muda... A vida é feita de esperança e nesta mesma esperança que depositamos todos os nossos sonhos e desejos, coloque na mão de Deus ele saberá o melhor caminho... Assim poderá aceitar melhor o destino que tens a vim... O dono verdadeiro de nosso destino é DEUS.

POEMA AS BRUXAS

Foto de Diario de uma bruxa

Detalhe

Teu olhar
É como fogo que queima
Tira-me do sério
Deixa-me elétrica

Faz com que meu
Corpo te chame
Desejo e paixão
Em plena multidão

Sabedoria imersa
Em uma simples conversa
Pelo orelhão
Faz com que você queime de paixão

Imagens perfeitas
Sobre uma teia
De corrupção

Sorriso falso
De um homem descalço
Tentando enganar-me
Por forte tesão

Não é fácil me levar
Sou um detalhe
Uma pequena letra
Em uma página do diário
Escondida no cabeçalho
Da sofrida paixão.

POEMA AS BRUXAS

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