Os donos da Terra
Qual liberdade nos habita?
Se tudo que há se contesta.
Tudo se cogita, do despertar
Ao caminho para caminhar.
Que alforria nos premia?
Em convulsão o peito se agita.
O Homem parametrizou o homem,
Só para conter a sanha de matar.
Regras, dogmas, caminhos e religiões,
Algemas invisíveis para o pensamento.
É preciso conter e a todos amordaçar.
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Eu sem saber aportei neste Mundo,
Com sede, fome de viver e amar.
Só quero a Terra, sem escritura de posse.
Águas limpas sem taxas e impostos,
A energia transformada, sem exploração.
Mas, achei tudo com dono ou preposto.
Terra grilada pela ambição.
A natureza solapada em uso capião.
Então alugo um pequeno pedaço,
Porque sendo rico de consciência,
Não tenho escritura de propriedade.
Só tenho no peito amor e verdade,
Posse garantida de sete palmos no chão.
Rosamares da Maia