Altar

Foto de PedroLopes

Vénus

Formas delicadas,
Linhas abençoadas,
de teu corpo.

Monumento venerado,
paraíso gracejado,
de teu corpo.

Mulher amada,
Parcela desejada
de teu corpo.

Ventre amistoso
Teatro prazeroso
de teu corpo.

Fonte inesgotável
Brilho admirável
de teu corpo.

Leves sinais
Esquecidos jamais
de teu corpo.

Perfeito amar
Doce altar
de teu corpo.

Jaz morta
Poética memória
de teu corpo

Postumus Est - Pedro Lopes - Edições Ecopy

Foto de Lou Poulit

Donde Seu Olhar Me Entranha

Donde o seu olhar me entranha

n’alma a sanha de ser mais nobre

e de gastar cada cobre seu

pagando às estrelas lá do céu?

Donde? Ele arremeda um nicho,

espelhado mar de um calmo cais

onde o veleiro sonha com a paz,

repousa as lonas do capricho:

Devoção d’alma cessa jamais.

Donde o olhar sereno esconde

o lapso ingênuo, contundente?

A lápide aceita o nascente,

valente, inerte e soberana

de si, do sol e das estrelas,

de grandeza e miséria humana,

mísera de arroubos, querelas...

Dona das lágrimas de orvalho

deita o olhar, um pálio ao meu pisar,

passar do meu pesar doído,

de lembranças tão vãs vestido.

Donde água doce me oferece,

fadado a possuir carinho

de ondas que me assanham o coração,

ventos se arremessam ao caminho,

mastros, bandeiras e cordames?

Me acossam com fulgores infames,

que emprenham de múltiplas cores

minhas dores de parto, às portas

de íngremes versos, parcas rimas

que julgava, há muito, já mortas!

Como voltasse do vindouro

na mesma trilha em que me embrenho,

sob um poente quente e louro,

prestes a vestir o negrume...

A abraçar seu lume me empenho.

Porque seu olhar permanece

em mim e me vê quando, em prece,

reconstruo n'alma o seu altar.

Porque as dores, quaisquer que sejam,

nunca almejam vencer seu olhar.

Foto de Lou Poulit

Os Instantes do Poeta

Torpes versos que de mim me tocam
Enfocam imersos momentos nossos,
Torpes, trágicos, tacanhos troços
Que fizemos ao sabor do instante.

O meu desafio é escrevê-los
Como novelos arrumadinhos,
Tantos os embaraços do zelo
De crer que viver valeu o instante.

Poesia... Ah, por que não me suplica
Uma relíquia, lembrança boa
No vácuo que de mim se apessoa,
Como um pálio desça ao fim do poço,
Onde cravo essas unhas mestiças
Feitas de uma sucessão de ancestres,
Mestres meus que me vêem tão moço:
Não vejo a luz imensa desse instante!

É nas mais frias noites sombrias
Que, ausentes a lua e os seus amores,
Mais ouvimos os nossos tambores
E mais cintilam brilhantes instantes.

Acuda-me, minha poesia
Com sua manhã, seu gume de luz!
Antes que me percam os instantes nus,
Que me prendem no altar dos instantes.

Porque somos amantes nossos,
Nas fogueiras das próprias cavernas,
Bastará o viço das nossas pernas,
Soberbas, aos rumos dos instantes.
Mas quando me aposso dos meus ossos
Que as manhãs não puderam roer...
Minhas pernas a tantos lugares
Não iriam nem por um instante!

Ah, poesia... Que não me suplica!
Ensurdece o promíscuo suplício
De ser assim um poeta de mim,
De versos íngremes, desde o início,
Tortuosos como os meus instantes...
Então, poesia lhe suplico eu:
Se meus versos têm que ser tanto assim
Cajado do meu próprio levante...

Diga a ela que sobre os seus ombros
E no seu dorso, crespo do nosso amor,
Me levaria... E aos meus escombros...
Antes lhe poupo dos meus instantes.

Diga a minha amada que não a esqueço,
Que apenas pago o preço das manhãs.
Que a rosa range pétalas sãs,
Mas sobre os meus ombros... Julga o instante!

Foto de Tancredo A. P. Filho

NOIVA DE SÁBADO

Vestida de branco e muito linda
Estampa no rosto muita serenidade
Ela para um pouco. Caminha ainda
No tapete azul, da sua felicidade.

Caminha para ser feliz. -- A sua vinda
Àquela igreja, custou uma eternidade
Mas o amor é forte como a guinda
Para garantir que existirá saudade.

E a noiva caminha para o seu amor
Que está muito tenso junto ao altar
Tendo alianças e um coração para amar.

Prometem amarem-se com muito fervor
Lá fora na rua, uma intensa chuva cai
Na igreja, a voz do amor não se distrai...

:::::::TAPF:::::::

tancredoadvogadopf@yahoo.com.br

Foto de vanlor

Decifra-me

Decifra-me

Não venha me falar de razão,
Não me cobre lógica,
Não me peça coerência,
Eu sou pura emoção.
Tenho razões e motivações próprias,
Sou movido por paixão,
Essa é minha religião e minha ciência.

Não meça meus sentimentos,
Nem tente compará-los a nada,
Deles sei eu,
Eu e meus fantasmas,
Eu e meus medos,
Eu e minha alma.
Sua incerteza me fere,
Mas não me mata.
Suas dúvidas me açoitam,
Mas não deixam cicatrizes.

Não me fale de nuvens,
Eu sou Sol e Lua,
Não conte as poças,
Eu sou mar,
Profundo, intenso, passional.
Não exija prazos e datas,
Eu sou eterno e atemporal.

Não imponha condições,
Eu sou absolutamente incondicional.
Não espere explicações,
Não as tenho, apenas aconteço,
Sem hora, local ou ordem.
Vivo em cada molécula,
Sou o todo e sou uno,
Você não me vê,
Mas me sente.

Estou tanto na sua solidão,
Quanto no meu sorriso.
Vive-se por mim,
Morre-se por mim,
Sobrevive-se sem mim.
Eu sou começo e fim,
E todo o meio.

Sou seu objetivo,
Sua razão que a razão
Ignora e desconhece.
Tenho milhões de definições,
Todas certas,
Todas imperfeitas,
Todas lógicas apenas
Em motivações pessoais,
Todas corretas,
Todas erradas.

Sou tudo,
Sem mim, tudo é nada.
Sou amanhecer,
Sou Fênix,
Renasço das cinzas,
Sei quando tenho que morrer,
Sei que sempre irei renascer.
Mudo protagonista,
Nunca a história.

Mudo de cenário,
Mas não de roteiro.
Sou música,
Ecôo, reverbero, sacudo.
Sou fogo,
Queimo, destruo, incinero.
Sou água,
Afogo, inundo, invado.
Sou tempo,
Sem medidas, sem marcações.
Sou clima,
Proporcional a minha fase.
Sou vento,
Arrasto, balanço, carrego.
Sou furacão,
Destruo, devasto, arraso.
Mas sou tijolo,
Construo, recomeço...
Sou cada estação,

No seu apogeu e glória.
Sou seu problema
E sua solução.
Sou seu veneno
E seu antídoto
Sou sua memória
E seu esquecimento.
Eu sou seu reino, seu altar
E seu trono.

Sou sua prisão,
Sou seu abandono e
Sou sua liberdade.
Sua luz,
Sua escuridão
E seu desejo de ambas,
Velo seu sono...
Poderia continuar me descrevendo
Mas já te dei uma idéia do que sou.
Muito prazer, tenho vários nomes,
Mas aqui, na sua terra,
Chamam-me de AMOR.

(desconheço o autor)

Foto de Graça-da-Praia-das-Flechas

É POR TI QUE ME POSSUO

Em cada poema que faço
A cada verso te vejo
É só para ti,meu amor
Que dedico todo meu insano desejo...
À Lua prateada
Que à nosso amor ilumina
Entoo uma canção
À paixão que nos alucina...
De ti eu quero teu tudo
A ti eu me doo toda
Do tudo que tu me dás
Ainda quero muito mais...
Ao ouvir a tua voz
Meu corpo em chamas padece
Falas tão quente em meus ouvidos
Que tudo em mim se aquece...
Quando te peço ao telefone
Para vários "oi" me dizer
Cada vez que tu o repetes
Orgasmos em meu corpo
Fazem-me loucamente estremecer...
Eu grito,te xingo,imploro
Faço tudo que meu instinto pede
Pois és o homem que adoro
Esta mulher por ti enlouquece...
Quando vejo teu membro ereto
Desejando em mim,ejacular
Elevo aos céus uma prece
Para que tornes meu corpo teu altar...
Contorço-me à maldizer
Esta distância que nos separa
Alisando-me ensandecida
É por ti que meu coração dispara...
Uma,duas,tres,quatro vezes
Loucamente ponho-me à gozar
Quando a web cam focaliza
Tua densa seiva por mim à jorrar...
Venhas, mas chegues logo
Não demores muito não
Pois sou a própria luxúria ensandecida
Cansada estou de meu mel escorrer
Por entre os dedos de minhas mãos...

ireitos Autorais Reservados ®
*** Campanha pelos Direitos Autorais
na Internet *** www.2be.com.br
NITERÓI - RJ

Foto de ederator

Impassível diante do dragão

Há quanto tempo nos conhecemos?
Sei la.....
Eu vinha, você ia.....foi um encontro comum, casual.
Milhares ja se encontraram assim,
Depois eu comecei a sentir algo,
Talvez uma saudade sem razão,
sei la....
Não era tristeza, não era alegria,
Era uma indecisão de amar você,
E eu passava momentos, olhando para a frente,
Desligado, sem ver nada.
Engraçado!rsrsrs, Olhava e não via!!!!
Estava absorto, parado, consumido por mim:
Uma verdadeira estátua em introspecção!
Estava "Encucado"
"Encucado" com ausência que era presença.
De repente, a interrogação indecisa foi evaporando,
E eu vi dentro de mim que era amor.
Você estava enquadrada no que eu queria,
Desde o sorriso até as lagrimas.
Você era o sim diante do altar,
Você era a mão certa na escada incerta
Você era o horizonte nitído....o agazalho....
Mas eu cometi um erro....(alias Varios);
Não perguntei se eu tambem era tudo isso para você.
E a verdade é que não era.
Eu não estava enquadrado no que você queria,
Eu era o não
Não era sorriso, não era agazalho, não era nada....
Era um ser andante maravilhosamente invisível para você.
De repente, a exclamação veio em "Closed"
E eu fiquei afirmando seus defeitos,
Fiquei procurando tudo o que você fazia de errado,
E como sempre analisando...você não fazia nada.
Fiquei torcendo para você me decepcionar.
Afundei-me como arqueólogo nas ruinas da sua imagem adorada,
E você permaneceu intacta.
Eu quis desmanchar a ilusão,
Quis vomitar um amor que me assentava bem,
E torci para você me decepcionar.
Eu queria tanto sentir raiva de você,
òdio!
No entanto, você se manteve a mesma,
Impassível diante do dragão em que me transformei.
Então, me decepcionei comigo,
Porque não compensei o que queria
Como o que sentia.
E ontem, numa noite não muito longe,
Resolvi selar a carta da despedida.
Fechei os olhos,
As lagrimas pingaram uma a uma,
E eu adormeci, sonhando o sonho da aceitação!!!!

Foto de jgdearaujo

Sabes

Procuras em razões metafísicas
A explicação para o teu ser.
Afrontas divindades, constróis potestades
Abancas-te em altar ... inacessível, inatingível.

Descobres-te funda em pântano,
De angústia teces teu escudo e afundas
Em lento e profundo sorvedouro.
Destróis-te a ti à vida que não explicas.

Entendes mais, e mais, por isso, sofres.
Ignoras o real sofrimento, não o sabes, na verdade
És mais o que queres, menos o que és.

Esqueces-te que humano sois e
Como tal sofrerás... e amarás mais
Se deixares que a vida te mostre onde trilhar.

Foto de InSaNnA

Ritual

Nessas noites quentes
que o meu corpo te chama..me pergunto..
isso e o meu amor que me guia
ou meu desejo que inflama?
embarco nessa aventura de prazer
Tenho uma missão..te enlouquecer!
exploro teu corpo,suavemente..
Sinta..tenho mãos de fada!
e faco nascer..o teu fogo latente
ele nao mente
ele sabe
ele sente!
o quanto o meu desejo me faz ser para você...
a tua pervertida
a tua amante..
a tua menina!
Deixe -me usar a minha saliva!
te ungir!
Te cobrir com o meu manto sagrado..
meu corpo!
E nessa hora que me entrego...
aos teus desejos carnais..nesse ritual de amor
Quero ser crucificada..amada..
No teu altar..(a tua cama)
Sou a tua oferenda..a tua prometida!
Sirva-se de mim...
Se deleite nesse ritual
Nem que seja meu fim..
Teu prazer..teu punhal
Deixa-me morrer nos teus bracos..
Derramar meu sangue,aos teus pés!
Eu ja conheci o paraiso..
Ja viajei com voce,meu homem,aos céus!
Beija-me!
cala-me os pensamentos..
vela-me..
quero, no teu corpo dormir..
embalada no silencio dos meus sentimentos..

Foto de Mor

A MÃE PROCURAVA

A MÃE PROCURAVA

Mário Osny Rosa

O menino na rua vagava
A todos a perguntava.
Aonde vou a encontrar
Minha Mãe eu quero a beijar.

Nesse eterno vagar
Sem sucesso a procurar.
Queria homenagear
No dia das Mães abraçar.

Lagrimas dos olhos brotava
Quando tudo investigava.
Na certeza que encontrava
Na certa ele ela abraçava.

Entrou na Igreja no altar de Maria
Lá foi rezar pedindo a Virgem.
Só sua Mãe queria encontrar
No dia das Mães queria abraçar.

São José/SC, 14 de maio de 2.006.
morja@intergate.com.br
www.mario.poetasadvogados.com.br

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