Bem

Foto de GEOVANEpe

AVISO DO ESPAÇO

Estava descansando em minha sala, deitado em um sofá estampado com flores, e uma cortina que deixava as luzes entrar bem fraquinha, aquecendo minha paz.
Quando um estrondo perturbador me tira do lugar.
Vou até meu quintal e vejo que lá está uma pequena cratera cravada no chão, dela uma fumaça exalava e dentro uma rocha ainda em fervura queimava minha grama.
Após certo tempo olhando, percebo que uma rachadura aparece e faz com que a rocha parta ao meio,
Dentro da mesma observo que um pergaminho esta intacto, retiro e leio em uma língua que nunca vi em toda vida, mas que naquela hora parecia o meu idioma.
Nele continha uma grande situação de algum canto, que estava assim:
- Que pena irmãos, vejo que nossos vizinhos estão à beira do fim, como eles se proliferaram e acabaram com sua casa?
- Como eles acabaram com o verde?
- Como eles desgastaram tanto o solo?
- Eles têm sorte de não poderem ver essa visão de suas águas,
- Como elas secaram rápido, tão rápido quando o fim de quem a abrigava.
- Como eles não Vêem que estão contribuindo para o seu maior castigo?
Que o universo e sua divindade considere a minoria e as poupem de ver o que estamos vendo,
Pobre planeta, pobre terra.

Foto de GEOVANEpe

NÃO FAZEMOS AMOR... ELE JÁ É FEITO

Nem o brilho da lua tira a atenção de um ser apaixonado por seu amor,
A vida cavalga ao encontro do sol que nasce.
As estrelas se mudam de lugar e preenche o céu de vestígio de luz,
E eles só admiram o amor do seu lado sorrindo.
A mão corre por todo o corpo, mas morre nos cabelos.
Forte e fraco vitorioso e dependente.
Os elementos sorriem da distração pelo mundo e aplaudem pela demonstração de lealdade a verdadeira coisa linda que o interessa.
Extinto louco que faz até o mais forte de nos, corre atrás e pedir desculpas.
Sedução. Em baixo do chuveiro pegamos fogo, um beijo arde até as pontas dos dedos.
O ciúme gostoso que atrai o calor da vontade de ficar bem.
Cola, machuca, sara, retorna e começa de novo, isso... É o amor

Foto de Lou Poulit

UM INCENTIVO À REFLEXÃO DE TODOS OS PROSADORES TÍMIDOS

Continuando uma conversa, esquecida noutro lugar...

Dei-me conta de um outro conceito integrante do curso, que também tem tudo a ver com essa reflexão sobre os nossos personagens na vida. E avança sobre fazer arte, sobre percorrer um trajeto evolutivo, lucidamente. O que inclui escrever prosa (a arte da palavra fluída) de modo mais artisticamente pretensioso, e não exatamente presunçoso...

Depois de entrar no ateliê, com a coragem e a desenvoltura de quem entrasse no castelo de Drácula, e tentar compreender alguma coisa da parafernália que havia ali, que equivalia a uma avalanche de informações visuais e olfativas nem sempre esperada, pinturas e esculturas por toda a parte, rascunhos espalhados como que por alguma ventania, uma infinidade de miudezas, coisas difíceis de imaginar e fáceis de fazer perguntar "pra que serve isso?"... O aluno iniciante dizia, como se ainda procurasse reencaixar a própria língua: eu não sei desenhar nada, sou uma negação, um zero à esquerda, nem sei direito o que estou fazendo aqui...

Eu tentava ser simpático, e sorria sem caninos, para provar que não era o Drácula. Depois pedia ao rapaz espinhento (convenhamos que o fosse neste momento) que desenhasse aquilo que melhor soubesse desenhar, entregando-lhe uma prancha em formato A2 e um lápis. A velha senhora (agora convenhamos assim) procurava uma mesa como se houvesse esquecido a sua bússula, e a muito custo conseguia fazer a maior flor que já fizera, de uns 15 cm numa prancha daquele tamanhão, e muito distante do centro da prancha. Claro, eu não conseguia evitar de interromper, se deixasse ela passaria a tarde toda ali improdutivamente. Aquele desenho já era o bastante para que eu pudesse explicar o que pretendia.

O executivo que arrancara o paletó e a gravata para a primeira aula, depois do expediente, com a gana de quem subiria num ringue para enfrentar um Mike Tison no maior barato e cheio de sangue no álcool, olhava pra mim, a interrompê-lo, como quem implorasse deixá-lo continuar! Queria mostrar talvez que eu deveria investir nele, que estava disposto a tudo, e que ele estava ali para que eu fizesse com ele o que bem quisesse. E eu finalmente explicava: não é necessário, já vi que você pode fazer. Me diga, quantas vezes você estima que já tenha desenhado esse mesmo Homem-Aranha que acabou de rascunhar?... Ah, não contei, mestre... Claro que não, mas talvez possa fazer uma estimativa, em ordem de grandeza. Uma vez? Uma dezena? Uma centena? Mil vezes?...

O velhote, com jeitão de militar reformado, pôs a mão no queixo. Mas em vez de estar fazendo alguma conta para responder, na verdade tentava avaliar (com a astúcia que custa tantos cabelos brancos) que imagem a sua resposta produziria, na cabeça do jovem mestre. Afastou as pernas uma da outra e naquele momento eu pensei que ele pretendia bater continência para mim, mas não, aquilo era um código comportamental. Sempre fui antimilitarista, mas procurei entender o seu personagem íntimo. Afinal, ele resolveu arriscar: Mais para mil vezes... Alguém poderia acreditar nisso – perguntei a mim mesmo? Se o velhote houvesse desenhado Marilyn Monroe, vá lá que fosse. Ou a bandeira do Brasil, um obuz, uma bomba atômica, ao menos um pequeno porém honroso canivete suíço!... Mas não. Um militar que estimava ter desenhado quase mil vezes o Papa-Léguas – antigo personagem de quadrinhos e desenhos de televisão – ou tinha algum grave desvio (talvez culpa do canivete) ou estava construindo naquele momento um personagem específico para a sua insegurança, o que mais convinha deduzir. Antes que ele dissesse “Bip-bip” e tentasse correr pelo ateliê, eu tratei de prosseguir com a minha aula.

Mas qualquer que fosse o aluno, eu pedia então que sentasse nas almofadas que ficavam pelos cantos do espaço, e em seguida me sentava no chão, sem almofada. E perguntava: você já ouviu falar no Maurício de Souza, o “pai” da Mônica?... Sim, das revistas... Isso mesmo. Sabe que ele é capaz de desenhar a Mônica (mas talvez não outro dos vários personagens que assina) de olhos vendados?... O aluno tentava refletir, mas eu não esperava pela resposta. Garanto a você que ele faz isso. Sabe por que?... Acho que não, assim de surpres... Por um motivo muito simples e óbvio: ele já fez tantos desenhos semelhantes, que não precisa mais se preocupar em construir nenhuma imagem do desenhista que ele é. Muito menos com o desenho que vai fazer.

Eu não estou pretendendo estabelecer nenhuma comparação com a sua pessoa, mas somente adiantando para você uma espécie de chave para quase todas as perguntas inerentes a aprendizados. Você pode achar até que é um zero à esquerda, quer diga isso ou não. Não é. Mas a sua memória técnica é. E essa seria a principal razão de você achar que não sabe desenhar, ou não ser capaz de ver-se como artista. Todo mundo nasce com alguma sensibilidade, percepção para o belo, capacidade de fazer associações psíquicas, afetivas, emocionais e tal. Isso tudo é inato, intrínseco à natureza humana. Contudo para transpor o que está dentro de você (imaterial) para fora, de modo que outros, além de você próprio, possam compreender através de alguma sensorialidade, é preciso usar um meio físico, também chamado de veículo. Para fazer essa materialização você terá que lançar mão de uma técnica, e a técnica não é inata (salvo em raros casos).

Essa é razão mais elementar pela qual está me pagando. Mas eu não fabrico desenhistas. Apenas, com base na minha própria experiência e na minha memória técnica, vou traçar um atalho para você chegar ao que definiu como suas preferências, na nossa conversa inicial. Bastará que você faça apenas algumas coisas simples, mas que podem exigir alguma disciplina: que não faça os exercícios como faria um robô, que preste atenção com intuito de memorizar o que vou lhe dizer (como se fôsse um robô!) e que não jogue fora nem mesmo o pior dos seus resultados, pelo menos até que termine o curso. Os seus resultados de exercício, em ordem cronológica ou pelo menos lógica, por mais que pareça entulhar a sua vida, serão como os frames de um filme que só existe na sua memória, e que serve para estruturar a sua memória sensorial. Será a mais eficiente forma de avaliar o processo de aprendizado, e poderá estar sempre disponível para reavaliações.

Sua verdadeira obra, será construir um arcabouço de informações técnicas. Muito naturalmente e sem começar pelo fim ou pelo meio, você irá armazenando o conjunto da sua sensorialidade ao exercitar. Não irá memorizar tão somente o desenho em si, mas a interação entre os materiais, os sons, o cheiro, a impressão tátil de manusear e pressionar, enfim, tudo será memorizado, e a partir de certo ponto, além de saber, você estará compreendendo o que faz. Contudo, não tem que esperar o fim do curso para estabelecer uma relação mais madura consigo próprio, enquanto artista. Poderá começar a amadurecer (e reorientar) desde logo o seu foco preferencial, a sua linguagem e estilo próprios, seus conceitos e o seu próprio personagem de artista...

Isso mesmo, o artista, seja pintor, músico ou escritor, tem um personagem próprio. Para as pessoas que só podem conhecer a sua arte a partir do veículo e não a sua pessoa, será inevitável eleger atributos para agregar referencialmente ao seu nome, ou para humanizar o seu nome, e torná-lo mais compreensível. As pessoas “tocam” o produto artístico como se tocassem a pessoa do artista subconscientemente. Por isso, se você não quiser criar lucidamente o seu personagem e torná-lo compreensível para eles, os admiradores da sua arte o farão instintivamente e você só saberá depois, ou talvez passe pela vida sem saber como é visto, ou pior ainda, imaginando o que não corresponda nem de longe à realidade.

Não importa muito a linguagem artística que se escolhe. O processo evolutivo é muito semelhante. E todo aquele que reluta em mostrar seu trabalho e predispor-se a um julgamento que não se submete ao seu próprio, apenas retarda a sua própria evolução.

Foto de Lou Poulit

O CRONÔMETRO

Há alguns anos, acordei na cama de não sei quem. Eu não sabia o que estava fazendo ali, mas não tinha a menor dúvida sobre o que estava fazendo até adormecer, ou talvez devesse dizer desmaiar. A verdade pode ser muito crua para pessoas que nos amem, e tenham construído uma imagem nossa bem "cozidinha".

Eu não estava seguramente na minha casa, e não havia mais ninguém naquele apartamento. Tomei um banho morno para ganhar algum tempo e por as idéias em ordem, vesti-me, e como ainda não havia chegado ninguém que eu pudesse ver, além das estatuetas de ciganos, bruxas, gnomos e mais uma multidão de sapinhos espalhados (e todos pareciam olhar pra mim!) que acabara de descobrir ali, resolvi ir-me embora. Estranho isso. Ir embora de um apartamento desconhecido, sem despedir-me de alguém, ao menos dizer obrigado...

Na saída, uma espécie diferente de saci (de uma perna e meia, e com dois gorros vermelhos) próximo à porta me estendia a mão. Mais desconfiado do que generoso, eu arrisquei deitar cinquentinha. Mas caí na asneira de olhar mais uma vez para o seu semblante. E acabei deitando cem paus. Antes de bater a porta por fora, olhei pela fresta e, tal como se o moleque fosse eu, vinguei-me: Explorador!... No elevador desconfiei, pelo perfume fortíssimo que dois travecos deixaram ao sair, mas chegando à calçada acabaram-se as dúvidas. Eu estava na avenida Princesa Isabel, a larga entrada de Copacabana (coincidência?), para meu fugaz alívio fora do túnel dito do Pasmado! "Oh, my God! Oh my God... I more don’t want to be fucked"…

À certa distância, na confluência da avenida com o calçadão da praia, uma pequena multidão olhava para um out-door que não estava ali até a última vez. Aproximando-me vi que era um cronômetro eletrônico retroativo, comemorativo dos 500 anos da descoberta do Brasil. Fora inaugurado muito recentemente, deduzi. E eu repeti para dentro, balbuciando: Oh, my God... Em poucos minutos a multidão já não era pequena, e depois de mais algum tempo já me parecia assustadora. Mas não propriamente a multidão. Aquela gente toda, incluindo-se muitos turistas (estes por motivos bem mais óbvios) masturbava-se promiscuamente, para comemorar meio milênio de exploração.

Vagamente eu me lembrava de que alguém se dispusera a fazer algo assim comigo. E o fizera com requintes. Porém a bruma etílica não me permitia lembrar desta mulher mais do que uma meia dúzia de nomes. Afinal, que diferença faria o nome? O fato a moer-me a lucidez que restara, era saber que eu explorara e fora explorado. E ali estava eu cercado de pessoas tão festivas e presumivelmente tão pouco lúcidas, tendo por referência a lucidez que me restara.

Por um quase desespero, vire-me e fui me reencontrar no balcão de um bar. Pedi um café bem preto, alienado, como se estivesse num café expresso. Antes de servirem o café, porém, surgiu, não sei de onde, um negrinho cheio de dentes, com duas pernas normais, e com um pequeno caixote sob o braço, que apontando para os meus chinelos de dedo me pediu para engraxá-los. Lógico, escusei-me polidamente. Então ele fez gestos para que eu lhe pagasse um salgado (com suco). À minha recusa ele aceitaria só o salgado. A seguir disse que aceitaria um trocado mesmo... E para o meu desespero definitivo, a uma nova recusa ele pôs a mão na cintura acintosamente, olhou dentro do bolso da minha camisa, e me pediu um cigarro...

Eu deixei o bar para trás, retomei o caminho da minha casa com quatro certezas: primeira, de que para o negrinho não importava o que me tirasse, desde que tirasse alguma coisa; segunda, de que ele achava que eu era um turista e que tinha medo dele; terceira (oh my God!), aquele cidadão brasileiro aprendera, em no máximo 10 anos, a explorar o medo de um suspeito explorador comemorando os seus 500 anos; e quarta, que me esqueci de tomar o café. Afinal, eu achei que somos poucos, porque nossa população se reproduz a esmo, mas em vez de dias a contagem regressiva devia, ao menos estimadamente, contar as pessoas que se recusam a se abster de votar. Qualquer que seja o voto em algum nome, o sistema se reproduz! Se apossará dos votos branquinhos e dirá que os negrinhos é que se reproduzem como ratos.

(Lou Poulit, 2010)

Foto de onil

POESIA LIBERTA

(DEDICADO A MINHA ESPOSA EDITE)

QUE MAL É ESCREVER E A AVENTURA SONHAR
SE A POESIA DA VIDA É SIMPLES E BELA
PRECISO ESCREVER NÃO POSSO PARAR
LIBERTO O STRESS DESTA FORMA SINGELA

LÊS OS POEMAS E FICAS MAGOADA
POR LERES FRASES BONITAS MAS NA VIDA BANAIS
NO MEU CORAÇÃO CADA POEMA NÃO É NADA
PORQUE DE AMOR POR TI ESTÁ CHEIO DE MAIS

NÃO QUEIRAS MINHA MENTE PRENDER
DEIXA MEU PENSAMENTO SER LIVRE A IMAGINAR
PORQUE POR TUDO QUE POSSA ESCREVER
NO MEU CORAÇÃO SÓ A TI QUERO AMAR

SE QUERES MINHA ALMA AOS POUCOS SUFOCAR
É TIRAR-LHE O PRAZER DA POESIA ESCREVER
SE NÃO POSSO DEIXAR MINHA MENTE SONHAR
VEM-ME A TRISTEZA QUE NÃO CONSIGO CONTER

LENDO E ESCREVENDO SINTO O BEM-ESTAR
DA MINHA MENTE ALMA E CORAÇÃO
POR FAVOR NÃO ME QUEIRAS DISSO AFASTAR
POIS É NA MINHA VIDA UMA OUTRA PAIXÃO

CIENTE POR ISSO BEM PODES FICAR
TU ÉS A PAIXÃO QUE EU SEMPRE QUIS
E SE POR TI VIVI ANOS A SONHAR
DEDIQUEI-TE POESIA E TORNOU-ME FELIZ

NÃO SABES NEM IMAGINAS SEQUER
O PRAZER QUE A POESIA NA VIDA ME FAZ
A ALEGRIA QUE ME ENCHE O VIVER
E NO MEU CORAÇÃO O AMOR SONHA EM PAZ

POR TUDO O QUE EU POSSA ESCREVER
APENAS SAI DA MINHA IMAGINAÇÃO
PORQUE SÓ TU ÉS AQUELA MULHER
QUE SEMPRE OCUPA O MEU CORAÇÃO

TODO O ESPAÇO NO MEU PEITO EXISTENTE
SÓ O AMOR QUE TE DOU O OCUPA
DA MINHA POESIA EU SOU DEPENDENTE
PERDOA SE SONHO POIS É MINHA CULPA

MAS DESCANSA QUE O SONHO NÃO DURA
MAIS QUE O TEMPO DE ACABAR O POEMA
PORQUE NA MENTE SE PENSO A AVENTURA
O MEU CORAÇÃO SÓ TE QUER E TE AMA

DEIXA-ME A POESIA LIVRE ESCREVER
POIS NASCEU EM MIM ESTE CONDÃO
E O SONHO ME OCUPA COMO INSPIRAÇÃO
NÃO TENHO NA VIDA OUTRO AMOR PARA VIVER

TU ÉS AQUELA A QUEM ESCREVO POESIA
PERTENCES Á MINHA VIDA NÃO ÉS A SONHAR
ÉS A MULHER QUE DESEJO TER COM ALEGRIA
E O SONHO QUE TENHO É SEMPRE TE AMAR.

29.3.2001
ONIL

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O PRAZER DE SER POETA

O SONHO COMANDA A VIDA
SEMPRE OUVI ISSO DIZER
MAS TAMBÉM HÁ QUEM DIGA
QUE O SONHO NÃO É VIVER

EU CONTO A VIDA QUE PASSA
E OS SONHOS QUE TENHO NELA
CADA SONHO COM SUA GRAÇA
TORNA MINHA ALVORADA MAIS BELA

CONHEÇO ALGUNS POETAS
GENTE DE POUCOS RECURSOS
QUE NUNCA TIRARAM CURSOS
MAS TEM AS IDEIAS DESPERTAS
PORQUE RIMAM BEM AS LETRAS
QUE A POESIA CONTÉM
QUE NOS FAZ SENTIR BEM
POR MAIS VERSOS RIMAR
POIS A POESIA TEM VALOR
MESMO SEM SE SER DOUTOR
PODE-SE SER POETA E SONHAR

MESMO SEM SE ALCANÇAR
O ESTRELATO OU A FAMA
A POESIA É A CHAMA
QUE SEMPRE NOS FAZ SONHAR
PORQUE CONTAMOS A VIDA A RIMAR
AS COISAS QUE NELA PASSAMOS
NA POESIA GRAVAMOS
PORQUE O NOSSO SONHO É ESCREVER
EU NÃO PRECISO SER DOUTOR
ESCREVO Á VIDA E AO AMOR
ESTE É O MEU GRANDE PRAZER.

12.3.01
ONIL

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A MINHA POBREZA

EU NÃO DESEJO A RIQUEZA
SEI QUE NÃO ME FAZ FELIZ
A MINHA ALEGRE POBREZA
SEMPRE ME DEU O QUE EU QUIS

ONDE MORO E EM REDOR
MEU NOME É RESPEITADO
SOU POBRE MAS SOU HONRADO
SÓ ISSO ME DÁ O VALOR

E NUNCA ME FALTE NO LAR
O RISO ALEGRE E SADIO
QUE EU LEVO A VIDA A CANTAR
SOU POBRE MAS TENHO BRIO

A MINHA GRANDE ALEGRIA
SÃO OS MOMENTOS QUE PASSO
SEMPRE EM BOA COMPANHIA
ME INSPIRA NOS VERSOS QUE FAÇO

E SOBRA SEMPRE UM POUQUINHO
DA MINHA POBREZA SINGELA
QUE EU DOU A UM MAIS POBREZINHO
TORNANDO-LHE A VIDA MAIS BELA

ESTE É UM DESEJO PROFUNDO
BASTAVA HAVER O BOM SENSO
SE FOSSE COMO EU PENSO
MATAVA-SE A FOME NO MUNDO

NÃO FOI A NATUREZA
QUE ME ENSINOU ISTO A MIM
NASCI E VENHO DA POBREZA
MINHA MÃE ME CRIOU ASSIM

POR ISSO EU DOU VALOR
A QUEM ERGUE O SEU LAR
LIGANDO SEMPRE AO AMOR
SEM A POBREZA IMPORTAR

TODA A RIQUEZA QUE GUARDO
QUE DEUS ME QUIS OFERTAR
MINHAS FILHAS A QUEM VOU ENSINAR
TUDO O QUE ME FOI ENSINADO

PASSANDO POIS MEU DIA A DIA
TRABALHO NÃO PARA A RIQUEZA
MAS PARA SUSTENTAR A POBREZA
QUE EU VIVO COM ALEGRIA

PARA O MUNDO SER PERFEITO
DEVIA SER TUDO POBRE
MAS CADA UM SER BEM NOBRE
NO CORAÇÃO QUE TEM NO PEITO

NINGUÉM SENTIR AVAREZA
DE TUDO QUERER POSSUIR
MOSTRAR O BEM DA POBREZA
“QUE É O POUCO QUERER REPARTIR”.

8.11.00
ONIL

Foto de onil

DOÇURA NAS PALAVRAS

(dedicado a uma admiradora)

SE É GRANDE O TEU DESEJO
DE PALAVRAS DOCES OUVIR
PROVANDO SÓ O TEU BEIJO
FELIZ EU TE FAÇO SENTIR

PALAVRAS DOCES OUVIRÁS
AO TEU OUVIDO CANTAR
E NA VIDA ENTÃO TERÁS
O DESEJO QUE ANDAS A SONHAR

TUA VOZ MEIGA ME ENCANTA
E TEUS OLHOS COMO LINDOS SÃO
TUA BOCA AO BEIJO ME TENTA
E TEU CORPO É MINHA PERDIÇÃO

MAS TU TEU DESEJO LIBERTA
POIS SEMPRE O PODES LIBERTAR
OUVINDO A VOZ DO POETA
QUE O SONHO TE QUER OFERTAR

FALANDO ASSIM NÃO SOU MALDOSO
PORQUE PARA O MUNDO SER PERFEITO
O AMOR QUE É MARAVILHOSO
DEVIA SER LIVRE EM CADA PEITO

DEVIA-MOS TER O CONDÃO
DE GOZAR NOSSO PRAZER
UNIDOS NUMA ATRAÇÃO
QUE A NINGUÉM FAÇA SOFRER

E TERMOS A LIBERDADE TOTAL
DE AMOR TROCAR SEM MALDADE
PORQUE NESTE MUNDO AFINAL
É ELE QUE FAZ A FELICIDADE

QUE AS MINHAS PALAVRAS SEJAM
PARA TI, DOCES COMO É TEU QUERER
E QUE MEUS OLHOS TE VEJAM
FELIZ, COMO SE QUER A MULHER

NO AR FICA MINHA DOCE POESIA
QUE PALAVRAS TE QUER OFERTAR
DE DOÇURA QUE FAZ TUA ALEGRIA
PARA TEU PEITO DEIXAR A SONHAR

NINGUÉM ME PODE CULPAR
DO AMOR QUERER REPARTIR
PORQUE NO PEITO NÃO POSSO FECHAR
ESTE PRAZER QUE O FAZ EXPLODIR

SEJAM ESTAS PALAVRAS DOCES
AS QUE TANTO DESEJAS ESCUTAR
ESCREVO-TE AQUI COMO SE FOSSES
A MULHER QUE DESEJO AMAR

SE AS MINHAS MÃOS TE PUDESSEM TOCAR
SENTIRIAS ENTÃO TODA A MAGIA
DAS PALAVRAS DOCES QUE HÁ PARA FALAR
E QUE TANTO FAZEM TUA ALEGRIA

ESCREVENDO POR MINHA VOCAÇÃO
PARA QUE O TEU SONHO SE POSSA FORMAR
EU COMO POETA VIVO A ILUSÃO
DE QUE TAMBÉM TE POSSO AMAR

POR VEZES MEU PENSAMENTO
TIRAR DE TI NÃO CONSIGO
POIS PENSO SÓ NUM MOMENTO
DE AMOR REPARTIR CONTIGO

E USUFRUIR DA MEIGUICE
QUE NOTO EM TI EXISTIR
E PALAVRAS QUE ESCREVI E DISSE
AO TEU OUVIDO FAZER OUVIR

FALAR DO AMOR QUE PADECES
DAS MÁGOAS QUE TE ANDAM A TORTURAR
DO CARINHO QUE DESCONHECES
E TANTO DESEJAS ALCANÇAR

TUA DOCE FALA ME PRENDEU
E ME DEIXOU A SONHAR
GOSTAVA DE AO LADO MEU
OUVIR TUA VOZ DE AMOR FALAR

ACARICIAR TEUS LINDOS CABELOS
DA COR QUE ME FAZ ENCANTAR
BEM FEITOS TEUS LÁBIOS BELOS
LOUCAMENTE DESEJO BEIJAR

QUE POSSA TEU CORPO ACARICIAR
ANDA-ME O SONHO A DIZER
É ISSO QUE ME FAZ INSPIRAR
PARA A POESIA ESCREVER

SE NECESSÁRIO ME FOSSE
PARA TE PODER CONQUISTAR
DOU-TE AS PALAVRAS QUE SÃO O DOCE
QUE ANDA NA TUA VIDA A FALTAR

PARA ME SENTIR INSPIRADO
PRECISO QUE ME DÊS A RAZÃO
PARA QUE ENCONTRE ATRAÇÃO
EM TUDO O QUE POR NÓS É FALADO

NESTE MUNDO NÃO SABEMOS SEQUER
SE TODO O AMOR QUE É SONHADO
UM DIA AO LONGO DO NOSSO VIVER
ELE POSSA SER REALIZADO

ACIMA DE TUDO NA VIDA
NUNCA NOS PODEMOS ESQUECER
QUE OS DIAS PASSAM A CORRER
E OS SONHOS SÃO SÓ DE FUGIDA

NÃO QUEIRAS NA VIDA SOFRER
GOZA O QUE PUDERES ALCANÇAR
DEIXA O TEU PENSAMENTO LIVRE CORRER
DEIXA SEMPRE TUA ILUSÃO SONHAR.

5.9.00
ONIL

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AMOR ESCONDIDO

SONHO...E SÓ GUIO OS MEUS PASSOS
PROCURANDO OS TEUS BRAÇOS
NELES EU BUSCO A TERNURA
QUE FALTOU... NESTA AUSÊNCIA DE ANOS
E NO PEITO FEZ DANOS
QUASE FOI A LOUCURA

TERNO...COMO SONHO TE AMAR
O TEU CORPO ABRAÇAR
ESQUECERMOS O MEDO
DEIXAR... QUE O AMOR SE LIBERTE
E O CARINHO DESPERTE
DESSE LONGO SEGREDO

VEM...NÃO TE QUEIRAS FECHAR
O AMOR SUFOCAR
NO SILENCIO DA MORTE
JÁ FOI... TANTO TEMPO A SOFRER
HOJE VAMOS VIVER
E MUDAR NOSSA SORTE

QUERO...ACABAR A TRISTEZA
E VIVER COM A CERTEZA
QUE O AMOR NOS UNIU
FOI SEMPRE... UM TANTO INVISÍVEL
MAS TORNOU-SE POSSÍVEL
PORQUE SEMPRE EXISTIU

HOJE...SÃO BEM FORTES OS LAÇOS
E EU ANSEIO TEUS BRAÇOS
PARA ME DAR O CARINHO
QUE ANDOU... POR ESTRADAS PERDIDO
MAS NUNCA ESQUECIDO
ENCONTROU O CAMINHO

DÁ-ME...ESSE AMOR TÃO FECHADO
NO TEU PEITO GUARDADO
E QUE SONHA VOAR
TIRANDO... DO MEU PEITO O SEGREDO
JÁ MATEI O MEU MEDO
SONHO APENAS TE AMAR

SONHO... OS TEUS LÁBIOS BEIJAR
DA TUA VOZ ESCUTAR
A TERNURA CONTIDA
GANHAR... TODO O TEMPO PERDIDO
DESSE “AMOR ESCONDIDO”
QUE MARCOU NOSSA VIDA

CAIU...ENTRE OS DOIS ESSE MURO
QUE FECHOU O FUTURO
E O AMOR NOS ESCONDEU
HOJE... PODEREMOS FALAR
E AO MUNDO GRITAR
FOI O AMOR QUE VENCEU.

18.9.00
ONIL

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DESENCONTRO

TIVEMOS NOSSO AMOR DESENCONTRADO
POR ESCONDERMOS UM DO OUTRO O SENTIMENTO
QUE NO FUNDO DO PEITO ESTÁ IMPLANTADO
SEM O SABERMOS SÓ RESTOU O SOFRIMENTO

MAS NUNCA É TARDE E O CORAÇÃO NÃO ESQUECE
A ANGUSTIA CRUEL DE VIVER SEPARADO
E O PRAZER DO AMOR QUE NA VIDA ACONTECE
NO PEITO DE QUEM AMA ESTÁ SEMPRE GRAVADO

EMBORA ÁS ESCONDIDAS CONTINUOU A SONHAR
ILUSÕES PROIBIDAS NO PEITO FECHADAS
ESPERANDO A VEZ E A HORA DE SE LIBERTAR
DE DUVIDAS CRUÉIS E MÁGOAS PASSADAS

O MEU CORAÇÃO NÃO CALOU UM INSTANTE
A VONTADE DE TODO O AMOR PODER DECLARAR
MAS SEMPRE MINHA VOZ FICOU DISTANTE
E NUNCA MEU SENTIMENTO TE FIZ ESCUTAR

PASSARAM ANOS E TODO O DESGOSTO
MEU PEITO CONTINUOU A DILACERAR
PORQUE SEMPRE LEMBRANDO O TEU ROSTO
SONHAVA OS TEUS LÁBIOS SOMENTE BEIJAR

PORQUE NOS MEUS LÁBIOS ESTÁ GRAVADO
AQUELE BEIJO QUE DESTA PENA É CAUSADOR
PORQUE TODO ESSE AMOR DESENCONTRADO
NÃO SABENDO UM DO OUTRO É SEM VALOR

AGORA DEIXEI MEU PENSAMENTO VAGUEAR
E O CONTACTO QUE TIVEMOS AQUI FOI LEMBRADO
OS TEUS LÁBIOS EU ANSEIO SABOREAR
PORQUE O DESEJO NOS MEUS ESTÁ PREGADO

PASSAM POR MIM LEMBRANÇAS QUE NÃO CONSIGO PARAR
PARA FICAREM NO MEU CORAÇÃO SÓ MAIS UM MOMENTO
PORQUE CERTA ALTURA EU SONHEI TANTO TE AMAR
E ADMIRAVA TUA EXISTÊNCIA COMO MEU ENCANTO

TEU CORPO PERFEITO ONDE HABITA O PRAZER
DE MIL DESEJOS E SONHOS SEM NUNCA FINDAR
DE AMOR CONTIGO ME QUERO PERDER
E O PRAZER PROIBIDO PODERMOS ENTÃO DESFRUTAR

TANTOS ANOS PASSADOS EM TRISTE IGNORÂNCIA
PORQUE DO AMOR GUARDAMOS SEGREDO
HOJE LEMBRO A AMIZADE QUE VEIO DA INFÂNCIA
E SEI QUE O AMOR ENTRE NÓS COMEÇOU BEM CEDO

MAS A DUVIDA NUNCA FALAR NOS DEIXOU
PARA CONFESSAR O SENTIMENTO QUE TANTO NOS UNIA
POR ISSO NO SEGREDO ELE SEMPRE MOROU
ESPERANDO QUE A VERDADE EXPLODISSE UM DIA

SEMPRE ESPERANDO MAS COM FÉ E ESPERANÇA
NO DESEJO PROIBIDO QUE NO PEITO GUARDAVA
NÃO SABIA SEQUER SE O AMOR DE CRIANÇA
QUE TINHAS NO PEITO MEU AMOR ACEITAVA

SEI HOJE E É UMA VERDADE CRUEL
QUE O TEU CORAÇÃO MEU AMOR ACEITAVA
E QUE NO FUNDO FOSTE SEMPRE FIEL
Á TERNURA DO AMOR QUE NOUTRO PEITO HABITAVA

SONHANDO SEMPRE O AMOR ALCANÇAR
VIVE A VIDA COMO O BEM MAIS SAGRADO
DEIXA OS TEUS SONHOS GANHAR ASAS VOAR
AO ENCONTRO DO AMOR QUE JÁ FOI ENCONTRADO.

12.9.00
ONIL

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