O Circo
Minha criança vibra
com a chegada do circo.
Hoje tem marmelada? Dribla
malabaristas, e o velho disco
colocado, toca música peculiar,
todos saem correndo às ruas,
se juntam fora de casa a espiar
trapezistas, contorcionistas
emprestando um pouco das suas
habilidades, no pensamento infante,
abrem-se portas de par em par, janelas
onde curiosos alegres cochicham, semblante
tristonho, tomando à frente está o palhaço
que diz: Respeitável público! O coração
acelera, bate descompassado, sem embaraço
ele continua convidando, lembranças na mão
saem desfiando recordações, pousam levemente
onde dorme a infância, a fala continua distante,
sonhos doces, ternos. Batem saudades, suavemente
pousa cabeça no travesseiro, sonha, sonho vibrante!
Marta Peres