Amor

Foto de Jardim

foram eternos dias

foram eternos dias a te procurar até que enfim desistisse, guiado por uma inútil esperança até que esta em pó se desfizesse. tanto foi o tempo a te modificar que te tornaste como quando não existias. voltaste a ser como se nunca tivesse te encontrado, quando não sabia que havias nascido, alguém que passava por mim anônimo na multidão. os lençóis que nos envolviam já não existem. somos o que não éramos, o que poderíamos ter sido, o que nunca fomos. foram dias e dias, insano e cego, oco e roto, até me convencer que nunca te conheci, que minhas mãos nunca te tocaram e te percorreram, que nunca me enrosquei na textura dos teus pelos, que nunca conheci teus medos, que nunca deitaste a meu lado e repousaste tua cabeça sobre meu peito, que nunca fizemos planos, que nunca invadi tuas fendas. me concedeste a chance de estar livre de meus enganos.

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foi preciso te encontrar

foi preciso te encontrar para perder o meu chão e minha pátria, para mergulhar em exílio voluntário e esquecer o nome da terra em que piso. foi por causa de teus descaminhos que se embaralharam minhas rotas e acabei por aceitar meu destino: já não podia mais ser salvo, já não havia mais resgate. por causa deles desfiz minhas fronteiras e me tornei meu próprio horizonte, minhas vontades fora de meu alcance. vassalo de tuas ambições, súdito de tua sorte. foi por causa do que dizias que meus ouvidos se tornaram escravos unicamente do que fosse teu eco. foi por ouvir teus ruídos e tua respiração enquanto me afundava em ti que acreditei que pudesse ser teu dono e que também me possuías. foi por me tocares como só tu sabias e por causa do cor de rosa de nossas línguas a se enroscarem que mergulhei submisso no desconcerto, como um náufrago que desiste de lutar. restou a certeza de que não seria possível acordar ao lado de mais ninguém a não ser que voltasse a ser eu mesmo.

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guardei para ti

guardei para ti rosas e versos, construí cada palavra, pus em cada
uma um gosto de sol e mel, busquei matizes e luzes. aguardei que
sobre elas derramasses teu sorriso ao encontrares ali o teu nome.
minha satisfação brotou entre as pétalas do jardim. o que fiz foi para
esquecer as lágrimas já que agora somente teus dedos correm pelo
meu rosto.

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algo se quebrou no universo

algo se quebrou no universo e sombras emergem da carcaça do mundo com a incessante enunciação de um espaço vazio. eterna e triste é a noite, esse território onde me vejo apátrida, refugiado, imigrante, deslocado. sob o signo do improvável minhas fronteiras são traços arbitrários criados por tua partida, limitados pela imprecisão daquilo que me resta por viver. compulsoriamente recebi de ti outro itinerário, outra viagem, outra existência, que perpassam a simetria da ambiência que foi tua. estranhamente tu permaneces, acima do tempo-espaço, tuas antigas mensagens suturadas ao mutismo da minha boca. como se tivesses abolido os calendários e os relógios, como se o que vivemos não possuísse mais existência concreta, ambos metamorfoseados em seres abstratos. na fuga ininterrupta deste pesado cenário em dissolução, a contínua convulsão enquanto percorro distâncias intermináveis sem outro objetivo definido a não ser a sobrevivência. sem mapas ou direção, sem me comover, acompanho surdamente a paisagem. procura e perda, presença e ausência: estranheza ao lembrar a textura de tua pele, os teus argumentos e os meus enganos. resta esquecer teus contornos, esquecer ferida e cicatriz. esquecer os lugares que compartilhamos. esquecer teu instinto, o espaço que ocupavas, teu toque. esquecer cada vértice de sentido em nossas histórias e me atirar à desordem das procuras e dos encontros possíveis.

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antes que eu pudesse

antes que eu pudesse me dar conta, desde o princípio, antes mesmo
de te conhecer, já te amava. cultivava este amor repleto de
promessas imprevistas, em outro hemisfério, em terras distantes, em
outro continente, por cruzar mares e oceanos até me encontrar. já
amava a tua cor e o teu toque, tuas palavras antes que as ouvisse, já
previa o emaranhar de nós e nosso abraço, minha ânsia em percorrer
teus relevos e teus segredos, teus pelos em minha boca, a umidade
entre tuas pernas. já tinha minhas mãos à espera das tuas, sempre
aguardando a tua chegada, o momento delas envolverem os teus
peitos. te esperei, repleto de histórias de outras tantas que se
desvaneceram no momento em que teus lábios se encontraram com
os meus.

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será que consegues

será que consegues entender que algo em mim passou a bater fora
de seu ritmo, que por onde passo já não tenho pressa, que as noites
deixaram de ser uma busca feroz, que as estrelas, agora as conheço
pelo nome, que naquilo que enxergo surgiram prioridades? será que
percebes que mesmo acordado meu mundo se enovela em sonhos e
que a trama da realidade coaduna com eles tornando mais leve o
tempo? será que escutas a música que eu ouço quando nosso olhar
se encontra no meio de uma conversa e de repente entre nós se faz o
silêncio? ansioso por tocar teus cabelos meus gestos denunciam
minhas intenções quando estou ao teu lado. será que desconfias que
chegar a ti foi o mais difícil dos caminhos, o mais improvável dos
acontecimentos, um lance de dados que não aboliu o acaso? será
que imaginas a extensão da minha fome a te devorar com os olhos, a
ânsia de tocar tuas pétalas e nelas colher o perfume que fabricas?
será que entendes, nas pistas que deixo, na cadência da minha
respiração, a inquietude a que me entrego, até nos menores atos,
nos momentos mais fugazes? mesmo que não enxergues o óbvio,
sigo assim, sem ruído, me aprendendo um pouco mais a cada
instante, me surpreendendo, me reciclando, me recriando, me
reinventando, sem querer apressar as horas, sem precisar de nada
além de que existas.

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Foto de Jardim

um dia

um dia
e mais outro dia.
a mesa posta,
os copos, talheres, o amor
de antes agora em algum
canto da casa escondido,
quem sabe talvez
em algum hotel
nas últimas férias
esquecido.

um dia,
outro dia.
os filhos que crescem,
novas intrigas;
o mesmo canal,
uma outra novela;
o carro novo,
os mesmos caminhos.

um dia
e depois
outro dia.
a data esquecida,
novas dívidas,
os mesmos compromissos.
novos comprimidos
e os pratos
sobre a pia.

outro dia,
o relógio, de manhã,
implacável
em sua sentença:
somente um banheiro,
o café, a manteiga fria,
o cigarro,
a porta que bate
e a água que cai
do chuveiro.

um dia
e mais outro dia.
comprar presentes,
escolher verduras,
escolher um vestido.
visitar parentes
que há algum tempo
não se via.
em suas vidas
um espelho,
uma estranha simetria.
antigas mágoas
não movem,
emperram moinhos.

mudar os móveis de lugar,
mudar a cor do cabelo.
a menstruação que não vem,
a tabelinha
e as camisinhas
dos filhos.
e as roupas sujas
de mais um dia.
o amanhã parecia tão distante,
muito adiante
da próxima esquina.

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Foto de Francisco Petrônio Ferreira de Oliveira

Acasalamento

Meu bem, de olhos de sanhaço na muda
desancou-me, deixou-me assim, tão ai
que nidifiquei de amor.

Foto de Jardim

o amor acaba

o amor acaba.
como um castelo
de cartas, um viaduto
que desaba.
só se percébe.
no sábado ao se acordar.
quando tudo silencia.
na praia.
no fim
da tarde.
ou durante o jantar.
quando se repara.
o brilho do anel
que já não brilha,
o vinco na memória
que falha, o canto
de morgana que anuncia:
todo ser que se móve.
é uma ilha.

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Foto de Moisés Oliveira

Nosso dia

Foi um curto espaço de tempo, mas pude te conhecer, não vivi tanto a vida contigo, mas aprendi a amar você.

A convivência nem sempre é fácil, as vezes nos faz confundir, já te deixei entrar na minha vida, agora não quero deixar sair.

O tempo é físico e relativo, algo que se pode mensurar. Ele difere do amor que sinto, pois já não posso contar.

Tens defeitos que me tiram o sono, me podem fazer desistir, as qualidades são um balde cheio, te agradeço por existir.

hoje é dia de comemorar o que somos, estejamos ou não preparados, com espaço, limite, barreira ou tempo, amo ser seu namorado.

Feliz nosso dia minha namoradinha, não vejo a hora de te abraçar, a cabeça as vezes atrasa, o coração já aprendeu a te amar!

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