Quando me deito,
Já não é para descansar nem para dormir,
Deito na esperança de que Deus vai me levar,
Pra um lugar muito melhor: junto de ti.
De fato, essa vida tem sido exaustiva,
Rude comigo,
Vida amargurada,
Vida sofrida,
Mas isso não significa nada,
Não é isso que me faz pegar no sono.
Falso sono,
Porque enquanto eu durmo,
Vivo uma segunda vida,
Ainda mais duída,
Em outra dimensão.
O meu descanso mental é nulo,
Até que relaxo meu corpo,
Como um morto,
Em sua festa póstuma.
Assim, me sinto em meu couchão,
Como se trancado em meu caixão.
Sem saída, sem resolução,
Para os problemas da minha vida,
Que parecem não ter solução,
E que me deixam nesse momento sem chão.