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Foto de ArielFF

Ao desgraçado diabo da guerra

Faz-me um favor
Senhor
E morre pro outro lado
Que aqui tá ocupado

Vai embora, vai, se manda
Se larga em outra banda
Que aqui não há espaço
Pra tu encostar teu braço

Vê se vai, muquirana
Deixa essa criança
Que tá precisando de comer
Pra vê se torna a crescer

Dá no pé
Seu mané
Que aqui não é poço
Pra tu vim espalhar teu mofo

Vai logo seu demonio
Que a gente ta de olho
Que tu quer é botar a mão
Onde a gente bota o coração

Vê se recolhe a tua desgraça
E some pra outra praça
Que aqui a gente faz gosto
É de só ver o bem-disposto

Levanta e leva tua safadeza
Que a gente não quer mais pobreza
Vê se corre, encardido
Que aqui tu é mal-querido

Recolhe teu fogo brilhante
E leva tambem teu estrondo e estouro
Pára de atormentar
Deixa de nos ser um estorvo

Junta tambem teu preconceito
Pois nessa terra mora outro conceito
E para de levar a vida
De quem não contraiu contigo dìvida

Deixa aqui nossas crianças
Que elas ainda tem esperanças
Larga deles que nem tem idade
Pra saber o que é maldade

E esquece o ódio pelo nosso Deus
Que ele não é dos teus
Que roubam as casas e as vidas
E que corrompem nossas meninas

Foto de Arnault L. D.

Pedras da Lua

O amor, mesmo consumido
jamais torna-se em nada.
Ele muda o jeito sentido,
torna-se encanto de fada...

Doce a amargar a boca
e aos olhos úmidos brotar,
feito em tristeza; a concha oca
de ser, porém, não mais estar.

O amor está aonde ecoa,
o meu, está em mim, quiçá...
Em não sei está, se escoa,
nalgum lugar do tempo há.

Juntos no oculto, sob a lua,
ouço um eco assim dizer,
palavras doces da voz sua,
antes de tê-la e me esquecer.

Assim, espreito tal um voyer.
Vultos sentir qual foi sentindo,
com olhos da alma mister
reve-la fora ao mundo infindo

No intáctil ainda se ama...
Rir lágrimas secas, velho jogo.
No frio carvão, sopro chama,
logo se inflama e luz o fogo.

Ainda estou em mim guardado,
preservado onde fora aquém.
Tempo, ruas, vez fossilizado,
nas pedras que a memória tem.

Foto de ArielFF

Saudade tua

Ao teu lado eu crescì
Minhas melhores risadas eu rì
Meus melhores momentos vivì
E aos poucos o mundo conhecì

Ao teu lado eu era feliz
E foi pouco ou muito que fiz
Que te levou pra longe de mim
Que me levou pra longe de tì

Doeu depois, e doeu na hora
E juro que ainda dói agora
Mas acho que já não dá mais
Nem pra pensar em voltar atrás

Os tempos são outros
E eu mudei tambem
Os sorrisos se tornaram poucos
E as pessoas agora vão e vem

Ainda vejo os nossos sorrisos
Estampados em outros tempos
De que agora só sobram vestìgios
Que logo também somem no vento

Estúpida e vertigiosa saudade
Uma hora tens que partir
Que com essa dor no meu peito
É que eu não posso seguir

Foto de ArielFF

Poesia de molho

Vou deixar essa poesia
De molho uns dias
Pra ver o que acontece
Se estraga
Ou se esfria

Foto de ArielFF

Birra do amor

Cansei de ler poema sobre o amor
Não vou mais ler
Não vou

Cansei de ver toda a gente se amar
Não quero ver
Nem vou olhar

Pra que eu vou querer namorar
Se quando eu to sozinho
É que eu posso voar?

Por que vou querer mais que só eu
Se quando eu to sozinho
O sonho é todo meu?

To de birra dessa coisa de gostar
Deixo pra voces
E a quem interessar

Foto de ArielFF

Poesia de papel

Minha poesia já não tem sabor
Não tem cor
Não tem cheiro
E nem vontade

Minha vida já não tem amor
Tampouco dor
Sofrimento
Ou vaidade

Meu domingo não tem sofá
Não tem musica
Não tem lua
E nem saudade

Minha garganta não tem nó
Nem no estômago borboleta
No meu olhar não tem brilho
No meu jardim nao tem violeta

Foto de ArielFF

Poeminha de domingo

No domingo perdì a graça
Soltei fumaça
Perdì o tempo
Cortei o vento

No domingo me fugiu a vontade
Me chegou a idade
Me sumiu a calma
E morreu minha alma

No domingo eu perdì a hora
E escrevi uma nota
Pra ver se la fora
Avançava o tempo

No domingo me findou a vida
Houve despedida
Sem haver partida

E domingo era todo dia
Em que perdì a vida
E não pude amar

Foto de ArielFF

Desânimo súbito

Não deixo de fazer gosto da vida
Essa nossa dádiva divina
Nem de agradecer a cada dia
Por tudo que já pude ter

Mas te digo, não fique chocado
Por esses dias ando entediado
Com tudo o que vejo fico enjoado
Talvez eu tenha apenas cansado
Ou esqueci como é que sorrì

Juro que não há nada errado
Que hoje o dia estava ensolarado
Que eu estou enamorado
Que por Deus eu fui abençoado
Mas estou decepcionado

Oh céus, para onde foi a graça?
Vai ver se camuflou na fumaça
Ou que felicidade é só trapaça
Ou eu que não acho o que me satisfaça?

Foto de ArielFF

Poema de superação

Hoje escrevo poemas
Porque você partiu
Mas já não sinto a dor
De onde você feriu

Da flor que me espetou
Mantive as lembranças
Do amor que me acometeu
As esperanças
Da dor que uma vez sentì
Eu me desfiz

Daquela que me cativou
Guardei a essência
De tudo o que amou
E toda sua importância

Foto de ArielFF

Renuncio e vou-me

Eu renuncio á poesia!
Pois tudo o que escrevo
Me dá azia

Deixo de lado a canção!
Pois naquilo que canto
Já não vejo a razão

Esqueço os versos!
Já que em tudo o que crio
Não há mais sentimento terno

Desisto da palavra!
Mesmo que sejam tantas
Ainda não dizem nada

Vou embora!
Há tanto que estou aqui
E não vejo passar a hora

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