Bem

Foto de carlosmustang

MODOS

A cabeça é perdida
Ainda bem que é!
Em minha historia
Precisa, ser então

Jeito de ver,decepção
Por lascas renegadas
De emoção ginecológica
Vivência nervosa,decepção!

Choramingando, como rato
Desempenado, desanimado
Como disses pra nao chorar

O lado forte, não desanimar
Buscando uniao, compreensão
Amando também, pra ser em paz

Foto de Leoni Cidral

Felicidade à Um

"Sonho com isso Todas As noites,
Ambos Ansiosos para que acabe logo,
Mas eu como sempre mais Paciente,
Espero Você no Altar.
Aguardo A Moça Linda que se Destaca,
Não somente por andar no Meio Da Igreja,
Nem por estar com um Vestido Lindo,
Mas Por Ser a Minha Amada,
Que Tanto Almejo Tê-la Por perto,
Que Tanto Sonho Em Casar,
Meu Bem, Vamos Nos Divertir esta Noite,
Mas Te peço Uma Coisa:
Ao Final Desta Noite quero Ter Você
Em Minha Cama, Em Meus Braços,
E Em Minha Vida Para Sempre."

Foto de Leoni Cidral

Felicidade à Um

"Sonho com isso Todas As noites,
Ambos Ansiosos para que acabe logo,
Mas eu como sempre mais Paciente,
Espero Você no Altar.
Aguardo A Moça Linda que se Destaca,
Não somente por andar no Meio Da Igreja,
Nem por estar com um Vestido Lindo,
Mas Por Ser a Minha Amada,
Que Tanto Almejo Tê-la Por perto,
Que Tanto Sonho Em Casar,
Meu Bem, Vamos Nos Divertir esta Noite,
Mas Te peço Uma Coisa:
Ao Final Desta Noite quero Ter Você
Em Minha Cama, Em Meus Braços,
E Em Minha Vida Para Sempre."

Foto de carlosmustang

IMPACTO

Eu vou ser falso e liso
Quero viver, sentir emoção
Ter dinheiro condição, preciso
Ser vivente de bom viver

Não importa gente que morre
Sofrer é para os fracos
Esqueço tudo, fortaleza!
Pisei no mundo pra poder

Meninos destruidos
Mulheres oprimidas
Homens submissos

Triste a vida
Teorias de bem viver
Fazer esse mundo bom ser...

Foto de Naiane Souza

Nós dois somos um Só

Sou a melhor flor do seu jardim,
Um perfume barato que jamais tem fim,
O sangue que corre na sua veia,
Me uni a você como uma aranha
Que não vive sem construir sua teia.
Sou o cimento que você construiu sua casa,
o Travesseiro que você dormi e sempre abraça.
Meu pensamento não consegue me separar de você,
E meu coração não me ajuda a te esquecer,
Todo dia eu acordo e vejo que você não esta ali do meu lado,
Penso e repenso o que devo ter feito de errado.
A única coisa que vem na minha cabeça,
e que você irá voltar e me amar como sempre te amei.
O tempo passa e a saudade fica,
Ela aperta bem aqui dentro do peito,
O meu coração já não aguenta mais...
Tanta dor,tanta tristeza que você me traz.

Foto de Joaninhavoa

a dança...

+++
++
+
«o traço segue ligeiro
com brio e até brejeiro
um plissado tricortado
caminho encruzilhado

avista-se lá ao longe
um vermelho de romã
cristais sobre a ponte
ao nascer da manhã

e a coroa resplandece
e a pulseira enfeita
o que o anel enaltece

o beijo do amado
o abraço bem apertado
na dança do sol fadado.»

Joaninha voa,
(Helena Farias)
2013/10/14

Foto de Rosamares da Maia

Façam Backup

Façam Backup
Eu tenho medo de que as ideias fujam de mim e por essa razão aprendi a usar o computador.

E não é bobagem, eu já vi muita ideia fugitiva, que simplesmente abandonou a cabeça de seu dono. Não é exagero!

O dono da cabeça fica com aquela expressão meio apalermada de quem come alguma coisa sem sal e sem açúcar. Tudo fica sem nenhum sabor.

Armazeno todos os dias um pouquinho de mim, enquanto lembro.

Eu vi a parafernália que ficou a cabeça da minha mãe, que inesperadamente desencontrou-se da sua vaidade de mulher, da mão para cozinhar, das opiniões sobre o mundo. Não! A memoria humana não tem backup, por isto quando um Cavalo de Tróia chamado Alzheimer de instala no nosso sistema, tudo se desalinha. Os programas armazenados na memória entram em total colapso. Na maioria das vezes somos obrigados a formatar, para tentar realinhá-los, mas, com a ausência do providencial backup, que particiona a memoria em algum lugar do disco rígido ou no HD externo, tudo simplesmente some.

Toda uma vida de estudo, trabalho, casamento, descasamento, filhos, netos, pais irmãos e amigos, tudo o que você amou, construiu e conquistou vai embora, tornando a vida um imenso vazio, onde a incapacidade de reter o conhecimento, ou pior, os sentimentos sobre tudo o que conhecemos escorre pelo ralo da memória, ou da ausência da memoria e nos tronamos indigentes.

Aprendi a usar o computador, nele protejo desta indigência todos os pedaços de mim, todas as minhas coisas, desde atos importantes da vida civil, fotos, filmes, conquistas, ideias e coisas tolas, muito tolas também.

Santa tecnologia! Saibam todos que se algum dia eu me perder na teia estranha da memoria, que aceita um trojam chamado Alzheimer, tem um botão bem na minha frente, apertem e voltem cada pedaço de mim, cada momento, em tela total, bem grande.

Salvem-me do anonimato, da perda da credibilidade humana, de não saber mais tomar banho ou escovar os dentes, de não passar rímel ou batom, de não reconhecer o meu filho e ser capaz de expressar meus sentimentos, em fim, de ter autonomia para dizer sim e não.
Por favor, me façam reaprender me revendo todos os dias enquanto a cura não vem.
Mantenham o backup da minha dignidade intacto, ou então, me deletem para sempre.

Rosamares da Maia

Foto de Rosamares da Maia

CRÔNICAS DA SAUDADE - O Cantar do Galo

CRÔNICAS DA SAUDADE – O cantar do Galo.
De repente ouço um cantar de galo ao longe e o inusitado no mundo urbano abre uma porta para uma enorme nostalgia. Instalada no meu peito sem pedir licença, ela dói de forma aguda. Fecho os olhos, encho o peito de ar num suspiro profundo e como num filme, vejo caminhos de terra batida, dourados pelo sol em claridade tão intensa e morna que quase consigo materializar o momento. Vejo laranjeiras, goiabeiras, sinto o cheiro do mato orvalhado pelo sereno das madrugadas e flores e folhas se embebedando. O galinho que canta ao longe de forma repetida, insistente faz meu peito se abrir sem quer, ardendo de uma saudade com gosto de infância, de avó lavando roupa na tina de madeira do fundo da casa.
Tina de madeira para lavar roupas. - Alguém mais já viu isto? Eu lembro nitidamente, tinha um pedaço de madeira com costelinhas que se enfiava dentro da tina para o esfregaço. Vejo a enorme pedra arredondada bem no meio do terreiro desafiando o tempo. A pedra instalara-se ali, como prova material de que algum dia tudo naquele espaço fora um oceano.
Todos nós crianças e netos ou não, adorávamos brincar naquela pedra, e certamente ela, testemunhou muitas outras infâncias. Subíamos, pulávamos e caiamos. Meu irmão que sempre quis ser super-herói improvisava uma capa nas toalhas de banho ou algum outro pedaço de pano que estivesse para lavar e voava da pedra com sua espada de cabo de vassoura para salvar o Mundo.
A cantoria do galinho indigente que agora escuto, somente no sentido de remexer as entranhas da saudade, trouxe-me neste exato momento o cheiro da madeira queimando no fogão de lenha e do feijão, cozendo na panela de ferro, feijão que meu irmão um dia mexeu com um pedaço de pau em brasa, lenha do fogão. Minha mãe quis pegá-lo de tapas, mas minha avó, somente riu com as bochechas avermelhadas e mandou que ele fugisse para não apanhar dizendo: “Ora deixa o menino, isto é coisa de criança”. Ela protegia todos os netos, perto dela ninguém levava tapas palmadas, surra então, nem pensar.
Tenho saudade do meu irmão que hoje sequer fala comigo, mesmo estando ao alcance do meu abraço, pois ambos esquecemos como se abrem os braços e se abraçam fraternamente os irmãos. Do menino franzino que não conseguiu salvar o Mundo, nem mesmo o nosso pequeno mundinho. Estou com saudades da minha avó conciliadora, que jamais deixaria isto acontecer, mas ela, não está mais aqui e tudo mudou. Tem uma eternidade que não vou ao terreiro dos fundos da casa de minha avó, nem sei se aquela pedra existe mais. - Será que virou concreto? Sei que há muito deixou de existir a cozinha feita de “barro a sopapo”, com o fogão de lenha e as panelas de ferro em cima, cozendo com amor para a família.
O sol nasce a cada dia e continua banhando os caminhos. São ruas asfaltadas, cimento e concreto e ele, queima de forma impiedosa e dolorida a minha pele, não me faz carícias como no tempo de criança. De repente o cantar insistente do galinho me desperta do mundo para o qual me levou, lembrando abruptamente, num suto, de que eu também deixei de ser criança.
Rosamares da Maia

Foto de Rosamares da Maia

Verso e Vida

Verso e Vida
Sou ainda verso perdido, introvertido,
Na estrofe de algum poema inacabado.
Frase solta, mesmo que bem construída.
Ainda carente de ação - verbo e vida.

Talvez na métrica nem me encache.
Ninguém verso para poema me ache.
Talvez apenas vá de boca em boca.
Sem chegar à regra das páginas.

Quem sabe possa me dar ao desfrute?
E totalmente viver a leviana liberdade.
Ser apenas cordel, verso do populacho.

Sem os compromissos com o erudito.
Ficará sempre o dito pelo não dito.
Sem cuidado com a pureza da linguagem.
Sem concordância do verbo com a rima,
Restará sempre o efeito da imagem.

Pensando bem, não quero ser poema!
Celebre e rimado, dilema empoeirado.
Preso na anátema da estante solitária.
Não! Somente quero ser uma quadrinha.
Cantada e repetida nas cirandas de roda.

“Oi eu entrei na roda... dança e não sei...”.
Cantada por criança, gente feliz e comum.
Crianças de todas as idades, sonhos simples.
De toda origem, de boca em boca, triviais.
“E roda pião, bambeia pião” - todas vivas.

Rosamares da Maia 1985-2013

Foto de Lucianeapv

POEMA PARA UMA MENININHA

POEMA PARA UMA MENININHA

(Luciane A. Vieira - 23:25h - 29/09/2013)

Simples rasgo de beleza a crescer
Nascida envolta em luz
Na vida se faz dadivosa
Sentimentos tais a ti
Me conduz.

Pequena menina,
Singela alegria
Tanto bem me faz
Na vida,
Pequeno pedacinho de gente,
A crescer perante o mundo,
Diante do sonho,
Beirando a realidade.

Anjo inocente,
Inocente vida que
Em meu viver,
Mesmo distante,
Se faz presente
E sublima meu caminhar.

Menininha a fazer meu peito
Inocentemente palpitar
Com um amor e carinho
Intensos a te proteger
Te esperei...
Te encontrei...
Sempre te amarei...

Te pressinto a todo momento
Te amar faz parte de meu mundo
Mesmo antes de seu nascimento...
A saudade maltrata... Ferroa...
Mas te lembrar, pequena flor,
Aquece meu ser, e
Faz desabrochar
O amor sereno e calmo,
Pequeno anjo de luz
Cujo inocente olhar faz
Nascer em mim
Apenas um desejo:
Te proteger deste
Estranho mundo e
Te fazer, na vida,
Acreditar...

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