Anos

Foto de Snaide

Passar dos Anos

Quando por outra estrada tu seguires, não te esqueças do meu amor e que sofro por ti. E se tu pensares que nunca mais te quero, procure recordar dos meus versos tristes e apaixonados.
Quando as lágrimas te sufocarem o coração e não mais conseguir enxergar com clareza, procure-me, pois com um beijo apaixonado te secarei o pranto.
Porém meu amor, se com o passar dos anos tu me quizeres de volta, corra até a praia e abrace todas as ondas, pois é meu corpo ainda por te amar.

Foto de yeliel

Análise duma poema de Luís de Camões

Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida, descontente,
Repousa lá no Céu eternamente
E viva eu cá na terra sempre triste.

Se lá no assento etéreo, onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.

E se vires que pode merecer-te
Algua cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te,

Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.

Este poema não intitulado, escrito por Luís de Camões, apresenta como tema principal a paixão do sujeito poético para coma sua amada, que, para tristeza, morreu jovem. Como a amada do sujeito poético já se despediu para sempre, o tom desse poema é simplesmente revoltado por um ambiente amargo e triste. O poema também tem a função de revelar a saudade do sujeito poético à sua amada que, provavelmente, o pode ouvir do céu. O poema é constituído por quatro estrofes, duas quadras e dois tercetos. As duas quadras apresentam rima interpolada e emparelhada e os dois tercetos rima cruzada.
A primeira estrofe introduz a situação dos amados. Logo no início do poema, o sujeito poético invoca a sua amada emocionadamente através da designação amorosa “alma minha gentil”, dando-nos a conhecer que o poema é dedicado a uma pessoa que ele ama com alma. Depois desta apóstrofe, também no primeiro verso, revela que ela já tinha falecido. O verbo “partiste” neste contexto tem o significado de morrer, mas o sujeito poético não quis utilizar “morrer” para nos dizer que a sua amada só partiu para um mundo diferente, mas continuará viva. No segundo verso, o advérbio de intensidade “tão” reforça o adjectivo “cedo” dizendo-nos que ela morreu ainda muito nova. Nos dois versos seguintes o sujeito poético mostra outra vez que acredita que a sua amada continua viva através do verbo “repousa”; o determinante demonstrativo “lá” fez o céu parecer não tão misterioso por ser o local onde ela vive. Note-se que “Céu” é escrito com maíuscula referindo-se ao “Paraíso”. Os advérbios “eternamente” e “sempre” são muito intensos, ambos são sem fim, com a ausência da noção do tempo. Os dois amados estão assim separados pelo céu e terra, pelo que não se vislumbra reencontro.
Na estrofe seguinte, o sujeito poético faz um pedido para a sua amada não o esquecer. O “assento etéreo” é referido como “céu”. Ele suplica para que no céu as pessoas vindas da terra continuem a ter a memória do que se passou com eles quando estavam na terra, para que a sua amada não se esqueça “...daquele amor ardente / Que já nos olhos meus tão puro viste” (es2,vs3-4). A expressão do “amor ardente” está a realçar o quão apaixonado o sujeito poético está pela sua amada, amor que está escrito nos olhos puros dele. Como o adjectivo “puro” significa sem mistura, e os “olhos” são a porta para a alma e coração, caracterizando os seus “olhos” como sendo “puro(s)”, ele quer dizer que tudo nele é somente a paixão verdadeira e honesta por ela.
O terceto que vem a seguir diz exactamente como ele ficou depois de ela ter morrido – doloroso, magoado e sem remédio, que são apresentados em forma dum assíndeto no último verso da estrofe “da mágoa, sem remédio...”. A amada do sujeito poético é como se fizesse parte física e psicológica dele, porque, depois de a perder, ele ficou “sem remédio”.
Na última estrofe do poema, o sujeito poético pede a sua amada para pedir a Deus para que ele morra também mais cedo, para poder ver a sua amada. Na segunda parte do primeiro verso, houve uma inversão “..que teus anos encurtou”. O verbo “encurtou” está, mais uma vez a referir que a morte da sua amada é jovem de mais, a sua vida foi curta de mais. O segundo verso é o pedido que ele quer que a sua amada faça a Deus, o advérbio de intensidade “tão” serve para enfatizar “cedo” que ele também quer morrer, e o desejo que ele quer ver a sua amada. Finalmente, o sujeito poético não se esqueceu de relembrar outra vez a insatisfação que sente pelo facto de o destino ter levado a vida da sua amada demasiado depressa. “Meus olhos” é uma sinédoque, “olhos” é apenas uma parte do corpo mas está a representar o corpo todo, os olhos não podem ver a sua amada é mesma coisa de estar separada dela. Neste verso também o advérbio “cedo” que se está a referir à morte da sua amada, este “cedo”, juntamente com o do verso anterior, formam uma epanalepse. Por fim, a utilização de vários pronomes de segunda pessoa “te” ao longo do poema faz-nos pensar que no pensamento do sujeito poético, no mundo só existia ele e a sua amada.

Foto de Edson Rodrigues Simões Diefenback

Medo

Era uma palavra... Apenas uma palavra e, no entanto, os meus lábios selaram anos de inconformismo e dor.
Como se o organismo se recusasse a ser feliz, a fazer as coisas bem...
Sabes que deixar de ser "eu", para ser nós é um processo lento e nem sempre bem sucedido.
A mente é dona de estranhos buracos e armadilhas.
Penso que também sabes isso.
Por isso torna-se inútil dizer-te palavras que conheces e mesmo assim recusas entender.
Dói-me lembrar-te ajoelhado a meus pés a implorar perdão por um pecado que nem sabes que cometes. Dói-me porque queres apagar as minhas lágrimas com as tuas.
Era apenas uma palavra... uma palavra a negar a estranha necessidade de ser teu sem o ser.
Sabes que quis fugir? Fugir de ti, fugir do amor que te tenho e me prende as asas... Fugir de ti e consumir-me nesta infelicidade mórbida.
Ainda assim, agarraste-me com força, as lágrimas a escorrerem-te pela face, a desfazerem-te o coração.
Sabes que sou cobarde? Sim... profundamente cobarde.
Estupidamente cobarde e, no entanto, amas-me assim. Ou aprendeste a amar-me.
Qual das duas foi, interrogo-me... Mas por muito que o faça nunca vou descobrir.
Porque as tuas mãos se selaram em volta das minhas, os teus braços esmagaram a minha cobardia, o meu medo de amar.
Ser feliz nem sempre é fácil, sabias? Ser feliz, às vezes, também dói. Porque ter-te a meu lado é toda a minha felicidade, a minha única felicidade e, no entanto, por vezes, parece-me tão distante, tão hercúleo.
Mesmo quando abafas as minhas lágrimas nas tuas.
Já te disse que ficas lindo quando choras? Na infelicidade também existe poesia. Nos teus olhos perfeitos de lágrimas também existe amor. E, por isso, é belo.
É nas tuas lágrimas que vejo o meu coração. Porque ele está dentro de ti. Numa profundidade que só as lágrimas alcançam.
Sim... é em ti que vivo e no entanto quis fugir de ti, trazendo a morte no regaço.
Porquê, perguntas-me tu, e deitas-te em mim, e sufocas-me de beijos e amor.
Porque amar-te é a única coisa que não sei fazer. Porque me surpreendo a cada dia com este amor. Porque ele me ultrapassa e me enche de maresia.
E por isso amor, tenho medo. Medo da grandiosidade. Medo de precisar de ti mais do que precisas de mim. Medo de acordar de um sonho e morrer a recordar os teus lábios...
Medo do medo de amar.
E ainda assim, enlaças-me em ti.
Quero-te, dizes tu. E eu sei, estranhamente, que é verdade. Sei... e assim silencio o medo, apago as lágrimas e adormeço em ti.

Foto de Angela Maria

Quinze minutos talvez...

Para declarar meu amor por você.
Poderia até ser menos talvez,
Só queria a tua atenção se preciso for.
Para poder chama-lo de meu amor!
Quinze minutos me bastariam.
Para te-lo nos meus braços,
E jamais deixa-lo sair.
Se eu pudesse duplicar esses minutos,
Por intermináveis horas;dias;anos.
Ou por uma eternidade quem sabe,
O verdadeiro amor não precisa de hora marcada.
Nem minutos ou segundos,
Apenas estar um nos braços do outro.
Como eu e você;quando estamos juntos!
Para poder ama-lo plenamente,
Quinze minutos para ama-lo seria pouco.
Eu tenho necessidade;porque somos duas metades,
Que se completam;porque vives dentro de mim.
Eu vivo no teu pensamento!
Preciso dos teus beijos;dos teus carinhos.
Do teu corpo para aquecer o meu,
Para proteger-me dos meus medos.
Para enxugar minhas lágrimas;com seus beijos!
Somos homem e mulher;macho e fêmea,
Sou as ondas ;você o mar.
Somos todos os lugares existente;diferentes.
Quinze minutos posso ser teu amor envolvente!
Posso ser a ré;você a testemunha,
Você é o morango;eu o chantily.
Quinze minutos...
Posso ser teus sonhos;você meus devaneios!

Foto de Joãozito

Tarde de mais (Florbela Espanca)

Quando chegaste enfim, para te ver
Abriu-se a noite em mágico luar;
E para o som de teus passos conhecer
Pôs-se o silêncio, em volta, a escutar...

Chegaste, enfim! Milagre de endoidar!
Viu-se nessa hora o que não pode ser:
Em plena noite, a noite iluminar
E as pedras do caminho florescer!

Beijando a areia de oiro dos desertos
Procurara-te em vão! Braços abertos,
Pés nus, olhos a rir, a boca em flor!

E há cem anos que eu era nova e linda!...
E a minha boca morta grita ainda:
Porque chegaste tarde, ó meu Amor?!...

Foto de augusto cedric

AO MEU CORAÇAO

Pelo seus olhos eu conheci,
um mundo pela qual nunca imaginei existir.
transportando-me além das mesquinharias dos mortais...
E pude sentir uma graciosa fênix rexistir e correr em minhas veias com uma sentelha divina,tomando forma de um amor ardente, que durante vinte e um anos, eram cinzas maquiadas nas decepções do tempo...
E diante do supremo juíz senti ser um prisioneiro meu, exilado por omitires o teu amor, deixando-me no vão das perguntas(...)
Pois busco em tí, o amor que nos falta, que nos consola, ensina, amadurece, nos apaixona e nos aproxíma do que juntos tememos...
Sei que ainda não é paixão o que vi naqueles negros olhos, que brilharam mais que estrelas e que refletiam outrorá o desconhecido por muitos mortais.
Porém acreditei no vivo fogo que me corria o corpo sem se ver, mas apenas senti que era por você, o motivo de me encontrar assim...
Sem começo, meio ou fim...!
Eu apenas acreditei em todo aquele contentamento ja descontente...!!!, que a esperança trás ao dormir em sua própria descrença, na falta de teu corpo fiel.
Porém,
Se me amares verdadeiramente? ame sabendo por que me amas.
Se me tocares em forma de um carinho?saibas por que estais a me tocar.
E se me queres ao teu lado? saibas por que estais a me querer.
Sei eu por que amo-te, toco e vos quero ao meu lado.
Pois a flor do amor é rara como um anjo de Deus, e que quando nos chega a florar, tende a nos deixar cegos filhos da segueira...
Mas não incertos sobre um futoro, de um dia sermos três.

Foto de Luna_Platha

O universo se apaixonou por nosso amor!

Veja
Olha pra mim,
estou diante de você,
porque foges assim?
Despertei de um sonho,
você ainda permanecia,
estavamos no Éden,
jardim imortal que não desvanecia.
Mas sei, estou aqui,
pra realizar-te os desejos,
pra afagar-lhe os medos,
pra fazer de nossas almas um portal,
pra fazer de nosso amor imortal.
As lágrimas minhas que correm,
vão ao seu encontro,
são produtos de alegria,
tristeza, amor, confronto.
Todas as vezes que acordamos,
mesmo em outras décadas, séculos, anos,
a nossa sina tende a permanecer,
minha missão sempre fora guiar você.
Encontro-te da mesma forma,
frágil, perdido com o medo que o transtorna.
E sem ao menos compreender minha vida,
Busco fé e sentido,
pra ajudar um alguém,
que como eu está perdido.
Todas as vezes que nossas almas se separam,
nossos laços ultrapassam os deste mundo,
e voltamos, vivemos, nos encontramos,
com sentimento ainda mais profundo.
é como se por todo o sempre,
juntos vivêssemos,
o universo apenas conspira,
pra que jamais nos perdêssemos.
É bem mais que espiritual,
é Eros que torna Psique imortal...
Amo você
Apenas isso me retira do sepulcro,
me fazendo reviver.
E é assim desde a criação,
do primeiro sopro de vida
à nossa destruição.

Foto de Tom cruise

Tempo perdido...

Não mais,caminhar na praia
Não mais,outro entardecer
Não mais, a brisa que diz vai chover
Não mais,as luzes da cidade
Não mais,me dizendo que
Não mais,é tanta coisa pra viver...
Eu que tanto quis guardar meus dias
Eu que tanto pensei com medo de tentar
Já não mais, não mais brigas
Dão chances de errar...
Ah quando eu penso
Que tudo poderia ser...
Ah quando eu lembro ...
Que era só querer...
A fumaça sai de meu olhar
E eu tento não ver, tento negar
Que este no espelho já não sou mais...

Agarro meu sonhos entre minha mão
mas por entre meus dedos eles se vão
Ah se eu pudesse voltar atrás
Juro eu viveria a cada dia
Mas tão fraco já não posso mais
Recuperar os anos que deixei pra trás
Andaria na chuva
Pularia no mar
Te diria tudo que deixei de falar
Não mais, não mais, não mais,...
Gostaria de agradecer a todos os comentarios e dizer que essas sao apenas palavras de um garoto que morre de amor por sua namorada alias mulher de sua vida...!Obrigado.

Foto de laurinda malta

crianças, inocência nata

Irrequietos, dóceis brincam com objectivos inocentes, e firmes do que querem;
São crianças de várias idades, ingénuas, alegres, reguilas, atentos e aprendizes;
Inocência vivida num infantário, ou como companhia, as pedras duras das ruas,
Alegria convencida, comungada nas brincadeiras de uns sorrisos malandros petizes.

Crianças trabalhadoras em peças didácticas, ou em castelos de areia gelatinosos;
Traquinices em olhares lindos, vestidos de encanto, magia e imaginações subtis;
Sonhos e desejos por vezes adquiridos e manipulados em choros soluçados,
São realidades infantis, meiguices espontâneas, em abraços e muitos corações em xis...

Rebentos novos, florescem ao som do vento e da raiz protectora e amorosa,
Folhas crianças, trepando os anos da meninice abandonando a inocência mas com alegrias,
Meninos e meninas, azuis e cor-de-rosa, pedidos humildes numa mãozita carinhosa,
Olhares vivos, atentos às oportunidades repetidas da agitação de todos os dias.

Foto de Tom cruise

O rastro de teseu...

Se dissesses que foi outra mentira
qual as que,
bem sei, contaste para me
proteger,
meu céu ainda teria tua voz,
meus sonhos ainda teriam as tuas mãos
cobrindo meu corpo frio
quando a noite vem... Mas agora eu sei...
me deixastes na trilha para morrer.
Levaste minhas asas para que
eu não te alcançasse e para que
nunca mais
tivesses que olhar meus braços
frágeis se abrirem ao te ver chegar...

Tão cinza quanto podes retornar
e ser
levado ao perder da vista
pra sempre
sem ver que não me deixaste chorar
pra devolver ao mundo o que já
comia meus horizontes
porque não sei como esquecer...

me deixastes na trilha para morrer.
Levaste minhas asas para que
eu não te alcançasse e para que
nunca mais
tivesses que olhar meus braços
frágeis se abrirem ao te ver chegar...

E por anos eu te segui sem
ver que errava
qual tua sombra incerta
a me entorpecer.
Mas hoje sigo meus passos pra trás...
Carrego teu sangue nas veias
mas minhas lágrimas marcam
o caminho, enfim à luz do dia...
à luz do dia...

(d.o.d)

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