Ausência

Foto de Soluço

A aflita hora

Tristeza sem final, horripilante ausência
Que, minha alegria, transforma em cadáver.
A medonha hora vai chegando
E as prósperas horas se afastando...

Num momento tudo se encontra em harmonia:
O sol aquece, a beleza apresenta-se como um todo,
A maldade não prevalece, me aventuro sem temor,
A vida infinitamente agradável e instantes eternos...

Agora, passado o momento oportuno,
Eis que chega o intempestivo; acúmulo de aflição.
A hora do adeus, a Deus é dada e agonizada,

Oh...! Lágrimas e derradeiro riso marcam
A breve e prolixa hora indesejada:
- Adeus! Vejo-te em meus sonhos!

Foto de pedacinhos de mim poemas

Vôo

Vou viajar por entre as nuvens
nas asas da ventania.
Estou indo ao teu encontro
em busca de um desejo
Porque a tua ausência
nesta manhã me fez ver
Que o remédio dessa saudade
é simplesmente você.

Hoje falei seu nome sem perceber,
e me dei conta
do quanto necessito de você,
do teu colo, teu toque...
Sinto necessidade da tua pele
que essa distância me nega,
vou encurtar esse caminho,
vou ao teu encontro
Gozar da tua presença
e me aninha no seu carinho.

Quero viver esse agora
e a minha história,
sou eu quem vai escrever.
Não vou deixar que o tempo,
Que sem rumo vive ao vento,
me tire esse prazer
Eu não mereço esse castigo
de viver sem ter você.

Autora Célia Torres

Foto de MARTE

CORAÇÃO SENTIMENTAL

Nos confins do teu olhar,
Existe uma voz emudecida,
Sentida no caminhar,
Nas madrugadas da vida!
São gritos de lamento,
Nos acordes angustiados,
Silenciados pela brisa do vento,
Em momentos silenciados!
Por vezes fico ausente,
No teu perfume arrastado,
Sentimento existente,
Num silêncio abandonado!
No luar anestesiado,
Completado pela tua ausência,
Com o mar do outro lado,
Agitado pela tua doce essência!
Essência de menina mulher,
Na corrente, do teu olhar,
Uma vontade do teu viver,
Sentida no meu caminhar!
Serás sempre a minha inspiração,
A musa dos meus versos,
Tirando do meu coração,
Sentimentos submersos!
Momentos em que o amor proclama,
Por esse teu olhar sensual,
Sentidos com imensa chama,
No meu coração sentimental!

Foto de MARTE

VONTADE INFINITA

Olho o horizonte e consigo
Estar aqui contigo
Madrugada de insónia
Neste luar sem cerimónia
Vou sentindo a tua mão
Os teus lábios, tentação
Toco a tua pele macia..
Seda num toque de magia!
Vou sentindo o teu tacto,
Neste nosso pacto,
Sentido-te á minha beira,
No calor desta lareira
Nesse olhar que reclama,
Que em mim se perde,
Que mata a minha sede,
Em tudo o que estás presente,
Mesmo estando ausente,
Te sinto perdidamente,
Num olhar suavemente...
Na ausência que me excita,
Na vontade infinita,
Perdida na saudade
Sentida na nossa realidade
No pranto
Do teu canto
Vou-me perdendo nesse olhar forte
No teu incandescente porte
No espaço...no pensamento!
Na tua alma que em mim flutua!
Voando nos braços do vento,
Sentindo o brilho da Lua!

Foto de MARTE

ESPAÇO..TEMPO

Sinto o teu amor,
Mesmo na tua ausência,
No madrigal do tempo,
O sinto em clamor,
Entrou no meu dia-a-dia,
No espaço do meu sentimento!
Pela madrugada fora,
És parceira da lua,
Que ilumina o meu espaço,
Na poesia que de mim aflora,
Em qualquer madrugada nua,
Em tudo o que eu faço!
Caminho pelo horizonte,
Por cima deste imenso mar,
No silêncio da madrugada,
Vou sentindo o teu olhar ardente,
Musa do verbo amar,
Em noites de magia iluminada!
O meu coração desperta,
Num desejar profundo,
Transformando a minha alma,
Numa poesia que desperta,
Num grito para o mundo,
Através do teu olhar que me acalma!
Vou vivendo o momento,
Na imensidão deste mar,
Como as ondas que correm,
Num balancear lento,
Pela brisa, no ar,
Que neste areal morrem!
Nas madrugadas és o meu tempo,
A minha doce fantasia,
Num olhar de mistério,
Que me faz viver o momento,
Numa real sintonia,
Em que és o cais do meu rio!

Foto de josedourondo

AMOR DISTANTE

Ao ver-me na solidão
e desolado com a tristeza,
percebi que tua ausência
se perdera na distância
bem longe do meu olhar.
Lavrava em mim a amargura
de não amar tua beleza,
turvaram os meus olhos
e a minha boca emudecida
contagiada pela incerteza
deixou a palavra adormecida
no limiar da minha razão.
Se o silêncio ateia a dor
do distante coração
que a mágoa dura e fria
arda na chama amarga do fel
e queime toda a minha solidão
e todo o meu negrume de agonia,
inundando minha vida
de outro amor e outra paixão

Foto de Murilo Braga Silva

Vida solitária

Não sei como faço para enfrentar essa solidão.
Estou na Universidade e vejo
Que não tenho ninguém.
Nasci apenas para sofrer
As provações que o mundo me confia.
Como faço para enfrentar essa solidão?
Não sei! Sei apenas que tenho que aceitar meu destino infeliz como ele realmente é.
Não tenho amores, sou apenas admirador das verdades espirituais.
Enquanto vivo com as individualidades,
Meu pensamento se encontra sonhando minhas dores futuras.
Não sei se escolhi esta provação, a ausência de uma paixão.
Viver sozinho é difícil, não tenho ninguém para dividir meus defeitos morais.
Sou um homem mortal, mereço a morte,
Preciso me libertar dessa solidão,
Sem amores não há felicidade.

Foto de Dom Quixote - crítico amador

Literaturas Lusófonas

Bem mais que dança, bailado;
que som, melodia;
que voz, sobrecanto;
que canto, acalanto;
que coro, aleluias;
que cânticos, paz.

Bem mais que rubor, saliência;
que encantos, nudez;
que imoral, amoral;
que bosques, fragrâncias;
que outono, jasmins;
que ventos, orvalho;
que castelo, arredores;
que metáforas, rios;
E um pouco além: tsunamis.

Bem mais que naus, sentimento;
que excelsa, nascendo;
que olho, contemplo;
que invade, arrebata;
que vitrais, catedral;
que versos, vertigens;
que espanto, tremor;
que êxtase, pranto;
que apatia, catarse.

Bem mais que contas, rosário;
que prece, amplidão;
que o menino, sua mãe;
que Império, regresso;
que palmas, martírio;
que anúncio, Jesus;
que Ceia, Natal.

Bem mais que alegria, ternura;
que espera, esperança;
que enlevo, paixão;
que adeus, solidão;
que dor, amargura;
que mágoas, perdão;
que ausência, oração;
que abandono, renúncia;
que angústia, saudade.

Bem mais que anciã, joyceana;
que lógica, onírica;
que o Caos, Amadeus;
que ouro, tesouro;
que ode, elegia;
que amiga, inimiga;
que insensível, cruel;
que signos, símbolos;
que análise, síntese;
que partes, conjunto.
E um pouco além: generosa.

Bem mais que efêmera, sândalo;
que afago, empurrão;
que clássica, cínica;
que exceto, inclusive;
que inserta, incerta;
que adubo, arrozal;
que oferta, procura;
que unânime, única.
E um pouco além: tempestade.

Bem mais que ouvida, vivida;
que austera, singela;
que pompa, humildade;
que solta, segredos;
que fim, reinício;
que um dia, mil anos.

Bem mais que reis, majestade;
que jus, reverência;
que casta, princesa;
que moça, menina;
que jóia, homenagem;
que glórias, grandeza;
que ocaso, esplendor;
que espadas, correntes;
que fatos, História;
que Meca, Lisboa.
E um pouco além: messiânica.

Bem mais que pingos, Dilúvio;
que água, Oceano;
que mares, o Mar;
que porto, Viagem;
que cais, caravelas;
que rochedos, neblina;
que vôo, Infinito;
que Abysmo, gaivotas.

Bem mais que a tribo, navios;
que lanças, tristezas;
que campos, senzalas;
que bodas, queixumes;
que soul, sem palavras;
que o tronco, maldades;
que ais, maldições;
que feitor, descorrentes;
que mandinga, orixás;
que samba, kizomba;
que “meu rei”, Ganga Zumba;
que olhos baixos, quilombos;
que discordo, proponho;
que cedo, concedo;
que escravos, Zumbi.

Bem mais que brisas, Luanda;
que ondas, Guiné;
que amarras, Bissau;
que o azul, São Tomé;
que náutica, Príncipe;
que axé, Moçambique;
que opressão, Cabo-Verde;
que fragor, linda ao longe;
que injusta, perversa;
que abutres, pombinhas;
que trevas, pavor;
que rondas, terrores;
que bombas, crianças;
que tágides, ébano;
que o Sol, rumo ao Sol.

Bem mais que luar, nua e crua;
que longínqua, inerente;
que ornamento, plural;
que ira, atitude;
que abstrata, denúncia;
que conceitos, Nações;
que Camões, mamãe África.

Bem mais que ética, ascética;
que pro forma, erga omnes;
que embargo, recurso;
que emoções, decisão;
que rodeios, sentença;
que Direito, Justiça;
que leis, Lei Maior.

Bem mais que flor, Amazonas;
que improviso, jeitinho;
que frágil, incômoda;
que alvor, cisnes negros;
que escrita, esculpida;
que lírios, o campo;
que veredas, suindara;
que denúncia, ira e dor;
que bonita, pungente;
que amena, os sertões.
E um pouco além: condoreira.

Bem mais que lares, veleiros;
que adeuses, partida;
que feitos, missão;
que honras, repouso;
que canto, epopéia;
que mística, fado;
que areias, miragem;
que sonhos, delírio;
que vozes, visões;
que acaso, destino.
E um pouco além: portugais.

Bem mais que errante, farol;
que ânsia, horizonte;
que distância, presença;
que solo, emoção;
que países, Galáxia;
que estresses, estrelas;
que zênite, impacto;
que intensa, profunda;
que letras, magia;
que formas, sentido;
que textos, teoremas;
que idéias, princípios;
que imensa, perfeita;
que graça, milagre;
que arcanjos, fulgor;
que dádiva, Mãe.

Bem mais que luz, primavera;
que audácia, tumulto;
que estética, rústica;
que em paz, desinquieta;
que estática, cíclica;
que cercas, muralha;
que assédio, conquista;
que plantas, concreto;
que escombros, palácio;
que átomos, Deus...

Foto de InSaNnA

Meu último pedido...

Sairei dessa vida com esse tormento?
Não ter você nos meus braços,
não sentir o doce sabor dos seus beijos,
Morrer de tua ausência,é muito sofrimento !!

Sem sentir o sabor de teus beijos,
não conseguirei chegar aos céus..
Ir para o inferno,será o meu castigo?
Se for para queimar meu corpo,
quero arder de paixão,contigo...

Vejo,que não tenho opção,
morrerei sem o teu sabor,
Mas seja bondoso,uma única vez,comigo
Vem.. satisfaça o meu último pedido
Será a pérpetua felicidade ,
de um fraco coração,
de um último suspiro,
Dê_me,um beijo de extrema-unção?

*************************************
Ainda bem que não chegou a minha hora...rs

Beijos,meus poetas amados !!!

Foto de vthgga

2 de Novembro

Hoje louco no que me era lógico
O amor!
Ao sentir a ausência do que nunca procurei
A sorte!
Perdido em pensamentos que se fazem físicos
O desejo!
Encontro a cura no que me seria insano
A morte!

Eu que viajo neste campo de lápides
Onde corações rachados cantam canções para os anjos
Que de sonetos tristes enlouqueceram
Já que a mentira sempre presente
Esconde o verdadeiro amor nas desconfianças.

Hoje racional no que me era loucura
O amor!
Ao sentir a presença do que sempre achei
A sorte!
Me encontrando carne que se faz pensamentos
O desejo!
Perco a doença no que me seria lógico
A morte!

É que uma vez no caixão darei risadas do mundo
E os corações farão de si, poeiras de saudades
Serei anjo também.
E o amor, a mentira e a desconfiança
Serão coisas de outros dias
E me restarão apenas os sonetos tristes.

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