Eu sem censura
engulo teus ais
levo-te à loucura
sob à luz dos castiçais
condenados ao lírico
à ausência infinita
ondulamos oníricos,
no arder da chama que agita
hálitos frescos
sabores de menta
em beijos novelescos
sob a luz da lua birrenta
na alvura do quarto
em lençóis suaves
entregues ao desejo farto,
escondidos na alma sem chaves
gestos atrevidos
encaixes perfeitos
completamente esquecidos
a espantar a madrugada sem jeito