Amor

Foto de Laksmi

Você me tem (Laksmi)

Você me inspira paz. Você me tem.

Ao acordar por um pesadelo assustada

Uma imagem sua ao meu lado se senta

E me acolhe com um afeto sem igual.

E faz com que eu me sinta amada

E essa terna lembrança me apacenta.

Recebo dos pássaros o canto matinal

E nesse instante, você me tem...


Você me inspira paz. Você me tem.

Eu sigo, mais uma vez, o caminho

Que costumo todas as manhãs traçar

Pensando no que gostaria de lhe dizer,

Pensando em como é triste ser sozinho

E não ter com quem dividir e conversar,

E pensando: "Que bom que conheci você!";

No meu trajeto, você me tem...

Você me inspira paz. Você me tem.

Observo atenciosamente o mundo,

O mesmo que nos cerca nesse momento,

E descubro dor, egoísmo e insensatez.

Mas em você, vejo um carinho profundo

Capaz de converter qualquer tormento

Num róseo estado de leve embriaguez.

Na minha alucinação, você me tem...

Você me inspira paz. Você me tem.

Muita gente num dia passa por mim

Mas eu desejo seus olhos o dia inteiro

E algo parece explodir em minha alma.

Se escuto sua voz, um pouquinho assim,

Mesmo que por um instante derradeiro,

Volta então ao meu coração a calma.

Nas horas de ausência, você me tem...

Você me inspira paz. Você me tem.

Procuro a saída desse vale perdido,

Labirinto obscuro de meu devir

Onde se camufla a minha inocência.

Tudo que há é um amor escondido

Que me faz chorar, que me faz sorrir,

Que me faz admirar sua inteligência.

Entre livros e saberes, você me tem...

Você me inspira paz. Você me tem.

Numa caixinha de estrelas flutuantes

Guardei meus sonhos mais angelicais

Para presenteá-los ao meu lobo amado

Numa noite de prazeres inebriantes

E no ar um perfume de notas musicais

Com versos de vaga-lume apaixonado.

No sono solitário, você me tem...

Você me inspira paz. Você me tem.

Não importa se eu me puser a negar,

Nem se meu refúgio secreto ruir

Porque ainda sentirei esse ardor

Da paixão que hesito em aceitar,

E por mais que eu pense em fugir,

Sempre ouvirei minha voz interior

A, subtil, sussurrar: Você me tem...

Laksmi (Quinta-feira, 10 de outubro de 2002 - 22:04)

Foto de FERNANDO_JOSÉ

Amar-te (Fernando José)

Para a minha amada Rosinha

Amar-te é um sentimento quente

que está sempre presente

que continuamente se sente...

amar-te é ser audaz

é sentir a tua paz

é querer guerra de beijos

ter a coragem de mil desejos

é querer mimo incontido

é um carinho a partilhar

é sentimento bem sentido.


Amar-te ? Oh amar-te, é alegria

é transformar uma noite fria

num quente aconchego

oh !!! amar-te é pintar o sentimento

aquele que sinto cá dentro

de uma forma total e pura

numa tela bem segura

e saber que o tema a expor

pintado não a uma só cor

será sempre o nosso amor !!

Fernando José

Foto de Kikinha

Amor perdido (Kikinha)

Quando te vi

Enlouqueci

E quando te encontrei

Me apaixonei.

Eu te amo

E você pode me amar

Mas não iremos saber

se ninguém nos perguntar.



Mesmo que me ames

Nosso amor não irá durar

Pois a distância irá nos separar

Então só me falta dizer que

TE AMO!

Kikinha

Foto de Patrícia

Adoração (Guerra Junqueiro)

Eu não te tenho amor simplesmente. A paixão

Em mim não é amor; filha, é adoração!

Nem se fala em voz baixa

Foto de Patrícia

Canção Perdida (Guerra Junqueiro)

Hálitos de lilás, de violeta e d'opala,

Roxas macerações de dor e d'agonia,

O campo, anoitecendo e adormecendo, exala...

Triste, canta uma voz na síncope do dia:

Alguém de mim se não lembra

Nas terras de além do mar...

Ó Morte, dava-te a vida

Se tu lha fosses levar!

Ó Morte, dava-te a vida

Se tu lha fosses levar!


Com o beijo do sol na face cadavérica,

Beijo que a morte esvai em palidez algente,

Eis a Lua a boiar sonâmbula e quimérica...

Doce, canta uma voz melancolicamente:

O meu amor escondi-o

Numa cova ao pé do mar...

Morre o amor, vive a saudade...

Morre o Sol, olha o luar!

Morre o amor, vive a saudade...

Morre o Sol, olha o luar!

Lactescente a neblina pálida flutua,

Diluindo, evaporando os montes de granito

Em colossos de sonho, extasiados de Lua...

Flébil, chora uma vez no letargo infinito:

Quem dá ais, ó rouxinol,

Lá para as bandas do mar?

É o meu amor que na cova

Leva as noites a chorar!

É o meu amor que na cova

Leva as noites a chorar!

A Lua enorme, a Lua argêntea, a Lua calma

Imponderalizou a natureza inteira,

Descondensou-a em fluido e embebeu-a em alma.

Triste, expira uma voz na canção derradeira:

Ó meu amor, dorme, dorme

Na areia fina do mar,

Que em antes da estrela d'alva

Contigo me irei deitar!

Que em antes da estrela d'alva

Contigo me irei deitar!

Guerra Junqueiro (1850 - 1923)

Foto de Patrícia

Autópsia do Amor (Gomes Leal)

O Amor - essa paixão romanesca e fagueira -

que os vates têm cantado em bemol comovido,

é, na forma, uma coisa assaz brusca e grosseira,

como o assalto da fera e o ataque do bandido.


Tal e qual como o lobo assalta uma cordeira,

a empolga e lhe crava o colmilho atrevido,

assim ataca o Amor. - São da mesma maneira

o Espasmo, a Fúria, o Uivo, o Estertor, o Rugido.

Nas contorsões do Cio e os seus enlaçamentos,

há o ardor da Serpente, a enroscar-se nas preias,

e a estrangular o touro enorme e mugidor.

E quer cheire ao sertão, ou da Lais aos ungentos,

Nos rosais, num covil, ou de Nero nas ceias,

-são sempre os mesmos ais, o Pranto, o Espasmo, a Dor.

Gomes Leal (1848 - 1921)

Foto de quimnogueira

Poema do grito...(Quim Nogueira)

Na solidão do meu remorso do bem que pude fazer e não fiz,

porque não pude ou porque não quis ?...

Eu revejo meus erros e me transformo em borracha;

borracha que apague a razão de aqui estar !

Na solidão do meu erro, do cometido consciente

ou do inconsciente assumido,

eu choro pelo vazio não preenchido,

pela vaga existente...

Por ficar, não ter ido...


Na solidão da minha mágoa sentida eterna e cadente,

eu revejo a ternura que em ti vive,

o carinho ardente do amor que busquei e... não tive.

Parto então em nuvens de gritos abafados

dum coração que arde sangrando,

não pela cruz que carrego mas pela cruz que outros,

irmãos meus, vão transportando.

As nuvens abafam meus gritos

sufocando as gargantas dos Deuses,

que nos seus pedestais,

me negam suas existências para num só Deus,

eu me mergulhe no cais.

Cais onde aporto meu arfar;

cais onde aporto meu ardor;

cais onde me fico, onde me sinto,

onde sou aquilo que sou !

As amarras então se me soltam e do cais me vejo partir...

Para onde vou ?...

Se é aqui que sinto que sou !...

Então, me agarro mais uma vez

e as ondas me embalam devagarinho...

ora fortemente, ora docemente...

E, então, o frio me invade.

Mas é nesse frio que me aqueço;

no frio das lágrimas dos que lentamente

enchem os sulcos do meu mar, deixando antever,

num só olhar, os adeuses perdidos

os choros sentidos

dum barco, só...a navegar !

E as amarras se me soltam...

e as ondas se revoltam...

e os outros barcos nunca mais aportam !

E na solidão do meu remorso do bem que pude fazer e não fiz,

sinto-me voar em altos céus

desejando vencer a inércia do meu desejo,

lutar a teu lado, meu Deus,

sentir-me junto, como um afago,

vencendo os medos,

vencendo os choros,

vencendo as ondas,

vencendo os gritos !

Quim Nogueira

Foto de quimnogueira

Queria ser o teu relógio...(Quim Nogueira)



...serei o teu relógio...

...dizia-te eu , há pouco...

...o relógio da tua alma e do teu próprio corpo...

...o relógio do teu sabor e do meu sentir...do meu riso...da minha voz...

...incendiando os teus desejos...

...serei o teu relógio...

...dizia-te eu, há pouco...

...o relógio da fruição sonora ecoando dentro de ti...

...não te fazendo esperar como os minutos desta hora deste relógio que há em mim...

...ecoando em ti...

...numa ânsia de libertação de desejos apaixonados...

...num libido mental em constante crescendo...

...serei o teu relógio...

...dizia-te eu, há pouco...

...o relógio das horas alucinadas e felizes dos encontros esperados e desesperados...

...duma espera na ânsia de que o relógio pare...

...e os nossos corpos se encontrem num momento eterno de paixão...

...e ardor, sentindo teu corpo leve de pele acetinada feito...

...deleitando-me com o fogo do teu querer...

...e também da minha vontade de ti...

...serei o teu relógio...

...dizia-te eu, há pouco...

...o relógio das horas sem repouso num corpo morno...

...denso e arrebatador...

...numa onda frenética de prazer e dor...

...nos momentos em que o relógio não conta os momentos de em ti deixar...

...todo o meu amor...

...e... o relógio pára...

...pára, para que o tempo não se esgote...

...pára, para que os nossos corpos se fundam

num misto de agonia...

...num misto de prazer, êxtase e dor...

...e não mais exista a monotonia das horas vividas sem ti...

...e no fim, em espuma me espraiarei sobre o teu corpo lindo...

...deixarei de ser o teu relógio...

...o tempo deixou de existir...

...passarei a ser a tua própria existência...

Quim Nogueira

Foto de quimnogueira

Poema à mulher (Quim Nogueira)



em prosa...

Os meus olhos pousam em ti e todos os meus sentidos te olham num delirar mútuo de atenção.
Vejo o teu corpo e deleito-me na tua alvura. Cheiro o teu cheiro e aspiro a tranquilidade da tua paz.
Ouço o teu respirar lento, como um lamento que não lamento.

As minhas mãos tocam os teus cabelos e envolvem-se neles.

Acerco-me de ti e te toco. Te sinto global e ali inteira frente a mim. Beijo a tua boca e tudo se torna como num festim de doces carícias e sabor a sal.

Estou inteiro no teu corpo inteiro e me sinto nele como sinto o teu corpo em mim. É apenas um abraço, um enlace de braços que apertam sem apertar, sentindo apenas o teu respirar.

Minhas mãos percorrem a tua pele acetinada linda.

Fecho os olhos procurando apenas sentir.

E sinto o desejo crescer em mim e o teu arfar sobe de tom.

Como é bom. br>
A minha boca se cola na tua boca e a minha língua se funde dentro dela como se da tua se tratasse. É apenas mais um enlace. Sinto o teu peito quente junto ao meu e beijo teus mamilos num acto de procura da loucura.

Loucura que me invade lentamente, premente ali presente ou então como se tudo mais estivesse ausente.

Meus braços te envolvem e se descobrem momento a momento como se fosse a primeira vez que no teu corpo se movem.

Sinto o cálido odor do teu corpo quente de amor, oferecendo-se como numa espécie de orgia sem pudor.

Minhas mãos tacteiam centímetro a centímetro toda a tua pele, todos os recantos de teus encantos e se encontram, de repente, sobre o teu ventre quente, dolente.

Afago tuas coxas e as tuas ancas e as aperto contra mim.

Procuro o teu sexo e o acaricio.

Beijo-te completamente num único beijo e me torno desejo do teu próprio desejo.

Te envolvo num abraço mais e te penetro.

És tu que me possuis. Não te tenho, és tu que me tens.

Movimentos doces se entrelaçam como se não fossemos dois mas um só. Os nossos corpos se fundem num arfar profundo de prazer e loucura. Já não sei o que sou, apenas em ti estou. Eu sou tu e tu és eu numa fusão de ser e estar.

Na verdade és tu que me possuis pois eu não te tenho, és tu que me tens pois em ti eu me dou.

Em ti me eternizo.

Quim Nogueira

Foto de Miguel Duarte

Amor de Lobos (Quim Nogueira)

... vou-vos contar uma história de assombrar... e de magia... e de feitiços... e de poesia...uma história de Amor, onde se mistura a racionalidade com a irracionalidade... poderei dizer que é uma história sobre a descoberta do Amor... aquele Amor que está muito dentro de nós, escondido e que, um dia, sem darmos por isso, brota cá para fora e como uma flor bonita, desabrocha aos primeiros raios de sol da manhã...


..seriam cerca das 3 da madrugada quando na esquina da velha igreja daquela velha aldeia lá muito ao norte, quase a perder de vista a sua própria existência, se juntaram em silêncio 4 esbeltas mulheres de longos cabelos

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