Água

Foto de Gizeli

Ilusões da vida!

Não sei bem se fui mesmo iludida, mais também não sei se não fui.
Minhas amigas viviam dizendo quem o garoto que mais amei da vida me amava também, e eu sempre acreditando que ele gostava de mim, até chegar um pouco que fui ficando completamente apaixonado por ele, e também pensando que ele gostava de mim, depois de um tempo que ele veio aparecer com namorada, vir que tudo era mentira das minhas amigas, que elas só disseram isso pra me deixar feliz, mais fui mais iludida cada dia mais, obs.: que depois descobrir que ele dava em cima da minha BFF e também já pediu pra ficar com minha irmã. E sofro muito com isso, não sei mais o que fazer minha vida estar por água abaixo, toda hora pensar do nisso não sei o falar e nada, e todos eles desmentem e iludi com mentiras, mais sei que eles são uns verdadeiros mentirosos!

Foto de Carmen Vervloet

PROCURANDO ESTRELAS

Meus olhos insones perdidos no horizonte
tentando desvendar a ausência das estrelas
ancoram logo na primeira fonte
na ilusão de no espelho d’água vê-las.

Mas parece que a luz dorme cansada
coberta pelo negro manto da escuridão...
Meu olhar à deriva na água ondulada,
afoga na solidão, a breve inspiração.

Mas um anjo me viu nesse abandono
e nas suas asas de plumas trazendo aconchego
veio embalar mais uma vez meu sono
envolvendo-me em seus braços num doce chamego

Carmen Vervloet

Foto de Lu Lena

A ISCA...

*
* A ISCA...
*

Pela estrada da vida vou andando
em cada rio que avisto no horizonte
eu sento na beira dele e começo a pescar...
O pensamento dispersa e fica longe...
E pergunto sempre aos peixinhos:
- Por acaso viram o meu amor
emergindo no fundo do mar?
eles voltam para a água desanimados
aglomerando uma tempestade de
momentos adormecidos e enraizados...
e o céu começa logo a anuviar...
mais uma vez, os peixinhos deslizam
sem resposta na palma da minha mão...
levanto, dou um suspiro fundo...
Não sei se estou no meu presente, passado
ou futuro...
estremeço ao vento a isca do meu coração
E sigo novamente sem rumo e sem direção...

Lu Lena

Foto de Jeferson Luis Gomes

Deve ser Amor

Sentia frio em meu coração
Não sabia que machucava tanto assim
Era um sonho, uma fantasia que não queria acabar
Um sentimento profundo, era capaz de magoar
Era um jogo, acabou cheio de ilusão
Não conseguia chegar perto, ficava paralisado
Mãos tremia e um vento na barriga
Não sabia que era Amor
Agora tenho certeza que é
Mas já é tarde

Não consigo suportar
Machucava tudo por dentro...
Não paro de pensar nela um segundo
Sonho e sonho
Só o sonho é capaz de alcançar
Foi tudo por água a baixo
Mas sei que um dia
Vou encontra-la
O amor é capaz de tudo isso,
É o que mas me dá força pra viver
É esperar e Amar...

Foto de Carmen Lúcia

A mesma chuva...

A mesma chuva que molha meu corpo
molha também o teu...
A mesma nuvem pesada
que escurece meus dias
escurece os teus...
A mesma lama parda e suja
que escora a água da chuva
revela vestígios de nossas pegadas
em direção contrária à luz...

O céu macilento e triste que vejo
é o mesmo que tu vês...
O pranto que minh’alma chora
é o que chora a tua, agora...
Fomos feitos do mesmo barro,
da mesma massa encruada,
pérolas negras no lodo geradas
que não preservaram a beleza,
aviltaram tamanha grandeza
imbuída na palavra amor...

Passamos ilesos por ela
sem perceber o que gera,
sem nos ater ao real valor...

Hoje é cada um por si...
perdemos a chance oferecida.
Não vimos o céu se abrir,
deixamos a chuva inundar nossa vida...
Fechamos janelas, facilitamos partidas,
perdemos o chão, a ocasião...
sucumbimos no vazio da solidão.

_Carmen Lúcia_

Foto de Fernando Vieira

Piauiês

Piauiês
(Fernando Vieira)

A folote eu escrevo
A locéu, de qualquer jeito
Abiloladamente espero
Que possa me ouvir sujeito

Acunha! Alguém me diria
Em relação a essa poesia
Já dei pilôra, já dei agonia
Pensando como ela eu faria

Agora pronto! Estou lascado
Ai vai! Pois não é que veio
Nesse papel afolozado
Todo riscado de vermelho

Papel que não é mais anêmico
Nem tão pouco amarelo empombado
Pois nele existe um ensejo
Agora totalmente rabiscado

E nem adianta entojar
Larga de ser apresentado
Assunta então o que eu digo
Nesse escrito aprumado

Que brilha feito panela
Areada com detergente
Armaria, oxe, Arreégua
Isso dá até um repente

Arrocha o buriti meu povo
Isso é Piauiês
E eu sou o artista da novela
Que ta passando a mais de um mês

Atufaiando a tua cabeça
Avexado por demais
A bagaceira é muito grande
E ainda vou borózar mais

Eu venho da baixa da égua
Que é um lugar longe demais
E da onde vem esse poeta
Tem outros bem mais geniais

Bato beirada, sigo o rumo
Do leitor de verso e prova
Bato também meu violão
Tocando uma canção formosa

Se bebi água de chocalho
Bebi também do Parnaíba
Que corta a minha cidade
Minha querida Teresina

Mas outro dia bebo bosta
Em outro rio fui banhar
Nadando pelo Poty
Quase que vinha a me afogar

Bem pregado seu menino
Metido a cabra da peste
Tú é muito é bom de taca
Seu gaiato do nordeste

Caçuleta na orelha
Já to subindo na cacunda
Vê se engrossa o cambito
Nem que tire lá da bunda

Mas vê se não fica cabota
Quando for pular cancão
Cangapé que dá na água
É sinal de confusão

O Piauiês é muito vasto
Não consigo mais parar
Ceroto, chanin, chandanca
São palavras que eu posso usar

Chulada, chibanca e chupista
Eita povo pra inventar
Assim eu até lembro de uma menina
Que é melhor deixar pra lá

Cismei agora pronto!
Ou eu não paro de rimar
E alguma palavra que ficou faltando
Em outros versos posso colocar

Danosse! Não é que saiu
Uma referencia ao jeito de falar
Do Piauí pro resto do Brasil
O Piauiês eu pude te mostrar

Foto de Fernando Vieira

Uma gota atrás da outra

Uma gota atrás da outra
(Fernando Vieira)

Caiu dentro da pia
E logo outra gota veio
Essa também agüentou
Mas logo pediu arrego

Gotejando incessantemente
Uma atrás da outra
É uma pena, pois infelizmente
Serviria pra outra pessoa

Desperdício e irresponsabilidade
A água do planeta no ralo da maldade
Da incompreensão e da banalidade
Um descaso infantil de toda uma cidade

Contado em forma cômica
Nos versos de um poeta
Que revela apenas a ponta
De um problema que nos cerca

Ponta de um iceberg
Gelo a derreter
Uma camada que já não serve
Nem mesmo pra nos proteger

Foto de Ozeias

A obra prima do escritor anormal

Ele passou toda a noite buscando alguma coisa. Algo que pudesse preenchê-lo para assim, com a ajuda da caneta e do papel, esvaziar-se.
Como quem puxa todo o catarro do fundo e depois o cospe, assim, segundo ele, é escrever. Em seu caso, ele puxava outras coisas de outro fundo, um fundo mais pessoal, um fundo inteiro e somente dele, que mesmo assim, não conhecia por inteiro.
Naquela noite, devido às nuvens que tapavam a lua, ele viu-se obrigado a usar velas. Chovera o dia todo e ele ainda podia ouvir as gotas pingarem nas folhas das árvores.
Mas naquela hora não havia gotas pingando em folhas. Todas as gotas já haviam pingado.
- A janta. – Anunciou a sua mãe.
Sua mãe havia se deitado mais cedo e a sopa esfriado, mas só naquela hora que ele foi ouvi-la. Também não estava com fome, então deixou seu prato intacto na mesa. Ele nem sabia que era sopa.
Pegou a caneta e encostou a ponta no papel amarelado. Quando um ponto preto surgiu no papel, sua mão afrouxou-se e a caneta se soltou dela, deitando assim no papel.
Lá fora as pessoas corriam de um lado para outro, pisando nas poças de água, produzindo um barulho que estava distraindo. Primeiro, ele ficou apenas prestando atenção. Depois, mais pessoas começaram a correr, deixando-o irritado. Fechou os olhos tentando se controlar, mas não conseguiu. Num gesto rápido, ele levantou-se produzindo um ranger alto e dirigiu-se para a janela.
- Vocês querem parar de correr nessa merda?
Dois gatos assustaram-se e sumiram em meio ao breu. Não havia ninguém lá fora, mas mesmo assim as pessoas pararam de correr. Satisfeito com o novo silêncio, ele voltou para a sua cadeira.
Cadê aquilo que ele buscava? Ele fechava os olhos, ele olhava para o céu negro, ele olhava para cada canto daquele quarto mal iluminado à procura de alguma coisa, mas nada lhe vinha.
- Não, não... Não! – Irritou-se ele com a voz feminina que lhe dava idéias – Isso eu já escrevi ontem!
As sombras dos fogos das velas começaram a dançar por cima da folha e um cachorro começou a latir. Ao ver e ouvir tais coisas, ele teve um insight. Pegou rapidamente a caneta e começou a escrever com frenesi.
Enquanto o cachorro latia lá fora, as sombras das velas dançavam sobre a folha amarela...
Enquanto ele escrevia, foi tomado pela sensação de prazer. Um êxtase que somente ele era capaz de sentir. E cada palavra escrita foi lhe proporcionando tanto prazer que quando estava prestes a terminar, sentiu um prazer orgástico. Aquela fora a primeira vez que ele gozou enquanto escrevia.
Feliz e orgulhoso, leu e releu o que havia acabado de escrever.
- Obra prima!-Disse-lhe a voz, fazendo com que ele ficasse mais cheio de si.
Inquieto, ele andava de um lado para o outro, no quarto. Alguém tinha que ler, mas quem? Seja lá quem fosse, haveria de ser logo, naquela noite. Sua mãe já estava dormindo, seu irmão, um ignorante, algum amigo que quase nunca entendiam, mas então quem?
De repente, o som da porta da cozinha fez com que ele pulasse. Um vendaval entrou pela casa, fazendo as portas do armário bater, o fogo das velas se apagarem e... O papel! O vento carregou o papel, que saiu pela janela.
- Não!- Gritou ele enquanto corria para fora, à procura do papel.
Para onde o vento teria levado? Enquanto ele corria, seu medo ia crescendo. Aquilo não podia estar acontecendo. Logo a sua obra prima? Ele não ia permitir aquilo. Que o vento levasse outra coisa, mas não aquele texto.
Ele parou de correr ao ver a folha caída na poça de água. Ainda que a rua tivesse mal iluminada ele pode ver. Não teve coragem de se aproximar enquanto a folha se dissolvia na água. Seu estado de choque era tamanho que ele ainda não conseguia chorar. Naquele momento ele era uma pedra.
- Depois você reescreve- Disse-lhe a voz.
- Não, eu já esqueci. Eu já esqueci. Eu já esqueci.
Foi aí que ele se entregou. Foi para a beirada da poça e sentou-se. Não agüentava ficar em pé. Admitir era o que ele tinha que fazer. Seu conto fora diluído pela água.
Sua boca começou a tremer, seus olhos já trasbordavam.
A dor era insuportável, era como se tivessem-lhe arrancado um filho. O único filho.
Então a voz sussurrou para ele uma ideia. No mesmo instante, ele engoliu o choro. Havia uma saída, uma esperança. Seu coração voltou a bater acelerado. Por que ele não havia pensado naquilo?
Ajoelhou-se e aproximou a cabeça da poça. Abaixou-se mais um pouco, tocando os lábios na água lamacenta. Sugou. Sugou para que, segundo a voz, tudo o que a água tivesse tomado dele, ele tomaria de volta.

Foto de CarmenCecilia

NÃO É Á TOA QUE TE CHAMAM CIDADE MARAVILHOSA VÍDEO POEMA E HOMENAGEM RIO DE JANEIRO (NARRATIVA)

POESIA: ANTÔNIO JOSÉ

FOTOGRAFIA: ROBERTO MATHEUS

EDIÇÃO E NARRATIVA: CARMEN CECILIA

NÃO É Á TOA QUE TE CHAMAM CIDADE MARAVILHOSA VÍDEO POEMA E HOMENAGEM RIO DE JANEIRO

Homenagem a cidade do Rio de Janeiro pelo poeta Antonio José ( Antônio Poeta ) e fotografia de Roberto Matheus

Não é toa que te chamam de cidade maravilhosa

Galante cidade majestade,
A mais hilariante e elegante,
Vanguarda e empáfia do Brasil.
Gracioso Rio, metrópole nota mil.
É lastimoso seu nome ser masculino,
Contudo isso não importa, pois sua beleza
Exagera em pueril feminil...É muito mulheril.
Rio da mocinha, da mulher e da coroa
Super-abundamente lasciva, instigante e gostosa.
Claro não é a toa que te chamam cidade maravilhosa!

Rio batizado por água e sal,
De samba e apinhado de bossa,
De esportes e verão o ano inteiro,
Da boemia sadia e hiper-glamourosa
Rio de civilização independente, ditador
De cultura, de eventos e manifestos políticos
Rio de montanhas e mata Atlântica e dos
Saraus mais alegres do país.Rio de pele ardente e morena,
E consciência vaidosa. Rio efervescente, de gente bonita
e sedutora, não é a toa que te chamam cidade maravilhosa.

Rio da poesia, da ilha de Paquetá,
Rio do mais sensacional réveillon
E do povo mais lúdico e hospitaleiro.
Rio capital imperial e da república inicial,
Meu adorado, meu dourado Rio de Janeiro.
Rio dos tamoios e de todos que nasceram aqui
Rio de todos que o amam e o adotaram de coração.
Rio hoteleiro, gastronômico, de museus e monumentos:
Para sempre meu afável Rio, continuará a ser entre todas
As cidades dessa Nação, a mais urbana, acalorada e generosa.
Tácito, meu Rio, não é a toa que te chamam cidade maravilhosa!

Rio, alento dos poetas; cineastas, atores;
Músicos, escritores, fotógrafos e chargistas:
Rio genitor e acolhedor das artes e dos artistas.
Rio de caráter concubino,urbe tropical e garbosa
Rio de mar aberto e do Cristo alto de braços abertos
Rio de todas as religiões, crenças e de todos os idiomas.
Rio de pendor lírico,labor, lazer,prazer, amor e de humor
Rio dos reais gozos, culpas, sabores, cores, opiniões e aromas
Rio de clemência igualitária, sensibilidade, parceria e filantropia.
É verdade, meu Rio, não é à toa, que te chamam de cidade maravilhosa!

Antônio Poeta

Foto de Ana Rita Viegas

Volta Rápido

Volta rápido
Estou com água na boca
Quero saborear teu beijo
Tua saliva
Quero que mordas de mansinho
Meu lábio com teus dentes
Esta vontade deixa-me louca
Estou sedenta
Minha roupa arde
Meu desejo transpira
Vem rápido para me consolar
Para me tocar
Arrepiar
Vem rápido
Vem por-me de bicos
Mata-me este prazer
Este prazer impetuoso (ardente)

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