Amargura

Foto de Diario de uma bruxa

... de onde eu venho

... de onde eu venho nada pode me deter, nem mesmo o amor pode me domar
vivo cada segundo á fazer com que as pessoas me vejam como realmente sou.
Minha face se esconde por traz de um falso rosto... Não sou a mais bela de todas, mas sou a unica que pode desfazer seu feitiço.
Sou considerada a mais forte, a destemida, mas também a mais frágil e desprotegida.
Busco um único sentido a minha vida... Amargura já tive demais, por isso esta angustia em dizer que não sei amar. Mas sabe! Existe uma unica verdade, o amor só me contaminará, quando o verdadeiro eu encontrar.!

Deby N. M.

Foto de poetisando

Noites de Solidão

Chega a noite e vai embora
Uma mais outra e outra vem
Com elas chega a solidão
Só tu não vens meu bem
Tu não vens como a noite
Nem como vem a solidão
Há noite tudo me dói
Com este aperto de coração
Olho as paredes do meu quarto
Imagino-te com ternura
Fecho os olhos e estou a ver-te
Nestas noites de amargura
Vem a noite e outra vem
Outras que estão a vir
Imagino-me a falar contigo
Tu sem me estares a ouvir

De: António Candeias

Foto de Anderson Maciel

MEIGO OLHAR

Já não penso mais em nada
Só em querer acabar
Com toda a esperança
De um dia te amar

Pois de tudo eu te fiz
Dei minha vida por este amor
Ganhando só amargura
Tristeza, solidão e dor

Tragado assim eu fiquei
Por isso não quero lembrar
Que um dia me apaixonei
Por este meigo e lindo olhar... Anderson Poeta

Foto de poetisando

Há palavras

Há palavras ditas para tudo
Há Palavras são simples palavras
Que muitas podem ser ditas
Há palavras que nos incentivam
Há palavras que nos magoam
Há palavras que nos escondem dores
Há palavras que mais nos baralham
Há palavras ditas com cuidado
Há Palavras que nos dão força para viver
Há palavras que são bem-vindas
Que nos dão até esperança
Há palavras que quando bem ditas
Nos faz alegrar o coração
Há palavra que é raro serem ditas
Por medo de não serem entendidas
Há palavras que de serem tão duras
Só nos podem causar amargura
As palavras quando ditas sem cuidado
Nos podem matar toda a esperança
Há palavras que antes de serem ditas
Têm que ser muito bem pensadas
Não vão elas magoar alguém
Por serem mal interpretadas

De: António Candeias

Foto de poetisando

Tristeza

Tanta noite que eu chorei
Por não ser como os demais
Ter carinhos e um lar
É triste não ter os pais
Quando temos pesadelos
A Precisar do amor
Dos nossos progenitores
Mas só sentirmos dor
É triste sermos criados
Sem carinho dos nossos pais
Sem nós os podermos ter
Como todas as crianças demais
Tanta lágrima chorei
Tanta noite mal dormida
A pensar onde estavam
O que faziam eles na vida
É uma dor que me acompanha
Que não sai do meu peito
Ainda hoje me pergunto
Que mal teria eu feito
Que triste o meu destino
Malfadada a minha sorte
Viver assim como vivo
Porque não me levou a morte
É triste não ter os pais
Mais ainda não os ter
Chamar por eles á noite
Nenhum deles aparecer
Os que foram criados com os pais
Não conhecem nem sabem não
A amargura que se trás no peito
A dor que se trás dentro do coração
Não quero que sintam pena
Pelo que o destino me reservou
Vou vivendo com amargura
Amando quem não me amou
Tanta noite que eu chorei
Por não ter sido como os demais
Ter carinhos e amor
É tristes não termos os carinhos
Dos nossos pais

De: António Candeias

Foto de poetisando

Palavra de honra

Lembro-me do tempo passado
Por cada suspiro que eu dou
De quando era ainda criança
Como tanto tempo já passou

Agora que passei da meia-idade
Tudo me torna a vir á mente
Como hoje está tudo mudado
Já nada é como antigamente

Educação é o que todos vemos
Está pelas ruas da amargura
Não se respeitam os mais fracos
E menos os finados na sepultura

Por cada suspiro que eu dou
Sinto as saudades do antigamente
Respeitava-se a criança e o idoso
O rico o pobre e até o demente

Lembro-me do tempo passado
Como hoje está tudo mudado
Palavra de honra que era dita
Passou a ser coisa do passado

Quando alguém dava a sua palavra
Era dada por um homem de bem
Hoje sai fácil da boca para fora
Honra é coisa que poucos têm

Vemos certos cavalheiros
Da sua honra tanto a falar
Que até quase acreditamos
Da sua palavra irem honrar

Lembro-me de quando era criança
De a palavra de honra se respeitar
Hoje um cavalheiro sem vergonha
Da a palavra de honra por dar

Lembro-me do tempo passado
De tanto tempo que já passou
A honra já deixou de existir
Foi coisa que o tempo levou

De: António Candeias

Foto de poetisando

Tu que viste os teus sonhos desfeitos

Não é fácil ultrapassar os nossos sonhos, mais quando outro nos faz acreditar nesses sonhos.
Sonhos que tu tinhas que até pensavas que os ias realizar, sonhos de ter o teu lar, os teus filhos que até tanto amavas vir a ter, de repente esses sonhos são desfeitos da forma mais cruel que podias imaginar, mas tu até já sentias e até sabias que isso ia acontecer um dia, mas não querias acreditar que fosse possível, mesmo se as amigas/os te chamavam á atenção até ficavas chateada/o com o que te diziam, no fundo sabias que era verdade, mas amavas demais o teu namorado/a para acreditares nisso, agora viste e sentiste na pele no coração e na alma uma dor que te está a consumir, está a destruir-te sentes uma raiva e um ódio dentro de ti por ter acontecido contigo, tu que não fizeste mal a ninguém, que sempre respeitaste o teu namorado/a, agora vês-te sozinha/o porque o namoro terminou e com ele as tuas amigas também desapareceram, “amigas” que tu pensavas serem amigas. Agora que precisas que elas te apoiem, em tudo desde o ouvir-te ao até te convidarem para saíres, para te ires esquecendo desse passado que te está afazer tanto mal, está a destruir-te até como pessoa. Neste momento estás a pensar mas onde param as minhas amigas/os de infância? Onde param as minhas amigas/os que nos acompanhavam quando tinha namorado? E pensas afinal não tinha amigas/os nunca tive, tinha só pessoas que nos acompanhavam não como amigas/os mas mais uns que se juntaram a nós, a vida é mesmo assim amiga/o a sociedade de hoje não é a mesma de á uns anos atrás, mudou a sociedade hoje é cada um por si e o resto que se desenrasque. Pois é amiga/o tens que te haver sozinha/o tens que ser tu sozinha a ultrapassar essa tua dor, essa tua amargura, não te irá ser fácil mas vais ultrapassar tudo, mas não penses que o que passas-te vai ser esquecido não, não vai, vai sempre ficar dentro de ti, só que vais conseguir viver com tudo isso. Vais por algum tempo sentir uma raiva e um ódio que só quando conseguires ultrapassar essa raiva e esse ódio tu conseguirás ter paz no teu coração e na tua alma. Precisas começar a pensar em ti, não no passado nem no futuro o passado é mesmo isso passado, o futuro? o futuro é hoje amanha será outro dia. Começa por te amar a ti própria a estimares-te como tu és, deixa de pensar no que os outros digam ou não pensa primeiro em ti. Porque não começares a pensar, Bolas não é o fim do Mundo o ter terminado o namoro, vou começar a fazer tudo o que me apetecia fazer e não fiz porque havia o namorado/a, vou começar a divertir-me mesmo sabendo que estou sozinha, que não tenho “amigas/os” para me acompanhar as “amigas” que pensava ter. Força amiga/o não há que esmorecer, é difícil? É sim muito mesmo mais que tu alguma vez imaginasses, e quem te disse que a vida é fácil? A vida não é fácil para ninguém, e que tal deixares por um tempo de ouvir aquela musica que tu e o namorado/a gostavam de ouvir? Ou de ir a sítios que te façam recordar esse tempo? Não é deixar de ouvir de ver para sempre, mas por algum tempo, até que comesses a sentir-te bem, quando chegar o dia em que possas falar dele ou dela, aí já podes começar a ouvir essa musica, mas cuidado se ela te fizer abrir a ferida para por mais algum tempo, não convém enquanto estás ainda fraca/o fazer algo que te faça recordar o passado. Desejo-te que ultrapasses essa magoa essa dor esse ódio para te sentires bem contigo própria/o.

Lembra-te que a vida é linda é preciso ver a beleza dela mesmo com amarguras a vida é maravilhosa assim a saibamos viver, vive o hoje com todas as tuas energias, não penses no amanhã, vive um dia de cada vez.
De: António Candeias

Foto de diny

O Amor

O AMOR
O amor está além dos tumultos das vivências
das paixões,
dos desejos,
das multiplicidades de existências e dificuldades
que quase sempre resumem tanto sofrimento,
nesse processo de crescimento.
Enquanto que caminhamos em busca do nosso
verdadeiro "eu" quase sempre tropeçamos,
em nossa visão tão limitada de vida,
e o amor que transcede tudo isso, é e está palpitando
em nós!
Vive em nós!
Move-se em nós!
Nele e através dele o nosso ser se exprime!
Ah esse amor!...
Amor maior: que nada teme,
amor maior: que a vida,
que a morte!
Amor que não conhece limites!
Que está em toda parte;
que é todo ternura mesmo na amargura,
existe!
Amor que é inefavelmente doce,
que acolhe alegremente todo medo,
que dissipa toda tristeza,
que está, onde quer que o busquemos
com amor!
Ah esse amor que tudo compreende!
Que não conhece nem defeito, nem deformidade,
pois está muito além de ambos; é sublime!
E o que bate em mim, ainda que com essa tênue
percepção; é que a natureza desse amor é tão
luz e tão vida!...
Que...
me invade um silêncio enorme, na impossibilidade
de expressá-lo!
Ah o amor é o portal da existência divina.
Diny Souto

Foto de poetisando

Amor

Onde exista muita felicidade
Tem que haver também amor
Quando as duas acabam
Só resta sofrimento e dor
E que linda a palavra amor
Quando é dita com ternura
Mas se é dita só por dizer
Amor acaba em amargura
Quando há amor verdadeiro
É uma felicidade bem sentida
Uma entrega total de almas
Pode ser um amor para vida
Se o amor for bem forte
Trás com ele a felicidade
Momentos de alguma dor
Outros de muita saudade
Não usem a palavra amor
Se não é esse o sentimento
Lembrem-se que ela trás dor
Também muito sofrimento
Palavra amor que sai do coração
É um nobre e lindo sentimento
Para a uma verdadeira felicidade
Não pode ser dita por fingimento

De: António Candeias

Foto de poetisando

Vida

É difícil a minha vida
Pelo que ela me reservou
Só tristeza e amargura
Felicidade ela me a levou
Às vezes até chego a pensar
Porque não tenho eu amor
Esta vida que me é difícil
Só me faz sentir muita dor
Já nem sei se em mim vida existe
Quando forte quero me fazer
Ao destino tento enfrentar
Porque a vida quero viver
De: António C.

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