Alma

Foto de patrick_bange

A BRUSCA POESIA DA MULHER AMADA III (à maneira de Vinicius)

O corpo da mulher amada é sagrado.
Súbito como um susto, voraz como a carne vermelha.
O toque à sua superfície angelical é leve,
tem de ser silencioso como uma oração,
íntimo infinitamente.
Pelo corpo mergulha-se na mulher amada,
procura-se a aurora de seu ser, a luz secreta,
o silêncio celeste de sua matéria impalpável.
Haverá a hipótese do suor quente:
beber o vinho de sua alma e deslizar pelos caminhos úmidos,
salgados e vermelhos de suas curvas de ouro.
Para ouvir a mulher amada respirar, tem-se que fechar os olhos,
porque há nisso qualquer coisa de divino,
de eterno, de graças à vida.
A voz da amada é o canto de cem mil harpas em harmonia uníssona.
Seu sorriso guarda o espanto de uma noite estrelada,
olha-se para seus olhos como para uma flor vermelha,
rara, hipnoticamente bela.
E cai-se dentro deles como em uma alegre armadilha.
Não há coisa mais bonita e azul que a mulher amada.
Segurar suas mãos como a duas porcelanas chinesas,
e beijá-las como a um filho que nascera.
Comer a Poesia da mulher amada,
fazê-la água fria no deserto, agasalho no inverno,
alimento para toda a vida.
Entregar-se como a um deus bom,
cantar-lhe as incomensuráveis ternuras que nela explodem.
A vida da mulher amada é o princípio da minha,
também o meio, também o fim.
E como prova final de amor eterno ao ser da mulher amada,
escrever-lhe um poema simples,
sussurrá-lo em seu ouvido à noite
e selar o infinito com um beijo morno:
uma luz infinda que ilumine duas escuridões.

Foto de Cecília Santos

UM ANJO ME ENSINOU...

UM ANJO ME ENSINOU...
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COMO UM DOCE ANJO,
Você chegou em minha vida.
Transformou meus dias, em verdadeira euforia.
Você chegou e me trouxe, um amor sem fim.
Me mostrou que o sol, é mais brilhante.
Que as águas do rio, cantam lindas melodias.
Me ensinou, que toda flor tem perfume.
Basta senti-lo com a alma do bem querer.
Me ensinou que as lágrimas, não são só de tristeza.
Que se pode mesclar, lágrimas com sorrisos.
Me fez entender, que o adeus é só um aceno.
Ninguém parte verdadeiramente, quando ama alguém.

COMO UM ANJO DE CANDURA,
Você me ensinou a sorrir, a ser feliz...
Me disse um dia, que a dor, e o sofrimento,
são fardos que se pode carregar, sem tropeçar.
Você viveu em minha vida.
Você encantou o meu viver.
Suas asas transparentes sempre estiveram
abertas sobre mim.
Como o mais doce, de todos os anjos.
Um dia chegou em minha vida.
Viveu comigo todas as emoções, todos os meus
melhores momentos.
E como um anjo, um dia você foi embora...!

Direitos reservados*
Cecília-20/01/2008*

Foto de Otávio Gomes

Amor que sinto!

Amor
Sensação libertadora
Asa da imaginação
Traz na mente
Tormentos da traição
Marcas que jamais serão
Apagadas pela solidão
Trágica menção
De um evento inesperado
Deixando momentos
Que destroem a perfeição
De um passado
E em uma profunda noite
Tudo se resume a escuridão
Da alma de um ser
Que não admite jamais
Ter sido abandonado
Por outra alma sem previsão

Foto de Maria Goreti

AMOR SELVAGEM

AMOR SELVAGEM

Era platônico...
E era tão lindo!

Os campos,
A relva úmida,
As flores
Olhares de soslaio...

O toque das mãos
Através da vidraça...
Sinais,
Sorrisos,
Os vaivéns de beijos...

O piquenique,
A toalha sobre o relvado,
A cesta de quitandas...
As sombras das árvores,
Os trinados dos pássaros...
O volitar das borboletas...

O encontro,
As mãos entrelaçadas,
O toque ousado e sutil
Dos pés por sob a mesa...
Velas, cristais, vinho e sobremesa...
Rompem-se as tramas das sedas,
Transbordam as taças... (Maria Goreti Rocha)

O desejo...
Os corpos suados, calientes
Se enroscam como no cio as serpentes
Se acariciam por inteiro...
Sugam os poros, a respiração
Aceleram as batidas do coração
Se amam como dois selvagens animais

Os olhos
explodem num brilho estelar!
Os gritos...como de um lobo
Defloram os ouvidos
Fazem perder os sentidos..
Fazem ir aos céus e voltar
E aí, no auge do êxtase, do deleite,
Alimentam-se o corpo, a alma
com o leite do prazer! (Benvinda Palma – Bemtevi)

©Maria Goreti Rocha & ©Benvinda Palma

Foto de Cezanne

Amor sombrio...

Nesta vida sombria que vivo, o sangue
Corre em meu coração, levando toda
A felicidade e deixando a destruição.

Nesta vida sombria que vivo,
Não existe amor, carinho, perdão,
Somente as trevas, ódio e rancor.

Nesta vida sombria que vivo,
Eu vejo tristeza, mágoa e angústia
Nos corações dessas almas perdidas.

Afasta-te espírito do mau!
Não agüento mais isto, meu coração
Já está se dilacerando por dentro
E ficando com a aparência negra por fora.

Afasta-te, pois assim já nao posso mais viver!
Tento fugir para outros lugares, mas você me acha.
Tento achar a paz e alegria nos corações de outras pessoas
Mas só encontro a violência na alma e a tristeza.

Arranca meus olhos, pois não quero mais te ver.
Arranca minhas mãos, pois não quero mais te tocar.
Arranca meus braços, pois não quero mais te abraçar.
E, enfim, arranca minha alma, pois nao quero mais te amar.

Pois, assim, não posso mais viver...

Foto de Inês Santos

Fuga...

FUGA

Fuga, uma palavra que soa bem…
Um vocábulo com significado…
Para outros é apenas um desdém…
Para mim, são quatro letras de um triste bailado…

Fujo, quando bebo…
Fujo, quando choro…
Fujo, quando me apercebo…
E fujo, quando imploro…

Para alguém compactuar…
No que a minha alma sofre…
E me ajudarem a enfrentar…
Este espírito triste e pobre…

Inês Santos

Foto de Sirlei Passolongo

Gosto de amar você!

Gosto do jeito de me olhar
Diz com os olhos...
O que poeta algum
seria capaz de descrever

Gosto de sentir seu perfume
Embriaga até minh’alma
Quase a me enlouquecer

Gosto de ouvir você...
Canta desafinado aos meus ouvidos
fazendo charme, como quem ainda
precisa me convencer

Gosto de beijar você...
Beija a minha boca
E ao céu leva todo o meu ser.

Gosto de amar você!

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora.

Foto de Marcelo Roque

Vício da Alma

Eu sou a flor
Embebida de orvalho
A inquietude
Que alimenta a serenidade
Aquele que parti
E deixa saudade
E aquele que fica
Depois da partida

Eu sou a palavra que falta
Daquilo que não têm palavras
O caminho mais curto
De uma estrada sem fim
O que há de mais doce
No sorrir de uma lágrima

Eu sou a dor
Mais nobre do querer
O silêncio absoluto
Que todos querem ouvir
A fronteira imaginária
Entre o ser e o sentir

E eu sou a doença
Disfarçada de cura
O impulso
Necessário do salto
O espaço
Preenchido entre os olhares
E o vício
Mais íntimo da Alma

Eu sou o amor ...

Foto de Rose Felliciano

AINDA DURMO

AINDA DURMO

"Ainda durmo meu amor
Não me acorde
Mesmo que os acordes
Da nossa canção toquem mais forte....

Não me acorde

Apenas me beije
E deixe
Que o sono dos sonhos
Envolva, aporte e nos reporte
Para mais uma vez amar...

Não me deixe acordar

Sinta o cheiro do amor
Misturado ao gosto e sabor
Das palavras, planos,
Desejos, ensejos
Loucuras e rendição...

Não me acorde não

Envolva-se em meu ser
Até que eu não saiba dizer
Quem sou eu
Quem é você....

Deixe-me viver

Os sussurros rompem as barreiras do som
Damos para o amor um novo tom
Compomos as mais lindas melodias
Dedilhadas na sintonia
Cantadas em nosso olhar....

O infinito nesse momento tem seu fim
Deixe-me continuar a dormir
Eu te peço: Não me acorde...
Até que minh'alma suporte
Saber que não te tenho mais.” (Rose Felliciano)

Foto de NiKKo

Teatro chamado Vida

Capítulo 8: Teatro chamado VIDA
(por Fenix , adicionado em 15 de Janeiro de 2008)

Eis aqui meu coração repleto de saudade
com um enorme sorriso pintado no rosto.
Finge estar com a alma tranqüila e serena
a ninguém revela sua amargura, seu desgosto.

Ele seria motivo de chacota para muitos
pois rindo diriam: eis um farrapo humano.
Meu coração então bate apressado no peito
e esconde entre soluços o nome de quem amo.

Mas quem me vê não imagina a minha dor
pois eu aprendi com a vida esconder e disfarçar.
Assim vou caminhando de cabeça erguida
e ninguém vê ou percebe minha alma a soluçar.

Aprendi a duras penas que o amor só traz fantasias
que no fim só restam mesmo a decepção e amargura.
Que na alma as feridas demoram a cicatrizar,
que essas marcas só mesmo o tempo, cura.

Reconheço que aprendi a viver apenas o momento
por descobrir que toda felicidade é passageira,
que amor eterno não existe. É fantasia.
Que juramento de apaixonado é coisa traiçoeira.

Desta forma vou vivendo interpretando meu papel
nesse teatro que é hoje o meu viver.
Todos acreditam que superei o fato de ter te perdido
mas eu confesso que não consegui te esquecer.

Mas descobri que o amor que me prendeu a você
para você de verdade, nada significou ou valeu.
Para você eu fui um simples ato no teatro de sua vida
que acabou, quando a cortina sobre o placo desceu.

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