Se soltou, nem pensava em sentar-se.
Para o lado olhou, e com as brasas se deparou.
Vivas! Ardentes! Não por sangue, mas famintas.
Como navalhas se pôs a despir, em movimentos rasos,
Insanos e provocantes, com força maior que o maior dos gigantes,
mas tão delicados quanto as mãos de um artista, sorrateiro, com dedos safados...
Consumia com a língua o gosto do corpo em seus braços.
Virava-se de lado, ou em pé, na parede apoiado.
E as chamas saiam por todos os lados.
Queimando e consumindo todo o oxigênio.
Fazendo faltar o ar, parecia desejo concebido por um gênio.
Porém, sem restrições de quantidade.