Átomos

Foto de Joaninhavoa

SONHOS SÃO VIDA

Sonho meu
Tu que surges a qualquer momento não importa hora
Tu que és força, manha e arte
És a riqueza do poder querer
Ser e não Ser
que tem por base tela e pincel
e sinfonia de Hendel!..
Sonho teu
Igual ao meu
És a certeza de verde e oiro!
Gritos soltos de máscaras gregas incorporadas magias, cabos de boa esperança, inacabadas
Cisão de átomos em perpétuos bebedoiros, almas sedentas
que fermentam em contínuos
irreversíveis e coloridos movimentos!
Sonhos meus são Sonhos teus,
são Vida Viva!
Sonhos teus são Sonhos meus
são nossas Vidas!

Joaninhavoa, em 2007

Foto de Carmen Lúcia

Hipertensão

Meu corpo...Uma explosão de átomos!
Partículas candentes inundam o meu ser,
Percorrem cada célula, calor abrasador,
Incendeiam neurônios, isentos de extintor
E a massa encefálica se derrete com o ardor.
Desejos se esparramam, pensamentos se inflamam,
O coração bombeia velozmente nas veias,
O sangue que caminha pressionando sem noção...Hipertensão!
O ar vem devagar, reclamam os pulmões,
Volúpia do querer, ápice da paixão,
Suores persistentes, calafrios e tensões...
O rubor nas faces denunciam estupor,
Na garganta um alarido abafado, comprimido,
E mantenho meu desejo calado, reprimido.

Foto de Sentimento sublime

" Física" .....Osvania Souza

"Física"

Descobri na física.
Que no pequeno espaço.
Em que meu ser habita.
Existe nele um fluxo.
Cujo nome é energia térmica.
São elas as somas energéticas.
Dos meus átomos e moléculas.
Fazendo grandes movimentos
Mexendo com meus sentimentos.
Movimentos de agitação.
Fazendo pulsar meu coração.
Que o calor do meu corpo.
É tão simplesmente.
Energia de transmissão.
Distribuindo calor humano.
Aos meus amigos e irmãos.
Sei também que ele possui.
Uma temperatura agradável.
Essa tal grandeza física.
Que é também mensurável.

Osvania

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

PLANOS ETERNOS.

PLANOS ETERNOS.

Se penso no amanha...
Logo vem a responsabilidade do hoje...
Se insisto que a vida é irmã...
Alguém que amo parte pra longe!!!

Se traço um caminho...
O destino insiste em mudar...
Não sei se ando, ou fico sozinho...
Ou se procuro alguém para dividir o caminhar!!!

Enquanto o tempo passa...
Não se vê o pensamento...
Só quando ele para...
É que flui o sentimento!!!

Milhões de átomos e moléculas...
Ativam nossa biomassa...
Ao tentar atravessar as épocas...
Descubro que o tempo não passa!!!

O que passa é somente a matéria...
Que insistimos em querer conservar...
O que fica é apenas a essência...
Somos apenas ela, e nunca vamos mudar!!!

Foto de Joaninhavoa

Sonhos são Vida

Sonho meu,..
Tu que surges a qualquer momento, não importa hora,..
Tu que és força, manha e arte,..
És a riqueza do poder querer,
Ser e não Ser
que tem por base tela e pincel
e sinfonia de Hendel!..

Sonho teu,..
Igual ao meu,..
És a certeza de verde e oiro!
Gritos soltos de máscaras gregas, incórporadas magias, cabos de boa esperança, inacabadas!..
Cisão de átomos em perpétuos bebedoiros, almas sedentas,..
que fermentam em contínuos
irreversíveis e coloridos movimentos!..

Sonhos meus são Sonhos teus,
são Vida Viva!
Sonhos teus são Sonhos meus
são nossas Vidas!

Foto de Dom Quixote - crítico amador

Literaturas Lusófonas

Bem mais que dança, bailado;
que som, melodia;
que voz, sobrecanto;
que canto, acalanto;
que coro, aleluias;
que cânticos, paz.

Bem mais que rubor, saliência;
que encantos, nudez;
que imoral, amoral;
que bosques, fragrâncias;
que outono, jasmins;
que ventos, orvalho;
que castelo, arredores;
que metáforas, rios;
E um pouco além: tsunamis.

Bem mais que naus, sentimento;
que excelsa, nascendo;
que olho, contemplo;
que invade, arrebata;
que vitrais, catedral;
que versos, vertigens;
que espanto, tremor;
que êxtase, pranto;
que apatia, catarse.

Bem mais que contas, rosário;
que prece, amplidão;
que o menino, sua mãe;
que Império, regresso;
que palmas, martírio;
que anúncio, Jesus;
que Ceia, Natal.

Bem mais que alegria, ternura;
que espera, esperança;
que enlevo, paixão;
que adeus, solidão;
que dor, amargura;
que mágoas, perdão;
que ausência, oração;
que abandono, renúncia;
que angústia, saudade.

Bem mais que anciã, joyceana;
que lógica, onírica;
que o Caos, Amadeus;
que ouro, tesouro;
que ode, elegia;
que amiga, inimiga;
que insensível, cruel;
que signos, símbolos;
que análise, síntese;
que partes, conjunto.
E um pouco além: generosa.

Bem mais que efêmera, sândalo;
que afago, empurrão;
que clássica, cínica;
que exceto, inclusive;
que inserta, incerta;
que adubo, arrozal;
que oferta, procura;
que unânime, única.
E um pouco além: tempestade.

Bem mais que ouvida, vivida;
que austera, singela;
que pompa, humildade;
que solta, segredos;
que fim, reinício;
que um dia, mil anos.

Bem mais que reis, majestade;
que jus, reverência;
que casta, princesa;
que moça, menina;
que jóia, homenagem;
que glórias, grandeza;
que ocaso, esplendor;
que espadas, correntes;
que fatos, História;
que Meca, Lisboa.
E um pouco além: messiânica.

Bem mais que pingos, Dilúvio;
que água, Oceano;
que mares, o Mar;
que porto, Viagem;
que cais, caravelas;
que rochedos, neblina;
que vôo, Infinito;
que Abysmo, gaivotas.

Bem mais que a tribo, navios;
que lanças, tristezas;
que campos, senzalas;
que bodas, queixumes;
que soul, sem palavras;
que o tronco, maldades;
que ais, maldições;
que feitor, descorrentes;
que mandinga, orixás;
que samba, kizomba;
que “meu rei”, Ganga Zumba;
que olhos baixos, quilombos;
que discordo, proponho;
que cedo, concedo;
que escravos, Zumbi.

Bem mais que brisas, Luanda;
que ondas, Guiné;
que amarras, Bissau;
que o azul, São Tomé;
que náutica, Príncipe;
que axé, Moçambique;
que opressão, Cabo-Verde;
que fragor, linda ao longe;
que injusta, perversa;
que abutres, pombinhas;
que trevas, pavor;
que rondas, terrores;
que bombas, crianças;
que tágides, ébano;
que o Sol, rumo ao Sol.

Bem mais que luar, nua e crua;
que longínqua, inerente;
que ornamento, plural;
que ira, atitude;
que abstrata, denúncia;
que conceitos, Nações;
que Camões, mamãe África.

Bem mais que ética, ascética;
que pro forma, erga omnes;
que embargo, recurso;
que emoções, decisão;
que rodeios, sentença;
que Direito, Justiça;
que leis, Lei Maior.

Bem mais que flor, Amazonas;
que improviso, jeitinho;
que frágil, incômoda;
que alvor, cisnes negros;
que escrita, esculpida;
que lírios, o campo;
que veredas, suindara;
que denúncia, ira e dor;
que bonita, pungente;
que amena, os sertões.
E um pouco além: condoreira.

Bem mais que lares, veleiros;
que adeuses, partida;
que feitos, missão;
que honras, repouso;
que canto, epopéia;
que mística, fado;
que areias, miragem;
que sonhos, delírio;
que vozes, visões;
que acaso, destino.
E um pouco além: portugais.

Bem mais que errante, farol;
que ânsia, horizonte;
que distância, presença;
que solo, emoção;
que países, Galáxia;
que estresses, estrelas;
que zênite, impacto;
que intensa, profunda;
que letras, magia;
que formas, sentido;
que textos, teoremas;
que idéias, princípios;
que imensa, perfeita;
que graça, milagre;
que arcanjos, fulgor;
que dádiva, Mãe.

Bem mais que luz, primavera;
que audácia, tumulto;
que estética, rústica;
que em paz, desinquieta;
que estática, cíclica;
que cercas, muralha;
que assédio, conquista;
que plantas, concreto;
que escombros, palácio;
que átomos, Deus...

Foto de jgdearaujo

Metafísico

Há muita metafísica em pensar em nada...
Há nada em que pensar... a vida não se explica.

O brilho das estrelas, por quê?
O calor do sol, por você?
A existência de Deus, crê?

Viemos? ...
Se vamos? Para onde...
Algum propósito?
Divino?

Poeira cósmica não pensa...
Não interpreta...
Resultado dos elementos
Combinados... Átomos, meros átomos
Não compreendem... A vida não se explica.

Pra que explicação? Pra quê?
Se a beleza da poesia é pra ser intuída,
Se o brilho das estrelas é pra ser admirado,
Se o pôr-do-sol é pra ser cultuado...
Se a sua pele é pra ser sentida.

Pra que ciência, se o sabor da sua boca
Persiste... insiste... existe. Com certeza existe.
Se o pulsar do seu sexo domina
Envenena...fascina... sobretudo alucina.

Há realmente muita metafísica em pensar em nada,
Por que pensar leva a nada... O caos não se explica.

O que importa, sente-se... Jamais se compreenderá...
Jamais se explicará a sensualidade do vermelho
A preocupação em agradar o espelho
A corrida por mais e mais dinheiro...
Se a morte é certa... Uma porta aberta.
(eu preferia que fosse uma janela ... Queria escapar).

Estava certo Pessoa... Pensar faz mal
E não ajuda... Não faz entender...
Há muito mais encanto em pensar em nada,
Há muito mais encanto em viver...

Foto de miguel fernandes

Naquela tarde

Neste momento olho para a janela e quando vejo a chuva a cair e a bater no vidro busco inspiração... tudo e nada me sai...parece-te estranho... confuso até... Creio estar naqueles dias...dias em que tudo parece turvo e cinzento, mesmo quando olho para as árvores do jardim que transbordam de tons de Outono, ora com folhas vermelhas de paixão ou amarelas como os girassóis num campo de Verão.

E assim...
procuro-te no vazio ...
na luz que me guia,
talvez me perca,
talvez escute a razão,
prefiro ignorar...

as palavras brotam...
numa insustentável leveza...
pairam no ar como partículas de átomos
somam-se as dúvidas e subtraem-se as certezas...
nada se conclui...
apenas o fogo que me atiça
me aquece a alma nesta tarde
gélida, nostálgica

ora ...
na cama, os beijos que saem da
tua língua descem em torno do meu
corpo que transpira de desejo...
loucura, mas doce, como o mel
das tuas palavras
que no escuro da noite
soam como flautas de vento
criam melodias... jamais escutadas
apenas por aqueles que ousam amar
sem destino ...correndo contra o tempo
contra tudo e todos...
enfim...
são os cheiros animalescos, feromonas,
dos gritos do interior, emanadas
numa imensidão .. num abismo
e perdidos soltamos um suspiro entre espasmos
orgásmicos... iguais aos teus...
quem me dera ver o mar contigo
escutar as ondas e sentir a espuma nas mãos
molhar os pés e deixar a areia escorrer
entre os meus dedos
entrelaçados nos teus
e agarrados aos laços do teu coração
e tu? queres ver o mar comigo?
vem... se te pedisse muito
escutavas o meu pedido?
por vontade?
chamo o teu nome
procuro criar algo...
num embalo ... surge isto

O poder dos teus lábios que libertam os beijos
o suor do teu corpo e o teu olahr ténue,
deslumbram-me e tu vens
perturbar o meu sono...

e eu como fico?
perdido, sem rumo
procurando o meu norte!

A ti...

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