No fim da pracinha, a casinha,
Caiada de branco,
Portinha de anil.
Prostrada na janela,
Os olhos em quem vem e quem passa,
A menina de olhar curioso
E sorriso malicioso.
A fita nos cabelos
Não esconde a sedução
Do seu sorriso brejeiro,
Que provoca alucinação
Na gente simples do lugar.
O busto apertado no vestidinho branco
De anos atrás, meio esfarrapado,
Com a saia ainda a rodar.
Cintura cingida por outra fita,
Da cor do laço
Que enlaça os cabelos.
A fita abraça a cintura,
Causando inveja
Nos moços que admiram
A menina-mulher,
A moçoila bailarina,
Que vive vendo a vida passar,
Na casinha caiada de branco,
De portinha cor de anil,
Onde mora a menina
Com os olhos da cor do mar.