SECA
Paulo Gondim
24/04/2012
Nuvem escura
Vento quente
O céu se abre
Chuva de repente
Simples sonho
Mera utopia
O pensamento
Fez de conta que chovia
De pé, na porta,
O olhar distante
Céu infinito, azul,
No Sertão, é desconfortante
Do sonho ao desânimo
Sem espiga, sem grão
Prenúncio da fome
Praga do Sertão
Mais uma vez, a seca
Resseca o chão
Restringe vida
Acaba-se o pão
Comentários
Paulo Gondim
Tocante olhar por esta porta do sertanejo, faz a gente dar valor em cada gota de água. E pensar que, tem gente que fica com esse olhar mesmo estando de frente pro mar. Meu apreço, beijo e admiração.
Cumplicidade